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Preceptoria de CMG

PCR Guidelines 2005

Amanda R1
Marcela R2

www.c2005.org
Circulation-suplemments
Suporte Básico de Vida (BLS)

• Reconhecimento de sinais de parada


cardiorrespiratória, AVC, obstrução por
corpo estranho
• Ressuscitação cardiopulmonar
• Desfibrilação (DEA)
INTRODUÇÃO

• SCA→causa principal (EUA: 1.200.000


→IAM; 500.000 mortes →52% ocorrem
fora do hospital)
• 40%→fibrilação ventricular (DEA)
• Afogamento, overdose, trauma, crianças
→asfixia
Adult Chain of Survival

Circulation 2005;112:IV-19-34IV-

Copyright ©2005 American Heart Association


• Tempo até a chegada do resgate→ 7-8 minutos
• Chance de sucesso diminui após 5-6 minutos
• Para cada minuto sem RCP→ chance de
sobrevida diminui 7-10%
• Com RCP →3-4% até DEA
• DEA →acesso público???
Massagem cardíaca
• Pequena quantidade de sangue para o
coração e cérebro
• Prolonga o tempo da FV e aumenta a
probabilidade de sucesso do choque
• Especialmente importante nos primeiros 4
minutos
• Após desfibrilação→ 25-40 % apresentam
ritmo regular após 60 seg.
Suporte avançado de vida
• Recomendações segundo:
• Causas e prevenção
identificação precoce de pacientes alto risco
impacto das equipes de emergência
• Vias aéreas e ventilação
• Drogas e fluidos administrados na PCR
• Monitorização durante PCR
• Prognóstico
Vias aéreas e ventilação

• Tubo traqueal x ventilação com máscara


(ambos aceitáveis na PCR fase pré hospitalar)
• Checagem do tubo
CO₂ exalado
capnometria contínua
Drogas e fluidos

• Vasopressores
não há estudos confirmando sobrevida
Recomendação continuem sendo usadas
• Vasopressina x epinefrina estudos feitos
em animais não mostraram benefícios no
uso de vasopressina como vasopressor
inicial
Outras drogas

• Amiodarona tendência ao  sobrevida em


casos de choque refratário em pacientes em
FV
• Bicarbonato Um estudo (LOE4) fases
precoces limitaria danos neurológicos
Recomendação:
hipercalemia associada a PCR
acidose metabólica pré existente
overdose por ADT
Outras drogas

• Magnésio hipomagnesemia
Torsaides de pointes
• Fluidos suspeita de hipovolemia como causa
ou contribuinte da PCR
Administração de drogas

• Em casos em que via endovenosa não


acessível INTRA ÓSSEA!

Via rápida de administração de volume e


drogas

• Realizável em todas as faixas etárias


Drogas via tubo traqueal
• Doses equivalentes maiores

Epinefrina má perfusão, arritmias malignas e


recorrência da FV

• Diluição em AD leva a melhor absorção da


droga em comparação co SF 0,9%
Monitorização

• Gasometria arterial revela grau de


hipoxemia e extensão da acidose

• Não é indicador acurado da ventilação


durante a PCR
Técnicas de Assistência
Circulatória

• Massagem cardíaca alta frequencia (120-


150) melhora a hemodinâmica sem
aumentar incidência de trauma (LOE 4)

• Toracotomia em casos de PCR pós


cirurgia cardíaca ou quando o tórax estiver
aberto por outras causas
Cuidados pós ressuscitação

• Hipotermia terapêutica
 LOE 1 e 2 aumento da sobrevida em
pacientes comatosos pós FV
Sem evidências para outros tipos de parada
• Hipertermia
aumento do dano neurológico para cada
grau acima de 37º
Cuidados pós ressuscitação

• Controle de convulsões
• Sedação
• Controle glicêmico
reduz a mortalidade de doentes críticos
Prognóstico

• Exame neurológico
• Parâmetros laboatoriais (CK-MB, lactato)
• EEG
• Potenciais evocados
Manejo na PCR
• 4 ritmos
• Base do ACLS:
– Bom BLS com RCP de alta qualidade e, na
FV/TV sem pulso desfibrilação nos primeiros
minutos
– FV sem pulso: RCP e desfibrilação precoces
aumentam a sobrevida
– Acesso à via aérea e medicamentos não
aumentam sobrevida
Acesso para medicamentos

• RCP e desfibrilação são de importância


primária
• Administração de drogas é de importância
secundária
Infusão central x periférica
• Na PCR usar cateter venoso periférico de grosso
calibre
• Pico da concentração da droga é menor e o tempo
de ciculação da droga mais longo no acesso
periférico, porém não requer interrupção do RCP
• 1-2 min para atingir circulação central
• Droga em bolus + 20 ml de fluido e elevar o braço
10-20 segundos
• Acesso intraósseo (plexo venoso não colapsável)
similar ao acesso venoso central: ressuscitação
volêmica, drogas, exames laboratoriais em toda
faixa etária
Infusão central x periférica
• Considerar acesso venoso central após RCP e
drogas em acesso periférico ou IO
• CI relativa para trombólise no AVE e SCA
• Via endotraqueal:
– Lidocaína, epinefrina, atropina, naloxone e
vasopressina
– Concentração < IV
– Dose 2 – 2,5 vezes a IV
– Diluir em 5-10 ml de água ou solução salina e injetar
diretamente no tubo (melhor absorção)
FV/TV sem pulso
• Imediata RCP com mínimas interrupções das
compressões torácicas e desfibrilação assim que
possível (Classe I)
• PCR em local com desfibrilador disponível: 2
respirações de resgate, checa pulso (10 segundos),
se ausente, ligar desfibrilador, colocar as pás e
analisar o ritmo
• Se fora do hospital: 5 ciclos RCP antes de tentar
desfibrilação.
• Adultos com PCR prolongada o choque tem maior
sucesso após período de compressões torácicas
efetivas
FV/TV sem pulso
• Choque - RCP (5 ciclos ou 2 min) – checa ritmo
• Desfibrilador bifásico:
– 120 – 200 J
– 200 J inicialmente, com dose maior ou igual nas
subseqüentes
• Desfibrilador monofásico:
– 360 J
– Mesma dose nas subseqüentes
• Recorrência:
– Iniciar com a dose que foi efetiva
FV/TV sem pulso
• 1 choque x 3 choques:
– Taxa de sucesso no 1º choque com desfibrilador bifásico é
alta
– Minimiza a interrupção nas compressões torácicas,
melhorando a pressão perfusão coronariana
– 37 segundos ou mais
• Checar pulso e ritmo:
– Não é recomendado logo após choque
– 5 ciclos (2 min) de RCP após choque, e então checar pulso
• Interromper compressões:
– Ventilar
– Checar ritmo
– chocar
FV/TV sem pulso
• Após IOT:
– 100 compressões torácicas por minuto contínuas
– 8-10 ventilações por minuto
• 6 H e 6T
• Drogas:
– Se FV/TV persistir após 1 ou 2 choques combinados
com RCP, iniciar vasopressor (epinefrina cada 3-5 min
ou vasopressina substituindo 1º ou 2º dose da
epinefrina)
– Administrar a droga durante RCP e checar o ritmo após
– RCP – checa ritmo – RCP (administra droga e carrega
desfibrilador) - choque
FV/TV sem pulso
• Preparar a droga antes de checar o ritmo e
administrá-las após
• Checar o ritmo rapidamente
• Se a droga é administrada imediatamente após
checar o ritmo (antes ou após o choque) irá
circular pela RCP dada antes e após o choque.
• Após 5 ciclos de RCP, checar novamente o ritmo
e preparar para novo choque, se indicado.
• FV/TV após 2-3 choques + RCP e administração
de vasopressor, considerar anti-arrítmico
• Se ritmo não chocável e ritmo organizado, checar
pulso
FV/TV sem pulso
• Se dúvida em relação a presença de pulso,
reiniciar RCP
• Se o ritmo é restabelecido e não mantido entre os
choques, tratar precocemente com antiarrítmicos
• Sucesso no FV/TV:
– Coordenar RCP e choque
– Compressões: oxigenação e substratos energéticos
– Aumentam chance de ritmo de perfusão pós choque
– Qto < tempo entre compressão e choque, > chance de
sucesso
AESP
• Ritmos:
– Dissociação pseudo-eletromecânica
– Ritmo idioventricular
– Ritmo de escape ventricular
– Ritmo idioventricular pós-desfibrilação
– Ritmo bradiassistólico
• Contrações mecânicas que não produzem pressão
sangüínea detectável à palpação ou pela
monitorização não invasiva
• Causas reversíveis, podendo ser tratada, se as
condições identificadas e corrigidas
Assistolia
• Taxa de sobrevivência sombria
• Pode ter breves períodos de complexos
organizados, mas raramente com circulação
espontânea
• Identificar e tratar a causa reversível

– Pela similaridade nas causas e tratamento são


abordadas de forma combinada no ACLS
Assistolia e AESP
– Não se beneficiam de desfibrilação
– RCP de alta qualidade com mínimas interrupções, identificar as
causas reversíveis ou fatores de complicação
– VA avançada
– Após confirmado o ritmo, iniciar RCP imediatamente
– Administrar vasopressor
– Considerar atropina
– Após 5 ciclos (ou 2 min) de RCP, checar o ritmo
– Ritmo chocável: chocar
– Se mantiver o ritmo, reiniciar RCP
– Se ritmo organizado, palpar pulso:
• Presente: identificar ritmo e tratar apropriadamente
• Ausente ou em dúvida: continuar RCP
• Ritmo organizado com bom pulso: cuidado pós-ressuscitação
Quando parar Ressuscitação?
– Tentar RCP e ACLS de forma consciente e competente em todos
indivíduos, a menos que tenham decidido pela não ressuscitação
– Julgamento clínico e respeito à dignidade humana devem fazer
parte dessa decisão
– Nem todos pacientes devem ser encaminhados ao hospital ou
Serviço de emergência, apenas aqueles que precisarão de
intervenções não realizadas fora desses serviços (Classe IIB)
– ACLS no serviço de emergência não tem vantagens sobre o ACLS
no local da PCR, a menos que haja situações especiais.
– Cessar os esforços fora do hospital seguindo critérios específicos e
através de controle médico direto, deveria ser prática em todos os
SEM.
Medicamentos na PCR
• Vasopressores:
– Qquer agente vasopressor em qquer estágio durante a PCR
aumentam a chance de sobrevivência sem lesão neurológica
(estudos não placebo-controlados)

• FV/TV sem pulso:


– Epinefrina:
• Efeito alfa-adrenérgico aumenta pressão de perfusão coronariana e cerebral
• Efeito beta-adrenérgico pode aumentar trabalho miocárdico e reduzir
pressão de perfusão subendocárdica
• Não há evidência de aumento de sobrevida em humanos
• Dose:
– 1 mg IV/IO a cada 3-5 min
– 2-2,5 mg via endotraqueal
– Doses mais altas para problemas específicos, como overdose Bbloq ou
bolqueador canal Ca
Medicamentos na PCR
• Vasopressina:
– Vasoconstritor periférico não adrenérgico que causa
vasoconstrição renal e coronariana
– 2 estudos randomizados mostraram aumento nas taxas
de sobrevida e retorno a circulação espontânea, qdo
comparado com epinefrina como vasopressor inicial na
PCR
– Meta-análise de 5 estudos randomizados não mostrou
diferença significante qto à sobrevida em 24 h, no
hospital, e para retornar a circulação espontânea.
– Dose:
• 40 U IV/IO pode substituir 1º ou 2º dose da norepinefrina
(classe indeterminada)
Medicamentos na PCR

• Assistolia e AESP:
– Vasopressores:
• AESP:
– epinefrina e vasopressina são bons, sem ordem
preferencial de administração
– Sem evidências que indiquem ou CI a vasopressina
• Assistolia:
– benefício na sobrevida da vasopressina sobre a epinefrina
– Considerar vasopressina
Medicamentos na PCR
• Atropina:
– Aumenta FC, RVS e PA
– Não há estudos prospectivos controlados
– Uso na assistolia baseado em estudo retrospectivo em pacientes com IOT e
assistolia refratária, que mostrou aumento da sobrevida na admissão hospitalar.
– Literatura para refutar seu uso é igualmente esparsa e de qualidade limitada
– Assistolia pode ser precipitada ou exacerbada por tônus vagal excessivo,sendo a
admnistração de droga vagolítica consistente com a fisiologia
– Vantagens: barata, fácil administração, poucos efeitos colaterais, pode ser usada
na assistolia e AESP
– Dose: 1 mg IV a cada 3-5 min (máximo de 3 mg) se persistir assistolia (classe
indeterminada)
Medicamentos na PCR

• Antiarrítmicos:
– Não há evidência de aumento na sobrevida
hospitalar
– Amiodarona aumenta sobrevida a curto –prazo
na admissão hospitalar qdo comparada ao
placebo e lidocaína
Medicamentos na PCR

• FV/TV sem pulso:


– Amiodarona:
• Efeito nos canais de Na, K e CA
• Bloqueadora alfa e beta adrenérgica
• Considerada após choque, RCP e vasopressor
(classe II b)
• Dose inicial 300 mg IV/IO, podendo ser repetida
150 mg.
Medicamentos na PCR
• Lidocaína:
– Uso em arritmias ventriculares foi baseada em estudos em animais,
sendo extrapolada para suprimir contrações ventriculares
prematuras e prevenir FV após IAM
– 3 estudos randomizados comparando amiodarona e lidocaína
mostraram menor taxa de retorno circulação espontânea e maior
incidência de assistolia com lidocaína
– Estudo randomizado controlado duplo-cego mostrou maior
sobrevida na admissão com amiodarona e maior associação de
lidocaína com assistolia pós desfibrilação
– Deve ser considerada uma alternativa à amiodarona (Classe
Indeterminada)
– Dose:
• Inicial: 1-1,5 mg/Kg IV
• Adicional: 0,5-0,75 mg/Kg IV a cada 5-10 min até dose máx de 3 mg/Kg se
FV/TV persistir
Medicamentos na PCR

• Magnésio:
– 2 estudos observacionais mostraram que o Mg
IV pode reverter torsades de pointes (TV
polimórfica/irregular associada com QT longo)
– Dose:
• 1-2 g diluído em 10 ml de AD Iv/IO em bolus , a
cada 5-20 min (Classe IIa para torsades)
• 1-2g em 50-100 ml de AD lentamente se torsades
com pulso (em 5-60 min)
Terapias potencialmente
benéficas

• Fibrinólise:
– Adultos tem sido ressuscitados com sucesso
após falência de RCP, particularmente qdo a
causa da PCR foi TEP ou outra doença cardíaca
– Não há evidências suficientes para indicar ou
CI a fibrinólise na PCR
– Considerar cada caso individualmente, quando
houver suspeita de TEP (Classe IIa)
evidências
• Marcapasso
– Não há evidências de benefício na assistolia
• Procainamida em FV/TV sem pulso
– Administração limitada pela necessidade de infusão lenta e
eficácia incerta nas emergências
• Norepinefrina:
– Único estudo prospectivo em humano comparando dose-padrão e
alta dose de epinefrina à altas doses de norepinefrina não mostrou
benefício e, houve piora do resultado neurológico
• Golpe precordial para FV/TV sem pulso:
– Não há estudo prospectivo
– Não recomendada para BLS
– Não indicada nem CI no acls (Classe indeterminada)
Terapia eletrolítica na PCR
• Mg:
– Não aumentou a taxa de ritmo de perfusão qdo usado
rotineiramente
– Pode ser considerado para torsades (Classe IIa)
• Administração rotineira de fluídos durante PCR:
– Não há evidências suficientes para seu uso rotineiro na
PCR (Classe indeterminada)
– Pode ser usado na suspeita de hipovolemia
• Avaliação durante RCP:
Monitorização na PCR
– Não há critérios que avaliem sua eficácia
– CO2 expirado serve como indicador do DC produzido pela compressão torácica
e pode indicar retorno da circulação espontânea
• Avaliação hemodinâmica:
– Pressão de perfusão coronariana (PPC):
• Correlaciona-se com fluxo sangüíneo miocárdico e retorno à circulação
espontânea (> ou = 15 mmHg)
• Intra-arterial: Pd2 átrio D de 10mmHg significa P diastólica aórtica de pelo
menos 30 mmHg para manter a PPC > ou = 20 mmHg.
– Pulso:
• Não há estudos com evidência de validade ou utilidade clínica em checar
pulso durante RCP
• V cava inferior não tem válvula, o que causa fluxo retrógrado para sistema
venoso e pulso na veia femoral
• Pulso carotídeo durante RCP não relaciona-se com eficácia do FS
Coronariano, miocárdico ou perfusão cerebral
Monitorização na PCR
• Avaliação dos gases respiratórios:
– Gasometria arterial
• Não indica severidade da hipoxemia tecidual, hipercapnia ou
acidose tecidual
– Oximetria:
• Fluxo sangüíneo pulsátil é inadequado para perfusão do leito
tecidual perférico
• Oximetria nl não assegura adequada oxigenação sistêmica pq
não calcula conteúdo de O2 total e não correlaciona com DC
• Tensão oxigênio tecidual (transconjuntival): pode se usado
para avaliação da perfusão tecidual, pq cai rapidamente na
PCR e retorna ao nível basal com restauração da circulação
espontânea
Monitorização na PCR
• Monitorização do CO2 expirado:
– Indicador seguro e efetivo do DC no RCP
– Indicador precoce do retorno a circulação espontânea
em IOT
– Co2 é produzido pelo corpo durante PCR
– O maior determinante excreção é a taxa de CO2
transportada até o pulmão
– Bxo fluxo: >ventilação, < fluxo sangüíneo – Co2
expirado bxo
– Se a ventilação é cte, interpretar a mudança do CO2
expirado relacionadas ao DC
– Pode ser útil como indicador não invasivo do DC
gerado durante PCR (classe IIa)
– Após ritmo perfusão: confirma IOT e guia ventilação
Medicações para suporte CV
• Drogas Vasoativas
– Usada antes, durante e pós PCR
– Efeitos inotrópico, cronotrópico, vasoconstritor, ou
vasodilatador
– Efeitos indesejáveis
 ou  FC e pós-carga
 arritmia cardíaca
• Isquemia miocárdica
 glicemia, lactato e taxa metabólica
– Não administrar em associação com bicarbonato e
soluções alcalinas: inativa a droga
– As catecolaminas podem causar necrose tecidual se
extravasadas – administrar 5-10 mg fentolamina + 10-
15 ml salina no local
Medicações para suporte CV
• Epinefrina
– Usada para suporte vasopressor e inotrópico em
bradicardia e hipotensão
– Bradicardia sintomática após falha da atropina e MT ou
MT indisponível (Classe II b)
– Anafilaxia associada com instabilidade hemodinâmica
ou Insuficiência respiratória aguda
– Dose:
• 1 mg em 550 ml de salina ou AD
• Dose inicial: 1 mcg/min
• titular de acordo com a resposta hemodinâmica desejada (2-10
mcg/min)
Medicações para suporte CV
• Vasopressina:
– Usada no tto de choque com vasodilatação (séptico e sepse).
– Se as drogas vasopressoras adrenérgicas forem inefetivas, a
infusão contínua de vasopressina pode ser benéfica (Casse II b)

• Norepinefrina
– Agente inotrópico e vasoconstritor potente
– DC pode  ou , dependendo da RVP, função VE e respostas
reflexas
– Induz vasoconstrição renal e mesentérica. Na sepse aumenta FS
renal e débito urinário
– Efetiva no tto de hipotensão severa (PS < 70 mmHg) e uma RVP
baixa que falhou na resposta à drogas adrenérgicas menos potentes
Medicações para suporte CV
• CI relativa: hipovolemia
• Usar com cautela na doença cardíaca isquêmica: pode
 consumo de O2 miocárdico

• Dose
– 4 mg de norepinefrina + 250 ml de AD ou Glicose 5% em
salina normal
– Concentração: 16 mcg/ml de norepinefrina
– Dose inicial :0,5-1 mcg/min, titulando de acordo com efeito
– Não administrar solução salina no mesmo acesso
– Norepinefrina bitartarato (2 mg equivalem a 1 mg de
norepinefrina)
• Dopamina:
Medicações para suporte CV
– Agente catecolamina-like e precursor da norepinefrina, que
estimula receptores alfa e beta +Agonista dopaminérgico
– Efeito dose dependente
– Na ressuscitação, muito usada na hipotensão especialmente da
bradicardia sintomática e após retorno da circulação espontânea
– Pode ser associada a outros agentes (dobuta) na  PA pós-
ressuscitação. Se persistir após reposição de volume, usar drogas
com ação inotrópica e vasopressora associadas
– Efeitos positivos:  DC e Pressão perfusão arterial
– Não deve ser usada em dose baixa para manter FSR ou melhorar
função renal
– Dose:
• usual 2-20 mcg/Kg/min
• > 10-20 mcg/Kg/min associa-se com vasoconstrição sistêmica e esplâncnica
Medicações para suporte CV
• Dobutamina:
– Catecolamina sintética e inotrópico potente usado no
tto de IC sistólica severa
– Farmacologia complexa:
• Isômero (+) é um agonista B-adrenérgico potente
• Isômero (–) alfa 1 agonista potente
• O efeito vasodilatador B2 contrabalança o efeito
vasoconstritor alfa, resultando em redução na Rvsistêmica
• Efeito benéfico associado a  da P enchimento VE
• Dose usual:
– 2-20 mcg/Kg/min, porém há gde variabilidade na resposta à
droga em pacientes críticos
– > 20 mcg/Kg/min  FC em > 10% induzindo ou exacerbando
isquemia miocárdica
– 40 mcg/Kg/min pode  muito os efeitos colaterais ( FC e 
PA)
Medicações para suporte CV
• Vasodilatadores
– Amrinone e milrinone são inibidores da fosfodiesterase
III com propriedades inotrópicas e vasodilatadoras
– Uso freqüente em conjunto com catecolaminas p/ IC
severa, choque cardiogênico e outras formas de choque
não responsivas às catecolaminas isoladamente
– Requer monitorização hemodinâmica
– CI na estenose valvar com limitação do DC
– Amrinone:
• Dose:
– Ataque: 0,75 mg/Kg em 10-15 min (em 2-3min sem disfunção
VE)
– Manutenção: 5-15 mcg/Kg/min
– Bolus adicional pode ser dado em 30 min
– Titular de acordo com efeito.
Medicações para suporte CV
• Milrinone:
– + usada: ½ vida mais curta e causa menos trombocitopenia
– ½ vida: 1,5-2 h
– Excreção renal
– Dose:
• Ataque: 50 mcg/Kg em 10 min
• Manutenção: 0,375-0,75 mcg/Kg/min por 2-3 dias
• Reduzir a dose na insuficiência renal
– Efeitos adversos:
• Náusea
• Vômito
• hipotensão
Medicações para suporte CV
• Cálcio
– Atua na contratilidade miocárdica e na formação do
impulso
– Estudos retro e prospectivos não mostraram benefício
em seu uso na PCR
– Níveis  de Ca pela administração podem ser
deletérios
– Situações especiais:  K,  Ca ionizado, toxicidade
por uso de bloqueador canal Ca
– Dosar Ca ionizado
– Dose:
• Cloreto cálcio 10% (100 mg/ml) em dose de 8-16 mg/Kg de
sal (=5-10 ml). Repetir SN
• Contém 1,36 mEq de Ca ou 27,2 mg de Ca elementar/ml
Medicações para suporte CV

• Digital:
– Preparação digitálica tem limitado seu uso
como inotrópico na emergência CV
 Freq V no FA e flutter por lentificar o nó AV
– Toxicidade: Arritmias ventriculares graves e
PCR
– Tto da toxicidade grave é Ac específico
Medicações para suporte CV
• Nitroglicerina:
– relaxa m. liso do vaso
– Tto inicial de escolha na suspeita de dor ou
desconforto torácico por isquemia
– Efetiva no tto da ICC e pode ser útil na EH,
particularmente relacionada à sobrecarga de volume
– Ação mediada pela produção endotelial local de ON
(venoso)
– Mais efetiva qdo há  volume IV
– Hipovolemia  os efeitos hemodinâmicos benéficos e
 o risco de  PA (responde com volume)
– Efeitos adversos:  FC paradoxal,  FC, hipoxemia e
cefaléia
Medicações para suporte CV
• Nitroglicerina:
– Evitar: bradicardia, extrema taquicardia ou em 24-48h
após uso de inibidor da fosfodiesterase (disfunção
erétil)
– Dose:
• 50-100 mg em 250 ml de AD ou SF 0,9%
• Infusão contínua de 10-20 mcg/min com aumento de 5-10
mcg/min a cada 5-10min até obter resposta hemodinâmica ou
clínica desejada
• Bxas doses: 10-40 mcg/min – venodilatação
• Altas doses: > ou = 150 mcg/min – dilatação arteriolar
• Administração ininterrupta por mais de 24h produz tolerância
Medicações para suporte CV
• Nitroprussiato de Sódio:
– Vasodilatador periférico de ação rápida, potente e direta
– Útil no tto de EH e ICC severa
– Efeitos:
• Venodilatador direto, diminuindo P de enchimento ventricular D e E pelo
aumento complacência venosa
• Efeito na RV depende do volume IV
 DC secundária a  pós-carga, podendo tb  Retorno Venoso, mas isso
ocorre com Pd2 mais baixa, resultando em alívio da congestão pulmonar e
 P e V do VE
• O relaxamento arteriolar causa  RVP (pós-carga), resultando em
esvaziamento sistólica maior, com  do volume e do estresse da parede de
VE e,  consumo de O2 pelo miocárdio
• Na presença de hipovolemia, pode causar hipotensão com taquicardia
reflexa
Medicações para suporte CV
• Nitroprussiato de sódio:
– Monitorização hemodinâmica invasiva é útil durante a terapia
– Efeitos adversos:
• Apesar de seu uso para tratar HAP, em pacientes com dça pulmonar causa
vasoconstrição pulmonar hipóxica, podendo exacerbar um shunt
intrapulmonar com piora da hipóxia
• > complicação é  PA
• Cefaléia, náusea, vômito e cólica abdominal
– Metabolizada rapidamente em cianeto, que é convertido à
tiocianato no fígado e rim. O cianeto tb é metabolizado ao formar
complexo com vit B12. O tiocianato é eliminado pelo rim
– Paciente com IR ou hepática e aqueles q necessitam de > 3
mcg/Kg/min por mais de 72h, podem acumular essas substâncias,
devendo ser monitorizados pelos sinais da intoxicação, como
acidose metabólica
Medicações para suporte CV
• Tiocianato >12mg/dl: Confusão mental,
hiperreflexia e convulsões
• Tto da intoxicação:
– Descontinuar imediatamente a infusão
– Se clínica de toxicidade pelo cianeto, administrar nitrito
de sódio e tiossulfato de sódio
• Dose:
– 50-100 mg em 250 ml de AD
– Embalar a solução em material opaco, pois degrada qdo
exposta à luz
– 0,1-5 mcg/Kg/min
– Doses > (até 10 mcg/Kg/min) podem ser necessárias
Medicações para suporte CV
• Administração de fluido IV
– Sobrecarga de volume durante PCR causa aumento na
pressão atrial D e pode diminuir pressão de perfusão
coronariana
– Se a PCR é associada com perda importante de
vol,suspeitar de hipovolemia. Esses pacientes apresentam-
se com sinais de choque circulatório evoluindo para AESP.
Restaurar rapidamente o vol IV
– Em pacientes com FV, não há indicação ou CI para fluido
IV de rotina (classe indeterminada)
– Estudos em animais mostraram melhor sobrevida na FV
com uso de salina hipertônica
– Evitar uso de solução glicosada, a menos que haja
evidência de hipoglicemia
Medicações para suporte CV
• Bicarbonato de sódio:
– Acidose tecidual e conseqüente acidemia resultam da ausência de
fluxo na PCR e bxo fluxo na ressuscitação
– Duração , nível de fluxo sangüíneo, conteúdo O2 arterial durante
RCP afetam esses processos
– Correção: Ventilação apropriada com O2, compressões torácicas
efetivas e rápido retorno à circulação espontânea
– Efeitos adversos:
• Compromete PP coronariana por  RVS
• alcalose extracelular com desvio da curva de saturação da Hb e inibição da
liberação de O2 p/ tecidos
• Hipernatremia e hiperosmolaridade
• Excesso de CO 2, que se difunde livremente pelas céls miocárdicas e
cerebrais, podendo paradoxalmente contribuir p/ acidose intracelular.
• Exacerba acidose venosa central e pode inativar catecolaminas
administradas
Medicações para suporte CV
• Bicarbonato de sódio:
– Situações especiais: acidose metabólica pré-existente,
hipercalemia, ou overdose de antidepressivos tricíclicos
– Não é agente de primeira linha na PCR
– Dose:
• Inicial de 1 mEq/Kg
• Qdo possível, guiar pela concentração de Bic ou cálculo do
déficit de base
• P/ evitar alcalose iatrogência, não corrigir o déficit total de
base
Medicações para suporte CV
• Diuréticos:
– Furosemida é um potente agente diurético que inibe
reabsorção de Na nos túbulos proximal, distal e alça de
Henle
– Pouco ou nenhum efeito vascular direto, mas reduz RV
pulmonar e venosa pelo estímulo à produção local de
prostaglandina (5 min)
– Não há dados que suportem seu uso na IR para manter
débito urinário
– Dose:
• Inicial: 0,5-1 mg/Kg IV lentamente
– Se não houver resposta, associar diurético tiazídico
– Controle dos eletrólitos
Conclusão
• O ideal seria intervenção na pré-PCR
• Após, iniciar ACLS com BLS de boa qualidade
• Compressões torácicas efetivas com mínimas
interrupções
• Evitar ventilação excessiva
• Drogas não aumentam sobrevida no hospital
• Manter adequada PPcoronariana durante RCP
• CO2 exalado pode ser indicador do DC pelas
compressões
• Nenhuma medicação aumentou a sobrevida sem
seqüelas neurológicas na PCR

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