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CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE JI-PARANÁ-

RO/CEULJI/ULBRA
DISCIPLINA: SAÚDE, BIOÉTICA E SOCIEDADE.

PROFESSORA: DENISE CHEAVEGATTI.

ALUNOS: ANNISSA AYALLA DUARTH DE ARAUJO e FAGNER ALFREDO


ARDISSON CIRINO CAMPOS

DEFINIÇÃO:

Exclusão, pobreza e desigualdade são termos correlacionados, de forma que


não há como falar de um sem citar os outros.

POBREZA: estado deplorável do ser humano, o qual está privado de recursos


mínimos a sua subsistência. São condições sociais precárias que dificultam as
pessoas de obterem coisas essenciais para sua sobrevivência, como:
alimentação adequada, educação, saúde. Pobreza não é exclusão, pobreza
gera exclusão.

EXCLUSÃO: Privar, impedir ou restringir a certas pessoas, direitos, benefícios


ou qualquer outra coisa, por causa de diversos fatores, dentre eles, culturais,
psicológicos, comportamentais, raciais e religiosos ou ambientais. Diferenciar
as pessoas por achar que elas são “piores” em algum aspecto, fazendo
seleção das que são “melhores”, e deixando aquelas excluídas.Subestimar
certas pessoas por achar que elas não tem potencial em relação a outras
Dessa forma esse ser excluído não é livre.

DESIGUALDADE: É iminente falta de equidade na sociedade, devido o fato


das riquezas produzidas no país, não serem repartidas justamente entre todos
os indivíduos. Essas riquezas se concentram nas mãos de poucas pessoas
que se tornam excessivamente ricas, gerando discrepância de classe e
estagnação.
A INFLUÊNCIA DAS DESIGUALDADES/ PRECONCEITOS E
DISCRIMINAÇÕES NA SAÚDE DAS PESSOAS

Sabe-se que o conceito de saúde vai além da ausência de doença, e


que um ser humano para ser considerado saudável, precisa de um conjunto de
coisas que propiciem uma boa qualidade de vida, como: condições físicas,
sociais e financeiras adequadas.

Porém, nota-se que na sociedade atual, este conceito ainda está longe
de funcionar na prática. É sabido que esta situação é mais comum em países
subdesenvolvidos, mas os países desenvolvidos não ficam foram desta
realidade.

O conceito de saúde e bem-estar muitas vezes é equivocado, analisa-


se somente as condições físicas das pessoas e esquece-se que o psicológico
também tem importância fundamental na saúde do indíviduo.Uma pessoa pra
ser dita saudável,precisa estar bem no grupo a qual está inserida,sentindo-se
aceita e valorizada, o que na maioria dos casos não acontece,se a pessoa fugir
do “normal” aos olhos da sociedade.Os motivos(não justificam) para o
preconceito são diversos, pode ser porque o indivíduo não possui
escolaridade,boa renda,por ser de outra raça,ser mulher ou homem,ser jovem
ou velho,ter outra nacionalidade,dentre outros.

Estes fatores influenciam muito na saúde das pessoas que precisam


suprir suas necessidades humanas básicas e precisam de subsídios para isto.

Todos os fatores citados acima causam outro problema já conhecido


por muitos: A desigualdade.A desigualdade social atrelada ao preconceito traz
desconforto e prejuízos à saúde dos indivíduos. Apesar de o mundo ter
alcançado a era do desenvolvimento tecnológico, social e físico, ao contrário
que muitos filósofos teorizaram, de que os melhoramentos científicos trariam
equidade, na realidade eles trouxeram: desigualdade e preconceito. Gerando
um percentual de seres humanos subalternos que não tem o suficiente para
viverem.

O Brasil é exemplo de um país, cuja diferença de classe é discrepante


e assustadora, nele podemos analisar de maneira sutil e peculiar como há
muitos que têm pouco e poucos que têm muito. Na maioria das vezes essa
massa populacional rejeitada pela sociedade consumidora e capitalista é
formada por mulheres e crianças.

Esse grupo em questão é o mais vitimado nessa sociedade em crise de


identidade e em paradigmas insustentáveis. Por um enlace de rebuscar de
olhos pode-se aferir o porquê deles serem vitimados. Em um mundo em que o
dinheiro define quem você é e quanto você pode comprar, aqueles que não
possuem esse poder, não têm valor, são excluídos e vistos como marginais ou
são criticados pelos outros por não se esforçarem por adquirir uma vida melhor.

Infelizmente esquece-se que essas pessoas não escolheram esse


modo de vida, a necessidade obrigo-as a viverem assim. O êxodo rural
ocorrido em duas épocas distintas no Brasil deslocou muitos agricultores para
as cidades. Essas pessoas foram expulsas de seu lugar de origem, pois as
máquinas tomarem o seu espaço. Nas cidades ocupam os piores bairros, e
estão suscetíveis a adoecer, por não terem água potável e usufruírem de
deploráveis redes de esgoto (estão sujeitos a contraírem doenças respiratórias
e verminoses). Dessa forma há uma superlotação de doentes na rede pública.
Tal situação poderia ser evitada com medidas simples, tomadas pelos políticos,
dentre elas: investimento em infra-estrutura, saúde e educação em bairros
carentes.

Hoje até em países desenvolvidos como os dois da América do norte e


a maioria dos da Europa ocidental, existe o crescimento da desigualdade
social. Os habitantes destes países estão cada vez mais pobres e perderam
direitos de planos de saúde e educação. A riqueza do mundo a cada dia que
passa fica mais concentrada nas mãos de poucas pessoas, as quais não se
importam com os desafortunados.

O Brasil possui uma sociedade alicerçada na escolha de uma raça


superior. Devido a fatores socioeconômicos e históricos, privilegiou cultura que
hierarquiza a raça branca e deprecia a raça negra. A mídia tem um papel
preponderante nessa alienização e consolida no imaginário das pessoas que o
ideal do povo brasileiro é ser branco, ter olhos claros e cabelos louros. Sabe-se
pelas estáticas alarmantes que os negros ocupam os piores postos de trabalho,
estudam menos que os brancos, são restringidos ao acesso a educação,
moradia e recursos naturais. Como também não existe no imaginário negro um
herói que a criança dessa raça possa idealizar e sonhar em busca de melhorias
na vida. Por estarem privados de condições inerentes ao bem estar e a
sobrevivência, os negros estão expostos a doenças psicológicas, sujeitos a
ficar mais estressados e desenvolver patologias relacionadas a este fator. Além
de o governo implantar políticas que objetivam inserir o negro no mercado de
trabalho, para ser útil à sociedade e proporcionar produtividade, o estado deve
providenciar meios que o indivíduo não seja obrigado a desistir.

Além do preconceito racial, há outro que aflige os brasileiros: O


preconceito de gênero.

A mulher sempre foi vista como um sexo frágil e submisso. Mesmo com
as suas conquistas, elas ainda continuam a serem exploradas sexualmente,
física e financeiramente. Elas ganham menos que os homens e se são negras,
são mais penalizadas. Todavia nota-se que elas estão estudando e vivendo
mais que os homens. Isto mostra a preocupação desse sexo com a sua
profissionalização e a busca de uma melhor e mais justa qualidade de vida.

Para começar a mudar a realidade de desigualdade e preconceito,


cabe aos profissionais da saúde, dentre eles o enfermeiro, identificar e ajudar
pessoas carentes em busca de melhorar as condições de vida e
consequentemente a saúde destas pessoas.

Para enfatizar a importância do contexto social na saúde, é necessário


que o enfermeiro levante dados sobre o histórico de seus pacientes/clientes,
para constatar se eles possuem os direitos básicos humanos,como :água
potável,alimentação saudável,educação,saneamento básico,moradia,etc.Estes
direitos refletem na saúde de maneira direta e indireta e com certeza a
ausência deles são as causas de muitas doenças tratadas nos Hospitais e
Postos de Saúde de todo o mundo.

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