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SPDA

SPDA Externo não isolado


Quando são instalados na própria estrutura, podendo ou não incorporar parte das estruturas a ser
protegida. Tais como:
– Utilização dos elementos metálicos naturais de telhas, sustentação, vigamentos e pilares que a
compõem.
– Utilização das ferragens estruturais que compõem os elementos de fundações como tubulões,
estacas, vigas baldrames, blocos, cintas e pilares das edificações.
SPDA Externo isolado
Quando são instalados isolados da estrutura a ser protegida preservando a dos efeitos térmicos e
de explosão do ponto de impacto, causando danos à estrutura.
Subsistema de captação
O correto posicionamento e escolha do subsistema de captação determina o volume de proteção
e podem ser compostos por qualquer combinação dos seguintes elementos:
– Hastes: mini-captores pontiagudos, mastros e postes com captores Franklin.
– Condutores suspensos: fios captores aéreos.
– Condutores em malha: cabos e/ou barras de cobre, alumínio ou aço contínuos fixados de forma
horizontal e vertical formando Gaiola de Faraday.
Posicionamento da Captação
Os métodos de estudo para determinação do subsistema de captação e o nível de proteção a ser
adotado são geralmente conforme descrições abaixo, podendo ou não ser utilizados de forma
combinada:
a) Método do ângulo de proteção: utilizados para mastros e postes captores Franklin, indicados
para edificações de formatos simples, porém limitados pela altura dos próprios captores.

Como pode ser visto na figura acima, mesmo estando no lote ao lado a residência de um único
pavimento não está totalmente protegida pelo SPDA da edificação vizinha que tem quase 20
andares.
Zona de Proteção – Cone cujo Vértice corresponde à extremidade Superior, formando um cone
com ângulo de proteção α°.
Sendo:
A – Topo do Captor;
B – Plano de Referência;
OC – Raio do Cone;
h1 – Altura de um mastro acima do plano de referência;
α – Ângulo que varia de acordo com a classe do SPDA e altura H em questão.

O raio de proteção na base do cone pode ter seu valor calculado a partir da equação:

RP=HC x tag α°.


RP é o raio da base do cone de proteção (m);
HC é a altura da extremidade do captor (m);
α° é o ângulo de proteção.
A = π x r² = π x (h . tg α)²
Distancia d e Ângulo de Proteção Distancia d e Ângulo de Proteção
LPL I LPL II LPL III LPL IV LPL I LPL II LPL III LPL IV
Altura Altura do
do Ângul Distanci Ângul Distanci Ângul Distanci Ângul Captor Distancia Ângulo Distancia Ângulo Distancia Ângulo Distancia Ângulo
Captor Distancia o a o a o a o 31 21,71 35 28,91 43
1 2,75 70 3,27 73 4,01 76 4,70 78 32 21,58 34 28,81 42
2 5,49 70 6,54 73 8,02 76 9,41 78 33 21,43 33 29,69 41
3 7,07 67 8,71 71 40,46 74 12,99 77 34 21,25 32 28,53 40
4 7,52 64 9,42 67 12,31 72 13,95 74 35 21,03 31 28,34 39
5 8,32 59 10,25 64 14,52 71 16,35 73 36 20,78 30 29,15 39
6 8,57 55 10,82 61 14,14 67 17,43 71 37 20,51 39 28,91 38
7 9,29 53 11,65 59 15,72 66 18,24 69 38 20,20 28 28,64 37
8 9,53 50 12,32 57 16,40 64 18,85 67 39 19,87 27 29,39 37
9 9,65 47 12,85 55 16,93 62 20,21 66 40 19,51 26 29,06 36
10 10,00 45 13,27 53 17,32 60 20,50 64 41 19,12 25 29,79 36
11 9,90 42 14,08 52 19,05 60 19,84 61 42 18,70 24 30,51 36
12 10,07 40 14,30 50 19,20 58 20,78 60 43 18,25 23 30,11 35
13 10,16 38 14,44 48 19,27 56 21,64 59 44 18,68 23 28,57 33
14 9,80 35 14,50 46 19,27 54 22,40 58 45 18,18 22 29,22 33
15 9,74 33 15,00 45 19,91 53 23,10 57 46 28,74 32
16 9,60 31 14,92 43 20,48 52 22,85 55 47 28,74 31
17 9,04 28 15,31 42 20,99 51 23,40 54 48 27,71 30
18 8,78 26 15,65 41 21,45 50 23,89 53 49 29,29 30
19 8,86 25 15,94 40 21,86 49 25,21 53 50 28,87 30
20 7,68 21 15,07 37 21,45 47 25,60 52 51 28,27 29
21 14,70 35 21,75 46 25,93 51 52 28,82 29
22 14,84 34 22,00 45 26,22 50 53 29,38 29
23 14,94 33 22,21 44 27,41 50 54 28,71 28
24 14,42 31 22,38 43 26,65 48 55 28,02 27
25 14,43 30 22,51 42 26,81 47 56 37,31 26
26 13,82 28 21,82 40 27,88 47 57 26,58 25
27 13,17 26 22,66 40 27,96 46 58 25,82 24
28 13,06 25 21,88 38 28,00 45 59 25,04 23
29 12,91 24 21,85 37 28,00 44 60 25,47 23
b) Método da esfera rolante: modelo eletrogeométrico que faz o rolamento da esfera ( fictícia )
rolante por todas as superfícies aparentes de qualquer edificação ou estrutura de diversos
formatos. Essa esfera tem o raio geométrico definido pelo nível de proteção adotado.
Todavia, esta esfera tem seu raio pré-determinado em função da classe do SPDA, como
mostra a tabela:
Parâmetro utilizado para o projeto do posicionamento dos captores no modelo
eletrogeométrico:

O comprimento R mostrado na Figura , representa a distância entre o ponto de partida do líder


ascendente e a extremidade do líder descendente, é o parâmetro utilizado para o projeto do
posicionamento dos captores no modelo eletrogeométrico, sendo que se pode calcular essa
distância através do valor de crista máximo do primeiro raio negativo, em quilo amperes (kA).
O raio da esfera depende da classe do SPDA desejado, consequentemente do nível de
proteção, sua determinação deve seguir os requisitos apresentados na tabela.
Onde:
Hc é a altura do captor ( Haste do Para Raio)
Re é o raio da esfera rolante; da Tabela
Le é a largura da estrutura (m);
Hext é a altura da extremidade da edificação
r = h x tg α e A = π x r2 = π x (h . tg α)2
h = altura da haste aterrada em relação ao plano que se quer proteger;
α = ângulo de proteção – função do nível de proteção e altura do edifício;
r = raio do círculo que constituí a base do cone;
A = área do círculo que constituí a base do cone;
Dimensionar o número de hastes de 4,0 m de altura para proteger um edifício de 17 m de altura
(já incluída a caixa d’água de 4,5), nível de proteção III.
Tem-se: Nível de proteção III ⇒ α = 45o (prédio < 20 m de altura).
Instalar uma haste na caixa d’água ⇒ r = h.tgα ⇒ r = (4,5 + 4).tg 45o = 8,5 m.
Hastes no teto ⇒ r = h.tgα ⇒ r = 4.tg 45o = 4,0 m.
Método de Faraday.

O método de proteção por para-raios tipo Gaiola de Faraday consiste em instalar um sistema de
captores formado por condutores horizontais interligados em forma de malha, formando uma rede
modular de condutores envolvendo todos os lados do volume a proteger (cobertura e fachadas),
criando assim uma espécie de "gaiola".

Sistema de Proteção contra


Descargas Atmosféricas
TERRÔMETRO

O método mais prático para a medição é o da “queda de potencial” que utiliza equipamento
terrômetro com 3 terminais. O terrômetro de 4 terminais pode ser usado para esta finalidade,
bastando curto-circuitar os bornes C1 e P1 e conectá-los ao sistema de aterramento a ser
medido, conforme Fig.2.
MEGOMETRO.

O megômetro também é chamado de megger. Ele funciona gerando um tipo de tensão de 500 a
15.000V, ou volts, pra medir esse fluxo elétrico. Aí ele vê a resistência de isolamento que uma
peça tem dessa eletricidade, tipo em motores e transformadores.

Existe um sistema composto basicamente por um gerador cc, duas bobinas móveis cruzadas e
um regulador de tensão. Caso se deseje medir a resistência de isolamento de um motor, por
exemplo, elege-se a tensão para medição (cuja estabilidade o regulador de tensão do megômetro
é responsável por garantir), que é enviada aos terminais do equipamento. Estando o motor
desconectado (condição necessária para medição da resistência de isolação), a tensão é aplicada
no enrolamento do motor, através do qual circulará uma corrente elétrica. No interior do
megômetro esta corrente gerará um campo magnético que será responsável pela deflexão de um
ponteiro ajustado numa bobina móvel (para o instrumento analógico).
DISTANCIAMENTO ENTRE AS HASTES DE ATERRAMENTO.
Quanto menos a distância entre as hastes de aterramento, maior será a resistência de
aterramento do solo.
O Distanciamento ideal deverá ser o tamanho da haste ou maior.

Numero de Eletrodos
Diferença entre Aterramento em Linha e em Triangulo.
Equipotencialização principal
Em cada edificação deve ser realizada uma equipotencialização principal, reunindo os seguintes
elementos:
a) as armaduras de concreto armado e outras estruturas metálicas da edificação;
b) as tubulações metálicas de agua, de gás combustível, de esgoto, de sistemas de ar-
condicionado, de gases industriais, de ar comprimido, de vapor etc., bem como os elementos
estruturais metálicos a elas associados;
c) os condutos metálicos das linhas de energia e de sinal que entram e/ou saem da edificação;
d) as blindagens, armações, coberturas e capas metálicas de cabos das linhas de energia e de
sinal que entram e/ou saem da edificação;
e) os condutores de proteção das linhas de energia e de sinal que entram e/ou saem da
edificação;
f) os condutores de interligação provenientes de outros eletrodos de aterramento porventura
existentes ou previstos no entorno da edificação;
Equipotencialização principal
g) os condutores de interligação provenientes de eletrodos de aterramento de edificações
vizinhas, nos casos em que essa interligação for necessária ou recomendável;
h) o condutor neutro da alimentação elétrica, salvo se não existente ou se a edificação tiver que
ser alimentada, por qualquer motivo, em esquema TT ou IT ;
i) o(s) condutor(es) de proteção principal(is) da instalação elétrica (interna) da edificação.
Materiais e as características dos eletrodos que normalmente são utilizados em eletrodos de
aterramento.
exemplo da utilização de aterramento e equipotencialização principal.
Continuidade Elétrica dos Condutores de Proteção (PEs)
Na instalação dos condutores de proteção dos circuitos deve-se tomar as seguintes precauções:
Devem ser protegidos contra danos mecânicos, deterioração química ou eletroquímica, assim
como esforços termodinâmicos e eletromecânicos.
Devem possuir acessibilidade para verificação e ensaios, com exceção das contidas em emendas
moldadas ou encapsuladas.
Não é permitida a instalação de dispositivos de manobra ou comando nos condutores de proteção
(PEs). Admitem-se apenas, para fins de ensaios, ligações desmontáveis por meio de ferramentas.
No caso de haver supervisão da continuidade do aterramento, bobinas ou sensores associados
não devem ser inseridos no condutor de proteção do circuito.
As massas dos equipamentos não podem ser usadas como condutor de proteção (PE).
Eletrodo de Aterramento nas Fundações
Há duas maneiras básicas de se fazer o eletrodo de aterramento pelo uso das fundações de uma
instalação predial: os elementos metálicos são constituídos pelas próprias armaduras embutidas
no concreto ou colocam-se no concreto os elementos metálicos diferentes daqueles da armadura.
Na primeira situação, mais comum em edificações de maior porte, nas quais a infraestrutura de
aterramento é constituída pelas próprias armaduras embutidas no concreto das fundações
(armadura de aço das estacas, dos blocos de fundação e vigas baldrames), as interligações
naturalmente existentes entre os elementos metálicos da armadura são suficientes para se
conseguir um eletrodo de aterramento com características elétricas adequadas. O que torna
dispensável qualquer medida adicional.
Na segunda situação, mais usual em edificações de menor porte, a infraestrutura de aterramento
pode ser constituída por fita, barra ou cabo de aço galvanizado imerso no concreto das
fundações, formando, no mínimo um anel em todo o perímetro da edificação. Nesse caso, o
elemento metálico deve ser envolvido por uma camada de concreto com espessura mínima de 5
cm, a uma profundidade de no mínimo 0,5 m, sendo suas seções mínimas aquelas apresentadas
na Tabela 3.3.
DESCARGA ELETROSTÁTICA
O aparecimento de descargas eletrostáticas é resultante do desequilíbrio de cargas gerado
pelo atrito entre objetos de determinados tipos de materiais, especialmente aqueles que
apresentam uma grande resistência elétrica superficial1.
O fenômeno pelo qual um determinado material perde ou ganha cargas gera tensões
eletrostáticas em relação ao terra ou a outros objetos. A tendência de um material com
desequilíbrio de cargas é voltar ao equilíbrio eletrostático. Durante o retorno ao equilíbrio, o fluxo
de cargas gera uma descarga elétrica com um tempo de duração muito pequeno (da ordem de
dezenas de nano-segundos). Este fenômeno pode ser visualizado na forma de um pequeno arco
elétrico; no entanto, na maioria das vezes a descarga ocorre sem que sua presença seja sentida.
Uma ESD envolve correntes de alguns poucos ampères e tensões de até 35 mil volts. As
descargas não são prejudiciais ao ser humano porque a energia dissipada é muito pequena.
Embora uma ESD não represente perigo ao ser humano, ela é altamente prejudicial a
circuitos microeletrônicos, cada vez mais comuns em instalações do setor elétrico, como usinas e
subestações. Descargas com tensões superiores a 10 V podem ser prejudiciais a componentes
eletrônicos mais sensíveis. Além de danos físicos em um equipamento, uma ESD pode causar
falhas operacionais, como o desligamento inadvertido de equipamentos, causando danos de
severidade variável de acordo com a importância do sistema afetado.
A ESD tem seu surgimento propiciado em ambientes com baixa umidade relativa do ar.
Portanto, em regiões úmidas o fenômeno é praticamente inexistente. Porém, deve-se considerar
que, em grande parte das situações, os equipamentos suscetíveis encontram-se instalados em
salas com condicionamento de ar, que reduz significativamente a umidade relativa do ar e
favorece o surgimento de ESD´s. Além dos locais de instalação, outros exemplos deste tipo de
ambiente são laboratórios de manutenção e de calibração de equipamentos.
O simples ato de caminhar com sapatos de solado de borracha isolante sobre um tapete em
dias secos pode carregar o corpo humano com níveis elevados de tensões eletrostáticas capazes
de danificar gravemente equipamentos eletrônicos sensíveis.
No momento da ocorrência de uma descarga eletrostática, o corpo humano pode ser
representado como um capacitor carregado com uma determinada energia. A figura 2 apresenta o
modelo elétrico básico do corpo humano.
OS EFEITOS DAS DESCARGAS ELETROSTÁTICAS
No momento em que um indivíduo carregado toca em algum ponto aterrado, a energia
potencial acumulada em seu corpo é descarregada. A descarga pode ocorrer pelo contato direto
de alguma parte do corpo humano ou através de algum objeto metálico segurado pelo indivíduo
(por exemplo, uma chave de fenda não isolada). Em função da energia acumulada no corpo, a
descarga pode ocorrer com ou sem a presença de arco elétrico.
Os principais efeitos de uma descarga eletrostática sobre um equipamento eletrônico podem
ser resumidos da seguinte forma2:
 danos definitivos;
 degradação de desempenho;
 interferência eletromagnética.
Uma descarga eletrostática normalmente afeta um equipamento durante sua instalação ou
transporte, ou durante sua manutenção, ao ocorrer contato direto com os seus circuitos
eletrônicos. A seguir é feita uma apresentação dos efeitos das ESD´s.
Danos Definitivos
A energia proveniente de uma descarga eletrostática pode danificar severamente diversos
tipos de equipamentos eletrônicos, como cartões de automação, relés eletrônicos e equipamentos
micro-processados em geral. O dano ocorre pela passagem da corrente da descarga (ou de uma
parte desta) por componentes sensíveis de um equipamento - em geral, circuitos integrados e
transistores. No interior destes componentes existem condutores elétricos com espessura
centenas de vezes inferior à de um fio de cabelo. Estes condutores podem ser rompidos
facilmente pela passagem da corrente da descarga, através da dissipação da energia (efeito
Joule). Os pequenos condutores não resistem ao aquecimento excessivo e terminam rompendo-
se, causando um dano definitivo no equipamento afetado pela descarga2.
1. Degradação de Desempenho
Um efeito bastante comum da ESD é a degradação do desempenho. Neste caso, a energia
da descarga eletrostática não é suficiente para causar um dano permanente neste equipamento;
porém, ocorre a degradação dos condutores internos de seus componentes eletrônicos. A
degradação eleva a resistência elétrica destes condutores, causando pontos de aquecimento
quando o mesmo está operando em regime permanente. Este problema pode dificultar o trânsito
de informações digitais e analógicas, causar perdas de algumas funções ou mesmo progredir
para um rompimento definitivo dos condutores internos2.
Nas figuras 3 e 4 são apresentadas duas imagens de trilhas internas a um componente eletrônico
atingido por uma descarga eletrostática. Em ambas as imagens, pode-se notar claramente o
aparecimento de pontos degradados pelo efeito Joule.

A descarga com potencial para produzir um fenômeno deste tipo pode ocorrer em qualquer
caso de contato entre uma pessoa eletricamente carregada e um circuito eletrônico.
Em geral, existe um total descaso com o manuseio de placas de automação, controle ou
outro tipo de equipamento, tanto no processo de armazenamento e instalação quanto na
manutenção destes. Esta deficiência explica o fato de alguns equipamentos sensíveis não
funcionarem após estocagem, ou falharem após a primeira manutenção quando excessivamente
manuseados sem o devido cuidado.
Interferência Eletromagnética
Uma descarga eletrostática pode ser caracterizada como um sinal elétrico de
freqüência elevada, o que a torna uma fonte bastante severa de interferência
eletromagnética. A elevada freqüência é o resultado das grandes variações de corrente
e de tensão da descarga em relação ao tempo (di/dt e dv/dt). O tempo de subida da
forma de onda da corrente de uma ESD é de aproximadamente 1 ns (como
apresentado na figura 1).
Alguns equipamentos são severamente afetados em seu funcionamento quando
submetidos a descargas eletrostáticas . Os efeitos mais comuns são os seguintes:
2

 colapso do sistema operacional (travamento do software);


 reset involuntário;
 perda de memória;
 falhas de comunicação;
 erros na medição de grandezas.
A energia de uma descarga eletrostática pode ser transferida para um equipamento
de duas formas básicas:
 Descarga direta: a corrente da descarga passa diretamente através do circuito
vítima. Neste caso, apesar de não acontecer a queima do equipamento ou de seus
componentes, pode haver a ocorrência de interferência eletromagnética. A figura 5,
apresentada a seguir, mostra a ocorrência de uma descarga eletrostática direta
sobre um semicondutor.
Interferência Eletromagnética

Descarga indireta: uma parte da energia da descarga é transferida para o equipamento vítima
através de indução ou acoplamento capacitivo. A figura 6 apresenta uma descarga eletrostática
indireta. No caso apresentado nesta imagem, a descarga sobre um capacitor terá pouco efeito
sobre o componente, mas a indução ou o acoplamento capacitivo irão transferir uma parte da
energia da descarga para o circuito integrado situado nas proximidades. Como este circuito opera
com pequenos sinais elétricos, possivelmente ocorrerá interferência eletromagnética.
SOLUÇÕES CONTRA OS EFEITOS DA ESD
Existem diferentes formas de atenuar o efeito das descargas eletrostáticas ou mesmo
impedir sua ocorrência2. As soluções em geral são simples e de custo reduzido, permitindo um
efetivo ganho de confiabilidade em processos de manutenção, operação e armazenagem de
equipamentos e componentes. As principais técnicas são apresentadas a seguir:
Utilização de Acessórios Adequados
Como regra geral, jamais deve-se manusear o circuito eletrônico de um equipamento
desnecessariamente. Quando tal procedimento for necessário no caso de instalação ou
manutenção de um equipamento ou cartões eletrônicos, deve-se sempre utilizar medidas de
prevenção, apresentadas a seguir:

a) Pulseira anti-estática: é uma pulseira conectada a um cabo aterrado que permite que
qualquer acúmulo de cargas no corpo do operador do equipamento seja desfeito com o
retorno ao equilíbrio. A pulseira possui um resistor (1 M) acoplado em série para limitar a
corrente de curto circuito, protegendo o usuário caso o mesmo venha a tocar em algum
componente energizado.
b) Manta dissipativa: a manta dissipativa é necessária para a execução do procedimento de
manutenção de um equipamento eletrônico sensível. A manta é composta de um polímero
dopado capaz de conduzir corrente elétrica com uma certa resistência característica. As cargas
elétricas geradas na mesa de manutenção ou em objetos nela situados são eliminadas através do
eletrodo de aterramento da manta. Assim como na pulseira, no cabo de aterramento da manta
também é instalado um resistor (1 M) para a limitação de uma eventual corrente de curto
circuito.
C) Armazenamento: um dos casos mais comuns do surgimento de defeitos relacionados a ESD
em equipamentos e componentes eletrônicos ocorre durante o processo de armazenamento e
transporte. Tal fenômeno ocorre principalmente devido ao manuseio incorreto destes objetos sem
as devidas precauções ou a um armazenamento inadequado. O manuseio de um equipamento
durante sua desembalagem deve ser feito com pulseira e sobre manta dissipativa sempre que o
fabricante indicar suscetibilidade aos efeitos das descargas eletrostáticas. Esta informação é
fornecida no manual, na embalagem ou no corpo do próprio objeto. O armazenamento de
equipamentos ou componentes sensíveis jamais deve ser feito em sacos e caixas plásticas
comuns que possuem como característica intrínseca o acúmulo de cargas elétricas
potencialmente geradoras de descargas eletrostáticas. O modo correto de armazenar um objeto
suscetível é a utilização de sacos plásticos e caixas devidamente preparadas para a dissipação
de cargas elétricas. Em geral estes são construídos com materiais dopados (principalmente
carbono) e que não acumulam cargas elétricas7.
c) Método das malhas: modelo utilizado pelo princípio da Gaiola de Faraday. Esse método se
aplica a todos os tipos e formatos de edificações e estruturas.

Número de descida
Ndc=Pco/Dcd
Pco- Perimetro da Construção
Dco – Distancia conforme tabela da Classe.
CLASSES DE PROTEÇÂO.

•Nível I – Destinado às estruturas nas quais uma falha do sistema de proteção pode causar danos
às estruturas vizinhas ou ao meio ambiente.Ex.: depósitos de explosivos, materiais sujeitos à
explosão, material tóxico ao meio ambiente...etc.
•Nível II – Destinados às estruturas cujos danos em caso de falha serão elevados ou haverá
destruição de bens insubstituíveis e/ou de valor histórico, mas em qualquer caso se restringirão à
estrutura e seu conteúdo, EX.: Museus, escolas, ginásios esportivos, Estádio de futebol...etc.
•Nível III – Destinada às estruturas de uso comum, como residências, escritórios, fábricas sem
risco de explosão ou de risco, ...etc.
•Nível IV – Destinadas às estruturas construídas de material não inflamável, com pouco acesso
de pessoas, e com conteúdo não inflamável. EX.: depósitos em concreto, e com conteúdo não
inflamável, estoque de produtos agrícolas ...etc.
CLASSES DE PROTEÇÂO.
CLASSES DE PROTEÇÂO.

Fatores A,B,C,D,E de atração de raios.


P0=P x A x B x C x D x E onde:
P0 = Necessidade de proteção obrigatória
P0 < 0,00001 será desnecessário.
P0 > 0,001 será obrigatório a proteção.

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