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Por Que Preciso de Um Mestre
Por Que Preciso de Um Mestre
Era uma vez algum que se chamava Um. Um andava ou se movia pelo
fluxo da existncia em sintonia com o universo, soberano do amor, da paz e da
conscincia. Um era o Tudo. Um era o Eu. Um era o Ns. Enfim, sem muitas
explicaes, o corao de Um quis experinciar outras formas de
conhecimentos e no seria possvel ingressar nessa jornada e continuar
vivendo dentro da totalidade. Portanto Um criou um plano: a dualidade.
Um mundo paralelo, com um sistema cognitivo to potente quanto dentro da
prpria essncia, soaria para alguns como um grande labirinto de sonhos sendo
sonhados e re-sonhados constantemente por milhares de pensamentos, mas que
apenas a mente mestra de Um guiava todas as experincias.
Mas Um no estava completamente desligado do seu mundo unificado, ento
escolheu perder a memria da conscincia de si e por pura curiosidade e
aventura resolveu criar e entrar dentro desse sonho e viver o labirinto dos
espelhos, sem memria alguma de si mesmo.
Mas antes foi deixando pistas possveis pelo caminho, caso sentisse vontade de
voltar a ser Um. Foi deixando essas marcas pelo caminho, mas o que ele no
esperava que aos poucos e com o tempo essas marcas foram sendo apagadas
e nada restava agora, se no a confiana de que sua prpria natureza de alguma
forma o acordaria desse sonho.
Mas sua sabedoria era tamanha e antes mesmo de se esquecer de si, para
facilitar a sua vida, ele revestiu todas as paredes desse labirinto com espelhos
mgicos, vrios formatos, texturas, dimenses, tridimenses, outras naturezas,
gostos, sabores, cheiros, de homens, mulheres, raas, crenas, medos, sombras,
galxias, pequenos mundos, os planetas, seres invisveis, animais, coisas
inanimadas, os elementos, as estaes, as cores...
E Cada espelho funcionava como uma chave. Para abrir e revelar a verdade
era necessrio no se apegar a miragem do que estava sendo visto e por um ato
j de mais conscincia de si, quebrar uma a uma todas as imagens. Porque era
atrs dos espelhos que residiam os pedaos da sua memria iluminada.
Um virou bilhes de pessoas, trilhes de formas, quatrilhes de problemas!
Todas as formas vivendo separadas e com sonhos autnomos dentro de um