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Julho, 2006

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS Marvila – Lisboa

“A sociedade criou as escolas com a função de educarem as crianças e os jovens. Contudo, na medida em que a educação pode
ter uma grande variedade de interpretações, as escolas têm de fazer a sua própria selecção do conjunto de objectivos e metas
possíveis. Há duas razões para que essa selecção seja feita. Uma, tem que ver com o facto das escolas não poderem fazer tudo
o que se espera que elas façam (…). A outra, com o facto das escolas procurarem forjar uma identidade que as distinga.”
Hoyle, 1986

“Uma escola que pensa é feita por pessoas que pensam, ou aprendem a pensar. Aprender a pensar quer dizer, literalmente, abrir
uma discussão contínua, um interrogar-se continuamente, um observar, trazer material para discussões, em que cada um de nós
controla a própria discussão, consciência, responsabilidade, pensamento ético, pensamento cultural. O que importa é que a
escola pense e para pensar, fazem falta muitas cabeças. Uma cabeça apenas, pode pensar, pode chegar muito longe, mas no
campo da educação, precisa-se da discussão conjunta, precisa-se de entrar em crise.”
Malaguzzi, 1991 (Trad.)

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I - INTRODUÇÃO

O decreto-lei nº 115-A/98 de 04 de Maio, aponta o Projecto Educativo como um dos instrumentos essenciais à plena concretização do regime de autonomia,
administração e gestão das escolas. O mesmo diploma alarga esse regime, estabelecido pelo decreto-lei nº 43/89, de 03 de Fevereiro, às escolas do 1º ciclo do
ensino básico e Jardins de Infância, integrando-os de pleno direito numa organização coerente de autonomia.

Se tomarmos como pressuposto que a escola é uma construção social consideramos o Projecto Educativo como um processo de desenvolvimento da
organização escolar, num tempo e espaço determinados, no âmbito do qual se desencadeiam, coerente e sistematicamente, um conjunto de iniciativas, por
parte dos agentes educativos, tendo como suporte um dado contexto social.

O Projecto Educativo do agrupamento é um documento de planificação educativa, de 2006 a 2008, estabelecendo as linhas orientadoras da estratégia a adoptar
pelas escolas, adoptadas com base num diagnóstico da sua situação real, envolvendo a reflexão, diálogo e diferentes ideias dos diversos membros da
comunidade (v. Art. 3º DL 115-A/89).

Não deve o Projecto Educativo do agrupamento ser confundido com o Plano Anual de Actividades o qual, em função das políticas adoptadas naquele, traduz o
possível compromisso de todos os intervenientes no processo: professores, alunos, Encarregados de Educação, funcionários e instituições que com as escolas
colaboram, tentando levar à prática, ao longo do ano lectivo, as políticas definidas no Projecto Educativo.

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II – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO E DO MEIO ENVOLVENTE

RESENHA HISTÓRICA DE MARVILA

Marvila tem uma história antiga de que permanecem testemunhos, desde a zona ribeirinha do Poço do Bispo ao planalto de Chelas. São conhecidos vestígios
desde os tempos pré-históricos. Assim, no território que hoje compõe a freguesia de Marvila foram encontrados ou existem vestígios de diversas épocas
históricas:
 Placa de xisto decorada da pré-história (com cerca de 5000 anos);
 Lápides funerárias romanas e um friso de um sarcófago, datado do século III;
 Aras votivas lusitano-romanas;
 Pedras ornamentadas de pilares e frisos hispano-godos;
 Convento de Chelas (Igreja e Convento de São Félix e Santo Adrião), cuja fundação remonta ao século VII e actualmente serve de instalações
do Arquivo do Ministério do Exército (objecto de intervenções de remodelação e restauro em séculos posteriores);
 Igreja e Convento de Nossa Senhora da Conceição, fundado em 1660, recuperado após o terramoto de 1755 (hoje em dia a parte conventual
alberga a Mansão de Santa Maria de Marvila);
 Quintas e solares dos séculos XVII e XVIII: quintas do Poço do Bispo, de Braço de Prata, da Matinha, do Marquês de Marialva, das Teresinhas,
da Flamenga, das Conchas, das Salgadas, dos Alfinetes, entre outras.
 Palácios, como o do Marquês de Abrantes, na Rua de Marvila, o da Mitra, na Rua do Açúcar, o do Armador, na Azinhaga do Armador, o dos
Marialvas, na Rua de Marvilados séculos XVII e XVIII.
 Tanoarias e armazéns de vinho, bem como, fábricas dos séculos XIX e XX (Sabões, Açúcar, Curtumes, Borracha, Fósforos, Tecidos de
Algodão, Material de Guerra, Cortiça, Pólvora, entre outras).

Este local era, assim, até há pouco tempo, uma freguesia essencialmente rural, onde existiam muitas hortas e quintas, que ainda hoje dão nome a determinados
locais, tais como a Quinta da Rosa, a das Flores, a das Amendoeiras… No entanto, Marvila transformou-se, com o passar dos anos, em zona urbana de
fisionomia bairrista e fabril.

A actual Marvila, freguesia criada em 1959, é bem significativa da zona periférica de uma grande cidade europeia em franco crescimento, onde existem grandes
contrastes, desde os solares abandonados às grandes construções habitacionais, de estreitas azinhagas e largas avenidas de pequenas hortas e muito terreno
para construção.

Beneficiou, consideravelmente, com a realização do grande evento que foi a Expo 98.

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O MEIO

O agrupamento localiza-se na freguesia de Marvila, criada pela Reforma administrativa da cidade de Lisboa de 1959. Geograficamente a freguesia fica situada
na zona oriental de Lisboa, limitada a norte pelas freguesias de Alvalade e S. João de Brito, a sul pelo rio Tejo (Mar da Palha), a oriente pela freguesia de Sta.
Maria dos Olivais e a ocidente pelas freguesias do Beato e Alto Pina.

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Relativamente à população é a freguesia de Marvila, em número de habitantes, a 4ª maior das 53 freguesias de Lisboa: possui 38.767 habitantes, espalhados
pelos 6,29 km2 de área. A população mais antiga é oriunda, em grande percentagem, da Beira Alta e Alto Douro. A indústria local absorveu essa emigração,
levando ao crescimento de bairros de barracas, como o Bairro Chinês, Bairro do Camboja, Páteo Israel, etc. Estes bairros desapareceram em 2001 tendo sido,
em seu lugar, construídos bairros sociais, considerados guetos durante anos, imagem esta que, segundo a Junta de Freguesia, se está a alterar. Verificou-se a
construção de novos blocos de habitação social entre 1999 e 2002.

Da importância da realização da Expo 98 o movimento cooperativo levou à construção de habitação já com alguma qualidade. O final da guerra colonial e a
necessidade de mão de obra barata para a construção civil, determinou, na área desta freguesia, a coexistência de população de todos os continentes do
mundo, com predominância para os continentes europeu e africano. Hoje mais de 50% dos habitantes é já natural de Lisboa. Dos residentes, 54,1% têm entre
25 e 64 anos e, em termos de Qualificação académica, o seguinte quadro permite-nos ficar com uma ideia geral:

A área profissional dominante, com respeito aos Encarregados de Educação de todas as escolas do agrupamento, situa-se na área de “empregados de
limpeza”, profissões socialmente desvalorizadas. Grande número de desempregados (sendo alta a taxa de desemprego) é formado por mulheres jovens, que
estarão possivelmente à procura do primeiro emprego, possuindo níveis de escolaridade baixos e talvez com expectativas de profissões melhores do que as
que têm as pessoas mais velhas que habitam na mesma freguesia. (É curioso notar que a elevada percentagem de desemprego nem sempre coincide com os
níveis de escolaridade mais básicos). No entanto, os Encarregados de Educação de todas as escolas do agrupamento têm expectativas de estudos
universitários para os seus educandos preferindo, maioritariamente, que estes possuam o curso de medicina. A população residente, quando questionada sobre
os principais problemas que afectam a sua área de residência mencionam, sobretudo, a toxicodependência, o desemprego e o vandalismo. Como causas do
insucesso escolar (elevada no escalão etário dos 15 aos 19 anos) refere-se, em especial, a falta de apoio familiar/ambiente familiar degradado e em falta de
hábitos de estudo.

Em termos socioculturais é esta freguesia bastante rica em casas regionais, colectividades e associações de moradores, não possuindo outro tipo de ofertas
culturais, feita a devida excepção à organização anual da marcha de Marvila pela Sociedade Musical três de Agosto de 1885, assim como a actividades
desportivas promovidas pela Junta de Freguesia, pelas 26 colectividades de cultura, desporto e recreio, sendo a mais conhecida o C.O.L., (Clube Oriental de

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Lisboa). Existem ainda mais de duas dezenas de instituições particulares de solidariedade social. Mais recentemente começou a prestar-se alguma atenção ao
vasto património histórico da freguesia, incluindo solares, conventos e mosteiros, quintas, palácios e fábricas.

O AGRUPAMENTO

No total, a freguesia de Marvila possui:


- 5 Jardins de Infância da rede pública
- 5 Jardins de Infância particulares
- 7 escolas do 1º ciclo
- 2 escolas do 2º e 3º ciclos + 1 particular
- 3 escolas secundárias
- 1 Universidade Independente
- 1 Instituto Superior de Engenharia , para além do Instituto Superior de Actividades Imobiliárias.

Do Agrupamento Marvila fazem parte a EB 2-3 de Marvila (escola sede, situada no bairro das Marquês de Abrantes), a EB 1 Dr. João dos Santos, em cujas
instalações funciona o Jardim de Infância nº 5 (bairro da Prodac), e a EB 1 Prof. Agostinho dos Santos (Vale Fundão).

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III – ORGANIZAÇÃO DAS ESCOLAS E RESPECTIVAS COMUNIDADES

EB 2,3 de Marvila

Instalações
A escola é constituída por dois pisos e três Blocos. No rés-do-chão o Bloco Tejo é o edifício principal. Aqui encontram-se, os serviços administrativos, a
reprografia, a sala dos directores de turma e a sala dos professores. O Bloco Lisboa está reservado sobretudo para as áreas de música, EVT e ET. Neste piso
temos um 3º bloco denominado Marvila onde podemos encontrar o refeitório, a cozinha, uma sala de PAAE e um bar. No exterior podemos encontrar o campo
de jogos, que é constituído por um campo de futebol, uma caixa de saltos, um corredor de pista de atletismo e de um campo polivalente para a prática de várias
modalidades desportivas. No 1º piso o Bloco Lisboa, as salas estão vocacionados para as salas de aulas normais, destacam-se, todavia 14 salas, nas quais se
incluem três laboratórios. Temos ainda, o bloco Tejo que é constituído por: duas salas de informática, uma sala de reuniões, um auditório, uma sala de apoio
educativo e pelo gabinete do C.E..

Corpo Docente
A Escola 2,3 de Marvila tem um corpo docente estável (69 de entre os professores pertencem ao quadro de nomeação definitiva – Q.E. sendo 40 do 2º ciclo e
29 de 3º ciclo). No entanto, a escola recebe anualmente, novos professores.

Corpo não docente


O corpo não docente é constituído por 30 elementos, sendo 23 do sexo feminino e 7 do sexo masculino.
A sua distribuição por sectores é a seguinte: 9 pertencem à carreira administrativa, 21 são auxiliares de Acção Educativa e 1 é Guarda-Nocturno.

BE-CRE
A Biblioteca oferece várias obras abrangendo diversas áreas de conhecimento.
Entre outros meios dispõe de 2 computadores ligados à Internet, um leitor de DVD, um leitor de VHS, rádio e auscultadores. Dispõe ainda, de: cassetes e CDs
de musica; disquetes e DVDs.

Sala de informática
Apetrechada com 15 computadores, ligados à Internet por uma rede interna, dispõe também de um scaner e um retroprojector.

Auditório
Apetrechado com uma televisão, dois leitores de cassetes, um leitor de DVD e um leitor de VHS.

Bar
O bar funciona das 9h00 às 16h15 e conta com duas funcionárias em permanência.

Refeitório

O fornecimento de refeições está adjudicado a uma empresa com actividade de restauração por concurso público, sendo a entidade adjudicante a Direcção
Regional de Educação de Lisboa.

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Papelaria e Reprografia

A papelaria e reprografia destinam-se a satisfazer as necessidades da comunidade educativa em material escolar e reprodução de documentos.
O horário de funcionamento destes serviços está exposto em local visível, junto às suas instalações.

PBX

O PBX destina-se a receber e encaminhar as chamadas telefónicas para os devidos sectores e receber os pedidos, proceder à marcação e fazer o registo das
chamadas oficiais para o exterior.

Sala de Professores

A sala de professores destina-se a uso exclusivo dos docentes e destina-se ao trabalho e convívio dos docentes.

Número total de alunos

A escola tem 520 alunos distribuídos por 24 turmas. Destes, 36 usufruem de apoio educativo.

ESCOLA EB1 PROFESSOR AGOSTINHO DA SILVA

A Escola EB1 Professor Agostinho da Silva, situada na Rua Lino Ferreira, na Azinhaga do Vale Fundão, num dos lados de um acesso à Avenida Infante D.
Henrique.

A Escola é constituída por dois edifícios idênticos com rés-do-chão e 1º andar e é composta por:
 um recreio;
 um campo de jogos;
 um gabinete de Apoio Educativo;
 um refeitório
 uma sala de apoio ao refeitório;
 uma sala de professores;
 uma biblioteca;
 um gabinete da Coordenadora de estabelecimento;
 um gabinete das Auxiliares de Acção Educativa;
 sete salas de aula;
 uma sala de Educação Física;
 dois telheiros.
 três casas de banho (meninos, meninas e professores)
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 duas arrecadações
 7 salas de ATL

 Horário de Funcionamento
Funciona em regime normal, das 9h às 15h com prolongamento até às 17h30. O almoço é de uma hora.

 Número total de alunos


A escola tem 103 alunos distribuídos por 6 turmas. Destes, 11 usufruem de apoio educativo.

 Corpo Docente
No presente ano lectivo, o corpo docente é formado por 9 elementos, 6 professores titulares de turma, 1 professor de apoio educativo e 1 professor de
sócio-educativo.

 Outros Professores
Um professor de educação física.

 Pessoal Auxiliar de Acção Educativa.


A Escola dispõe de 3 Auxiliares de Acção Educativa sendo 2 do quadro e uma contratada.

ESCOLA EB1 DR. JOÃO DOS SANTOS

A EB1 Dr João dos Santos fica localizada na Rua Pedro de Azevedo, no Bairro da PRODAC. Tem como área de intervenção o Bairro Marquês de Abrantes,
Bairro da PRODAC e parte do Bairro dos Alfinetes.

A escola é constituída por rés do chão e primeiro andar e é constituída por:

o Onze salas de aula


o Um centro de recursos – Biblioteca/Sala de Informática/Sala de Música
o Um laboratório de ciências
o Um ginásio
o Um atelier – Expressões
o Três gabinetes – Direcção, Médico, Apoios Educativos
o Uma arrecadação
o Onze casas de banho (3 para adultos, 4 meninas, 3 meninos e 1 nos balneários)

 Horário de Funcionamento
Funciona em regime normal, das 9h às 15h30 com prolongamento até às 17h30. O Almoço é de 1 hora e 30 minutos.

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 Número total de alunos


A escola tem 217 alunos distribuídos por 11 turmas. Destes, 11 usufruem de apoio educativo.

 Corpo Docente
No presente ano lectivo, o corpo docente é formado por 16 elementos, 11 professores titulares de turma, 1 professor de apoio educativo e 1 professor de
sócio-educativo.

 Outros Professores
Um professor de educação física e 2 professores de música.

 Pessoal Auxiliar de Acção Educativa.


A Escola dispõe de 3 Auxiliares de Acção Educativa sendo uma do quadro e duas contratadas.

JARDIM DE INFÂNCIA MARVILA Nº5

O Jardim de Infância é constituído por uma sala e faz parte integrante da EB1 Dr. João dos Santos, situa-se no rés do chão da mesma sendo que, a entrada e
saída das crianças é feita pelo exterior.

As crianças do Jardim de Infância utilizam os espaços e recursos da EB1.

 Horário de Funcionamento
Funciona em regime normal em horário das 9h15 às 15h15 com prolongamento até às 17h30. O Almoço é de 1 hora.

 Número total de alunos


O Jardim tem 25 alunos distribuídos por 1 sala.

 Corpo Docente
No presente ano lectivo, o corpo docente é formado por 2 elementos, 1 educadora titular e 1 educadora de apoio educativo.

 Pessoal Auxiliar de Acção Educativa.


O Jardim de Infância dispõe de 1 Auxiliar de Acção Educativa.

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IV – PRINCÍPIOS ORIENTADORES: Objectivos Gerais

Com o enquadramento legal de suporte, constituído pelos normativos vigentes, relativos ao sistema educativo, os objectivos a atingir com o Projecto Educativo
do Agrupamento de Escolas Marvila (PEAM), desenvolvem-se de acordo com os princípios que seguidamente se enumeram.

São princípios orientadores deste Projecto Educativo, os seguintes:

 Princípio da inclusão
o Criar oportunidades diferenciadas e percursos diversificados que conduzam ao sucesso educativo dos nossos alunos, independentemente das
suas capacidades e dificuldades de aprendizagem;

 Princípio da integração
o Promover a igualdade de direitos e de oportunidades, no respeito pela diferença, independentemente da origem social, grupo cultural, religião
e demais pertenças e opções;

 Princípio da cidadania e participação democrática


o Desenvolver o sentido da responsabilidade e o respeito pelo rigor, encarando cada indivíduo da comunidade educativa como um elemento
activo e capaz de intervir de forma responsável, solidária e crítica, nas escolas e no meio;

 Princípio do saber
o Promover o desenvolvimento da curiosidade nas aprendizagens, o gosto pelo trabalho, pelo estudo, pela pesquisa, não os restringindo aos
limites dos currículos nacionais;

 Princípio da promoção do desporto e educação para a saúde (*)


o Promover acções que abranjam prioritariamente as temáticas: alimentação e actividade física, consumo de substâncias psicoactivas,
sexualidade, infecções sexualmente transmissíveis – VIH/Sida, violência em meio escolar e desporto escolar;

 Princípio da qualidade educativa


o Optimizar, de forma tão científica quanto possível, os recursos disponíveis, criando e diversificando outros, procurando maximizar a atenção
dos alunos e o impacto do resultado das aprendizagens com actividades educativas criativas, inovadoras e adequadas.

(*) Aditado pelo Conselho Pedagógico, em reunião de 13.12.2006.

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V – IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS E SUA SUSTENTAÇÃO

DEFICIENTE OU INEXISTENTE
Problema

ARTICULAÇÃO ENTRE ESCOLAS RELAÇÃO ENTRE A ESCOLA E A FORMAÇÃO DE DOCENTES AO


INSUCESSO DEGRADAÇÃO/INADEQUAÇÃO DE
E CICLOS FAMÍLIA NÍVEL DA TLEBS, DISCIPLINA,
(*) ALGUNS ESPAÇOS E MATERIAIS
(*) (*) ESTRATÉGIAS LEITORAS E DAS
TIC

• Elevado absentismo por parte de alguns


alunos • Deficiente comunicação na partilha
• Indisciplina por parte de alguns alunos pedagógica entre docentes do mesmo
• Dificuldades na gestão dos tempos livres nível de ensino, do mesmo ciclo e de
dos alunos ciclos diferentes
Causas Identificadas

• Deficiente escolarização de alguns


• Problemas socio-económicos, • Deficiente articulação programática
• Inexistência, insuficiência, degradação, agregados familiares
destruturação das relações socio- entre os diferentes ciclos
desactualização de materiais • Não comparência de alguns • Implementação da TLEBS no ano lectivo
familiares • Falta de aferição de critérios na
• Défice numa prática mais generalizada Encarregados de Educação na Escola, 2006/2007
• Défice na educação para os valores educação para a cidadania
de humanização dos espaços e em mesmo que convocados para o efeito • Indisciplina
• Falta de autonomia • Dificuldade em encontrar tempo e
actividades que vão promovendo a • Existência de erradas concepções de • Dificuldades no domínio das TIC por
• Défice na auto-correcção dos erros espaço para realizar encontros de
intervenção/apropriação dos alunos nos Escola e das suas finalidades parte de alguns docentes
cometidos reflexão profissional
espaços fundamentais das escolas • Condição de vida e precariedade de
• Deficiente interiorização de um modelo • Deficiente consciencialização do papel
emprego existentes
de Escola com finalidades de Educação e de cada ciclo de escolaridade visto que a
de Ensino recente criação do agrupamento ainda
• Organização pedagógica das escolas não permitiu um trabalho harmonioso e
• Não domínio das estratégias leitoras articulado entre ciclos
• Falta de domínio das técnicas de estudo
Ciclos / Escolas

• Escola do 1º ciclo “Prof. Agostinho da


Afectados

Silva”
1º - 2º - 3º JI - 1º - 2º - 3º • Escola do 1º ciclo e Jardim de Infância 1º - 2º - 3º 1º - 2º - 3º
“Dr. João dos Santos”
• EB2,3

• Falta de segurança devido ao adiantado


Fundamentos (Sustentação)

• Alguns alunos revelam: estado de degradação do edifício (E1C


o Não “saber estar” AS)
o Desinteresse • Ausência de espaço exterior adequado
• Deficiente conhecimento da realidade de • Pouco envolvimento dos pais na vida
o Falta de sentido de rigor e ausência de ao Jardim-de-Infância (E1CJI JS)
cada escola e dos diferentes ciclos e escolar
hábitos de auto-correcção • Ausência de refeitório e cozinha (E1CJI
níveis de ensino • Deficiente acompanhamento do • Pouca utilização das TIC como recursos
o Falta de concentração JS)
• Défice da prática de reflexões conjuntas percurso escolar dos alunos, por parte educativos
o Agressividade • Ausência de pavilhão gimnodesportivo
organizadas sobre questões didácticas e dos pais e/ou encarregados de educação • Pouca informação relativa às TLEBS
o Falta de civismo e pouco sentido de (EB23)
pedagógicas a nível disciplinar e a nível • Dificuldade de comunicação entre os
solidariedade • Ausência de espaços cobertos para
global curricular. membros da comunidade educativa
o Défice de auto-estima convívio dos alunos (EB23)
o Incompreensão do que lêem • Ausência de espaços vedados para a
o Não utilização de técnicas de estudo leccionação da Educação Física e prática
de desportos colectivos (EB23)

(*) Problemas considerados prioritários pelo Conselho Pedagógico, em reunião de 11.10.2006; de acordo com o parecer da Assembleia do Agrupamento.

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VI – OBJECTIVOS ESPECÍFICOS: Soluções

DEFICIENTE OU INEXISTENTE
Problema

FORMAÇÃO DE DOCENTES AO
ARTICULAÇÃO ENTRE ESCOLAS DEGRADAÇÃO/INADEQUAÇÃO DE RELAÇÃO ENTRE A ESCOLA E A
INSUCESSO NÍVEL DA TLEBS, DISCIPLINA,
E CICLOS ALGUNS ESPAÇOS E MATERIAIS FAMÍLIA
ESTRATÉGIAS LEITORAS E DAS
TIC

• Promover a Pedagogia Diferenciada


• Realizar, no 1º ciclo, reuniões de
• Valorizar os interesses culturais e
coordenação de ano
pessoais dos alunos assumindo a
• Programar, implementar e avaliar • Implicar a Autarquia e a Junta de
multiculturalidade dos grupos em
conjuntamente actividades entre a Freguesia na realização das obras
presença
educação pré-escolar e o 1º ciclo • Reordenar alguns espaços na EB2,3,
• Gerir os conflitos da turma • Promover a criação de uma Associação
• Programar, implementar e avaliar por forma a que a escola possa cumprir
• Promover a diversificação de ofertas de Pais e Encarregados de Educação do
conjuntamente actividades ao nível do 1º melhor o seu objectivo de melhorar as
escolares, nomeadamente ao nível da agrupamento
ciclo, envolvendo os professores titulares condições da vida da comunidade escolar
criação de Percursos Curriculares • Envolver os Pais e Encarregados de
das turmas e os professores das • Gerir adequadamente os
Alternativos e da Gestão Flexível dos Educação na vida escolar:
Operacionalização / Estratégias

actividades de enriquecimento curricular materiais/espaços entre as escolas do


Currículos o Nos órgãos onde a sua participação é
• Potenciar a dinâmica dos departamentos agrupamento
• Promover a articulação entre ciclos e exigida por Lei: Assembleia e Conselho
curriculares, através de: • Envolver as colectividades, clubes e
anos de escolaridade Pedagógico do agrupamento
o Análise e gestão de programas , quer a associações, neste processo
• Promover a inter e a o Na criação de um grupo de trabalho de
nível horizontal, quer a nível vertical • Promover intervenções que tenham
multidisciplinaridade professores e elementos da Associação
o Programação, implementação e como finalidade a humanização dos Realização/frequência dos docentes em
• Criar um Gabinete de Psicologia e de Pais e Encarregados de Educação,
avaliação de actividades conjuntas entre espaços internos e externos das escolas acções de formação nas seguintes áreas:
Orientação Escolar e Vocacional que vise para organizar actividades de carácter
escolas e entre os diferentes ciclos de • Apoiar as actividades tendentes a TLEBS, (in)disciplina, estratégias leitoras,
o acompanhamento e orientação dos lúdico e cultural, durante o ano lectivo
ensino trabalhar os espaços verdes das escolas, TIC
alunos • Promover o associativismo entre os
• Potenciar a dinâmica do funcionamento com a participação de docentes,
• Reforçar as relações Escola/Família e alunos com a criação de uma Associação
do Conselho Pedagógico do agrupamento discentes ou Família
promover a melhoria das relações de Estudantes do agrupamento
• Potenciar uma política geral de gestão • Criação de gabinetes de trabalho,
interpessoais • Criação de um Conselho de Chefes de
das escolas que coloque a prioridade no devidamente apetrechados, para os
• Efectivar as parcerias com outras Turma para o 1º ciclo
trabalho colectivo, organizado, em professores
entidades e instituições da comunidade • Criação de um Conselho de Delegados
detrimento de orientações centralizadas • Desenvolvimento de contactos para a
• Analisar a problemática da indisciplina de Turma para o 2º e 3º ciclos
• Promover de forma empenhada e construção do pavilhão gimnodesportivo
através da criação de um Observatório • Criação de espaços onde possam ser
sistemática a circulação da informação no na EB2,3
para a Indisciplina (grupo de trabalho) realizados debates centrados nas
interior do agrupamento, criando espaços • Angariar patrocinadores, através da Lei
• Reorganização dos horários lectivos dos principais finalidades da Escola
e momentos em que ela é claramente do Mecenato, para apoio financeiro à
alunos dos 2º e 3º ciclos
apresentada criação das infraestruturas e aquisição de
• Adequação na organização das turmas
• Promover a articulação entre o docente materiais/equipamentos em falta
• Criar um Observatório Permanente para
do Apoio Educativo (Ensino Especial) e o
a Avaliação dos alunos
docente do Ensino Regular
• Implementação de um GAAF

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VII – AVALIAÇÃO DO P.E.A.M.

De acordo com a legislação vigente, compete à Assembleia do Agrupamento, aprovar o Projecto Educativo, acompanhar e avaliar a sua execução, com base
no Plano Anual de Actividades. Esta avaliação articula-se com a que a seguir se enuncia.

A execução das orientações do Projecto Educativo será objecto de avaliação anual, coordenada por uma equipa formada por:
o Presidente do Conselho Executivo
o Elemento da Comissão de Elaboração do Projecto Educativo (Conselho Pedagógico)
o Um Director de Turma do 2º ciclo
o Um Director de Turma do 3º ciclo
o Um docente de cada um dos Conselhos de Docentes do 1º ciclo

Esta equipa tem como competências:


o Elaborar e fazer aplicar os instrumentos para a avaliação
o Tratar os dados recolhidos e fazer o balanço dos resultados
o Elaborar e apresentar um relatório no final do ano lectivo

AVALIAÇÃO INICIAL a realizar no final do 1º semestre (Carnaval)


Instrumentos:
o Preenchimento de: inquéritos, questionários, grelhas de avaliação
o Emissão por escrito, de pareceres e opiniões

Intervenientes:
o Corpo docente
o Encarregados de Educação
o Alunos: representante de cada turma, no 1º ciclo; Delegados de Turma no 2º e 3º ciclos (recolhem as opiniões da turma)
o Pessoal não docente
o Outros intervenientes no processo educativo

AVALIAÇÃO FINAL – A realizar no final do ano lectivo (Maio)


Instrumentos:
o Elaboração de: inquéritos, questionários, grelhas de avaliação
o Emissão por escrito, de pareceres e opiniões

Intervenientes:
o Corpo docente
o Encarregados de Educação
o Alunos: representante de cada turma, no 1º ciclo; Delegados de Turma no 2º e 3º ciclos (recolhem as opiniões da turma)
o Pessoal não docente
o Outros intervenientes no processo educativo

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VIII – INSTRUMENTOS DE SUPORTE

RIA – REGULAMENTO INTERNO DO AGRUPAMENTO


Documento que define o regime de funcionamento da escola, de cada um dos seus órgãos de administração e gestão, das estruturas de orientação e dos
serviços de apoio educativo, bem como os direitos e os deveres dos membros da comunidade escolar.

PAAA – PLANO ANUAL DE ACTIVIDADES DO AGRUPAMENTO


Instrumento privilegiado para a operacionalização do Projecto Educativo. Documento de planeamento, elaborado e aprovado pelos órgãos de administração e
gestão da escola, incluindo as actividades a realizar, os investimentos e as acções a levar a cabo de acordo com os quatro grandes “problemas” definidos no
PEAM.

PCA – PROJECTO CURRICULAR DO AGRUPAMENTO


Documento central na gestão do currículo, integrando as decisões sobre a organização das diversas áreas e disciplinas do currículo, as cargas horárias, os
tempos lectivos, as actividades de enriquecimento curricular. Define, à luz dos princípios enunciados no PEAM, a criação de outras ofertas curriculares.

AVALIAÇÃO – CRITÉRIOS GERAIS


Emanados dos diversos Departamentos Curriculares e Conselhos de Docentes, revistos e implementados no início de cada ano lectivo, em função das
orientações e recomendações fornecidas pelo Observatório Permanente da Avaliação.

AVALIAÇÃO – CRITÉRIOS DE TRANSIÇÃO E RETENÇÃO DOS ALUNOS


Nos anos não terminais do 2º e 3º ciclos, devendo ser objecto de análise e revisão no início de cada ano escolar, tendo em vista a sua reformulação e
adequação, atendendo às orientações e recomendações fornecidas pelo Observatório Permanente da Avaliação. Sugere-se que seja respeitado o percurso
escolar dos alunos, não promovendo alterações a estes critérios nos dois, ou três anos de duração de cada ciclo.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS Marvila – Lisboa

IX – BIBLIOGRAFIA

TRABALHOS:

- Estudo de caracterização do Bairro Marquês de Abrantes e última fase do Bairro dos Alfinetes; Socióloga da Santa Casa (PRODAC);.

- Trabalho executado no âmbito de profissionalização em exercício, 1999-2000; Fernanda LARIÃO, PFAF;

- Trabalho no âmbito de licenciatura; Sandra FALEIRO;

- Proposta para uma caracterização da comunidade educativa do agrupamento, 2004-2005; Ana Sofia Costa, Fátima Nave, Maria Clara Salvado, Rui Salvado;

PROJECTOS:

- Projecto de Escola EB 2,3 de Marvila – 2002/2005;

- Proposta de Projecto Educativo 2006, Conselho Pedagógico, Conselho Executivo, Assembleia de Escola;

INTERNET:

- site DA CML-URBANISMO: (http://ulisses.cm-lisboa.pt/data /002 /0001 ; Census 2001)

- site DA EB 2-3 DE MARVILA (www.eb23-marvila.rcts.pt)

- site DA JUNTA DE FREGUESIA DE MARVILA (www.jf-marvila.pt/cidadania.html)

LIVROS:

- “O formoso sítio de Marvila”, ed. JF Marvila, 2004; Carlos G. CONSIGLIERI; Marília ABEL.

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X – REVISÕES E ACTUALIZAÇÕES

 1ª Actualização 13 de Dezembro de 2006, em reunião de Conselho Pedagógico.

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