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Universidade Federal de Goiás

Faculdade de Ciências Sociais


Mestrado em Antropologia social
Disciplina: Rituais e Dramas Sociais

Seminário de debates

ALVAREZ, Gabriel Omar. Professor do programa de mestrado em antropologia social da


Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (FCS/UFG);
PEDROZA, Reigler Siqueira ; Acadêmico do curso de mestrado em antropologia social da
Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (FCS/UFG);
ALMEIDA, Igor C. F.; Acadêmico do curso de mestrado em antropologia social da
Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (FCS/UFG).
1ª Obra: LEACH, Edmund R. Ritualization in man in
relation to conceptual and social development. In:
Philosophical Transactions of de Royal Society of London.
Series B, n° 772, vol. 251, pp. 403 – 408. 1966.

 Sobre o autor:

 Viveu entre 1911 e 1989;


 Considerado um dos defensores do estruturalismo inglês;
 Sofreu influência de Mas Gluckman;
 Participou no desenvolvimento da Escola de Antropologia de
Manchester;
 Trabalhou na Escola de Economia de London.
 Obras do autor (15):

 Political Systems of Highland Burma; A Study of Kachin Social Structure (1954);


 Aspects of caste in south India, Ceylon, and north-west Pakistan (1960);
 Pul Eliya, a village in Ceylon; a study of land tenure and kinship (1961);
 Rethinking anthropology (1962);
 The strctural study of myth and totemism (1967);
 Dialectic in practical religion (1968);
 Genesis As Myth, and Other Essay (1969);
 Culture & Communication: The Logic By Which Symbols Are Connected: An
Introduction to the Use of Structuralist Analysis in Social Anthropology (1976);
 Political Systems of Highland Burma: A Study of Kachin Social Structure (1977);
 Custom, Law, and Terrorist Violence (1977);
 Social Anthropology (1982);
 Social Anthropology (1982);
 The Kula: new perspectives on Massim exchange - com Jerry Leach (1983);
 Structuralist Interpretations of Biblical Myth (1983);
 Claude Levi-Strauss (1989);
Apresentação

 Tema deste texto: "[...] a relação entre o ritual como um


sistema comunicacional e a linguagem comum como um
sistema comunicacional" (:335).
[Função do ritual:] "[...] a performance do ritual serve para
perpetuar o conhecimento que é essencial para a
sobrevivência dos performadores" (:335).
 [Teses principais:]


"(1) No ritual, a parte verbal e a comportamental não se
separam.
(2) Em comparação com a linguagem escrita, a 'linguagem' do
ritual é enormemente condensada; uma grande variedade de
significados alternativos são implícitos nos mesmos grupos de
categorias. Este é também um atributo da matemática.
(3)Nós tendemos a pensar que isto é estranho, devido a nossos
próprios hábitos lingüísticos, mas na verdade nossa linguagem
escrita contém uma vasta porção de redundância. [...] Em
qualquer evento na seqüência ritual a latente ambigüidade na
condensação simbólica tende a ser eliminada pelo mecanismo
da repetição e variação temáticas (:337).
2ª Obra: GLUCKMAN, Max. Les rites de passage. In:
Essays on the ritual of social relations. Manchester: Univ.
Press, (The), 1966. 190p.
 Sobre o autor:

 Nasceu em Johannesburgo (África do Sul) em 1911 e morreu em 1975;


 Estudou em Witwatersrand e Oxford;
 Realizou seus trabalhos de campos em povos Sul-Africanos (1936-1944)
sendo nomeado diretor do Rhodes – Livingstone Instituto (Zimbabwe) em
1941;
 Foi professor em Oxford (1947-1949);
 Foi o primeiro professor de antropologia social da
Universidade de Manchester onde fundou a Escola de Antropologia de
Manchester em 1949;
 Centrou seus estudos nos sistemas políticos dos povos Sul-Africanos,
analisando o papel do conflito para manutenção da coesão social.
 Obras importantes do autor:

 Rituals of Rebellion in South-East Africa (1954);


 Custom and Conflict in Africa (1955);
 Essays on the Ritual of Social Relations (1962);
 Order and Rebellion in Tribal Africa (1963);
 Closed systems and open minds: the limits of naivety in social
anthropology (1964);
 Politics, Law and Ritual in Tribal Society (1965);
 The Ideas in Barotse Jurisprudence (1967);
 Closed Systems and Open Minds (1967);
 The Allocation of Responsibility (1972).
 African traditional law in historical perspective (R-B Lecture)
(1974).
Apresentação
 Problema apresentado por Van Gennep: porque em sociedades tribais
a troca de posição social ocorre nos rituais de transição e como estes
rituais estabelecem relações sociais gerais?
 Citando Van Gennep afirma existir três tipos de ritos de passagem: o
de separação (funerais), o de transição (iniciação nas cerimônias) e o
de incorporação (casamento).
 “Nas sociedades semi-civilizadas a dimensão mágico-religiosa é a
base do grupo, e os distúrbios entre a vida em sociedade e a vida
individual se harmoniza ou minimiza nos rituais de passagem, ou seja,
este é utilizado para apaziguar os conflitos da relação social. O
período limiar é a transição entre o mundo sagrado e o mundo
profano. Ele estabelece um modelo de ritual de passagem:
nascimento, iniciação, casamento e morte”. (GLUCKMAN, 1966 p.2-
3). Tradução própria.
 As passagens estão ligadas às cerimônias de proteção,
propriedade, aquisição, purificação produtividade, a um
propósito, ou seja, a uma situação na vida social.
(GLUCKMAN, 1966 p.5);
 Observando os Tsonga que Van Gennep desenvolveu o
conceito de passagens, analisando o que é sazonal e diário
e a relação da saúde e da doença entre os homens e
mulheres;
 Em Los rites de passage Van Gennep descreve os
rituais de iniciação de garotos Tsonga (separação
das cabeças de baixo) e ritos marginais. Nas
passagens percebemos o movimento constante nas
relações sociais dos Tsonga, com uma série de
movimentos no espaço e tempo. (GLUCKMAN,
1966 p.8).
 Dinamicidade da vida social na comunidades investigadas por
Van Gennep, sendo que estes movimentos são de vários tipos
(GLUCKMAN, 1966 p.12) ;
 Citando Turner no seu estudos dos Ndembu, no norte da
Rhodesia, demonstra como os símbolos são utilizados nos ritos
de passagem, exemplificado pela cerimônia (interpretação
individual do símbolo, como o grupo o interpreta e como ele se
manifesta no rito). (GLUCKMAN, 1966 p.18);
 Os ritos de passagem possuem uma construção lógica, ou seja,
uma intencionalidade sustentada em necessidades sociais,
reafirmam modelos de vida social e são dinâmicos. Existe uma
relação íntima entre as elações sociais e os ritos (GLUCKMAN,
1966 p.22) ;
 O ritual transmite valores e legítima à organização social, bem
como diferencia grupos que vivem próximos, sendo uma forma
de diferenciação do outro. (GLUCKMAN, 1966 p.25).
 “a variação dos rituais em diferentes sociedades tribais: a)
a grande diferenciação secular de papéis, o menor ritual, e
a grande diferenciação secular, a grande mística das
cerimônias de etiqueta. b) a grande multiplicidade de (...),
os muitos rituais de separação deles” (GLUCKMAN,
1966 p.34). Tradução própria. Dúvida.
 “Eu considero aqueles rituais do tipo investigados por Van
Gennep como incompatíveis de encontrar na estrutura da
vida urbana moderna” (GLUCKMAN, 1966 p.37).
Tradução própria;
 Crítica na dificuldade de analisar os rituais de passagem
na vida urbana moderna a partir dos estudos de Van
Gennep nas sociedades tribais (exemplifica com os alunos
de uma escola com origens culturais diversas).
 Nesta nova rede de relações os rituais atacam os papéis
sociais anteriores. Temos uma fragmentação dos papéis e
ações, uma segregação social dos papéis, estabelecendo
uma mudança no equilíbrio. (GLUCKMAN, 1966 p.39).
 Rituais em sociedades tribais não é uma mera
congregação entre pessoas para rezar: é uma compleição
de várias texturas de relações sociais, cada pessoa tem
uma ação simbólica performática, ou passa uma operação
simbólica, nas relações com os participantes da cerimônia.
(GLUCKMAN, 1966 p.42).
 Usando Radcliffe-Brown afirma que a vida social é um
processo complexo de interações de poder ou força
presente na sociedade, em cada indivíduo, nos animais e
plantas de um fenômeno natural e nas relações de poder
existente entre a sociedade e seus membros dependentes.
(GLUCKMAN, 1966 p.52).
 Presta tributos a Radcllife-Brown e Van Gennep pelas
contribuições para este estudo.
3ª Obra: TURNER, Victor Witter. Schism and Continuity
in na African Society: a Study of Ndembu Village Life.
Manchester: Univ. Press, (The). 1957.

 Sobre o autor:

 Nasceu em Glasgow (Escócia) em 1920 e morreu em 1983;


 Considerado um antropólogo social britânico;
 Conhecido por seus trabalhos sobre símbolos, rituais e ritos de
passagem;
 Foi influenciado pela Escola de Antropologia de Manchester; onde
realizou seus estudos de pós-graduação após retornar da II Guerra
Mundial em 1944, onde serviu como não combatente;
 Trabalhou como professor na Universidade de Chicago (USA).
 Obras do autor:

 The Lozi Peoples of North-Western Rhodesia (1952);


 Schism and Continuity in an African Society; a Study of Ndembu Village Life (1957);
 Ndembu Divination: its Symbolism & Techniques (1961);
 Chihamba, the White Spirit: a Ritual Drama of the Ndembu (1962);
 The Forest of Symbols: Aspects of Ndembu Ritual (1967);
 The Drums of Affliction: a Study of Religious Processes Among the Ndembu of
Zambia (1968);
 The Ritual Process: Structure and Anti-Structure (1969);
 Dramas, Fields, and Metaphors: Symbolic Action in Human Society (1974);
 Revelation and Divination in Ndembu Ritual (1975);
 Image and Pilgrimage in Christian Culture (1978);
 Seriousness of Play (1982);
 Liminality, Kabbalah, and the Media (1985);
 The Anthropology of Performance (1986);
 The Anthropology of Experience (1986).
   Prefácio (por Gluckman)

A exposição de Turner combina análise geral com um estudo de


caso individual, de um modo que eu considero o mais frutífero e
iluminador (:ix);
De início, a Antropologia preocupou-se mais com as estruturas e
análises gerais. Isso foi importante para mostrar alguma
estabilidade em meio à constante mudança dos atores e suas
relações. A limitação disso é não mostrar a fundo as relações reais.
Depois, alguns estudiosos focaram-se em casos específicos, mas
impossíveis de permitir uma visão ampla daquelas sociedades;
Turner combina estes dois aspectos. Mostra como valores
dominantes operam através das fissões e reconciliações, bem como
indivíduos e grupos tentam explorá-los para seus próprios fins (:ix-
xi).
 Objeção: como garantir que a comunidade escolhida é típica? Pelas análises
numéricas gerais que precedem o estudo de caso. Pela validação que outras
publicações do mesmo autor -- sobre rituais – permitirão;

 Drama social: quando há um conflito no qual os atores partilham dos mesmos


princípios sociais básicos, a via jurídica pode resolvê-lo. Mas quando são
princípios diferentes ou até contraditórios, o recurso é a bruxaria e a ira
ancestral. E até mesmo fazer uma reconciliação ritual para retomar os valores
básicos. Após isso ocorre um respeito temporário, mas os conflitos enraizados
continuam. Cada novo ápice de conflito marca a rearticulação de poder e
alianças. Cada crise tem quatro
estágios.


 Turner também mostra as mudanças de valores e princípios
advindos com a colonização britânica - diferenciação
econômica, paz estabelecida, queda da caça como valor
dominante masculino.
 Capítulo 4 - Descendência matrilinear: o princípio básico da
organização da comunidade.

Chefia: geralmente passa entre os irmãos da mãe -- dos mais velhos para os
mais novos --, e depois entre os sobrinhos dela -- também iniciando pelos mais
idosos;

A cisão muitas vezes ocorre quando sobrinhos estão muito longe de obter o
poder. Fundam novas comunidades;

Objetivo do livro: principalmente estudar o conflito social e mecanismos sociais


para encaminhá-lo. Por baixo de todos os outros conflitos está a subliminar
oposição (básica) entre homens e mulheres, sobre a descendência, e no sistema
econômico (:89).
"O conceito de drama social" (:91-4)
 [Definição:] "Notei fases no seu desenvolvimento [o de
'erupções de conflito'] que pareciam seguir umas às outras em
uma seqüência mais ou menos regular. Estas erupções, que
chamei de 'dramas sociais', têm 'forma de procissão'
['processional form'].

 [Características:] Dividi provisoriamente o processo social


que constitui o drama social em quatro fases principais:
 (1) A quebra de relações sociais governadas-por-normas
ocorre entre pessoas ou grupos dentro de um mesmo sistema
de relações sociais. Tal quebra é sinalizada pela quebra
pública ou pelo não-cumprimento de alguma norma crucial
regulando o intercurso das partes.

 (2) Seguindo a quebra de relações sociais regulares, advêm


uma fase de crise crescente, durante a qual, a menos que o
conflito possa ser contido rapidamente em uma área limitada
de interação social, existe uma tendência para sua ampliação e
extensão até se tornar coextensivo com alguma clivagem
dominante no mais amplo grupo de relações sociais do qual as
partes em conflito provêm. […]
 (3) Para limitar a disseminação da quebra certos
mecanismos de ajustamento e de recomposição,
informais ou formais, são rapidamente postos em
operação por membros líderes do grupo social em
destaque. […]

 (4) A fase final que distingui consiste ou na


reintegração do grupo social em distúrbio, ou no
reconhecimento social de uma quebra irreparável
entre as partes contestantes (:91-2, colchetes por
Igor C. F. Almeida).
 "Em resumo, a forma processual do drama social
pode ser formulada como (1) contenda; (2) crise; (3)
ação recompositora; (4) reintegração ou
reconhecimento do cisma" (:92).
 […] No drama social conflitos de interesse latentes
tornam-se manifestos, e laços de parentesco – cuja
significância não é óbvia nas genealogias –
emergem a uma importância-chave (:93).
 [Utilidade da noção de drama social:]
 "Através dele estamos habilitados a observar os
princípios cruciais da estrutura social em sua
operação, e sua relativa dominância em sucessivos
pontos do tempo" (:93).
 [Considerações prévias sobre o “drama social 1”, apresentado
a partir da pág. 95:] “Este drama social faz parte de uma série,
e cada um deles contêm as mesmas características principais,
bem como refletem diferentes aspectos dos mesmos conflitos
estruturais. […] Mas é claro que as diferentes personalidades
envolvidas ocupam posições sociais que têm de
inevitavelmente entrar em conflito […]” (Turner 1957:94,
colchetes por ICFA).

 “A situação em uma aldeia Ndembu é muito semelhante àquela


encontrada no drama grego; testemunhamos o desamparo do
indivíduo humano diante dos Fados; mas, neste caso os Fados
são as necessidades do processo social” (Turner 1957:94,
apud Turner 2008:30)
Drama social 1 -- "O feitiço de Kahali Chandenda
por seu sobrinho Sandombu" (:95)

 Comunidade analisada: Mukanza.

 Observe-se que Turner primeiro busca descrever o caso


concreto, para depois analisá-lo. Este procedimento difere do
adotado por considerável parte dos antropólogos clássicos –
como Evans-Pritchard --, que priorizavam a exposição de suas
teorias e utilizavam os exemplos concretos mais para
exemplificar tais abstrações do que como ponto de partida para
as formulações.
 Descrição e análise: importância do lugar ocupado
na estrutura, e não só do temperamento psicológico
(como afirmam os nativos). Drama torna-se
relevante para toda a comunidade pois ameaça sua
estrutura de organização, baseada no parentesco
(Turner 1957:113-5);

 Resumo do caso, através da noção de drama (:115).


Drama social 2

 Quebra: briga entre um casal que não só não conseguiram


suportar-se, mas também eram primos cruzados (:120);

Mecanismo de solução: Sandombu foi excluído da


comunidade por um período probatório, por uma
assembléia geral (:121);

O conflito é endêmico na estrutura social mas um grupo


de mecanismos existem, pelos quais o conflito é ele
mesmo colocado a serviço da afirmação da unidade
grupal.
Cap. 10 -- A função política integrativa do ritual

 Em sociedades que não possuem um forte centro político,


o ritual tem o importante papel de garantir-lhes unidade.
Assim, tal unidade não é efetivada nem pela via territorial
nem pelo parentesco.

 “O [ritual] wubwambu provê [...] meios de interligar


membros de comunidades diferentes [...]” (:307).

 “Os principais efeitos sociais do ritual Chihamba na


Comunidade Mukanza podem ser sumarizados como se
segue:
 (1) Reduziu a hostilidade sentida por muitos membros da
comunidade [...].
 (2) Foi uma tentativa de acabar com a quebra [conflito]
aberta entre diferentes facções [...].
 (3) Deu prestígio à Comunidade Mukanza [,] interna e
externamente [--] quanto à vizinhança.
 (4) Restabeleceu relações amigáveis entre comunidades
tradicionalmente ligadas por parentesco e afinidade a
Mukanza [...].
 (5) Atraiu mais estreitamente comunidades e fazendas
antigas e recentemente estabelecidas [...].
 (6) Fez um dramático restabelecimento dos valores de uma
sociedade indígena [--] os quais estavam começando a cair
em desuso.
 (7) Ofereceu uma fonte de prestígio alternativa
àqueles com limitada autoridade na vida secular
[...];
 (8) Promoveu oportunidades a pessoas ambiciosas
[...]” (:315-6);

 "[...] O sistema de cultos de aflição e de rituais de


crise-de-vida não operam em isolamento
completo do sistema de laços políticos entre o
chefe, o cabeçante mais velho e o cabeçante da
comunidade" (:316-7).
Cap. 11 -- A Chefia

 Análise da interação entre as comunidades Ndembu e o


senso de nação existente nesta sociedade;

 Vida tribal tende ao individualismo. Relação com a


economia. Mas a chefia confere unidade moral (:325-6);

 Apesar do respeito à chefia em situações formais, os


“cabeçantes” de comunidade não hesitaram em lutar
contra ela, no passado (:326).
 Parece haver apenas duas funções nas quais o “cabeçante”
sênior (de família) age com reconhecida liderança sobre
sua área: (1) sobre reversão de adivinhação por oráculo
envenenado; (2) sobre questões relacionadas a chuvas e
fertilidade, num ritual. Funções rituais, mas com aspectos
políticos;

 "Em sua forma geral, então, a sociedade Ndembu encaixa-


se naquela categoria das sociedades sobre as quais o Prof.
Evans-Pritchard escreveu que 'a organização política toma
forma ritual ou simbólica [--] as quais na política com
maior grau de organização dá lugar ... à administração
centralizada" (:327).
 Posfácio

 "O ritual procura reconciliar as crises entre as


comunidades, mas se o cisma é irremediável o ritual
restabelece [--] no que são circunstâncias usualmente
carregadas de emoção [--] os valores mais altos da
sociedade Ndembu" (:331).

Referências

 LEACH, Edmund R. Ritualization in man in relation to conceptual


and social development. In: Philosophical Transactions of de Royal
Society of London. Series B, n° 772, vol. 251, pp. 403 – 408. 1966.

 GLUCKMAN, Max. Essays on the ritual of social relations.


Manchester: Univ. Press, (The), 1966. 190p.

 TURNER, Victor Witter. Dramas, Campos e Metáforas – Ação


Simbólica na Sociedade Humana. Niterói: EdUFF. 2008.

 __________. Schism and continuity in na African society: a study


of ndembu village life. Manchester: Univ. Press, (The), 1957. 348p.

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