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10 Resoluções para a Saúde Mental

31 de Dezembro de 2007 por John Piper

Em 22 de outubro de 1976, Clyde Kilby, que agora está no céu, com Cristo, deu uma pales-
tra inesquecível. Eu fui para ouvi-lo naquela noite, pois eu o amava. Ele foi um de meus professores
de Literatura Inglesa, no Wheaton College. Ele abriu meus olhos para mais da vida do que eu sa-
bia que poderia ser visto.
Oh, que olhos ele tinha! Ele era como seu herói, C.S. Lewis, neste quesito. Quando ele falou
sobre a árvore que viu no caminho para a aula, esta manhã, você se questiona por que tem sido,
por toda sua vida, tão cego. Desde aqueles dias, nas aulas com Clyde Kilby, Salmos 19:1 tem sido
central de minha vida: “Os céus declaram a glória de Deus”.
Naquela noite, Dr. Kilby tinha um coração pastoral e um olho de poeta. Ele suplicou a nós
que parássemos de buscar saúde mental no espelho da auto-análise, mas ao invés disso, bebês-
semos dos remédios de Deus na natureza.
Ele não era ingênuo. Ele conhecia sobre o pecado. Ele conhecia a necessidade da reden-
ção em Cristo. Mas ele teria dito que Cristo comprou novos olhos para nós, bem como novos co-
rações. Sua súplica foi para que deixássemos de ser apáticos à estranha glória de coisas ordiná-
rias.
Ele terminou sua palestra em 1976 com uma lista de resoluções. Como um tributo ao meu
professor e uma bênção à sua alma, eu as ofereço para sua alegria.
1. Ao menos uma vez por dia eu devo olhar firmemente ao céu e me lembrar que
eu, um consciente com uma consciência, estou em um planeta, viajando no espaço,
com coisas maravilhosamente misteriosas sobre mim.

2. Ao invés da habitual idéia de uma negligente e interminável mudança evolutiva


à qual nunca podemos adicionar ou subtrair algo, eu devo supor que o universo é
guiado por uma Inteligência que, como disse Aristóteles em um teatro grego, requer
um começo, um meio e um fim.
Eu acho que isso me salvará do cinismo expresso por Bertrand Russel antes de sua
morte, quando ele disse: “Há escuridão lá fora, e quando eu morrer haverá escuridão
aqui dentro. Não há esplendor, nem vastidão em lugar algum, apenas trivialidade por
um momento, e então nada.”

3. Eu não devo cair no engano de que esse dia, ou qualquer outro dia, é meramen-
te outras ambíguas e enfadonhas 24 horas, mas sim um evento único, cheio, se eu as-
sim desejar, com possibilidades dignas.
Eu não devo ser tolo o bastante para supor que problemas e dores são todos maus
parênteses em minha existência, mas apenas possíveis escadas para serem subidas
rumo à maturidade moral e espiritual.

4. Eu não devo tornar minha vida uma linha fina e estreita que prefere a abstração
à realidade. Eu devo saber o que estou fazendo ao abstrair, o que com certeza eu
deverei freqüentemente fazer.

5. Eu não devo rebaixar minha própria singularidade por inveja a outros. Eu devo
parar de chatear-me a fim de descobrir a quais categorias psicológicas ou sociais eu
devo pertencer. Sobretudo, eu devo simplesmente esquecer sobre mim mesmo e fazer
meu trabalho.

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6. Eu devo abrir meus olhos e ouvidos. Uma vez por dia eu devo simplesmente olhar
para uma árvore, uma flor, uma nuvem, ou uma pessoa. Eu não devo então estar to-
talmente preocupado em perguntar o que eles são, mas simplesmente estar satisfeito
pelo que são. Eu devo alegremente permiti-los o mistério, do qual Lewis chama de sua
“divina, mágica, terrível e extática” existência.

7. Eu devo, às vezes, recordar-me do frescor de visão que tinha na infância e tentar,


ao menos por um pequeno instante, ser, nas palavras de Lewis Carroll, a “criança de
sobrancelhas puras e límpidas, e olhos sonhadores de admiração”.

8. Eu devo seguir o conselho de Darwin e me voltar freqüentemente às coisas ima-


ginárias, como uma boa literatura e boa música, preferencialmente, como sugeriu
Lewis, um velho livro e música atemporal.

9. Eu não devo permitir à diabólica correria deste século usurpar todas as minhas
energias, mas ao invés disso, como sugeriu Charles Williams, “realizar o momento como
o momento.” Eu devo tentar viver bem só o agora, pois o único tempo que existe é o
agora.

10. Mesmo que eu venha a estar errado, devo apostar minha vida na hipótese de
que este mundo não é estúpido, nem é conduzido por um proprietário de terras au-
sente, mas que hoje, neste mesmo dia, algum curso está sendo adicionado ao toldo
cósmico, que, no devido tempo, eu entenderei com alegria, como um curso feito pelo
arquiteto que chama a si mesmo Alfa e Ômega.

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Fonte: 10 Resolutions for Mental Health


Traduzido por: Voltemos ao Evangelho

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