Estabelecer relações entre tipos climáticos e paisagens

vegetais.
Reconhecer os principais fatores responsáveis pela
formação dos tipos climáticos brasileiros.
Identificar as principais massas de ar que atuam no
território brasileiro, bem como suas características.
Caracterizar os principais tipos climáticos brasileiros.
Analisar corretamente os gráficos termopluviométricos
dos climas brasileiros.
Reconhecer e classificar as principais formações
vegetais brasileiras.
Principais conceitos que você vai aprender:
Massas de ar;
Friagem;
Amplitude térmica;
Vegetais hidrófilos, higrófilos, mesófilos, xerófilos e
halófilos;
Florestas perenes, latifoliadas, aciculifoliadas e
estratificadas.
• Clima e vegetação

Afirma que o meio ambiente determina o grau de desenvolvimento da

sociedade e que características naturais têm forte impacto psicológico na
população, definindo padrões de comportamento culturais.

Acreditava-se que as regiões tropicais eram menos desenvolvidas que as

regiões temperadas, porque a diversidade e abundância dos recursos
naturais dos climas quentes não desafiam o desenvolvimento e não
estimulam o trabalho duro e o desenvolvimento do esforço mental para
garantir a sobrevivência.

5
• Fatores climáticos

FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna,
2010. p. 122.
A latitude é um fator
determinante. O Brasil apresenta
92% do seu território dentro da
Zona tropical e está sujeito à
presença dominante de climas com
temperaturas elevadas. Apenas
uma pequena superfície meridional
apresenta uma situação térmica
mais branda.

As temperaturas médias são mais baixas em

áreas de maior latitude.

6
• Fatores climáticos

FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna,
2010. p. 122.
A altitude exerce influência mais
restrita. A amenização da
temperatura em regiões de grande
altitude permite a conformação de
um tipo climático diferente, o
tropical de altitude. Vista por
outro ângulo, a baixa altitude que
caracteriza o relevo brasileiro
também explica o domínio dos
climas quentes.

As temperaturas médias são mais baixas em

áreas de maior latitude.

7
• Fatores climáticos

FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna,
2010. p. 122.
A distância em que uma região
climática se encontra do litoral
(maritimidade e continentalidade)
exerce influência na amplitude
térmica. Quanto maior a
proximidade do oceano, menor é a
amplitude térmica e vice-versa. O
imenso litoral e a enorme porção
continental do país fazem com que
esses fatores tenham relevância no
comportamento dos climas.
As temperaturas médias são mais baixas em
áreas de maior latitude.

8
• Fatores climáticos

A disposição das formas de relevo (fator orográfico) no território interfere no

clima, pois dificulta ou facilita o deslocamento das massas de ar.

9
 • Circulação atmosférica das massas de ar

NIMER, Edmon. Climatologia do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1989 (Adaptado.)

10
 • Climas do Brasil

FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2010. p. 123.
11
• Climas do Brasil
Clima equatorial
É o clima quente e úmido da Amazônia. Embora ocorram meses menos
chuvosos que outros, não existe uma estação seca. Por ser uma área de
convergência dos ventos alísios, concentra a umidade trazida dos trópicos.
Em razão dessas peculiaridades, o clima equatorial tem apenas uma estação
do ano, o verão.

MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. p. 165.

12
• Climas do Brasil
Clima tropical (continental ou semiúmido)

O clima tropical é o de maior abrangência territorial no Brasil: Centro-

Oeste, Sudeste e Nordeste, além do estado do Tocantins. É o clima tropical
em essência, quente e com duas estações bem definidas: uma úmida e
outra seca.

MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. p. 165.

13
• Climas do Brasil
Clima tropical litorâneo úmido

É o clima da fachada litorânea da região Sudeste e do litoral oriental do

Nordeste: do Rio Grande do Norte a São Paulo. Essa região sofre a ação
permanente da Massa Tropical Atlântica.

MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. p. 165.

14
• Climas do Brasil
Clima semiárido

É o clima do Sertão do Nordeste e do norte de Minas Gerais e que

apresenta duas peculiaridades: temperaturas elevadas e baixa
pluviosidade.

MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. p. 165.

15
• Climas do Brasil
Clima tropical de altitude

É o clima das regiões serranas e áreas elevadas do Sudeste. A altitude mais

elevada ameniza as temperaturas: a média térmica mensal mais elevada
dificilmente ultrapassa 22 °C, e o inverno é frio. As chuvas concentram-se
no verão, e o inverno é pouco úmido, mas nem sempre é seco.

MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. p. 165.

16
• Climas do Brasil
Clima subtropical úmido

É o clima da porção meridional do país e abrange toda a região Sul. É a região

de maior latitude do país e mais suscetível à ação da Massa Polar Atlântica. É
o clima que apresenta o maior contraste entre o verão e o inverno.

MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. p. 165.

17
• Paisagem e formação vegetal

18
• Paisagem e formação vegetal

IBGE. Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro, 2012.

19
• As formações florestais do Brasil
Floresta Amazônica

É a maior floresta tropical do mundo e ocupa uma superfície de mais de 3

milhões de quilômetros quadrados no território brasileiro.

20
• As formações florestais do Brasil
Floresta Amazônica

É a maior floresta tropical do mundo e ocupa uma superfície de mais de 3

milhões de quilômetros quadrados no território brasileiro.

É típica de clima equatorial, e suas espécies hidrófilas se adaptam ao

ambiente úmido da Amazônia. É uma floresta latifoliada pela presença de
plantas com folhas largas, convenientes para a captação da luz solar e a
eliminação de água por meio da transpiração. A mata é perene e sempre
verde, nunca perdendo totalmente as folhas. Embora as árvores de porte
elevado sobressaiam, a floresta é formada por uma sucessão de estratos
compostos de plantas de porte mais baixo, arbustivo e herbáceo.
É, portanto, uma floresta estratificada.

21
• As formações florestais do Brasil
Floresta Amazônica

22
• As formações florestais do Brasil
Floresta Amazônica

23
• As formações florestais do Brasil
Floresta Tropical da Mata Atlântica

Mata Atlântica é o nome do imenso bioma formado por diversifi cados

ecossistemas que ocupam a superfície continental ao lado da região
litorânea que se estende do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.

24
• As formações florestais do Brasil
Floresta Tropical da Mata Atlântica

Mata Atlântica é o nome do imenso bioma formado por diversifi cados

ecossistemas que ocupam a superfície continental ao lado da região
litorânea que se estende do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.

A Mata Atlântica mantém as características comuns às Florestas Tropicais.

Além da grande biodiversidade, é uma mata densa, estratificada, perene,
hidrófila e latifoliada. Há quinhentos anos, a Mata Atlântica cobria uma
extensa superfície ao lado do litoral oriental do nordeste e sudeste do
Brasil. Hoje, cerca de 93% da fl oresta está devastada, e a mata
remanescente está totalmente fragmentada.

25
• As formações florestais do Brasil
Mata das Araucárias ou mata dos pinhais

A Mata das Araucárias recebe o mesmo nome da árvore mais marcante da

extensa floresta subtropical presente no sul do país, a qual também é
conhecida pelo nome de pinheiro-do-paraná ou pinheiro-brasileiro.

26
• As formações florestais do Brasil
Mata das Araucárias ou mata dos pinhais

A Mata das Araucárias recebe o mesmo nome da árvore mais marcante da

extensa floresta subtropical presente no sul do país, a qual também é
conhecida pelo nome de pinheiro-do-paraná ou pinheiro-brasileiro.

É uma floresta semi-homogênea, onde prevalece a árvore da araucária,

mas apresenta uma variedade de espécies, como o ipê, a imbuia e a erva-
mate. A araucária é aciculifoliada, pois suas folhas finas e alongadas têm
a forma de uma agulha.

27
• As formações florestais do Brasil
Mata dos Cocais

A Mata dos Cocais assemelha-se à mata de transição. Está situada entre a

umidade do clima equatorial e a aridez do clima semiárido: entre a
Floresta Amazônica e a Caatinga do Sertão nordestino.

28
• As formações florestais do Brasil
Mata dos Cocais

A Mata dos Cocais assemelha-se à mata de transição. Está situada entre a

umidade do clima equatorial e a aridez do clima semiárido: entre a
Floresta Amazônica e a Caatinga do Sertão nordestino.

É a formação vegetal mais marcante da sub-região nordestina conhecida

como Meio-Norte. É formada por babaçu e carnaúba, dois produtos
extrativos de grande importância para alguns setores industriais. O óleo
de babaçu, além de ser usado como óleo comestível e na fabricação de
margarina, é matéria-prima para algumas indústrias de cosméticos, sabão
e lubrificantes. A cera de carnaúba, usada para o enceramento de móveis,
é outro exemplo da aplicação comercial dessas espécies.

29
• As formações florestais do Brasil
Mata ciliar

A mata ciliar ou mata de galeria é aquela que se desenvolve ao longo das

margens dos rios e ao redor dos mananciais em várias regiões climáticas.

30
• As formações florestais do Brasil
Mata ciliar

A mata ciliar ou mata de galeria é aquela que se desenvolve ao longo das

margens dos rios e ao redor dos mananciais em várias regiões climáticas.

Apresenta porte arbóreo em razão da grande umidade das margens onde

se desenvolve e forma um corredor florestal alongado, definido pela
configuração dos vales fluviais. Exerce a função de proteger o rio da
erosão que ele mesmo naturalmente processa em suas margens e, assim,
evitar o assoreamento que compromete a qualidade de suas águas.

31
• Formações arbustivas
Cerrado

Cassandra Cury/Pulsar Imagens

32
• Formações arbustivas
Cerrado

Cassandra Cury/Pulsar Imagens

O Cerrado é considerado uma Savana tropical. Desenvolve-se na porção
central do Brasil central e é formado pelas associações vegetais de estrato
arbustivo e herbáceo.

33
• Formações arbustivas
Cerrado

Cassandra Cury/Pulsar Imagens

A vegetação do Cerrado pode apresentar fisionomias distintas. A paisagem
mais comum é a do Cerrado típico, formado por arbustos de troncos
retorcidos, cobertos por casca grossa e sustentado por raízes profundas,
como o pequi e a mangaba.

34
• Formações arbustivas
Caatinga

Cesar Diniz/Pulsar Imagens

35
• Formações arbustivas
Caatinga

Cesar Diniz/Pulsar Imagens

A Caatinga reúne a grande variedade de espécies arbustivas e herbáceas que
se desenvolvem no Sertão semiárido do Brasil.

36
• Formações arbustivas
Caatinga

Cesar Diniz/Pulsar Imagens

As suas plantas xerófilas adaptam-se à escassez prolongada da água com o
desenvolvimento de espécies decíduas, que perdem as folhas durante a
estiagem para reduzir a eliminação de água por meio da transpiração. Outras
substituem as folhas por espinhos para armazenar água em seus caules
grossos e suculentos.

37
• Formações arbustivas
Caatinga

Cesar Diniz/Pulsar Imagens

É uma vegetação muito impactada pela destruição antrópica, cujo efeito
maior é o processo de desertificação em andamento em extensas áreas
sertanejas.

38
• Formações herbáceas ou campestres
Campos

Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

39
• Formações herbáceas ou campestres
Campos

Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

O maior domínio de vegetação de campos no Brasil está no extremo sul, na
região da Campanha Gaúcha ou dos Pampas Gaúchos.

40
• Formações herbáceas ou campestres
Campos

Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

A paisagem é dominada principalmente por espécies de gramíneas,
apropriadas pela pecuária extensiva e pela monocultura da soja.

41
• Formações herbáceas ou campestres
Campos

Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

Nas últimas décadas, extensa área dos Pampas foi transformada em um
imenso areal. O nome desse fenômeno é arenização e é resultante da
diminuição da umidade do solo.

42
• Formações complexas
Complexo do Pantanal

Ondrej Prosicky/Shutterstock
O ecossistema do Pantanal
desenvolve-se no clima tropical e é
uma composição feita pela mistura
de espécies de outras formações
vegetais do país. Muitas delas
sofrem adaptações para viver em
seus solos alagadiços.

43
• Formações complexas
Complexo do Pantanal

Ondrej Prosicky/Shutterstock
É uma formação complexa porque
é composta de um ambiente
formado por espécies aquáticas,
herbáceas (Campos), arbustivas
(Cerrado) e outras arbóreas
procedentes das diversas florestas
brasileiras. As espécies arbóreas
mais comuns são o jatobá, a
sucupira e o jacarandá.

44
• Formações complexas
Formações litorâneas

Delfi m Martins/Pulsar Imagens

45
• Formações complexas
Formações litorâneas

Delfi m Martins/Pulsar Imagens

As formações litorâneas são classificadas em complexas pela
diversidade de vegetações que se desenvolvem ao longo da costa
brasileira: mangues, restingas e vegetação das praias e das dunas. Elas
têm em comum o clima úmido e a salinidade.

46
• Formações complexas
Formações litorâneas

Delfi m Martins/Pulsar Imagens

Os mangues são formados por espécies halófilas que se adaptam à
água salobra. Boa parte da vegetação é formada por raízes-escoras que
lhes dão maior sustentação em solo instável e invadido pela força das
águas das marés altas.

47
• Formações complexas
Formações litorâneas

Delfi m Martins/Pulsar Imagens

As raízes respiratórias desenvolvem-se verticalmente para cima do
nível de água acumulada sobre o solo e permitem que algumas
espécies de plantas absorvam o oxigênio da atmosfera.

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