O texto descreve como a filosofia atualmente é rejeitada e vista como "nuvens" ao invés de uma busca por verdade. Afirma que as pessoas hoje em dia "regressam" a tradições ao invés de procurar novas ideias, e que suas convicções se baseiam mais em o que rejeitam do que em valores ou verdades descobertas. Conclui que a filosofia é vista como impiedade porque procura a verdade, em um mundo onde a negação e paixões substituem a certeza.
O texto descreve como a filosofia atualmente é rejeitada e vista como "nuvens" ao invés de uma busca por verdade. Afirma que as pessoas hoje em dia "regressam" a tradições ao invés de procurar novas ideias, e que suas convicções se baseiam mais em o que rejeitam do que em valores ou verdades descobertas. Conclui que a filosofia é vista como impiedade porque procura a verdade, em um mundo onde a negação e paixões substituem a certeza.
O texto descreve como a filosofia atualmente é rejeitada e vista como "nuvens" ao invés de uma busca por verdade. Afirma que as pessoas hoje em dia "regressam" a tradições ao invés de procurar novas ideias, e que suas convicções se baseiam mais em o que rejeitam do que em valores ou verdades descobertas. Conclui que a filosofia é vista como impiedade porque procura a verdade, em um mundo onde a negação e paixões substituem a certeza.
H razo para temer que tambm o nosso tempo rejeite o filsofo em si
prprio e que, mais uma vez, a Filosofia seja apenas nuvens. Pois, filosofar procurar, afirmar que h algo a ver e a dizer. Ora, hoje, quase no se procura, "regressa-se", "defende-se" uma ou outra tradio. As nossas convices fundam-se menos sobre valores ou verdades descobertas do que sobre os vcios e os erros das que detestamos. Gostamos de poucas coisas, mas detestamos muitas. O nosso pensamento um pensamento aposentado ou enrugado. Todos expiam a sua juventude. Esta decadncia est de acordo com o processo da nossa histria. Passado um certo ponto de tenso, as ideias deixam de proliferar e de viver, caem no plano das justificaes e dos pretextos, tornam-se relquias, pontos de honra, e aquilo a que pomposamente chamamos movimento das ideias reduz-se ao conjunto das nossas nostalgias, dos nossos rancores, dos nossos acanhamentos, das nossas fobias. Neste mundo em que a negao e as paixes mal-humoradas ocupam o lugar de certezas, no se procura fundamentalmente ver, e a Filosofia, porque pretende ver, tida como impiedade. Seria fcil mostr-lo a propsito dos dois absolutos que so o fulcro das nossas discusses: Deus e a histria. M. Merteau-Ponty, Elogio da Filosofia, pp. 56-57