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PANORAMA E PERSPECTIVAS DOS MOVIMENTOS DE GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA

Í N D I C E:
I. INTRODUÇÃO IV. OS PRÓXIMOS PERÍODOS DE GLOBALIZAÇÃO:
A QUINTA, A SEXTA E A SÉTIMA GLOBALIZAÇÃO
II. ADVERTÊNCIA NECESSÁRIA V. CONCLUSÕES
III. AS QUATRO GLOBALIZAÇÕES VI. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

I – INTRODUÇÃO:

Este ensaio descreve o panorama dos quatro períodos de globalização e apresenta perspectivas para as três possíveis e
próximas globalizações: a quinta, a sexta e a sétima globalização.

Tem seis páginas e foi escrito com base na bibliografia indicada na última parte do trabalho, cuja leitura é recomendada para
quem vier a se interessar por este tema. Para melhor compreensão, o texto foi dividido nas seguintes partes:

II. ADVERTÊNCIA NECESSÁRIA:

As discussões sobre a natureza do erro já consumiram maços de papel e muita tinta, ao menos desde que Tales de Mileto
iniciou a tradição da especulação filosófica grega, na base da ciência moderna. Einstein penitenciou-se por toda sua vida pelo
erro que cometeu ao introduzir uma constante cosmológica para adequar o Universo a uma determinada concepção, contrária
ao que apontavam suas equações.

Se não pode ser inteiramente eliminado, o erro deve ser minimizado e, especialmente reconhecido daí a necessidade desta
advertência antes da introdução, pois, não se pode absolutizar uma narrativa, acreditando estar de posse da verdade; em
outras palavras, não se pode dogmatizar nada, sob pena de cair no reducionismo, pois, o dogmático vive aprisionado a um
mundo pequeno, que o obriga a conviver com desespero e o medo de um dia não sentir mais o seu chão.

Este ensaio é “adogmático”, porém, para escreve-lo, busquei apoio na metodologia utilizada por Alvin Tofler, por ser o autor
de uma teoria do futuro, a partir da análise do presente, no qual estamos vivendo o período da quarta globalização.

Didaticamente, esse parece o melhor roteiro para descrever o Panorama e as Perspectivas dos Movimentos de Globalização
Econômica.

No entanto, cabe ao leitor a palavra e a interpretação final a respeito deste texto, sem cair na armadilha do dogmatismo.

III - AS QUATRO GLOBALIZAÇÕES:

Uma nova civilização está surgindo em nossas vidas, um novo modo de viver de pensar e de viver está aparecendo, mas, por
toda a parte existem pessoas tentando ignorar esse fato, que é irreversível.

Esta nova etapa da civilização traz consigo traz consigo novos estilos familiares, novos modos de trabalhar e de viver
diferentes; uma nova economia, novos conflitos políticos, e, além de tudo isto, uma nova percepção da realidade.

Milhões de pessoas, especialmente, nos países desenvolvidos, estão sintonizadas com o novo ritmo; outras, aterrorizadas
diante dessa realidade, buscam uma fuga inútil para um passado que não volta, e tentam restaurar o velho modo de viver ao
qual estavam acostumadas.

Contudo, esta nova etapa da história não começou hoje, mas, tem origens antigas, que surgiram com os processos de
globalização, que já está na sua quarta fase, a saber:

1. A primeira globalização foi a do Império Romano. Enquanto os gregos filosofavam em suas cidades e ilhas, os
romanos articulavam um império. Construíam estradas e aquedutos, impunham seu sistema legal, difundiam o uso
de sua moeda e protegiam o comércio contra os piratas. Eram mais engenheiros do que filósofos. Com a queda do
Império Romano, houve uma feudalização política e comercial.

2. A segunda globalização ocorreu na era das grandes descobertas, dos séculos XIV e XV. Desvendaram-se novos
continentes e foi aberto o caminho da Índia e da China, porém, o surto do comércio internacional foi freqüentemente
interrompido por guerras religiosas e lutas dinásticas das monarquias européias.

3. A terceira globalização veio no século XIX, após as guerras napoleônicas. Foi o século em que o liberalismo
sobrepujou o mercantilismo e começou a prosperar a democracia política.

4. A quarta e atual globalização surgiu após a Segunda Guerra Mundial, mas, atingiu o apogeu com o colapso do
socialismo em 1989/1991. Durante o período de 40 anos da guerra fria, retomou-se a tendência da globalização com
o surgimento de organizações internacionais (ONU, BIRD, GATT, etc.), a formação de complexos regionais como o
Mercado Comum Europeu, e o enorme surto das empresas multinacionais, trazendo consigo a globalização dos
mercados financeiros, facilitada pela revolução da informática.

O fenômeno da globalização traz consigo as necessidades de se produzir altas velocidades de mudança (modernização)
dentro das instituições públicas e privadas, na busca de um futuro adequado, ao evoluir através de um oceano de imensos
riscos e grandes incertezas.

Coincidentemente, os quatro processos de globalização sempre foram liderados pelo bloco dos países desenvolvidos, ou do
primeiro mundo das suas respectivas épocas, deixando bloco dos países emergentes a reboque das suas lideranças, sociais,
políticas, militares e econômicas.
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Neste aspecto, o problema das nações emergentes, que não pertencem ao bloco dos países do primeiro mundo, foi sempre o
da sobrevivência, que, significa o equilíbrio com o meio externo, a solidariedade social e, muitas vezes, a hostilidade violenta
contra os de fora.

Esta quarta globalização também trouxe um problema quase irreversível para os países em desenvolvimento, ou seja, do
advento da tecnologia, que, encontrou na informática o vetor mais preponderante; a velocidade crescente com que a
informática se desenvolve, criou uma nova classe de analfabetos: a dos analfabetos em computação, pessoas despreparadas
para lidar com as novas ferramentas de trabalho, ou que não conseguiram se adaptar às novas exigências que essa
ferramenta nos trouxe.

Um novo paradigma educacional, a médio e longo prazo, é necessário aos países em desenvolvimento, para que os mesmos
possam pelo menos, não fazer frente à essa nova tecnologia, mas, para que até certo ponto possam alcançar um certo grau
de nivelamento tecnológico, que exige recursos financeiros inexistentes e necessários à formação de um contingente de mão-
de-obra especializada, principalmente em informática, pois, os países emergentes precisarão de 50 anos ou mais, para sair
do atual estágio de desenvolvimento e alcançar as nações desenvolvidas, mas, nesse tempo, essas nações já estarão mais 50
anos adiante e, as nações emergentes estarão a reboque das tecnologias de ponta, sempre com meio século de dependência
tecnológica.

Enquanto isso, somente os Estados Unidos, gastam anualmente cerca de US$ 220 bilhões em pesquisas e desenvolvimento
de novas tecnologias.

A velocidade crescente de desenvolvimento da informática, já deixou para trás os países emergentes.

A ficção científica perdeu a graça, deixada pela poeira da realidade científica. A sociedade da informação anunciou-se como a
revolução das revoluções; mesmo os governos dos países desenvolvidos repetem o termo “revolução” nos documentos que
produzem sobre essas questões, e têm sua razão, porque a informática e as telecomunicações estão acabando
dramaticamente com o tempo e a distância, passando por cima dos governos, fronteiras e nações. As pessoas podem
comunicar-se instantaneamente por toda a superfície da terra e classificar dados em tempo real.

Além do uso intensivo dos novos recursos tecnológicos, os países desenvolvidos, detém também o gerenciamento desses
recursos de um modo quase monopolista; basta dizer, que a Internet é operada e controlada por 13 Root-Servers, sendo que
10 deles, ou seja 77% estão instalados nos Estados Unidos; os outros três localizam-se, respectivamente, um na Grã-
Bretanha, um na Dinamarca e o outro no Japão.

O desenvolvimento tecnológico produzido pela quarta globalização trouxe a necessidade de se produzir altas velocidades de
mudança (modernização) dentro das instituições públicas e privadas, ao evoluir através de um oceano de imensos riscos e
incertezas, mas, essas mudanças não deveriam desequilibrar o “todo já existente”, mas, na prática, deu-se exatamente o
oposto, pois o fenômeno da globalização gerou o que os especialistas estão chamando de “a praga do fim e do início do novo
século”: o desemprego em massa. No primeiro mundo trata-se de desemprego aberto; nos países em desenvolvimento,
agrava-se a crise crônica do desemprego.

Ao entrar na quarta globalização, entramos também um uma nova fase da revolução industrial: do salto da produtividade em
mercadorias (sociedade industrial), passamos ao salto de produtividade em serviços (sociedade pós-industrial) e, agora, à
sociedade do conhecimento.

Neste estágio, a mão-de-obra tradicional se torna descartável, privilegiando-se os trabalhadores supertreinados, capazes de
manipular informática e a robótica.

Criou-se assim um descompasso: a mão-de-obra de treinamento médio, aceitável nas sociedades industriais e pós-
industriais, não é a demandada pela sociedade do conhecimento. Surge assim o fenômeno do “desemprego tecnológico”, que
não é novidade na história econômica, surgindo sempre que houve transições súbitas de patamares tecnológicos, como, por
exemplo, a descoberta da máquina a vapor no século XVIII.

A atual revolução tecnológica se processa com espantosa velocidade, exigindo ajustes dolorosos e profundos, sendo inútil
tentarmos contrariar as atuais tendências de informatização, robotização e globalização. É melhor participar do que assistir.

O desemprego atinge também os países desenvolvidos, pois, atualmente os Estados Unidos tem um desemprego equivalente
a 7% da força de trabalho. O desemprego traz como conseqüência a fome, pois, um trabalhador desempregado não tem
renda para comprar comida. O próximo governo brasileiro, que vai assumir em Janeiro de 2003, tem um programa de
combate à fome, apoiado pela ONU, cujo custo está estimado em US$ 5 bilhões, ao longo de quatro anos, uma meta
praticamente impossível de ser atingida. O problema brasileiro não é o único; ao lado do Brasil, nações como a Índia e a
China procuram combater a fome, ou pelo menos, mante-la controlada com uma política de distribuição de alimentos, e
programas de renda mínima, acompanhada pelo controle da expansão demográfica.

Há um aspecto muito mais sério a ser considerado no que diz respeito ao problema da fome: a China, que tem um
contingente populacional que já ultrapassou a casa de 1 bilhão de habitantes.

Lá, o governo mantém uma rígida política de distribuição de alimentos para que todos possam se alimentar, política essa,
suportada por um regime de força que vigora no país desde 1949. Por incrível que pareça, se o regime democrático for
implantado na China, com a abertura das fronteiras, vamos assistir a um movimento migratório, cuja tendência na China é
irreversível; o mundo assistirá um fenômeno até então nunca antes visto: uma grande massa populacional vai
espontaneamente emigrar para outros países em busca de alimentos. Há no mundo, países com terras plenamente
agriculturáveis e boas para o plantio; um desses países é o Brasil, mas, será necessário algum tempo para que a agricultura
possa dar frutos.
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Os estudiosos do assunto, dizem que uma grande migração chinesa, vai trazer à tona, a velha máxima de Thomas Robert
Malthus: “A produção de alimentos cresce em proporção aritmética, enquanto o crescimento populacional cresce em
proporção geométrica”.

Com relação a possível futura ocorrência desse movimento migratório, reportamo-nos à Bíblia Sagrada, onde no livro de
Apocalipse, encontramos as seguintes semelhanças a respeito:

• No Capítulo 9:16: “O número dos exércitos da cavalaria era de vinte mil vezes dez milhares; eu ouvi o
seu número”

• No Capítulo 16:12: “derramou o sexto anjo a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram
para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol

A semelhança mais notável está no capítulo 9, no versículo 16, pois, feitas as contas, o resultado é 200 milhões de homens,
número esse que corresponde ao contingente do exército chinês, que tem esse efetivo e pode ser prontamente mobilizado. A
menção destas duas referências bíblicas, não chega a ser um determinante, mas, alguns exegetas vêem nessas duas
passagens, a revelação de possíveis acontecimentos futuros, que poderão ocorrer nessa direção.

O fenômeno da fome também atinge a Índia, que faz fronteira com a China, porém, lá, prevalecem os mitos religiosos, que,
por incrível que pareça, ajudam o governo a equilibrar a situação. Este fenômeno é inexistente na China.

Ao lado da praga do desemprego, assistimos também neste início de século, o desenvolvimento de um velho fenômeno das
economias capitalistas:

o aumento da concentração de renda: as estatísticas oficiais dizem que 20% da população mundial, detém 80% da renda
per-capta mundial. 50% de toda a renda per capta do mundo, está concentrada nos Estados Unidos, ou seja, 10%. O
restante está, principalmente, concentrado nos países do Oriente Médio, que são os grandes produtores de petróleo, onde
estruturas sociais arcaicas locais predominam, forçando o povo a um padrão de vida abaixo do desejável, principalmente
através do domínio do fundamentalismo religioso. A transferência de renda para os países desenvolvidos ocorre,
principalmente, devido à aquisição de Bens de Capital necessários aos países em desenvolvimento, mas, não fabricados pelos
mesmos.

Além da aquisição de Bens de Capital, os países desenvolvidos também arrecadam renda graças ao elenco de tecnologias que
exportam para os países emergentes, e da conseqüente rede de prestação de serviços para a manutenção das tecnologias
exportadas.

Contudo a economia do petróleo pode estar com os dias contados, e até certo ponto, a chamada “riqueza do petróleo” já
pode ser considerada um mito, pois, se realmente petróleo significasse “riqueza estratégica”, o Japão seria pobre e o Iraque
opulento. Se produção de petróleo significasse realmente “poder” a Alemanha seria mais fraca do que o Kuwait. Na realidade,
a “riqueza estratégica” depende cada vez mais do domínio da ciência e da tecnologia.

A Microsoft, sem gastar um centavo do tesouro americano e tendo como principal insumo à energia cerebral, é atualmente
uma das maiores empresas americanas, com um valor de mercado de US$ 209 bilhões, quase doze vezes o valor de mercado
da Petrobrás, e com um valor comercial superior ao da Boeing.

Todo esse desequilíbrio, também traz consigo um fenômeno que não é novo durante os sucessivos períodos de globalização:
os mecanismos autocorretivos de cada período global. Infelizmente, quando ocorrem, esses mecanismos sempre causam
traumatismos econômicos e sociais, tal como ocorreu no século XIX, quando explodiu a revolução industrial. Nesse período os
“luditas” na Inglaterra quebravam teares. A expressão “sabotagem” vem dos tamancos de madeira (sabots) jogados nos
teares para travá-los. O historiador F. Braudel lembra a comoção social em Paris quando os irmãos Perrier instalaram duas
bombas elevatórias em Chaillot, em 1782, as quais, puxando as águas do rio Sena para a altura de 35 metros, tornaram
subitamente desempregados 22 mil carregadores de água.

O automóvel matou a indústria de carruagens e despovoou as cavalariças, e a eletricidade liquidou as indústrias de velas e
lampiões.

Porém, este quarto período de globalização causou transtornos econômicos e sociais muito mais fortes do que os três outros
períodos globais anteriores, pois, a Informática é a principal responsável pelo crescente desemprego; um dos principais
fatores para a queda do nível de emprego é o despreparo da mão de obra para trabalhar com as novas ferramentas
industriais. O outro fator é o crescimento da população mundial, em detrimento do desemprego tecnológico.

A crescente racionalização da área industrial motivada pela informática e a expansão das taxas de natalidade traz consigo a
necessidade da geração de mecanismos “autocorretivos”, não traumáticos, tais como:

• Controle das taxas de natalidade;


• Implementação de programas de “segurança alimentar”, através de programas de intercâmbio comercial,
entre as nações desenvolvidas e as nações emergentes, com a adoção do sistema de trocas (escambo) de
bens de capital por alimentos; na prática, isto significa a troca de um bem de capital pelo valor
correspondente em alimentos;
• Maior intervenção governamental para a criação de empregos (ou seja, uma ressurreição do
keynesianismo), com a conseqüente implantação de programas de distribuição de renda mínima, pelo
menos, durante um certo tempo;
• Adoção do sistema de emprego compartilhado, através da redução da jornada de trabalho;
• Controle da demanda de bens de capital, ajustado ao nível de controle das taxas de natalidade;
• Crescimento da microeconomia;
• Retreinamento da força de trabalho, para adaptá-la aos novos perfis industriais.
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Se estas medidas não forem implementadas, então, só restará o mecanismo de correção mais traumático que existe e que
já foi antes utilizado: a guerra, que, segundo alguns teóricos traria a redução populacional, pelo menos, a médio prazo. Para
esses teóricos, a guerra é o único mecanismo eficaz de equilibrar a explosão populacional.

Paradoxalmente é preciso agir rápido, pois, cada vez mais o mundo é dos mais “rápidos” em perceber as mudanças e dos
“flexíveis” para realizá-las.

IV - OS PRÓXIMOS PERÍODOS DE GLOBALIZAÇÃO:

A QUINTA, A SEXTA E A SÉTIMA GLOBALIZAÇÃO:

Apesar de estarmos vivendo o clima da quarta globalização, na realidade, estamos nos aproximando da teoria da “saturação
global”, ou seja, do término deste quarto período de globalização e do advento dos três próximos períodos de globalização, a
saber, o quinto, o sexto e o sétimo:

5. O quinto período de globalização poderá ser marcado pelo advento da “Fusão Nuclear”, que é a união de núcleos
pequenos formando núcleos maiores e liberando uma quantidade muito grande de energia; neste quarto período
global, estamos utilizando a “Fissão Nuclear”, que é o processo de quebra de núcleos grandes em menores, liberando
uma grande quantidade de energia. O processo de geração de energia nuclear utiliza a Fissão Nuclear, nas 438
usinas nucleares em operação no mundo. Outras 31 usinas estão em construção, elevando o total de usinas
nucleares para 469. Este processo é caro, sujo e muito perigoso, já tendo causado inúmeros acidentes.

O processo da Fusão Nuclear é mais seguro e econômico, além de ser mais limpo. Os reatores são mais baratos e
tem mais produtividade do que atuais, que são movidos pelo processo da Fissão Nuclear; além disso, as usinas
atualmente em operação, poderão ser adaptadas ao novo processo, através de kits industriais, o que vai baratear a
implantação do processo.

Com vistas ao advento da Fusão Nuclear, as grandes empresas produtoras de petróleo, estão investindo cada vez em
empresas de geração de energia nuclear, significando uma conversão de ativos (do petróleo para a energia nuclear).

Além do uso em larga escala da Fusão Nuclear, o quinto período de globalização, também, trará o uso em escala
comercial da “Nanotecnologia”, que se baseia na construção de máquinas em escala molecular, átomo por átomo.

A Nanotecnologia vem sendo pesquisada em todo o mundo e tem a chance de se transformar numa das tecnologias-
chave, determinantes nas próximas décadas. Esta tecnologia nos levará a um futuro da computação, ainda mais
avançado do que o atual estágio em que se encontra.

6. O sexto período de globalização, além de incorporar toda a tecnologia de informática e de telecomunicações, vai
também implantar o uso em escala maciça da Nanotecnologia, como Tecnologia Industrial, porém, o fator
determinante desta nova etapa global, será o uso do Hidrogênio Líquido como fonte de energia universal,
substituindo de uma vez por todas o petróleo como elemento combustível, cujo uso poderá se dar na sexta ou na
sétima globalização, dependendo das circunstâncias.

Uma confluência de fatores faz com que a utilização do hidrogênio, pareça cada vez mais provável. Um aspecto relevante é
que os motores de combustão interna, que usam derivados de petróleo como combustível, por mais refinados, confiáveis e
econômicos que sejam, estão esgotando seus limites.

Em oposição, os veículos movidos à energia produzida por células de combustível de hidrogênio, são quase duas vezes mais
eficientes, e, portanto necessitarão de apenas metade da energia do combustível.

Percebendo esse potencial, parte das montadoras está envolvida num esforço sustentado para desenvolver veículos movidos
a células de hidrogênio; entre essas empresas estão: Daimler Chrysler, Ford, General Motors, Honda, PSA Peugeot-Citroen,
Renault-Nissan e Toyota.

Com a utilização do hidrogênio como combustível automotivo, a indústria de transportes poderá iniciar a transição de uma
quase total dependência do petróleo, para um leque de fontes de combustível.

Hoje, 98% da energia usada para mover automóveis, vem do petróleo; esse esforço também criará competição de preços nos
mercados de energia – o que poderá baixar e estabilizar os custos dos combustíveis e da energia, a longo prazo.

Isso não significa que todos os obstáculos técnicos para projetar e construir veículos movidos a células de hidrogênio foram
ultrapassados.

Muitas dificuldades ainda devem ser superadas, antes de ser alcançada a praticidade e o desempenho que os usuários
esperam dessa nova geração de automóveis; uma das barreiras é o desenvolvimento de uma tecnologia segura e eficaz de
armazenamento de hidrogênio a bordo dos veículos, que seja capaz de proporcionar uma autonomia de percurso em torno de
500 quilômetros.

Uma vantagem da utilização do hidrogênio como combustível automotivo, é que a maior parte da infra-estrutura necessária
para implementa-lo já existe. A atual rede de distribuição de derivados de petróleo poderá ser adaptada com a instalação de
reformadores de combustível ou de eletrolizadores em cada posto de gasolina de bairro, permitindo que os operadores locais
gerem hidrogênio “na hora” e o forneçam aos usuários. Com esse sistema, não haverá necessidade de construir novos
oleodutos e gasodutos de grandes extensões, nem de substituir a infra-estrutura de suporte automotivo existente.

Para um conhecimento mais pormenorizado da utilização do hidrogênio como fonte de elemento combustível automotivo,
recomendamos acessar o Site: www.sciam.com/explore_directory.cfm
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O sétimo período de globalização (se vier a ocorrer), certamente será marcado pelo chegada da “antimatéria”, que, na
prática significa a produção de átomos de anti-hidrogênio frio.

Se no presente, a ficção científica perdeu a graça, deixada pela poeira da realidade científica, se, atualmente as pessoas
podem comunicar-se instantaneamente por toda a superfície terrestre, acabando com o tempo e a distância, passando por
cima dos governos e nações, imagine-se o poderá ocorrer com a utilização da “antimatéria” como fonte energética.

Atualmente estamos limitados à transmissão de E-Mails, Fax, Telefone, sendo necessário utilizar meios físicos de
deslocamento de um ponto a outro do planeta, mas, a antimatéria permitirá o “Tele-Transporte” de pessoas e objetos entre
todos os pontos terrestres e talvez até mesmo permitirá o deslocamento sideral de pessoas e objetos.

Os primeiros testes com o Tele-Transporte, utilizando a antimatéria como fonte energética, já foram realizados por uma
Universidade dos Estados Unidos com pleno êxito, embora, a distâncias e períodos de tempo muito curtos, (1 a 2 segundos).

Além disso, especula-se que, durante a Segunda Guerra mundial, a Marinha dos Estados Unidos, teria realizado um programa
de testes, através do “Projeto Filadélfia”, porém, nada de concreto existe a respeito; existem apenas especulações e nada
mais.

As pesquisas (muito antecipadas) das tecnologias para os três próximos períodos globais mostram que os países
industrializados dispõem de mecanismos estratégicos e de uma política de proteção industrial, a médio e longo prazo, que os
países em desenvolvimento não tem. Aí, mais uma vez, conforme ressaltado na página quatro deste documento, esses países
continuarão dominando os países emergentes, através do domínio tecnológico, que, voltará a passar por cima dos governos,
fronteiras e nações, conforme acontece hoje.

Novamente, os países desenvolvidos agiram rapidamente, pois, é preciso agir rápido; cada vez mais o mundo é dos mais
“rápidos” em perceber as mudanças e dos “flexíveis” para realizá-los.

Os países desenvolvidos copiaram os romanos: são mais Engenheiros do que filósofos.

V – CONCLUSÕES:

Não é preciso ser uma pessoa muita bem informada para, diariamente, receber uma avalanche de más notícias instigadoras
de uma visão apavorante do futuro: aumentam as formas de violência, desde as barbáries mais rudes até as que empregam
alta tecnologia, como o atentado ao WTC em 11 de Setembro de 2001.

Diante desse cenário, desenham-se duas possibilidades: de um lado, estão aqueles que, tal como a Cassandra mitológica
fazem previsões de um iminente fim da humanidade ou da instalação do caos generalizado, do qual não haverá saída. Do
outro lado, estão os que, cientes das grandes dificuldades com as quais se defronta a humanidade, acreditam que, apesar de
tudo, esta tem possibilidades de reorganizar-se e estabilizar-se.

Ao primeiro grupo, dos pessimistas, juntam-se cientistas como Francis Fukuyama, John Horgan e Steven Weinberg, além de
filósofos como Pierre Baudrillard e Giles Deleuze, e um número cada vez maior de seitas religiosas (não necessariamente de
orientação cristã); no entanto, para a surpresa geral de todos, um dos cientistas pertencentes ao grupo dos pessimistas,
Francis Fukuyama, autor do livro “ O fim da história e o último homem”, escrito em 1989, acaba de rever as suas teorias
sobre o fim da história.

Mais de dez anos depois de ter lançado “O fim da história e o último homem”, Francis Fukuyama acaba de publicar o livro
“Nosso futuro pós-humano”, onde defende a idéia de que a história não pode acabar enquanto houver ciência, e diz que esta
sim está mudando o mundo. Em seu novo livro, Fukuyama, diz que realmente a história não acabou, pois, isso só seria
possível se tivesse ocorrido o fim da ciência.

Entre o lançamento dos dois livros de Fukuyama, um outro cientista político, Samuel Huntington, lançou a obra “O choque de
civilizações”, considerado uma refutação das idéias de Fukuyama.

No segundo grupo, dos otimistas, alinham-se filósofos como K. Apel e J. Habermas, cientistas como Tommaso Poggio, Luc
Montagnier, Ilya Prigogine, escritores como Umberto Eco e Isabel Alende e um grande número de teólogos e intelectuais de
outras áreas.

No entanto, dentre todos eles, o autor que mais se tem destacado na elaboração de uma teoria do futuro, a partir da
realidade presente, é Alvin Tofler, autor das seguintes obras: O choque do futuro, A terceira onda, Powershift e Criando uma
nova civilização, dentre outras obras.

Alvin Tofler não apresenta uma solução acabada para a crise provocada pelas grandes transformações, no entanto, entende
que por meio de uma análise séria do cenário atual, podem ser descobertas as soluções adequadas.

Blasfêmias, anátemas, esconjuros, profecias ou abordagens ideológico-sentimentais podem servir de alerta, mas não se
prestam a dar tais soluções.

Alvin Tofler batizou de “Terceira Onda” o conjunto de transformações que está levando a esta nova fase da história da
humanidade.

Finalmente, cabe a você leitor, após ler os cinco capítulos e as seis páginas deste ensaio, avaliar, tirar as suas próprias
conclusões e dar a sua própria interpretação e a palavra final a respeito do conteúdo deste ensaio.

A palavra final é sua, leitor: a conferir!

VI - BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA;
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1. A TERCEIRA ONDA – Alvin Tofler;
2. PARA FILOSOFAR – Severo Hryniewicz;
3. O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO – Aldous Huxley;
4. COLETÂNEA DE ARTIGOS – Roberto Campos (O Globo);
5. 1984 – George Orwell;
6. REVISTA SCIENTIFIC AMERICAN – Brasil – Ano 1 – Nº 6.

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