Critérios Correcção III teste 11E

1. - Conhecimento cientifico = processo lento, com muitas resistências, iniciado no século XV.
- Descobrimentos marítimos = novas realidades, novos animais e plantas – estimulam o desejo de
conhecer com mais rigor, de observar directamente os fenómenos.
- isto leva à necessidade de criar um método rigoroso que possibilite chegar a conclusões rigorosas
= método cientifico de Bacon e Descartes.
- Estes e outros cientistas como: Keppler, Boyle, Newton, Galileu, Harvey... empenharam-se contra
o dogmatismo e ignorância e aplicaram as regras da investigação cientifica.
- O resultado foi a transformação total da concepção do homem e da natureza e do universo.
- A ciência solidifica-se e passa a ser divulgada nas academias cientificas, nos boletins/panfletos
periódicos, pela organização de laboratórios onde se realizam experiências como a que observamos
no doc. B.
- os progressos técnicos que observamos no doc. A vêm dar um auxilio determinante às experiências
e juntos determinam a formulação da relação entre os factos, ou seja, a lei.

2. - O Iluminismo foi uma filosofia nacionalista e optimista que reflectia o espirito da época
(crescimento demográfico, económico e cientifico-técnico), seguiu as linhas orientadoras do
pensamento europeu que já vinham do Renascimento (Humanismo).
- O Pensamento Iluminista valoriza o indivíduo e a sua capacidade racional (Inteligência, Razão –
Luz ou Luzes).
- Para os iluministas a Razão (livre e sem constrangimentos) era o meio para desvendar os segredos
do Universo, e construir o conhecimento sobre a Natureza, os homens e as sociedade.
- O conhecimento era o único processo de o homem se libertar da servidão, dos preconceitos,
injustiças e erros que marcavam a sociedade da época (Antigo Regime), construindo o progresso
(doc. E) e através dele atingir a felicidade, direito inato de todos os homens e o supremo objectivo
da sua existência.
- O pensamento iluminista foi influenciado pelas ideias de Jonh Locke, nomeadamente no interesse
pelo mundo físico – a Natureza – e pela determinação das leis Naturais, as únicas consideradas
Universais.
- A volorização da condição natural do Homem que os filósofos iluministas chegaram ao
reconhecimento e formulação dos direitos naturais – igualdade, liberdade, propriedade... (doc. D).
- com reconhecimento dos direitos naturais e da moral natural os iluministas passam a condenar a
tradição e as desigualdades sociais, criticam as religiões, os regimes políticos e as sociedades que se
haviam estatuído nos princípios contrários a essas leis naturais (doc. D e E).

3. medidas económicas (reorganização da economia, finanças e fisco)

- Junta do comércio (regulava a actividade económica, reprimia o contrabando, licenciava lojas,
vigiava as alfândegas...).
- fundação de companhias monopolistas para o comércio com o Brasil e Oriente.
- fundação da companhia Geral da Agricultura das vinhas do Alto Douro.
- fomento manufactureiro (criação de fabricas de lanifícios, vidro, louças, cutelaria, sedas, etc.).
- o Erário Régio (para a centralização das receitas do Estado)
- objectivo era reduzir a dependência de Portugal face à Inglaterra e à redução do défice da balança
comercial o que foi conseguido.
Medidas Urbanísticas
- Foi após o terramoto de 1755 que o Marquês mostrou a sua eficiência, no papel que desempenhou
na reconstrução de Lisboa.
- Encarregou os engenheiros Manuel da Maia e Eugénio dos Santos de elaborarem um traçado
completamente novo para a baixa lisboeta.
- o projecto aprovado previa ruas largas e rectilíneas, geometricamente rigorosas, com passeios,
sistema de esgotos, de aguas pluviais e de saneamento.
- os prédios de quatro andares harmoniosos e homogéneos, o rés do chão estava reservado ao
comércio, o 1º andar para escritórios e os andares de cima para habitação. Construídos num sistema
anti-sísmico – a gaiola
- o racionalismo iluminista estava bem presente em todo o projecto, mas observa-se plenamente na
praça do comércio.
Afirmação do poder do Estado face aos grupos sociais
- Claramente inserida na filosofia política do despotismo esclarecido foi a submissão das forças
sociais ao poder absoluto do Estado levada a cabo pelo Marquês:
- Expulsão dos jesuítas – vistos como os responsáveis pelo atraso do país pois detinham o ensino e
em nada contribuíam para a modernização do mesmo.
- tentativa de limitar o grande poder das principais famílias nobres, nomeadamente os Távoras que
foram acusados de atentarem contra a vida do Rei. O seu julgamento e condenação violenta
marcaram o país e as famílias nobres que a partir de então se mantiveram submissas ao poder do rei
e sobretudo do seu ministro.
Reforma no Ensino
− Na reforma do ensino temos presente, mais uma vez as ideias iluministas presentes: a
ignorância era considerada o maior entrave ao progresso dos povos. Assim o ensino
passou a ser o centro das preocupações dos déspotas iluminados:
− O Marquês fora influenciado quando estivera no estrangeiro e tivera contacto com os
ideias iluministas assim como pelo contacto que teve com uma série de estrangeirados
( L. A. Verney ou R. Sanches...)
− Cria o colégio dos Nobres, para a educação da elite portuguesa.
− Reorganiza o ensino primário com a criação de escolas por todo o país e cria postos para
novos professores (mestres de ler), além das aulas de retórica, filosofia, grego e latim
para os alunos que quisessem prosseguir estudos.
− Reformou a Universidade de Coimbra: (Junta da Providência Literária) – criou novos
cursos, novas matérias e novos métodos e espaços de ensino.

2.1 Apesar das diferenças, as 13 colónias Americanas da Inglaterra, uniam-se pelos

interesses comuns nomeadamente a luta contra pretensões espanholas ou francesas como
aconteceu na guerra dos 7 anos em que um exército constituído por soldados das 13
colónias lutaram ao lado do exército inglês contra os franceses.
Após este conflito as relações com a Inglaterra passaram a ser mais difíceis devido:
- ao aumento da carga fiscal nas colónias (melaço, produtos das Antilhas, imposto de selo aos
documentos e jornais, taxas sobre o chá, papel, vidro e chumbo).
- as colónias teriam de suportar as despesas do exército inglês no seu território.
- viram ser recusado o seu pedido a terem assento (representação) no parlamento de Londres (onde
eram tomadas as decisões que as colónias teriam que aceitar).
- Este facto levou a que os colonos se recusassem a pagar os novos tributos, o que originou conflitos
com as autoridades britânicas: Massacre de Boston (1770) e Boston Tea Party (1773).
- Para agravar a situação a Inglaterra cria uma serie de leis (intoleráveis) – fecho do porto de
Boston, redução da autonomia em Massachusetts, limites à expansão para oeste da Nova
Inglaterra...) - provocando o corte definitivo de relações.
-em 1774 os representantes das colónias reuniram-se em Filadélfia e resolveram lutar pela
autonomia e encerraram o comércio com a Inglaterra.
- em 1775, no 2º congresso de Filadélfia organizam um exército, comandado por George
Washington.
- em 1776 aprovam a declaração da Independência. Como resposta a Inglaterra reagem com acção
militar – guerra da independência, que os americanos venceriam com o auxilio de forças
estrangeiras, nomeadamente o franceses. Em 1783 a Inglaterra reconhece a independência dos
EUA.
2.2 A Declaração da independência fez eco dos ideais iluministas ao exaltar dois princípios
revolucionários: todos os homens nascem iguais e possuidores de direitos inalienáveis
como o direito à vida à liberdade e à felicidade, o que estabelecia uma sociedade
igualitária, sem privilegiados e fundada na igualdade de oportunidades; e que o poder
maior reside no povo, daí que os governos só fossem legítimos quando mandatados pela
vontade popular, como defendiam os principais filósofos iluministas – Condorcet,
Voltaire, Rousseau...