Ensaio realizado com base no texto A Rosa de Hiroxima de Vinícius de Moraes para um trabalho de Português. O trabalho foca alguns aspectos do contexto histórico da poesia e da época em que foi escrita.
Ensaio realizado com base no texto A Rosa de Hiroxima de Vinícius de Moraes para um trabalho de Português. O trabalho foca alguns aspectos do contexto histórico da poesia e da época em que foi escrita.
Ensaio realizado com base no texto A Rosa de Hiroxima de Vinícius de Moraes para um trabalho de Português. O trabalho foca alguns aspectos do contexto histórico da poesia e da época em que foi escrita.
O poema A rosa de Hiroshima, escrito pelo consagrado poeta Vincius de
Moraes, retrata os dramas decorrentes da Segunda Guerra Mundial, mais
especificamente no que tange aos danos causados devido ao lanamento de bombas atmicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japo, que destruiu milhares de famlias. Em meio a esse perodo altamente catico, a literatura, a pintura e outras formas de manifestao cultural iro expressar o sentimento da sociedade frente a esses acontecimentos. Logo no ttulo, possvel observar que o autor se usa de uma analogia, que relaciona a bomba lanada em Hiroshima com uma rosa. O significado dessa comparao que quando a rosa, que a bomba, explode, ela forma uma nuvem de poeira e de dejetos no ar que assemelha-se muito a uma rosa. Na primeira estrofe, so apresentadas consequncias e sequelas provenientes da rosa como, por exemplo, a mudez, a surdez e as feridas. E, nessas passagens, utilizado de maneira repetida o verbo pensar no imperativo, como que dando uma ordem ao interlocutor para que ele pense nesses problemas, um pensar, talvez, de refletir e at tentar imaginar o que sente o indivduo, de maneira tal que se compreenda verdadeiramente o que ele sofre passando por uma situao como essa. Observamos isso a seguir: Pensem nas crianas Mudas telepticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas clidas Aps ter dito para seu leitor no que ele deve pensar, Vincius de Moraes nos diz que, apesar disso, no devemos tambm esquecer de uma rosa em si, a rosa de Hiroshima. Para isso, ele faz usa da interjeio oh, que d uma impresso de maior preocupao e importncia para o fato ser mencionado e ele enfatiza isso mais ainda ao repetir trs vezes a expresso da rosa: Mas oh no se esquea/ Da rosa da rosa da rosa de Hiroshima
Alguns dos efeitos causados pela rosa so relatados atravs de adjetivos
como hereditria, radioativa, estpida e invlida. Como sabemos, uma bomba atmica tem seu poderio pela radiao, que estupidamente destri as pessoas e invalida vidas. Quando h sobreviventes, quase a totalidade deles sofrem modificaes genticas, que sero transmitidas aos seus descendentes, de gerao em gerao, segundo o princpio da hereditariedade. A rosa hereditria A rosa radioativa Estpida e invlida Nos ltimos versos o autor prope que a bomba pode ser considerada uma antirrosa. O conhecimento de mundo nos propicia saber que a palavra rosa est atrelada a uma coisa boa, todavia com o emprego do prefixo anti nega-se a primeira ideia, qualificando-a como uma desgraa. Outrossim, possvel notar isso quando Vincius informa que a rosa no tem perfume, nem cor e nem rosa, dando um sentido de sequido e de ausncia de vida, caractersticas totalmente opostas uma rosa cheia de vigor e beleza. A antirrosa atmica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada Assim, diante de todos essas tragdias e prejuzos causados pela bomba, percebe-se com toda a certeza e de maneira bem clara, que as palavras de A rosa de Hiroshima conferem ao pblico uma leitura no somente voltada apreciao do objeto esttico (o poema) e mera decodificao de sinais, mas buscam promover uma reflexo na conscincia do leitor, de modo ele veja as dimenses e as consequncias que uma disputa econmica e poltica entre pases pode gerar e o quo terrveis podem ser os efeitos de uma rosa.