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Desenho Arquitetônico

Prof. Esp. Edierk Casusa

ebarreto@modulo.edu.br

Aula 02 – Normas Técnicas


Normas Técnicas
Com o objetivo de transformar o desenho técnico em linguagem
gráfica e padronizá-lo surgiram normas internacionais usadas no
mundo todo. Elas são uma espécie de guia que facilita a
compreensão de desenhos e projetos de pessoas de
nacionalidades diferentes, simplifica processos de produção e
unifica as características de um objeto.
Os órgãos responsáveis por essa normalização em cada país
criaram em 1947 a Organização Internacional de Normalização
(International Organization for Standardization – ISO), em
Londres. É essa norma que facilita o intercâmbio de produtos e
serviços entre as nações. Quando os membros da ISO de cada
país se reúnem, e a norma criada é aprovada, eles organizam e
editam-na como norma internacional.
Normas Técnicas
Foram criadas pelos interessados em estabelecer códigos que
regula as relações entre consumidores, produtores, engenheiros,
arquitetos, empreiteiros e clientes. Cada país elabora suas
normas e, no Brasil, elas são editadas e aprovadas pela ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas, criada em 1940.
Após a edição da ABNT, as normas são registradas no Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial -
INMETRO como normas brasileiras - NBR - para estar de acordo
com as normas internacionais aprovadas pela ISO.
Normas Técnicas
A ABNT normaliza a execução do desenho arquitetônico. Para
isso, os procedimentos adotados abordam desde a denominação
e classificações dos desenhos até a representação gráfica.

A norma geral do desenho arquitetônico é a NBR 6492/94 –


Representação de Projetos de Arquitetura.
Seu objetivo é definir os tipos de desenhos e etapas projetos, as
condições gerais para a execução do desenho arquitetônico
(papel, formatos, carimbo, dobramento das folhas, reprodução e
técnicas dos desenhos) e as condições específicas
(caracterização das fases de projeto, elementos básicos de
projeto e fases de projeto).
Normas Técnicas
Normasde Referência:

•NBR 8196: Emprego de escalas.


•NBR 8402: Execução de caracteres para escrita em desenhos
técnicos.
•NBR 8403: Aplicação das linhas em desenhos, tipos, larguras.
•NBR 8404: Indicação do estado de superfície em desenhos técnicos
•NBR 10068: Folhas de desenho – layout e dimensões
•NBR 10126: Cotagem em desenho técnico.
•NBR 10582: Apresentação da folha para desenho técnico.
•NBR 12298: Representação de área de corte por meio de hachuras em
desenhos.
•NBR 13142: Desenho técnico, dobramento de cópias.
Tipos e espessuras de linhas
As espessuras e os tipos de linhas utilizados no desenho
possuem significados. Servem para transmitir informações sobre
os elementos que estão sendo representados. Podem ser
consultados na NBR 8403.
Em relação às espessuras temos:
•Elementos cortados pelo plano de corte (ex. estrutura e/ou
alvenaria) são representados com linhas largas;
•Elementos leves cortados pelo plano de corte (ex. esquadrias,
etc.) são representados com linhas médias;
•Arestas e contornos aparentes observados em vista, não
cortados (ex. bancadas, linha de piso, etc.), são representados
com linhas estreitas;
•Linhas auxiliares e de projeção, cotas, hachuras, são
representadas com linhas estreitas.
Tipos e espessuras de linhas
Dependendo da maior ou menor proximidade do elemento que
estiver sendo representado com o plano de corte ou do maior ou
menor destaque que se deseja dar a um elemento, podem ser
adotadas variações destas espessuras.

Quanto aos diferentes tipos de linha, estes são utilizados para


transmitir outras informações aos leitores do desenho, como:
•Elementos que ficam atrás do plano de corte que gerou a planta
e, consequentemente, não são visualizados devem ser
representados no desenho por linhas tipo traço-dois pontos
[___..___..___..___] (de acordo com a NBR 6492/94). Mas
usualmente se emprega linhas tracejadas simples [- - - - - -] para
representação destes elementos;
•Linhas que representam os planos de corte na planta devem
ser representadas pelo tipo traço-ponto [__.__.__.__];
Tipos e espessuras de linhas
A tabela abaixo demonstra os principais elementos
representados nos desenhos arquitetônicos com as
correspondentes espessuras e tipos de linhas. Se a escala do
desenho mudar, deverão ser adaptadas conforme a redução ou
ampliação do desenho.
Tipos e formatos de papel
Existem vários tipos de papel, um para cada tipo de desenho.
No desenho técnico o papel manteiga e o sulfite são os mais
empregados.
Em relação ao formato as normas editadas pela ABNT adotam a
sequência “A” de folhas partindo da folha A0. Cada folha da
sequência possui dimensão igual à metade da folha anterior.
Ex.: a folha A1 possui a metade do tamanho da folha A0, a folha
A2 possui a metade do tamanho da folha A1 e assim por diante.
Largura Altura
Folha
(mm) (mm)
A0 841 1189
A1 594 841
A2 420 594
A3 297 420
A4 210 297
Margem
Na tabela a seguir são apresentadas as dimensões das
margens para cada tamanho de folha de desenho da sequência
“A”. Observando que a margem esquerda sempre é maior que
as demais, pois é nesta margem que as folhas são furadas para
fixação nas pastas ou arquivos, ou encadernação.

Folha Margem esquerda (mm) Demais margens (mm)


A0 25 10
A1 25 10
A2 25 7
A3 25 7
A4 25 7
Configuração da folha
De acordo com as normas da ABNT existem regiões e posições
para cada tipo de elemento do desenho. Usualmente cada
profissional tem uma forma de posicionar os desenhos na folha,
deixando sempre o canto inferior direito para colocação do selo
ou carimbo. Ex.:
Selo ou carimbo
Deve conter, no mínimo, as seguintes informações:
•Designação e emblema da empresa que está elaborando o
projeto ou a obra;
•Nome do responsável técnico pelo conteúdo do desenho, com
sua identificação (inscrição no órgão de classe) e local para
assinatura;
•Local e data;
•Nome ou conteúdo do projeto;
•Conteúdo da prancha (quais desenhos estão presentes na
prancha);
•Escala(s) adotada(s) no desenho e unidade;
•Número da prancha.
O local de cada uma destas informações deve ser posicionado
dentro do selo de acordo com o desenhista ou, no caso órgãos
público, de acordo com os pré-requisitos exigidos por cada um.
Numeração das pranchas
Junto com o número da prancha usualmente se informa o total
de pranchas do projeto.
Ex.: Se o projeto tem um total de 9 folhas, a primeira folha será
identificada como 1/9 – significa prancha 1 de um total de 9
pranchas.
A segunda folha será identificada como 2/9, e assim por diante.
Selo ou carimbo
Na nossa disciplina iremos adotar o carimbo abaixo:

1 cm Centro Universitário Módulo


1 cm Desenho Arquitetônico
1 cm Nome do aluno Data Nº da
1 cm Nome do desenho Escala folha

13,8 cm 2 cm 2 cm

17,8 cm
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Centro
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