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O ESTADO DE S.

PAULO C DOMINGO
23 DE AGOSTO DE 2009

METRÓPOLE FILIPE ARAUJO/AE –11/8/2009

Academia infantil
Espaços de lazer e
MARCOS ARCOVERDE/AE–13/8/2009

Patrimônio
RiojátemR$20mi
JOSE PATRICIO/AE–14/8/2009

Paulistânia
Os18anosderisos
atividade física são emimóveisque econquistas dos
‘quintais’ modernos ninguémherdou Parlapatões
q PÁG. C8 q PÁG. C9 q PÁG. C10

TRANSPORTES

Análises técnicas e políticas põem


trem-bala para Copa-14 como sonho
Grandes empresas internacionais chegaram a criar agência para pressionar o governo a incluir o projeto no PAC
DIVULGAÇÃO–25/10/2007

Eduardo Reina
Rodrigo Brancatelli
Por mais tentador que seja
sair da zona norte de São
Paulo às 8 horas de um típico
domingo cinzento paulista-
no e chegar pontualmente às
9h33 ao centro ensolarado
do Rio, a ideia ainda não pas-
sadeumsonhosemprazopa-
ra se concretizar – e mais im-
portante, sem garantia ne-
nhuma de realmente aconte-
cer. Além de entraves am-
bientais, problemas de logís-
tica e desapropriações, defi-
nição de quem vai arcar com
o valor mínimo de R$ 68 mi-
lhões por quilômetro cons-
truídoetodaasortedeaspec-
tos legais, o projeto do trem
de alta velocidade (TAV)
que pretende unir Campinas
e Rio por trilhos e túneis, até
a Copa de 2014, vai esbarrar
tambémnumaquestãohistó-
rica – nunca, em todo o mun-
do, levando em conta os pro-
jetos de trem-bala, foi cons-
truído algo parecido em me-
nos de cinco anos e meio.
A análise das mais de mil
páginas do relatório da Hal-
crow Group – empresa ingle-
salíderdoconsórcioencarre-
gado do estudo de viabilida-
de do trem-bala – mostra ou-
tras informações que não ba-
temcoma viabilidadedo pro-
jeto até 2014. O TAV teria no
mínimo 100 quilômetros de VIRTUAL - Simulação de saída de túnel com ponte sobre Rio Paraíba do Sul num trecho de serra no Rio de Janeiro; montagem coube a uma das empresas interessadas no projeto
túneis – ometrôde São Paulo
tem até hoje 62. Nos bastido-
res, o governo federal, por
meio da Agência Nacional de
Transportes Terrestres
Contrapartida para a de bairros e áreas rurais. Co-
mo resultado houve adia-
mento do edital de licitação
Preocupações incluem ainda
(ANTT), já começa a assu- concessão é de até R$ 6 bi de escolha do consórcio que ambiente, custo e operação
mirqueoprazode2014éreal- construirá o TAV, uma vez
mente apenas um sonho – a que a consulta pública da
mudança de discurso se tor- ANTT deveria se encerrar Para o professor do Departa- pios, Guilherme Quintela, afir-
nou mais evidente depois Um entrave para que o trem de criada para gerir o trem-bala. na semana passada e seguirá mento de Geotécnica e Trans- maque apropostaajudaráadis-
que várias prefeituras de ci- alta velocidade (TAV) saia do Isso significa que o vencedor, até 15 de setembro. porte da Unicamp Cássio Pai- ciplinar a região. “É um projeto
dades por onde o trem-bala papel é a definição de quem vai além de construir e operar, de- O governo federal ainda va, é necessário priorizar as de- estruturante da macrometró-
vai passar enviaram recla- arcar com os custos referentes verá manter o projeto como espera que o projeto do TAV mandas e verificar se há neces- pole entre São Paulo e Rio”, diz.
mações sobre o traçado. Já à obra civil. O modelo econômi- acionista. não fique restrito entre São sidade de investir tanto dinhei- “Por falta de transporte, essas
no governo de São Paulo se co-financeiro em debate apon- As empresas que querem Pauloe Rio. Oobjetivo écriar ro numa obra desse porte. “É cidadesincharam.Otrempossi-
fala que, se o projeto come- ta que o governo deve custear participar da concorrência são linhas entre São Paulo e Belo importante, mas polêmico. Va- bilitará que São Paulo pare de
çar, o único trecho viável 20% dos R$ 34,6 bilhões orça- Alstom (França), Mitsubishi, HorizonteeSãoPauloeCuri- mos discutir se vale a pena fa- crescerdesordenadamente.Pa-
numfuturopróximoseriaen- dos para implementação. Esse Kawasaki, Toshiba e Hitachi tiba. Estudos mostram que zer esse trem. Precisamos de ris passou exatamente por isso
tre Campinas e a capital. porcentual equivale à compra (Japão), Ansaldo Breda (Itália), nos percursos de até 150 qui- um projeto casado com a reali- e o governo fez o trem para
O lado político é um fator dos trens e do sistema de opera- Hyundai (Coreia do Sul) e Voith lômetros o automóvel é viá- dade do País”, diz Paiva. Lyon, para desafogá-la.”
que não aparece no estudo ção. Os 80% restantes seriam Siemens (Alemanha). O gover- velcomo meio de transporte. Uma dessas realidades a se- Especialistas ainda conside-
do Halcrow Group, mas que financiados pelo Banco Nacio- nofederaldeverácriar umaem- Até 600 quilômetros de dis- rem consideradas é o impacto ram que os entraves vão persis-
ajuda a explicar a fixação nal de Desenvolvimento Econô- presa estatal para gerenciar o tância,oTAVsetornaecono- ambientaldo projeto. “Estãodi- tir até na operação do trem-ba-
comaideia. Um lobbyforma- mico e Social (BNDES), mas o processo de instalação do TAV. micamente bom. E acima zendo que vai desmatar 800 la. Segundo o diretor da Feira
do pelas empresas interna- consórcio que ganhar a licita- Projeto de lei que cria a Empre- dessa distância o avião tem o hectares, mas como eles sa- de Negócios nos Trilhos, Ger-
cionais de tecnologia para ção terá uma contrapartida de sa de Transporte Ferroviário melhor custo-benefício, se- bem,seoestudo deimpacto não son Toller, é necessário definir
trens de alta velocidade e R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões. de Alta Velocidade (Etav) será gundo José Geraldo Baião, foi feito?”, indaga o coordena- regras claras para quem for
também de empreiteiras na- As empresas entendem que encaminhadoao CongressoNa- presidente da Associação de dordaSOSMataAtlântica, Má- operar o TAV. “Nos países on-
cionais levou o governo fede- há necessidade de inclusão de cional. Enquanto o modelo não Engenheiros e Arquitetos de rioMantovani.“O treméimpor- de há trens assim, a operação é
ralalançaroprojeto dotrem- um banco no modelo econômi- fica pronto, Rio, São Paulo, São Metrô de São Paulo (Aea- tante,masé precisoaindaanali- feita por empresas especializa-
bala. A ação é integrada por co-financeiro. Os consórcios José dos Campos, Jundiaí e mesp).Ministériodos Trans- sar as medidas mitigadoras.” das, em grande parte estatais.
22 grandes empresas, como deverão fazer parte da compo- Campinas já avisaram que que- portes e ANTT só se pronun- O presidente da extinta O consórcio que vencer aqui no
Alstom, Siemens e Bombar- sição de uma sociedade de pro- rem alterações para evitar da- ciarão ao fim da consulta pú- Agência de Desenvolvimento Brasil não estará acostumado a
dier,entreoutras,queconsti- pósito específico (SPE) a ser nos ambientais e segmentação blica. ● E.R. e R.B. do Trem Rápido entre Municí- fazer a operação.” ● E.R. e R.B.
tuíram em 2006 a Agência
de Desenvolvimento do
Trem Rápido entre Municí-
pios (AD-Trem).
Essa organização foi dis-
solvida em setembro do ano
Professor questiona sistema de roda guir traçados muito mais íngre-
mes e perfazer curvas mais fe-
chadas. E conclui: “Um traçado
demudançadevia,nãosejustifi-
ca. Para Stephan, “evidente-
mente pode-se concluir que o
passado, depois da certeza
de que o projeto havia sido
escolhido, em vez de suporte magnético MagLev seria completamente
diferente para um TAV com ro-
traçadoparaoMagLevseriaex-
tremamente favorável”. “Não
incluídonoProgramadeAce- da-trilho e necessitaria um pro- cabe privilegiar a tecnologia ro-
leração do Crescimento cedimento diferente para apro- da-trilho, como concluiu o rela-
(PAC). “A nossa ideia era fe- Felipe Werneck O projeto encomendado às traçados que podem evitar vação de projeto e planejamen- tório Sinergia-Halcrow, uma
char a agência em 2008 mes- RIO
empresasdeconsultoria, dispo- áreas ambientalmente sensí- to. Por essas razões, Maglev vez que estaríamos comprando
mo. Ela foi criada para moti- nível no site da ANTT, apresen- veis e reduzir comprimentos de não foi ativamente considerado o obsoleto”, afirma ele. ●
var o governo a desenvolver A justificativa apresentada pe- ta um comparativo entre as tec- túneis e pontes. As desvanta- no desenvolvimento do TAV.”
o projeto”, explicou Guilher- las empresas Halcrow (inglesa) nologias MagLev e roda-trilho, gens: limitações operacionais Stephanafirmaqueatecnolo- † Mais informações nas
me Quintela, presidente da e Sinergia (brasileira) para escolhida para o trem-bala. Se- da construção de linhas de tras- gia preterida tem outras vanta- páginas C4 e C5
extintaAD-Trem.“Hácondi- “desconsiderar” a tecnologia gundo o texto, as vantagens do lado;dificuldadedeconectivida- gens, além daquelas apresenta-
ções de concluir toda a via de Levitação Magnética (Ma- MagLev são: alta aceleração e de; custo de capital e exigência das no relatório, como menor
em cinco anos, mas é possí- gLev) nos estudos do TAV é “in- desaceleração (o que permiti- de vias elevadas ou longos tú- consumodeenergiaemanuten-
velqueotrechoentreCampi- coerente” para o engenheiro riaparadascommenorcompro- neis para os quais não há expe- ção mais simples. Em relação
nas, São Paulo e São José dos eletricista Richard Stephan, metimento do tempo total de riência de serviço. às desvantagens, o engenheiro Confira um mapa interativo com o
percurso do trem de alta velocidade
Campos possa ser o primei- professortitulardaUniversida- percurso); baixo ruído e impac- O relatório também aponta afirma que a primeira delas, a
www.estadao.com.br/e/c1
ro a entrar em operação.” ● de Federal do Rio (UFRJ). to ambiental; alta capacidade e que um trem MagLev pode se- limitação para equipamentos
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DOMINGO, 23 DE AGOSTO DE 2009
C4 CIDADES/METRÓPOLE O ESTADO DE S.PAULO

TRANSPORTES

Licenças ambientais serão o


grande desafio para trem-bala
Mesmo sem ter ouvido ainda todas as reclamações De Campinas ao Rio, o trem-bala cortaria no míni- haveráa desapropriaçãode maisde600 imóveis, pro-
das prefeituras e longe de saber o percurso do trem mo 840 hectares de matas – equivalentes a 780 cam- blemas com barulho e poluição visual pela instalação
de alta velocidade que será realmente adotado, a pos de futebol. Para se ter uma ideia, a construção do de cercas, desafios de engenharia e impactos diretos
Agência Nacional de Transportes Terrestres Trecho Sul do Rodoanel desmatou 212 hectares de em áreas de proteção ambiental, entre outros desa-
(ANTT)jácontratou oEstudo eoRelatório de Impac- vegetação. Para entender os possíveis impactos do fios. Confira nessas duas páginas todos os obstáculos
to Ambiental (Eia-Rima) para acelerar a obtenção de projeto, o Estado mapeou todos os entraves para a para o trem-bala realmente sair do papel e transpor-
todas as licenças ambientais das obras. Segundo am- construção do TAV que também ligará em 2h33 os tar diariamente paulistas e fluminenses. ●
bientalistas, os entraves não serão poucos. centros de Campinas e Rio. Pelo que hoje se propõe, EDUARDO REINA, RODRIGO BRANCATELLI e FELIPE WERNECK

O trem-bala
continua em
direção a Aparecida,
mas passará longe do
centro da cidade e do
Legenda A estação existe, mas tem de ser
adaptada. O percurso até
Viracopos seria feito pelo traçado
N a entrada de Jundiaí, uma
área povoada teria de ser
desapropriada. Também haveria
S eria preciso demolir 1 centro
educacional, 1 conjunto
habitacional, 5 casas de alto
À
medida que o traçado passa
o norte de Caçapava, o TAV
encontrará algumas zonas úmidas
Santuário de Nossa
Senhora Aparecida

Superfície da ferrovia, com pontes. Além dos conflitos com prédios industriais. padrão e 3 quarteirões com casas próximas ao Rio Paraíba do Sul.
problemas de barulho, O trem cruzará 25 quilômetros e prédios. Para atravessar o Há também um bairro periférico
desapropriações de ao menos 50 de Jundiaí, incluindo área de centro, o trem seguiria por túnel e novos loteamentos que
Ponte quarteirões seriam necessárias proteção ambiental até o ponto da futura estação, precisariam ser desapropriados
perto de Vila Guarani. O TAV
Túnel cruzaria o Rio Paraíba do Sul,
causando impacto direto na bacia. Aparecida

Estação
Campinas
Rodovia
N a região de Arujá e Santa
Isabel, outro entrave ambiental:
pelo menos metade de território é
É possível que passe pela concha
do Banhado, área de preservação Pindamonhangaba
prevista ambiental e principal cartão-postal
Anhanguera considerada área de proteção de
da cidade
mananciais
O
Estação traçado deve atingir
Viracopos Tremembé
a zona rural ao
opcional
Rodovia dos nordeste de

Q
Bandeirantes uando a Bandeirantes cruza Taubaté
Pindamonhangaba, ao
Aeroporto com a Anhanguera, o TAV passar pela superfície
passaria pela superfície, por uma
região de muitos condomínios de Caçapava
São José
Jundiaí alto padrão e imensas áreas verdes dos Campos

O TAV passa por cima da Rodovia


Miguel Melhada Campos e segue
na superfície por vários terrenos O TAV cruzaria 15
quarteirões. O impacto
Rodovia
Presidente Dutra

SP
particulares e áreas verdes ao lado ambiental seria polêmico, Santa

U
porque passaria pela Serra Isabel ma área próxima à
da Rodovia dos Bandeirantes, na Jacareí Rodovia
da Cantareira, por zona noroeste de
região de Itupeva – onde há muitos Carvalho
superfície e túneis Arujá Pinto Tremembé é atingida,
condomínios de alto padrão
com possível problema
Caieiras de ruídos para a

O trajeto segue o percurso da


Bandeirantes. Haveria um
possível problema com o barulho, Guarulhos A pesar de Jacareí ser também
uma área densamente
população local

já que a região da Serra do Japi é povoada, a oeste de São José dos


Rodovia
uma área de proteção ambiental Ayrton Senna
Campos, optou-se por um corredor
Sorocaba adequado que pode ser construído
na planície fluvial, gerando poucos
conflitos com a população

São Caraguatatuba
Paulo Rodoanel
DETALHE

GUARULHOS
SERRA DA São Sebastião
Ilhabela
De São Paulo a Guarulhos
CANTAREIRA
Aeroporto
de Guarulhos
O TAV entra em São Paulo por Perus andar no subterrâneo, ao lado da Na chegada a Cumbica, o TAV
ZONA NORTE e passa em cima de uma pedreira e pista. Ali seriam construídas uma voltaria a andar na superfície para
Rodovia
PERUS Av. Paulo Pres. Dutra de um aterro sanitário. A partir da estação e uma oficina. Os aviões entrar em uma estação que será
Av. Dep. Candito Sampaio Faccini
altura do Rodoanel, o percurso seria executivos não poderiam mais operar construída. Será necessário resolver
BRASILÂNDIA VILA
GUILHERME feito por túnel, sob os bairros de no Campo de Marte. alguns conflitos, uma vez que há
CASA Rodovia
Av. Joaquina Ayrton Brasilândia, Jardim Cachoeira, O trem continua em túnel pelos planos para expandir o aeroporto.
VERDE Ramalho Parque Senna Freguesia do Ó, Limão e Casa Verde. bairros do Carandiru, Vila Guilherme, Depois, o TAV passaria por longos
Ecológico
do Tietê Na Av. Brás Leme, o TAV volta a Vila Maria e Aricanduva. Voltaria a trechos de superfície na Serra do
Av. Nadir 0 2,8
andar na superfície. A Praça Gal. andar na superfície na lateral do Bananal, área de mata nativa com
Av. Bras Campo
Marginal
Leme De Marte
Dias de Figueiredo
EM KM
Fernando Valente teria de ser extinta. Parque Ecológico do Tietê, e de novo vales de até 200 m. O licenciamento
do Tietê
No Campo de Marte, ele volta a sob a terra, em Guarulhos. ambiental seria bastante complicado

As obras Tempo de viagem


Entre São Paulo e Rio
Túneis Proteções
MONOTÚNEL BITÚNEL MURETAS GRADES
Superfície Ponte PARA DIMINUIR PARA SEGURANÇA 55 min.
(UM ÚNICO TRECHO ESCAVADO) (DOIS TRECHOS ESCAVADOS)
O SOM
AVIÃO
10 M

15 M 8M 8M 1h33m
10 M TREM-BALA

5 horas

312,1 km 107,8 km 90,9 km CARRO

(61% da extensão total) (21% da extensão total) (18% da extensão total) 6 horas
ÔNIBUS

Destinos O valor das passagens


Tempos de viagem e velocidade média para cada trecho Comparação das possíveis tarifas do trem-bala com outros meios de transporte

SERVIÇO REGIONAL SERVIÇO REGIONAL SERVIÇO EM REAIS TAV


DE LONGA DISTÂNCIA DE CURTA DISTÂNCIA EXPRESSO
DOIS TRENS PARTEM POR HORA NO SEIS TRENS PARTEM POR HORA NO TRÊS TRENS PARTEM POR HORA NO ECONÔMICO EXECUTIVO AÉREO AUTOMÓVEL ÔNIBUS
ORIGEM DESTINO
HORÁRIO DE PICO, EM INTERVALOS DE HORÁRIO DE PICO, EM INTEVALOS HORÁRIO DE PICO, EM INTERVALOS
30 MINUTOS DE 10 MINUTOS DE 20 MINUTOS Volta Redonda/Barra Mansa 40,20 – – 41,16 27,36

São José dos Campos 102,30 – – 109,39 51,00


CAMPO SÃO JOSÉ SP RJ VOLTA BARÃO
CAMPINAS VIRACOPOS DE MARTE GUARULHOS DOS CAMPOS REDONDA GALEÃO DE MAUÁ
Rio de Janeiro São Paulo (horário de pico) 200,00 325,00 400,00 137,12 67,00
23,2 75,3 21,8 61,8 210,4 103,1 15,2
2h33m30s km km km km km km km São Paulo (fora do horário de pico) 150,00 250,00 180,00
200 km/h
TEMPO E VELOCIDADE

Campinas 200,00 350,00 400,00 160,80 75,00


2h26m30s
209 km/h São José dos Campos 68,40 – – 73,09 34,00
Volta Redonda/
1h04m São Paulo 97,50 – – 104,85 46,00
172,5 km/h Barra Mansa

57m30s Campinas 118,50 – – 126,47 59,00


192 km/h
São José São Paulo 28,80 – – 31,52 17,30
1h33m
VELOCIDADE

dos Campos
Campinas 49,00 – – 51,91 27,00
TEMPO E

280 km/h

1h33m30s São Paulo Campinas 21,20 – – 37,38 18,00


264 km/h
DOMINGO, 23 DE AGOSTO DE 2009
O ESTADO DE S. PAULO
CIDADES/METRÓPOLE
CIDADES/METRÓPOLE C5
C5
DETALHE

0 2,8

Avenida EM KM

No Rio Presidente
Kennedy
BAÍA DE
Uma complicada solução de mais um trecho da baía e, depois, de traçado, cortaria a Linha GUANABARA
engenharia levará a linha do trem cortaria outra parte da ilha, Vermelha e a Avenida Brasil.
Rodovia
a seguir por um túnel e atravessar passando entre o Centro de Depois, segundo o traçado Presidente
Duque Aeroporto
trecho da Baía de Guanabara para Tecnologia Mineral e o Centro de previsto, o trem passaria pelas Dutra de Caxias do Galeão

chegar ao Aeroporto Internacional Letras e Artes da universidade. O Favelas Parque Fredia de Sá, Parque
Tom Jobim (Galeão). Uma ponte reitor já reclamou, e a ANTT Horácio Cardoso Franco, Mangueira
levaria o trem até a Ilha do Fundão, informou que deverá exigir trens e Parque da Candelária até chegar São João Linha
onde fica a Cidade Universitária da subterrâneos. à Leopoldina. Isso exigiria uma série Vermelha
do Meriti Linha
UFRJ, que seria cortada em uma O trem sairia da Ilha do Fundão de desapropriações ou, mais uma Vermelha
Ilha do
das pontas. Dali, o TAV seguiria por sobre um viaduto, segundo o estudo vez, passagens subterrâneas ZONA NORTE RAMOS Governador

Avenida
Brasil Cidade Ponte Presidente
Universitária Costa e Silva

Linha Favela Pq.


Amarela Fredia de Sá

MG RJ CENTRO
Barão
Maracanã de Mauá
Resende

SERRA DA MANTIQUEIRA
Volta
Redonda
Barra
Mansa C omo inclui áreas povoadas da
Baixada Fluminense, o traçado
Queluz
O trem segue por
túnel até perto de
Queluz, quando sobe à
previsto exigiria muitas
desapropriações ou túneis

Cachoeira Paulista superfície novamente


para atravessar a Rua
Lorena A o chegar a Pedro Novaes. Ele volta Belford

A
Lorena o projeto para túnel no trecho da pós cruzar o Rio
O relevo da Serra das Roxo Itaboraí
vai desapropriar Mantiqueira. O terreno Paraíba do Sul, o
áreas rurais Araras é uma dificuldade
é acidentado e o vale TAV atravessa o bairro Nova
prevista pela própria ANTT. Duque Aeroporto
Guaratinguetá segue em ziguezague São Judas Tadeu, que Iguaçu de Caxias
A transposição exigiria uma do Galeão
fica entre a Rodovia
O
trem-bala segue a planície rampa de 450 metros
aluvial ao norte de Presidente Dutra e a via
de altura
Guaratinguetá e entra na Colônia Sérgio Braga, principal
Niterói
do Piagui, área rural conhecida ligação de Barra Mansa
com Volta Redonda. As
Rio de Maricá
como cinturão verde da cidade, Janeiro
com plantações de arroz e duas cidades disputam
hortaliças. Nesse trecho haverá a estação
BAÍA DE
várias desapropriações Angra SEPETIBA
dos Reis
510,8 km
é o total do percurso

Ilha Grande
N
SERRA DO MAR 0 10
EM KM

INFOGRÁFICO/AE:
GLAUCO LARA,
TCHA-TCHO, DANIEL RODA,
Ubatuba GISELE OLIVEIRA E MARCOS MÜLLER

OCEANO
ATLÂNTICO O trem
O modelo do TAV que vai operar na linha ainda
não foi definido. O trem-bala da ilustração é o
modelo ICE-3, usado na Alemanha

TORRES
RESPONSÁVEIS PELA
CABOS
SUSTENTAÇÃO DOS
CONDUZEM
CABOS AO LONGO DO
A ENERGIA PANTÓGRAFO
CABINE PERCURSO
AUTOMATIZADA, TEM ESPAÇO CAPTA A ENERGIA DO
PARA UM CONDUTOR. HÁ UM CABO PARA ALIMENTAR
COMPARTIMENTO DESSES EM OS MOTORES ELÉTRICOS

N.º de assentos CADA PONTA DO TREM

600
nas viagens
regionais, com
uma única classe

458
nas viagens
expressas, com
duas classes
VAGÕES
CADA VAGÃO DO TREM-
BALA É UMA LOCOMOTIVA
COM PROPULSÃO PRÓPRIA

INTERIOR
CONFIGURAÇÕES
Número de trens DIFERENTES DE ACORDO
COM A CLASSE E CABINES
PRESSURIZADAS

42
em 2014 EIXO
CADA UM SUPORTA 17

300 km/h
TONELADAS DE CARGA, AS
RODAS SÃO DE LIGA DE AÇO

é a velocidade máxima

TRILHOS
A LARGURA PADRÃO É DE 500 metros
84
em 2024
1,435 M. NÃO TÊM SOLDAS NEM
CRUZAM COM OUTRAS LINHAS
200 metros
é o comprimento do trem
é a extensão mínima de uma
plataforma de estação (para
composições de até 16 carros)
ÔNIBUS COMUM
13 M

A demanda Os custos
Estimativa do número de pessoas que usarão os diferentes tipos de transporte em 2014 Valores estimados para a implantação do projeto do trem-bala
EM MILHARES DE PASSAGEIROS POR ANO EM MILHÕES DE REAIS

Terraplenagem 127,32
AÉREO ÔNIBUS AUTOMÓVEL
TAV Estruturas 214,30
EXPRESSO
SERVIÇO

Rio de Janeiro – São Paulo 3.907 865 960 6.435


Via permanente 316,40
Rio de Janeiro – Campinas 160 76 43 635 Edificações e equipamentos 599,72
Rio de Janeiro – Volta Redonda/Barra Mansa – 262 560 2.619 Sinalização 1.361,40
Rio de Janeiro – São José dos Campos – 42 29 211 Telecomunicações 1.417,00

Volta Redonda/Barra Mansa – São José dos Campos – 65 23 254 Eletrificação 1.536,04
Aquisição de terras 1.631,02
REGIONAL

Volta Redonda/Barra Mansa – São Paulo – 13 79 184


SERVIÇO

Indenizações de construções 2.080,80


Volta Redonda/Barra Mansa – Campinas – 4 7 40
Replantio de árvores 2.138,00
São José dos Campos – São Paulo – 1.583 1.881 8.553
Medidas socioambientais 2.208,70
São José dos Campos – Campinas – 590 161 1.305
Material rodante 2.739,80
São Paulo – Campinas – 1.886 2.709 12.372 Serviços complementares 18.155,00
Total 4.067 5.386 6.452 32.608 Total 34.626,8

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