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São Paulo, 08 de junho de 2010

Título: Semana começou negativa para os mercados mundiais.

Os investidores tentaram, mas não encontraram motivo para um pregão de retomada depois do tombo da sexta-feira. Acompanhando o sinal
externo, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa e o dólar subiu.
Dos Estados Unidos vieram os dados de crédito ao consumidor, que registrou leve aumento em abril. A tomada de empréstimos cresceu US$
954,8 milhões em abril, equivalente a um aumento anualizado de 0,5%, totalizando US$ 2,44 trilhões. Mas os números de março foram revisados
de uma alta de US$ 1,95 bilhão para uma queda de US$ 5,44 bilhões.
Na Europa, atenções voltadas à Hungria, que fez os mercados tremerem na sexta-feira com o surgimento de declarações apontando para
problemas fiscais semelhantes aos da Grécia.
Ontem, o ministro da Economia, Gyorgy Matolcsy, tentou minimizar os comentários sobre uma potencial crise da dívida. Matolcsy, disse que a
administração do país vai tentar alcançar o déficit orçamentário de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 estipulado pela gestão anterior.
O ministro também refutou falas recentes de outros representantes do governo de que o déficit pode ficar em 7% a 7,5% do PIB e de que o país
está perto de não honrar seus compromissos.
Ainda na região, a Alemanha anunciou que cortará os benefícios sociais, criar impostos e reduzir empregos públicos para economizar 80 bilhões
de euros até 2014.
Voltando ao front brasileiro, a Bovespa devolveu os ganhos do período da manhã e fechou em baixa. A queda não foi mais acentuada, pois as
ações da Petrobras defenderam variação positiva. Ao final da jornada, o Ibovespa apontava queda de 0,80%, aos 61.182 pontos, com giro
financeiro de R$ 4,953 bilhões.
Já em Wall Street, as perdas foram mais acentuadas. O índice Dow Jones caiu 1,16%, para 9.816 pontos. O Nasdaq perdeu 2,04%, e o S & P 500
recuou 1,35%. Pela análise técnica o Dow Jones estaria próximo de perder um importante suporte aos 9.750 pontos. Oscilações consistentes
abaixo de tal patamar poderiam resultar em novos movimentos de venda.
No câmbio, o pregão ganhou direção no final do dia e, como o quadro é de incerteza, o movimento foi de alta. O dólar comercial encerrou a
jornada com valorização de 1,02%, valendo R$ 1,878 na venda, maior preço desde o começo de fevereiro.
O cenário doméstico domina a agenda econômica desta terça-feira (08/06) com uma série de indicadores nacionais relevantes, como o ICV
(Índice de Custo de Vida), o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola e, o mais importante, o esperado PIB (Produto Interno Bruto) do
primeiro trimestre.
Fonte: InfoMoney e Valor Econômico.

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