178, R. M ~ R T I R E SDA LIBERDADE, 178 /i-.:;:: 7 ?; , ..L< +> . O desembargador 5020 Leitão, pij,l-:"f ,..: ' f ' ~ . . I . J I
meiro governador geral da ~ a d e i r h : , - : ' . ; . -
',...--
N i l < l < A S l ) O ;ilgtiiis cios sucessos ocori-idos
iiiis illias iii ilndcirn e l'drto Santo. depois d o cstnbclcciiiieiito do doiiiiiiio filipiiio, esere- ~ c i <;aspar i I'riitiioso o segiiiiitc: «I)cpois elite foi j~ilgado 1'ortiig:il s e r cio Catliolico Key l'liclilipc Xosso Seiilior, c teve a posse dellc, tiiaiicloii este L:[: Illin dti Madeira por C p i 1 1 Zlor. c i ~ < > v ~ r i l : della i d ~ r o l>cseriibar- gador .Toao I,cyt50, cliic taiiibeiii tii~lincargo d a Fazeiid:i d'l!l-Key c da Jtidieatiira. c riiora\.a na I.'«rtale~a,doiide saliio, licaiido coiii todos o s car- gos d'aiites, csccl>to n Capitaiiia Jlor de Guerra, iíepois qiie, ~ 1 inaiidado e do iiiesiiio Key Vhelippe, cliegou n a Illia por C;ipitaiii clella c da i10 Porto Sniito D. hgostiiilio IIerrera, Coiidc d e Laiiqnrotc . e Seii1:or cle Forteveiitura.. lia era de 158%) ('). 1stas afiriiiaqóes deraiii logar a que tocios os escritores que se tGeiii ocupado d a liislóri:~das illias do &Iadeira e Porto Saiito scjniii coricordes eiii afiriiiar qiic, logo depois de cstal~clccidoo doininio filipiiio, sofre11 a ~ic!iiii~~istração das ilhas da .\Iadeira c 1'61-to Saiito iiiiin protuiida traiisforiii:tçfio, cscrccnilo dcsile 15131 11s fiiiiyòes dc goveriiador geral-cargo etit5o criado para anular dcfiiiitivaiiieiitc o podcr político dos capi- táes-doiinti~rios-o dcsci1ib:irgador João Lcit5o. Parece-nos, porEiii, qile estas afiriiiac6es de- veiii ser rectificadas. O diploiiia de iioiiie:ição (ic João Lcit5o para o cargo de goveriiador geral !ião é cotihc<:ido; hi, portili, nos arquivos, outros doc~iiiiciitos qiie a João 1,eitSo dizeiii i-espeito c c~iicIcvaiii i~ co~ivic@ío de qtic aquela iioiiicaçáo iiiiiica cxistiii. O dcsc!nbarjiail«r 1050 LeitRo foi, de fiicto, uiii govcrtiaclor geral das illia:; dii ?Ia- deira e I'ôrto Santo, iiias foi-o por ter sicio iiives- tido em uriia iiiultil>licidadede atril>iiiç6esc rega- lias por iiiiia sgric dc diploiiias oficiais, diylotiias esses cliic, ao tiiesiiio teiiipo, provaiii claraiiientc ter sido s6 ecii 1,582, c riáo ciii l,illl, co111o se tetu afirmacio, qirc o desciiibargador JoSo 1,eitão chcgoii Madeira.
O alvarit de 2 dc Jaiieiro de 15112 refere-se
As atribiiiç6cs ju(1icinis :
«liii ell Rey faço saber aos que este allvnra
vyrciii < pella cófiaiiiçn ? tciilio do leceiriceiido Joaiii Leilão do tncii dcseiriòargiio deseiiibnrgiia- dor da casa da soprycliiaqaiii qiic nas cotisas de . . que o cricarrcpr tiie servir6 beiii.. . . . .. . . . . . . . . .]<i por heili dc 110 etiivjar ora a illia da ~ii;id'~: e a il1i:i do porto santo pera ticllas ein- tciiider c provcr tias coiisas da jiistiqa c outros iicgiiocios dc Iiieii servjqo tia f'oriiia e tilailcira qiic ilic Iic <leclarado por outras iiiiiihas provi- xois. . . q ~ i ccllc leva c isto etiiqitatito o Eiilioitver por ]:c111 c 1i..1o iilandar ho contrayro.. .» (I).
Por uni oittro nlvarci d a tiiestiia data foi
Soáo 1,citáo tioiiiencio provedor cie obras, orffios, cnl>clas, Iiospitais c albergarias c juiz dos rcsi- cluos :
«Eu e1 Kej Íaqo sabcr a vos L."O Joain Lei-
tatii do iiicii dcsciiibarguo desetnbargiiacior da C,~saLia Siiplicn~atii$ ora por incu tiiandado js a illin da AI,ideira c jllia do Porto Satito pera etiteiider e prouer tias cousas da justiça e a ou- tros ncgocios de tiieu serviço ? eii cy por beiii e iiic prai. qiic eriquaiito nas ditas jlliiis aiidardcs tciihaes cargiio de prouecr no negocio das obras orf,l»s çal>ellasliospitlies coiifrarias albargnrias e nas çousas cios Rcsidos das clitas jllias cozi- fortiie ao liegiiiictito cliie vos seri1 dado c iiiiniias ordeiinções e scgiindo tielle for declarado asj iios cayitollos do iiegitiieiiio nouo q vos iii5dei dar pelo que triaii~io aos jiiizes vereadores e prociiradores &a cidade do Fuiichal c das iiiais villas c I i i g i i ~ ~d:i~ s~lit:ijI11;i t l t i JI:i~lc~ir;ie jl1i;i cio Porto Saiito e oi11r<1sqii;iesqiic~r otriciacs e pessoas a que pcricricer qiic vos deixciii eiileii- der c prover i i n s ~ l i k i soi>r:is orfàos cupelins 1iosyit:ies coiifi:iri:is t~ii:ifiiiias nll>:irg:irias c residos e vos oheclc~tiiiiciii todo o qiic. acerqii;i destas coiisns Ihes iri;ititlai~~i~s coiiio por hciii do dito carguo e licgiiiieiilo e tiiiiiliiis or~leiiaçfiesc Regiiucnlo iioiio o dciiciii f'axci. soh a!; peiias qiie Ilics piisertlcs tis qiiaes t'tircis coiii cffcito exccutai iint~iiellaspessoas q i ~ co asj 1150 c6pri- reiii.. .isto sc ciiteiidcri ass) ria capitania do l.'uiichal cotiio iin tle AIacliichiqiic (sic.) d:i jllia da JIacicira e ti:i do Porto Sariton (').
Pelo alvark dc :> <!e .jiiiieiro clc 1:)OL foi iio-
iiieado provedor da fa~eiida:
«Ku e1 Kej faço saller aos qiie este alliiaKi
vireai que eu e). por hciii c iiie prai; q l i 0 I,.<'" - Jolião 1,ejtúo do iucii descitibargiio e desciiihar- guador da casa d a sopricaçiío qiie ora eriivgo tis jllias da òladcirn e Porto Saiiito pera etiiteiitler e proceder tias coiisas cla jiistiqa sirva tiifibeiii dc provedor de iiijnlia fazenda nas ditas yliias ciiiqiiáto iiellas estjvcr asg e da iiianejra qiie seriijrno os prouedores cliic liatei ora fora6 c coti- forme a seus regitiientos e prouisóes pelo que iiiãdo aos oficiaes de rrijiilia fazciida lias ditiis yllins e a qiiaees quer otittos oficiaees e justivs ;i qiic o coiilicciiiit~iitoelcsic pci~teii$erllie deixetil scriiji. o dito c:irgiio c"io i11i:il averaa de seu iii5rjiiic1ito orcleiiado V X X rs. c111 cada 1111 alio que llic ser:ii> pagiios iio alliiiosarif;ido e allfaiidcgua tln cicl:idc c10 Fiiiiiclinll d o dia qiie cllc I.."" Joliào T,cytão p:irtjr desta çiclaclc c111cliaiirlc c iiiaiido ao alliiiosnrilè ou lieccbcdor do dito alliiioxarifado qiie ora lie Iie ao diaiiitc for llic dce c piigite os ditos cciiito vyiiitc iiiill rs. cada alio c lhe fi~qa ilcllcs boiii p~guaniciit<) pci' jtiitejro hc seiii que- I-rrai allgii5 aos c1ii:irtecs do alio per este soo alluara gcrall sorii iiiai:: oiitra proiijsâo e pelo trcllacto dcllc qcic scran rcgislado iio 1,ivro de siia despem pelo cslirivai) de seli carguo e coilhe- ciiiiciito do dito I,.'!" Jolião 1.eytão iiiaiido <j Ilie sejâo Icuados c111 coiitn cada alio y llios Iiasy l>aguai- e aos vccdores de iiijiilia f a ~ c i i d allios fi1~8o aseiiitar tio 1.ivro da fazetida.. . o qual orclciiado hc outro taiito coiiio ate ora oii11er5o :is pessoiis qiie o dito carguo seriijr8o» (I).
I>ostres clociiriientos cliic acabatiios de trans-
crever se coiiçliie clnraiiieiite qitc sO etii Saiiciro dc 1852 ,1050 1,citáo partiti para a Madeira. lsto iiiestiio afirtii:i taiiil-ri.iii o segiiiiite :ilrar:i dc :iposciitadoi~iadc .í dc Jaiieiro de 1582 :
«I;u cll-Key faço saber aos que este allv"
vji.etn yiic cu Iicy por I>eiiic iiie pras qiie o I2'Io Joatii 1,cjtaiii do ti~cudcseiiil-rargiio desciiil-rar- giiador da ciiza diisopricasatii c <luc ora ctiivio as ilhas da tiiadcjra c porto santo para eiiitetider e prover nas coiizas da justiça e por provedor de minlia fii~cridadelas tenha c aja cada aiiilo emquanto tias ditas yllias estiver e servir o dito carguo de provedor vyintc mil1 rs. pern sna apo- sentadoria dc casas e caiiias qiie lie o ~ i t r otatito como ouverã a s pesoas qiie at&goriio dito cargo servirã lhc seratii pagos n cust:i clas rciiidas da yinposição da cidade do fiitiicliall do dia crii que purtjr dcsta cidade etn cliniite pelo cluc inaiido ao altnx. oii Recebedor das ditas rciiidas que ora lie c ao diante for lhe dee c page os ditos vitnte tiiill rs. cada ano e llic faça delles boiii pagatii.'" por este seo iillv'" geral1 sciu tiiays outra pro- visã aos qitarteis do ano por ymtciro e se111 quebra a1lg;n e plo treslado dellc que sera re- gistado 110 L" cie sua despem plo escrivâo de seu cargiio c conhecitiieiito do dito leceniceado Yoarii leitâo tilatido q llie scjatii llevados çada ano que 1110s asy pagar c aos vedores dc niynlia fazenda llie façaiii Iiaseiiitar este all"" tio lyvro d a faz". .. . .. o qual1 qiiero 5 vallia tetilia força e vigiior cotiio se fose carta feita de ineu iioiiie por iiiytit assinada c pasada por iiiyiiha cliaiii- . celaria. . » ( I ) .
Provado este, tatnbiin, quc João Leitão não
partiu para a Madeira por ter sido notneado governador geral. Resta-nos por6111, exaiiiiiiar
"totiio 2.0, foi. aio C seg. a liip6tcsc de ter sido iioiiicado para tal cargo posterioriiieiite. .k ~egiiititcvcrba laiiçada 5 iiiar- gcii~do registo, feito iia cliancelaria, do nlvar5 de iioiiicaçBo para o cargo de provedor d a fa- zciida csclarccc o assiiiito iiiostrarido que Joâo I.eitlio serviii iiqucle cargo durntitc todo o praso iioriiial, trcs aiios, dcixan<to-os6 eiii 1585 :
«Ao sobredito foi pilssa~la prouisáo p a r a , --
Iliogo l"erti:riiclez Celleiiia tlicsoiireiro iiior lli f fazer pagniiietito de sctciiia e doiis iiiil e çetii rp :; cliie Ilic iiioiitarão de SCLIS ordeiiados des o teniliv ,;.. .- ciii <liic açaboii de d a r siiii Resideiicia ila illia da'.:, ,\ladeira que foi ciii fiiii de dczciiibro do alio de 8.5 até trczc dias dahril do niio dc 586 eti ;i clie- goii a esttr cida~lede 1,ixboa. E do sobredito se pos acliii esta vcrba por vcrtude d a dita proui- sáo c tiáo pasoii pela cliancellaria por assj o declarar, eiii 1,isboa a xxiij dagosto de i588 anos -(;aspar Jlaldonado.»