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Em 1755 morre sua mãe e em 1757 com a morte de seu pai, o garoto
Joaquim José passa a ser educado por seu padrinho, com quem aprende o ofício de
arrancar dentes e fazer curativos.
Alto, magro, forte e vesgo o menino virou rapaz, hábil no manejo dos
ferrinhos com que arrancava dentes, ficou conhecido como Tiradentes. Mas suas
aspirações iam além de Minas e dos trabalhos de dentista. Vira muita fortuna se formar,
muito aventureiro enriquecer, muito ouro sair da terra. Portugal, com seu poderio
reduzido, dependia das importações da Inglaterra, mas continuava a viver na
ostentação. O que pagava quase todas as contas e o luxo Português, era o ouro do
Brasil.
Nos meses que se seguem, Tiradentes procura ler tudo quanto se relacione
com a independência das colônias inglesas na América do Norte e com os ideais
europeus de libertação. Essa literatura, rara e difícil de ser obtida, vem escrita em
francês e inglês, línguas que o alferes não dominava. Por isso, procura auxílio entre os
intelectuais. Tiradentes quer descobrir o caminho da independência.
Mas eram outros os planos de Silvério dos Reis. Com todas as informações
sobre a inconfidência, a quinze de março de 1789 correu ao palácio de Barbacena para
trocar a cabeça dos companheiros pelo perdão das suas dívidas. Barbacena, para
ganhar tempo, suspendeu imediatamente a decretação da derrama.
Nesse instante crucial, o Alferes Tiradentes não estava em Vila Rica: tinha
ido ao Rio com a desculpa de ver como iam os seus requerimentos de obras públicas,
para conseguir o apoio da guarnição carioca. Sua ausência auxiliou o desmoronamento
da rebelião. Os conspiradores limitaram a aguardar os acontecimentos. E começaram
as prisões.
Tiradentes sente que a revolução corre perigo, mas não desconfia de Silvério
e até lhe conta que estava sendo seguido que sabia serem soldados da capitania do
Rio.
Os nomes dos réus com suas culpas desfilaram um a um até que o escrivão
passou a ler as penas. Digno e sereno, Tiradentes ouviu a sua sentença.
Os tambores não cobrem a voz de Tiradentes que reza com o povo. Súbito,
no meio de uma frase, um baque surdo. O bater dos tambores cresce, o corpo de
Tiradentes balança no ar.
Bibliografia:
www.sti.com.br