Comportamento da força muscular de idosos após seis anos de treinamento resistido

José Maria Santarém1, Antônio César de Melo1, Rosana Aparecida Betoni1, Lucas Caseri Câmara1, Wilson Jacob Filho2

1 – Instituto Biodelta; 2 – Geriatria FMUSP

Introdução: Linearmente ao processo de envelhecimento e

degeneração do sistema musculoesquelético, encontramos a
redução das aptidões físicas e limitação da capacidade de
realização de tarefas cotidianas. Dentre as aptidões reduzidas,
a força muscular é tida como uma das principais aptidões
relacionadas a realização destas tarefas. A literatura científica
tem documentado que o treinamento resistido é intervenção
eficaz em promover aumento da força muscular. No entanto,
grande parte dos estudos são realizados em períodos curtos
(menos de um ano). Assim, o objetivo deste estudo foi verificar
o comportamento da força muscular de indivíduos idosos que
permaneceram em treinamento por período prolongado (mais
de cinco anos).
Resultados: Para todas as avaliações houve diferença
estatisticamente significante para os períodos pré e pós seis
anos de treinamento. 1) Press Peitoral: 10,6+0,8; 15,7+0,9. 2)
Remada: 31,8+1,1; 40,0+1,5. 3) Lombar: 53,4+3,0; 75,5+3,3.
4) Leg Press: 63,6+3,4; 76,4+2,4. Os resultados em valores
percentuais comparativos das avaliações realizadas
mostrados nas figuras abaixo.
Métodos: Idosos que estavam em acompanhamento
ambulatorial na Geriatria do HCFMUSP compuseram a amostra
selecionada. Durante um período de seis anos realizaram
regularmente (>80% de freqüência) em duas sessões semanais,
três séries de exercícios (leve-moderada-pesada) envolvendo
os grandes grupamentos musculares. Como parâmetro utilizado
para avaliação da força muscular, foi registrado a carga de
treino da série pesada (8 repetições) após um mês de
adaptação, e a carga de treino da mesma série ao final do
período. Foram avaliadas as cargas dos exercícios de Press
peitoral (n=28), Remada (n=27), Lombar (n=19), e Leg Press
(n=28). A Análise estatística foi realizada através do Software
são Statística 5.1, por meio de Teste-T pareado para cada
avaliação, adotando nível de significância de p<0,05.

Conclusão: A prática regular do treinamento resistido por

período prolongado é significativamente eficaz em promover
aumento da força muscular de idosos, mesmo após seis anos
de concomitante envelhecimento.