Você está na página 1de 27

CLASSIFICAÇÃO FILOGENÉTICA DE 

ESCHERICHIA
COLI  PATOGÊNICA
PARA AVES (APEC) E CORRELAÇÃO COM A PRESENÇA
DE FATORES DE VIRULÊNCIA

Ana Lívia da Silva Ferreira


Departamento de Microbiologia
Universidade Estadual de Londrina

Orientadora: Renata K. T. Kobayashi


Objetivos

•O objetivo deste trabalho é Classificar as amostras de Escherichia coli isoladas de aves com
colibacilose e de frangos comercializados nos grupos filogenéticos A, B1, B2 e D;

•Comparar esses resultados com a presença/ ausência de fatores de virulência das APEC
previamente analisados, observando se há uma relação dos grupos com fatores específicos.
INTRODUÇÃO

Escherichia coli

•um bacilo gram-negativo;

•Microbiota intestinal de humanos, outros


mamíferos e aves;

•Comensais, patogênicas intestinais e patogênicas


extra-intestinais;

•Em humanos causa infecções como meningites,


septicemias,, pneumonias, infecções urinárias e
intestinais;

•em alimentos, como carnes congeladas, é


permitida uma quantidade de 104 UFC/g alimento.
INTRODUÇÃO

Fator de virulência Função


tsh hemaglutinina temperatura sensível
papC, papG fímbria P
felA fímbria F11
fimH fímbria tipo 1
fac RELACIONADOS
A ADESÃO
afa/draBC adesina afimbrial
sfaDE
sfaS fímbria S
csgA curli
cvaC colicina V
iutA aerobactina NÃO
iss resistência sérica RELACIONADOS
A ADESÃO
kps cápsula
cnf1, cnf2 fator necrozante citotóxico
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS

•Foram utilizadas 200 amostras de frangos com


colibacilose: estoque da profa. Dra. Marilda c.
vidotto;

•103 Amostras isoladas de frangos


comercializados: estoque da profa. Dra. Renata
kobayashi.

•As amostras utilizadas como controle positivo


foram gentilmente cedidas pela profa. Dra.
Halha Ostrensky Saridakis.

Essas amostras foram crescidas em lb caldo


durante 24h.

O dna de cada uma delas foi extraído para que


pudéssemos realizar pcr.
MATERIAIS E MÉTODOS

A pcr realizada foi descrita por clermont et al., 2000.

Ciclo curto:
-desnaturação por 4 min a 94ºC,
-30 ciclos de 5 s a 94ºC e 10 s a 59ºC
-uma extensão final de 5 min a 72ºC. Ao final da reação,

as amostras foram mantidas a 4ºC, até sua corrida em gel


de agarose 2%.

Os primers utilizados foram:


-chuA
-yja
-tspe4.c2
MATERIAIS E MÉTODOS

Gene Seqüencia de oligonucleotideo pb


ChuA (CGG ACG AAC CAA CGG TCA GGA T) 279
(TGC CGC CAG TAC CAA AGA CAC G)
Yja (CGT GAA GTG TCA GGA GAC GCT GC) 211
(TGC GTT CCT CAA CCT GTG ACA AAC C)
Tsp (GGG AGT AAT GTC GGG GCA TTC AG) 152
(CAT CGC GCC AAC AAA GTA TTA CGC AG)

KOTLOWSKI et al., 2007; Clermont et al., 2000

Análise estatística:
-ANOVA não paramétrico (Kruskal-Wallis), através do programa
de estatística Epi Info, versão 3.4.3.
MATERIAIS E MÉTODOS

Clermont et al., 2000


Resultados e discussão

B1 A A B2 D B1 B1 B2

chuA (279pb)
yja (211pb)
TSPE4.C2
(152pb)

1 2 3 4 5 6 7 C+ C-
Resultados e discussão

Resultados esperados:

Frangos comercializados Aves com colibacilose (APEC)

B2 B2/ D

JOHNSON et al., 2000 apud MOULIN-SCHOULEUR et al., 2007, PICARD et al., 1999
Resultados e discussão

33; 17%
56; 28%
33; 32%
35; 34%

45; 23%

17; 17% 18; 17%


66; 32%

frango comercializado apec


Resultados e discussão

APEC:

120,00%
Porcentagem de positivos

100,00%

80,00% Grupo A
Grupo B1
60,00%
Grupo B2
40,00% Grupo D

20,00%

0,00%

Fator de virulência
Resultados e discussão

APEC:

A (56) B1 (66) B2 (45) D (33) TOTAL DE P


AMOSTRAS (0,05)
POSITIVAS
tsh 13 (16,5%) 31 (39,2%) 26 (32,9%) 9 (11,4%) 79 p<0,05
C: 23,2% C: 47,0% C: 57,8% C: 27,3%
papC 4 (10,8%) 6 (16,2%) 18 (48,6%) 9 (24,3%) 37 p<0,05
C: 7,1% C: 9,1% C: 40,0% C: 27,3%
papG 2 (6,3%) 5 (15,6%) 17 (53,1%) 8 (25%) 32 p<0,05
C: 3,6% C: 7,6% C: 37,8% C: 24,2%
felA 1 (4,2%) 5 (20,8%) 17 (70,8%) 1 (4,2%) 24 p<0,05
C: 1,8% C: 7,6% C: 37,8% C: 3,0%
fimH 54 (28,0%) 61 (31,6%) 45 (23,3%) 33 (17,1%) 193 p>0,05
C: 96,4% C: 92,4% C: 100,0% C: 100,0%
afa/ 0 1 (100%) 0 0 1 p>0,05
draBC C: 1,5%
csgA 56 (28,0%) 66 (33,0%) 45 (22,5%) 33 (16,5%) 200 p>0,05
C: 100,0% C: 100,0% C: 100,0% C: 100,0%
Resultados e discussão

APEC:

A (56)* B1 (66) B2 (45) D (33) TOTAL DE P


AMOSTRA (0,05)
S
POSITIVAS
cvaC 11 (15,7%) 18 (25,7%) 34 (48,6%) 7 (10,0%) 70 p<0,05
C: 19,6% C: 27,3% C: 75,6% C: 21,2%
iutA 22 (17,5%) 42 (33,3%) 39 (31,0%) 23 (18,3%) 126 p<0,05
C: 39,3% C: 63,6% C: 86,7% C: 69,7%
iss 12 (15,6%) 25 (32,5%) 22 (28,6%) 18 (23,4%) 77 p<0,05
C: 21,4% C: 37,9% C: 48,9% C: 54,5%
kpsII 6 (14,6%) 7 (17,1%) 22 (53,7%) 6 (14,6%) 41 p<0,05
C: 10,7% C: 10,6% C: 48,9% C: 18,2%
Resultados e discussão

APEC:

Fatores Número de amostras

iutA + tsh + iss 40

APEC iutA + tsh + iss + cvaC 28

iutA + tsh + iss + cvaC + kps 17


NMEC

tsh + papC + papG + felA 14


UPEC
Resultados e discussão

APEC:

DELICATO et al., 2003


Resultados e discussão

Frangos comercializados::

60%
Porcentagem dos frangos que apresentaram

A; 55%

50% 22
D; 42,50%
os grupos filogenéticos

40%
B1; 35% A
17
B1
30%
14 B2; 22,50%
B2
D
20%
9
10%

0%
Grupos Filogenéticos
CONCLUSÃO

este trabalho visou à correlação entre virulência e


classificação filogenética de amostras patogênicas,
necessitando de estudos mais profundos para se chegar às
amostras com potencial patogênico.

Quando estas relações forem elucidadas, o tratamento e a


prevenção de infecções serão mais específicos, tanto em
animais quanto em humanos, podendo levar à economia de
tempo e de verbas destinadas à saúde pública ou ao controle
de qualidade dos produtos do agronegócio.
CONCLUSÃO

Você também pode gostar