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Carvalho: pg 71 parte 2
Mesmo tendo sido revolucionria, a teoria da associao diferencial est longe de ser perfeita e
levanta crticas. As mais comuns so: omite-se a considerao do livre arbtrio, ignora-se o papel
da vtima, no se especifica a origem do crime, no interdisciplinar e assume que todos tem
igual acesso a padres criminosos e no criminosos. Ademais, diz-se que esta teoria perde
aplicao ao tratarmos de criminosos ruralistas, criminosos do colarinho branco, criminosos
passionais, etc. Ainda no sendo perfeita, essa teoria a que melhor explica o crime como um
ente social e no individual.
Organizao social diferencial[editar | editar cdigo-fonte]
O conflito considerado como uma forma de desorganizao social, em que o indivduo se v
confrontado com metas sociais. Deste modo, o certo e o errado se diluem e variam de grupo a
grupo. De fato, o correto dentro de uma gangue difere do correto em um grupo de advogados.
Podemos citar o individualismo, o qual decorre de uma herana das revolues democrticas,
nas quais se lutava contra o autoritarismo do governo, como uma das principais causas do
desrespeito ao bem comum em face de interesses egostas. O problema que a efetividade das
leis se torna comprometida, pois na busca de satisfazer a ambio econmica, muitas vezes os
fins passam a justificar os meios, numa verdadeira deturpao moral.
O fato de que a riqueza se tornou um fim em si e, principalmente, no estando todos aptos a
persegui-la igualmente, ela se torna motivo suficiente para que seja alcanada, no importando
como. Deste modo, as regras para a delinquncia surgem conectadas com diferenas entre
aspiraes culturais ao sucesso e as oportunidades para alcan-lo.