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Tabela matriz – 1.

ª tarefa

Conhecimento na área Biblioteca escolar

Aspectos críticos que


Desafios. Acções a
Domínio a Literatura identifica Pontos fortes Fraquezas Oportunidades Ameaças
implementar
 Ser respeitado como  Crédito horário
um especialista do atribuído ao professor
 O desen-
saber (Allison G. bibliotecário;
volvimento das
Zmuda, V. Harada);  Criação do “professor
competências e da
 Dominar as áreas bibliotecário a tempo
formação, bem
prioritárias na escola; inteiro”;
como da obtenção  Falta de
 Exercer liderança: uma  Continuidade dos
de resultados continuidade;
liderança professores  Alargar a formação
depende da  Falta de apoio da
transformadora e bibliotecários (de contínua nas
estabilidade do  Modalidade de gestão das escolas
criadora da realidade acordo com a última diferentes áreas em
Competências do cargo; formação e/ou da tutela;
que se deseja legislação por um que é exigida
professor  A acção do contínua;  Excesso de
(Caldwell & Spinks, período de quatro competência ao
bibliotecário professor  Outras burocratização
1992); anos); professor
bibliotecário não modalidades de que impede o
 Liderança estratégica  O professor bibliotecário
deve centrar-se formação em BE. desenvolvimento
colaborativa, criativa, bibliotecário deve ser
em colecções, de determinadas
sustentada e flexível qualificado. Esta
posições e competências.
(Ross, Todd, 2001), preparação assegura
advocacia
que seja capaz de que os professores
(Ross, Todd,
evidenciar a relevância recebem ajuda e
2001);
do professor trabalham
bibliotecário na escola, cooperativamente no
podendo desempenhar desenvolvimento do

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a função de catalizador curriculum, actividades


, num processo em que educativas,
a gestão da escola, planificação a curto e
professores e alunos longo prazo da
colaboram para os utilização dos
mesmos fins (Zmuda, materiais, informação
2008); tecnológica e
 Escassez de tempo equipamento,
para fazer tudo o que é desenvolvimento das
necessário, é uma das competências de
percepções do informação –
professor bibliotecário qualificação como
(afirmação de Todd factor de
Ross no seu estudo desenvolvimento da
baseado na realidade qualidade educativa
australiana); (IASL, 1993);
 Ser prospectivo, isto é,  O professor
estar permanente - bibliotecário faz da BE
mente actualizado, ter um espaço de
uma postura de conhecimento de
investigação e de articulação, de acções
aprendizagem baseado em
contínua. evidências,
contribuindo para o
cenário de
aprendizagem e de
informação como
alicerce fundamental
para a articulação de
papéis e selecção de
recursos (Ross, Todd,

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2001);
 A BE é um espaço de
capacitação,
conectividade,
envolvimento,
interactividade cujo
resultado é a
construção do
conhecimento (Ross,
Todd, 2001);

 Investimento dos
professores
bibliotecários em
formação na área da
BE: 17% não têm
formação e 21% já têm
formação superior e/ou
especializada (RBE
2006/2007).
 A equipa deve:  Dinamismo na  A constituição  Alargar a
assegurar as rotinas grande maioria das das equipas devia formação contínua
e articular com a BE “Aprende na prever uma nas diferentes
 Falta de
escola; acção” (Canário e componente  Ofertas de áreas: catalogação,
continuidade da
Organização e  Gerir para o J.P. Sousa, 1997); técnica e uma formação em indexação em
equipa ou
Gestão da BE sucesso educativo;  Apoio da RBE tem componente BE; Porbase;
redução da
 Criar mais-valias diminuído a pedagógica;  Fixar um crédito
carga horária.
comportamentais, heterogeneidade que horário equiparado
formativas e de caracterizava o  Contingências a componente
aprendizagem nos panorama das BE: o da distribuição lectiva para os

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alunos; número de escolas anual do serviço membros da


 Optimizar os integradas na RBE é lectivo interferem equipa.
processos que de cerca de 2000; na carga horária
produzam  Continuidade dos reservada a cada
resultados e professores elemento da
impacto na bibliotecários equipa e
qualidade da BE e durante quatro anos; influenciam o
dos serviços  Crédito horário investimento que
prestados; atribuído ao é feito na
 O “staff” da BE professor formação em BE;
deve possuir bibliotecário: a
formação de base tempo inteiro, com  No 1.º
em diferentes uma turma ciclo não há
domínios (Ross, atribuída. equipas
Todd, 2001); constituídas e
 Organização e faltam AAE.
equipamento de
acordo com os
standards definidos,
facultando o acesso
e o trabalho;
 Gestão de
expectativas,
definição de
políticas e projectos
dentro de um
horizonte temporal,
e, atendendo aos

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factores internos e
externos;
 O sucesso depende
do investimento de
recursos, somente
nas iniciativas
nucleares para a
missão da BE
(Zmuda, e Harada,
2008);
 A insuficiência de
fundos é um
problema crónico
das BE (Ross,
Todd, 2001).
 Extensão e  Candidaturas  Falta de um
 Formalizar um
qualidade a projectos orçamento
 Insuficiente compromisso de
adequadas às para reforçar próprio
investimento na investimento no
necessidades dos e actualizar o atribuído pela
sua actualização; fundo
utilizadores; fundo escola;
 Falta de documental por
 Actualizada e documental e  Falta de
Gestão da Colecção uma política parte da escola;
disponível em  envolver a envolvimento
documental  Estabelecimento
diferentes escola; dos órgãos
partilhada com de parcerias
ambientes e  Auto- pedagógicos da
departamentos e com a BM;
suportes; avaliação da escola na
órgãos  Formação
 A informação é BE para partilha da
pedagógicos. específica nesta
importante mas não envolver a política
área.
é poder(Ross, escola na documental.

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Todd, 2001). definição da


política
documental e
no
investimento
continuado
tornando a
BE um pólo
dinamizador
do
conhecimento
;
 Contribui para o
sucesso educativo;  A
 O sucesso define-se  Presença do implementa-
A BE como espaço pela qualidade do professor ção do  Valorização
de conhecimento e trabalho bibliotecário nos modelo de pela tutela e
 A carga
aprendizagem. desenvolvido na BE órgãos pedagógicos; auto- pela direcção
burocrática
Trabalho e pela construção  Criação do  Falta de uma avaliação da das escolas dos
decorrente da
colaborativo e de conhecimento professor cultura de BE pode processos e
formalização
articulado com profundo, através bibliotecário a trabalho mobilizar resultados;
dos processos
Departamentos e da condução de tempo inteiro; colaborativo. recursos  Definição e
inibe acções e
docentes. práticas de  Continuidade de humanos para assumpção de
iniciativas.
investigação, alguns elementos da a definição de prioridades de
comunicação e equipa; estratégias de trabalho.
avaliação das trabalho
pesquisas (Zmuda e conjuntas.
Violet Harada,

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2008);
 Construção do
conhecimento
(Bogel, 2006);
 Tornar os alunos
capazes de
transformar
informação em
conhecimento
(Todd);
 Intervir na
formação e
consolidação do
conhecimento dos
alunos;
 O crescimento
intelectual é
gradual e global
(Todd, 2001);
 Encorajar o espírito
crítico e a
aprendizagem pelo
erro, através do
feedback (Ross,
Todd, 2001);
 Estimular a
aplicação do
conhecimento em

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novas experiências;
 Integração
institucional e
programática
segundo os
objectivos
educacionais da
escola: PEE, PAA,
PCT, etc.
 Desenvolvimento
de estratégias de
integração da BE na
escola e no
desenvolvimento
curricular;
 Aumentar o número
de professores
interessados em
colaborar com a BE
no domínio do
desenvolvimento
das aprendizagens
(Zmuda e Harada,
2008);
 Incentivar os
professores a
reconhecerem a BE
como um recurso

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valioso para as suas


aulas (Ross, Todd).
 Literacia da
informação ao
serviço do processo
de ensino -
-aprendizagem;  Ausência de
 Programa de estudos sobre
literacia e o impacte
competências de dessas
leitura integrados actividades
 Projectos
no desenvolvimento no sucesso
 Múltiplas acções de lançados pela  Diminuição do
curricular; educativo dos
Formação para a promoção da RBE e PNL; número de
 O sucesso das alunos;
leitura e para as leitura;  Preocupação actividades  Formação
aprendizagens  Falta de
literacias  Actividades de em ajustar as devido à falta específica nesta
resulta das metas envolvimento
desenvolvimento da actividades de colaboração área.
estabelecidas para a da
literacia da aos do corpo
literacia (Allison generalidade
informação objectivos docente.
Zmuda e Harada, dos
dão PEE.
2008); professores
 A literacia da na promoção
informação é uma da leitura e da
responsabilidade literacia da
essencial do informação.
processo de
escolarização (Ross
Todd, 2001);
 Vários estudos têm

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destacado as
principais falhas
dos alunos no
domínio da literacia
da informação:
insegurança na
realização de
pesquisas,
inoperância com os
operadores
boleanos, pesquisa
limitada à
informação das
primeiras páginas
dos sites e com uma
duração média
muito limitada,
incapacidade para
avaliar a qualidade
e relevância da
informação da web,
tendência para o
plágio;
 Defesa do princípio
do ensino entendido
como capacidade
para estabelecer
relações entre

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ideias, conceitos,
sentidos,
deliberações e
acções, individuais
e sociais (Ross
Todd, 2001).
 Equipa definida em  O plano  Há o risco da
função do número; Tecnológico tecnologia ser a
 Actividades da educação toda a hora
 Fazer coexistir
projectadas em revela-se ultrapassada e
de forma
função da  Com as novas fundamental o equipamento
harmoniosa os
visibilidade e tecnologias, a para uma não conseguir
recursos
reconhecimento biblioteca escolar implementaç acompanhar a
fornecidos pela
pessoais; hoje ultrapassa em ão de novas mudança;
internet, com os
 Apoio aos muito a sua mera práticas de  O orçamento
 Alguns providenciados
estudantes em estrutura física. É aprendizage gasto com a
computadores e pela colecção
BE e os novos função dos seus uma biblioteca sem me tecnologia
software estão impressa, de
ambientes digitais. interesses; portas. O construção poderá
obsoletos; forma a que se
 Sucesso definido paradigma digital de prejudicar o
 Inexistência de complementem e
pelo número de passa a ter, conheciment orçamento da não se excluam.
sessões; actualmente, um o, e a criação biblioteca;
 O excesso de papel de ambientes  Há o risco de se
equipamento preponderante na virtuais de pensar que a
informático na BE biblioteca. aprendiza- internet e a
cria maior gem; informação on-
expectativa por  line podem
parte dos  As novas substituir a
utilizadores, logo, tecnologias biblioteca e o

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mais pressão para são uma professor


manter o serviço de mais-valia bibliotecário na
acordo com as para a construção de
necessidades; promoção de conhecimento;
 Impossibilidade de um novo  Há o perigo real
manter o ritmo de conceito de de os estudantes
trabalho por muito biblioteca em pensarem que a
tempo dada a a noção de pesquisa de
insuficiência do tempo e informação é
número de espaço tem feita apenas pela
elementos da vindo a internet e não se
equipa especialistas mudar socorrerem da
na área; através dos colecção
 Falta de apoio tempos. impressa e
técnico para lidar outros recursos
com a constante mais tradicionais
alteração do da biblioteca.
software;
 Os professores
bibliotecários não
são ouvidos sobre o
papel das
tecnologias da
informação e os
seus efeitos no
processo ensino -
-aprendizagem;

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 Importância das
práticas de
avaliação
demonstrada por
estudos realizados
no Canadá, Reino
Unido, Austrália e  Complexi-
EUA (ex. “School dade do
Libraries Count”); modelo de  A preocupação
 Estratégias de auto-  Integração do com a avaliação
gestão baseadas na avaliação da modelo de e a burocracia
recolha sistemática BE pode auto- decorrente da
de evidências dificultar a avaliação da sua aplicação  Tornar o
Gestão de  Introdução do
permitem uma sua aplicação; BE no pode tornar-se processo de
evidências/ modelo de auto-
ligação à realidade;  A falta de processo de uma avaliação menos
avaliação. avaliação da BE.
 A avaliação permite uma cultura avaliação da sobrecarga, complexo.
aferir a eficácia de avaliação escola inibindo o
dos serviços cria (avaliação investimento
prestados; resistências e externa). noutras
 Aferir o impacto dificulta a actividades.
nas atitudes, gestão de
comportamentos e evidências.
competências dos
utilizadores;
 Aferir as
expectativas
existentes
relativamente a um

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determinado
domínio e os
resultados obtidos;
 Assiste-se ainda a
práticas de
avaliação em que
há feedback sem
considerar a
aprendizagem dos
alunos e a relação
políticas/missão
(Zmuda, Harada,
2008);
 A avaliação através
da gestão de
evidências permite
obter o
reconhecimento da
BE e do professor
bibliotecário
mostrando a sua
influência no
desenvolvimento da
aprendizagem dos
alunos e o seu
contributo para as
metas da escola.
Resulta num maior

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apoio da direcção
da escola (Ross
Todd, 2001).

Gestão da
mudança
Factores de sucesso Obstáculos a vencer Acções prioritárias
SÍNTESE

 O novo
 Dificuldades em acompanhar a
paradigma
exploração dos novos ambientes
digital coloca a
do conhecimento e aprendizagem
BE no centro
que constituem o paradigma
das
digital;
aprendizagens e
 A velocidade a que se operam as
construção do  Generalizar a formação preparando as
 A BE introduz a mudança para o novo mudanças dificulta o seu
conhecimento; equipas para a mudança, sobretudo no
paradigma. acompanhamento, sobretudo por
 Capacidade de que se refere ao novo paradigma.
parte das BE menos apetrechadas
antecipação e
com equipamentos e recursos
de alteração de
materiais e humanos;
práticas e
 Desvalorização da BE se não
modelos de
conseguir situar-se no novo
trabalho
paradigma.
essenciais à
mudança

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introduzida pelo
PTE;
 Criação de
ambientes
virtuais de
aprendizagem e
ligação ao
currículo;
 Actividade
sistemática de
recolha de
informação;
 Faltam
competências
técnicas e apoio
tecnológico,
sendo difícil
acompanhar a
mudança (Ross
Todd, 2001);
 Alcançar um
novo status para
conseguir outro
tipo de apoio
financeiro.

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Observações:

 Entre parêntesis constam as referências a autores e anos dos textos que foram objecto de estudo para a realização desta tarefa.
 No que à BE diz respeito, apresento uma apreciação pessoal.

Bibliografia

- Texto da sessão disponibilizado na plataforma.


- TODD, Ross, Transitions for preferred futures of school libraries, 2001
- ZMUDA, A. Harada V., Reframing the Library Media Specialist as a Learning Specialist, 2008.

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