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Professores do Porto querem
voltar à rua

No Porto, os cerca de 30 professores que


compareceram ao encontro realizado na Escola
Secundária Rodrigues de Freitas aprovaram por
unanimidade a moção da Plataforma Sindical dos
Professores. A única emenda visou garantir que as
concentrações previstas para as próximas
semanas prossigam conforme foram
calendarizadas e não sejam substituídas por
acções de auscultação dos docentes.

Durante a reunião, liderada por Maria Arminda


Bragança, dirigente da Federação Nacional dos
Sindicatos da Educação, os professores presentes
foram informados sobre todos os passos dados
pela Plataforma Sindical até obter o entendimento
com o Ministério da Educação (ME).

"Não se trata de um acordo, mas apenas de um


entendimento. Para haver acordo, teria de ser algo
muito mais abrangente", elucidou Maria Arminda
Bragança. A dirigente recordou que a ministra da
Educação sempre recusou qualquer recuo,
suspensão, adiamento ou experimentação do
modelo de avaliação dos docentes. "O
entendimento vem permitir experimentar o modelo
com o acompanhamento de uma comissão
paritária entre organizações sindicais e o ME, que
será criada ainda este mês", realçou.

Maria Arminda Bragança mostrou-se satisfeita


com a melhoria da imagem social dos professores
que, no seu entender, resultou de todo o processo
de contestação. Contudo, a dirigente fez realçar
que a luta dos professores vai ter de prosseguir.
"O grande foco da nossa luta futura é o Estatuto
da Carreira Docente, que não serve os professores
nem garante um ensino de qualidade", sublinhou.

No momento de debate, alguns professores deram


conta da sua insatisfação na profissão. Uma
professora, com mais de 30 anos de serviço,
contestou a aulas de substituição e lamentou que
a escola não tenha disponibilizado meios para a
criação de um clube de leitura. O espaço serviria,
conforme explicou, para ocupar os alunos, de uma
forma pedagógica mais adequada, aquando da
falta dos professores. Outros professores
manifestaram a sua vontade em que os protestos
dos professores continuem, considerando que há
muitas outras matérias que terão de ser revistas
pelo ME.

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Maria Arminda Bragança concluiu que a luta dos


professores vive um "momento de trégua
temporária". FB

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