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ª Sessão – Actividade 2: tendo por base a amostra de relatórios de avaliação externa que
elegeu, faça uma análise e comentário crítico à presença de referências a respeito das BE,
nesses relatórios.

Para o desenvolvimento desta actividade procedi à análise dos relatórios de


avaliação externa das seguintes escolas/agrupamentos: Escola Secundária c/ 3.º ciclo
Soares Basto de Arganil (2008), Agrupamento vertical de escolas de Rio
Tinto – Gondomar (Março/2009) e Agrupamento de Escolas de Vila Caíz
Amarante( Fevereiro de 2009).
Da análise realizada resultou a constatação de que, de um modo geral, estas
escolas têm uma prática de avaliação de resultados e mesmo de auto-avaliação tendo
obtido a classificação de Bom ou Muito Bom na maioria dos domínios constantes do
quadro de referência para a avaliação de escolas e agrupamentos da IGE.
No que à BE diz respeito, as referências são muito genéricas ou até mesmo
inexistentes, excepção feita ao relatório do Agrupamento de Vila Caíz (Amarante).
A seguir transcrevem-se alguns excertos contendo as ditas referências:

ESCOLA SECUNDÁRIA C/ 3.º CICLO Soares Basto - Arganil


1.2 PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CÍVICO

«A escola fomenta a participação e a co-responsabilização dos


alunos, incentivando-os a colaborar nos clubes, no jornal da escola,
em concursos e campeonatos nacionais e regionais e atribuindo-lhes
tarefas de responsabilidade, como, por exemplo, “ assistente de
biblioteca”, cuja função é orientar os outros discentes no espaço da
Biblioteca»

2.4 ABRANGÊNCIA DO CURRÍCULO E VALORIZAÇÃO DOS SABERES E DA


APRENDIZAGEM

«Perante a diversidade de interesses e de expectativas dos


alunos em relação ao seu projecto de vida, a escola tem uma oferta
formativa e curricular diversificada, ajustada e flexibilizada que
sustenta a
estratégia de motivação e inclusão de alunos que procuram percursos
escolares alternativos e permite, também, o despertar para os
saberes práticos e para as actividades profissionais. A existência de
alunos com necessidades educativas especiais, com dificuldades de
aprendizagem, ou provenientes de famílias economicamente
debilitadas ou em risco de abandono, tem exigido a identificação de
estratégias de diferenciação e de diversificação curricular, valorizando
e dignificando diferentes saberes de modo a poder chegar a todos e a
cada um. O cruzamento do desenvolvimento do currículo formal
prescrito com os projectos, clubes e actividades/eventos constantes
do Plano Anual de Actividades permite concluir que são
proporcionadas aos alunos experiências diversificadas de
aprendizagem, desde logo as relacionadas com a educação ambiental,
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A Formanda: Filomena Marques Dezembro de 2009

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a educação estética e a promoção da saúde. Há uma valorização
das actividades culturais e a Biblioteca tem-se constituído
como um pólo promotor e aglutinador dessas actividades, ao
mesmo tempo que a organização de visitas de estudo a
empresas e locais de interesse histórico e cultural possibilita
o alargamento a outros saberes e aprendizagens. O
desenvolvimento da curiosidade e da cultura científica e o fomento do
ensino experimental das ciências são valorizados, havendo evidências
de práticas consistentes de ensino experimental, principalmente no
Ensino Secundário.»

3.3 GESTÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

«O espaço da escola oferece boas condições físicas e apresenta-


se bem conservado, fruto de um esforço sistemático de manutenção e
modernização das instalações de um edifício com quarenta e seis
anos de existência. Em 2007/2008, a construção de um novo edificado
dotou a escola de bufete, Biblioteca/Centro de Recursos, espaço
museológico, sala de alunos e auditório.»

4.3 ABERTURA À INOVAÇÃO

»A escola manifesta uma atitude de inovação e criatividade na


resolução dos seus problemas, consubstanciada na diversidade da
oferta formativa, de actividades de enriquecimento curricular e de
projectos nacionais e internacionais, na aposta nas novas tecnologias
de informação e comunicação (e.g., cartão electrónico, plataforma
Moodle, página da escola na Internet, sistema de vigilância), na
adesão a novas ofertas curriculares no âmbito do programa Novas
Oportunidades e na modernização da Biblioteca/Centro de Recursos A
escola está atenta às oportunidades, procurando manter ajustada

4.4 PARCERIAS, PROTOCOLOS E PROJECTOS

«A escola estabelece uma dinâmica de articulação com a


comunidade local, firmando parcerias/protocolos com a Universidade
de Aveiro e com entidades concelhias, como a Câmara Municipal,
Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha, Centro de Saúde,
Associação Empresarial e Comercial de Oliveira de Azeméis e
empresas, no âmbito do Programa Novas Oportunidades, dos cursos
profissionalizantes e das escolas promotoras de saúde. Para
complementar a sua acção educativa, a escola envolve-se em
projectos com impacto na aquisição de competências culturais, cívicas
e sociais, designadamente “Par a par com a saúde”, “Rios”,
“Grundteving” e “Rede nacional de Bibliotecas Escolares”.»

Agrupamento vertical de escolas de Rio Tinto – Gondomar


(Março/2009)

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4.4 PARCERIAS, PROTOCOLOS E PROJECTOS

«No âmbito do seu Projecto Educativo, o Agrupamento


demonstra grande dinamismo na procura de parcerias muito
diversificadas, para o estabelecimento de protocolos e de projectos
específicos, de grande impacto na comunidade. Entre as diversas
parcerias, salientam-se as que foram estabelecidas com: Centro de
Saúde de Rio Tinto, Actualgest (escola profissional), Centro de
Emprego, Lipor, CPCJ, associações de pais, Centro social de Soutelo,
Dramático de Rio Tinto, Águas Douro e Paiva, Mil Escolas, Águas de
Gondomar (âmbito do projecto Eco-Escola e Prémios de Mérito), entre
outras. Regista-se a adesão ao Plano Nacional de Leitura, ao Plano de
Acção para a Matemática, à Iniciativa de Escola, Professores e
Computadores Portáteis, aos projectos Ciência Viva, Sentir Ciência,
Rios, para além da participação na Rede de Bibliotecas Escolares, na
Promoção e Educação para a Saúde, no Desporto Escolar e nos
projectos internacionais Eco-Escolas e Sócrates/Comenius. Estas
iniciativas muito têm contribuído para o desenvolvimento de
competências e para a formação integral dos alunos.

Agrupamento de Escolas de Vila Caiz – Amarante (Fevereiro/2009)

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

«O Agrupamento tem diversificado o serviço educativo que presta, abrindo


cursos de educação e formação que respondem às necessidades identificadas no meio
empresarial, pelo que pode afirmar-se que oferece aprendizagens significativas e que
está atento aos apelos da comunidade local. Os clubes/projectos, o desporto escolar, as
oficinas, a dinamização da Biblioteca/Centro de Recursos Educativos, a inserção em
projectos de valorização dos espaços verdes e a aposta firme nas tecnologias de
informação e comunicação contam-se entre os múltiplos dispositivos de que o
Agrupamento dispõe para o desenvolvimento de oportunidades de aprendizagem e da
valorização do saber.»

2.3 DIFERENCIAÇÃO E APOIOS

«O Agrupamento conta com uma psicóloga contratada por 21 horas, 2 docentes


especializados e 5 docentes de apoio sócio-educativo e ainda com outra psicóloga
colocada através do programa Escolhas que faz a orientação vocacional. As diversas
actividades de enriquecimento do currículo promovidas pelo Agrupamento,
nomeadamente alguns projectos, o Jornal escolar Crescendo, o Desporto Escolar e a
Biblioteca/Centro de Recursos Educativos como estrutura de apoio às aprendizagens,
têm contribuído, também, para maximizar a resposta interna às necessidades educativas
especiais e às dificuldades de aprendizagem dos discentes. Assim, são oferecidas
actividades como a hortofloricultura, expressão dramática e a actividade física e
desporto escolar adaptados. O Agrupamento revela um trabalho sistemático e continuado
na promoção da inclusão educativa e social, patente na oferta de muitas actividades

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lúdicas, culturais e desportivas, e na dinamização de acções de formação para pessoal
docente, não docente e pais.»

3.1 CONCEPÇÃO, PLANEAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA ACTIVIDADE

«Há preocupações quanto ao desenvolvimento transversal da Língua Portuguesa,


concretizadas pela oferta curricular da “Oficina de Leitura” aos alunos do 5.º ano, pelas
iniciativas da Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos, do Plano Nacional da
Leitura, e com o treino das capacidades matemáticas, através das actividades em curso e
das implementadas pelo Plano de Acção para a Matemática.»

3.2 GESTÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

«Os alunos manifestam o desagrado que sentem com a falta de espaços de


convívio, uma vez que a sala do aluno é exígua e os espaços exteriores cobertos são em
número reduzido. Revelam apreço pelas actividades dinamizadas pela Biblioteca/Centro
de Recursos Educativos, que consideram de excelente qualidade, pelo seu acervo
bibliográfico e pelo espaço acolhedor e atraente. Os JI apresentam boas condições para o
exercício das actividades docente e discente.»

Conclusão:

Daqui se infere que o peso da BE na vida das escolas/agrupamentos é pouco


relevante ou incipiente, daí a necessidade da implementação do Modelo de Auto-
Avaliação como forma de permitir uma maior visibilidade, co-responsabilização e
articulação, constituindo-se assim como uma mais-valia nas aprendizagens, aquisição e
desenvolvimento de novas competências numa perspectiva transversal e transdisciplinar
tendo em vista a promoção do sucesso educativo dos nossos alunos tornando-os
cidadãos de pleno direito.

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