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Queridos Pais,

Porto, Portugal - 1834

sei que difcil, aps a minha fuga de Vig, para vocs, desculparem-me, mas como devem saber, eu tive, tenho e sempre terei as minhas razes. Sempre me fascinei pelo mar e nele que pretendo continuar a minha vida. Por muita dor que este j tenha provocado, por muitas pessoas que t tenha morto, continuo a ter vontade de o explorar, de remar mais para Sul e de me vingar dele por causa de todos aqueles que me eram queridos e que ele me tirou. No mar vejo a minha famlia, a minha escola, a minha orientao tudo para mim. S vos peo que me compreendam e tentem perdoar-me pelo que fiz. Tudo o que fiz foi, unicamente, para perseguir os meus sonhos at ltima janela de esperana e nunca para vos magoar. Neste momento, estou longe de Vig. J no fao mais parte da tripulao do navio que da me levou e fiquei a vaguear numa cidade cujo nome desconheo, mas que das mais belas e peculiares cidades que existem. Para c chegar, passei por mares agitados e turbulentos, como os que so os do Norte. Passei por mares calmos e brandos como os que so os do Sul. Entretanto, um homem generoso e bondoso deu-me abrigo, gua, comida e conforto. Deu-me tambm papel e canta para vos escrever esta carta. Estou bem Sem mais nenhum assunto, At um dia, Hans

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