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INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O DENDEZEIRO

1. INTRODUÇÃO

O dendezeiro (Elaeis Guineensis) ë uma palmeira de origem


africana que se desenvolve normalmente no clima quente e
úmido das regiões tropicais.

De seus frutos podem ser extraídos dois tipos de óleo : o


óleo da polpa chamado óleo de palma, conhecido no Brasil
como azeite de dendê e o óleo da amêndoa (caroço) chamado
óleo de palmiste, ambos com emprego alimentar e industrial.

Tanto o óleo de amêndoa como de polpa são empregados na


composição de margarinas e maioneses, na fabricação de
sabões e detergentes na laminação de chapas de aço a frio,
nas indústrias de velas, biscoitos e glicerina.

A torta de palmiste, subproduto da extração do azeite de


amêndoas, pode ser usada na fabricação de compostos para
alimentação bovina e suína e ainda como adubo. Os cachos
vazios as fibras da polpa e as cascas dos frutos podem ser
utilizados como adubo ou como combustível nas caldeiras.
É uma cultura permanente, que inicia seu ciclo económico
produtivo no terceiro ano e estende-se até o vigésimo
quinto ano após o plantio.
Tabela l. RENDIMENTOS

3º ano - Após o plantio (1 º colheita) - 5 TONS FFB/ ha X ano


4º ano - Após o plantio (2 º colheita) -12 TONS FFB/ ha X ano
5º ano - Após o plantio (3 º colheita) -16 TONS FFB/ ha X ano
6º ano - Após o plantio (4 º colheita) -19 TONS FFB/ ha X ano
7º ano - Após o plantio (5 º colheita) -21 TONS FFB/ ha X ano
A partir do 7 º ano a produção começa a decair até que no
25 º ano esteja com 16 TON FFB/ ha X ano.

Dados atuais informam que se pode extrair até 22% de óleo


de polpa e até 3,5 % de óleo da amêndoa.

Produz o ano todo,sem problemas de safras estacionais ao


contrário, por exemplo do amendoim, soja e do algodão, que
são culturas anuais,e necessitam de renovação constante.

2. VARIEDADES

De acordo com a espessura do endocarpo (casca da semente),


o dendê possui a seguinte classificação de tipos :

2.1. DURA

Apresenta frutos com endocarpo de espessura superior a 6


mm.
Não tem importância económica;

Frutos com endocarpo de espessura entre 2 e 6 mm, com


fibras dispersas em sua polpa;

2.2. TENERA

Frutos com endocarpo de espessura entre 0,5 e 2,5 mm, com


um anel de fibras ao redor do endocarpo.
Este tipo origina-se a partir do cruzamento entre os tipos
DURA E PSIFERA.

2.3. PSIFERA

Frutos sem endocarpo, e com uma grande taxa de


infertilidade nas florescencias femininas.
O tipo TENERA é o que está sendo utilizado em plantações
comerciais dado o seu grande porcentual de polpa sobre o
fruto e de óleo sobre a polpa, como também pela menor
resistência à quebra de suas sementes, facilitando a
extração do óleo de amêndoa.

3.
" COLHEITA

Uma das etapas mais importantes, e também delicada, da


cultura do dendê é a colheita, pois dela depende a
quantidade e a qualidade do óleo. Considera -se um cacho
maduro, quando apresenta de 5 a 50 frutos destacáveis do
cacho. A planta do dendê apresenta inflores -
Florescência femininas e masculinas, sendo que estas
últimas não se transformam em cachos. Consequentemente, não
dão frutos. A relação entre as inflorescências por planta é
a seguinte : Para cada 5 folhas que lançam
inflorescencia, duas são masculinas. O dendê cresce de 35
a 45 cm por ano, atingindo até 8 metros de altura aos 15
anos, e por isso a forma da colheita, que é sempre manual,
varia quanto aos instrumentos utilizados.

O cinzel, por exemplo, utilizado no início, da fase


produtiva até o 4º ano, é uma ferramenta cortante. Depois
é empregado um machado , até O 7º ano de produção.
Finalmente se utiliza a foice Malasiana .

A periodicidade da colheita ë importante e realizada


semanalmente durante o ano todo porque logo após a
maturação dos frutos são liberados ácidos graxos que podem
eventualmente comprometer a qualidade do óleo e seu valor
monetário.

4. BENEFICIAMENTO

O transporte de cachos e frutos soltos para a fábrica deve


ser feito rapidamente - em 12 horas ë a medida ideal, para
evitar traumatismos nos mesmos e, principalmente, a
fermentação que libera os ácidos graxos. Dentro das
parcelas de plantio o transporte dos cachos, normalmente, ë
feito por animais (burros, bois) e são depositados nas
margens das pistas. Daí para a usina são transportados por
caminhões ou carretas basculantes.

Hoje com a renovação da tecnologia de ALGODEN INDÚSTRIA E


COMÉRCIO LTDA , estamOs aptos a fornecer o que há de
melhor no mercado.

O beneficiamento da produção ë iniciada pela esterilização


dos cachos a qual deve ser feita no máximo, em 24 horas.
Após a colheita. A esterilização tem a finalidade de
evitar o desenvolvimento de acidez e facilitar o
desprendimento dos frutos dos cachos.

Ë realizada pela ação de vapor ã temperatura de "150º C e


pressão de 3 Kg/cm² por um período de 50 a 60 minutos.

Há dois tipos básicos de esterilizadores, a saber:


-
- Vertical
- Horizontal - que utiliza caixas com capacidade l,5
t, 2,5 t e 9 t.

Após a esterilização os cachos são levados ao


debulhamento,para separar os frutos dos cachos.

Os debulhadores usados são :


- Martelo
- Tambor rotativo

Os frutos saídos do debulhador são levados ao digestor,


cuja finalidade é quebrar a estrutura das células de óleo
da polpa,liberando o óleo.

A massa saída do digestor é submetida ã prensagem, onde é


extraído o óleo da polpa, deixando a semente intacta
misturada com as fibras de polpa (torta de polpa).

A escolha da prensa a ser utilizada ë baseado no tipo de


fruto a ser processado (ver Fiq, 2).

FIG. 2 - ESCOLHA DE PRENSA

Baseando-se na proporção nóz / pericarpo

Nóz/pericarpo Tipo

25/75 ou melhor Prensa Parafuso


35/65 Prensa Hidráulica

A torta saída da prensa, passa pela rosca desintegradora,


que tem a função de secar e separar a fibra das nozes, e
são conduzidas, até o desfribrador.

No desfribador, através de uma corrente de ar, separa as


fibras da polpa das sementes.
As sementes são levadas ao tambor polidor, quando são
retirados os restos de fibras aue estavam aderidas e
passam por um secador que facilita o desprendimento das
amêndoas.

Após a secagem, a semente é introduzida no quebrador de


nozes, para quebra. As amêndoas após serem separadas das
cascas, por via ümida com o hidrociclone, ou por via seca
pela mesa gravimétrica e são conduzidas ao ensaque ou
extração de óleo, após secagem.
O óleo obtido na prensagem da polpa dos frutos também
chamado óleo bruto, passa pelo clarificador, que elimina
as matérias
coloidais (mucilagens) e as impurezas sólidas (fibras,
areia, etc.) é após a centrífuga purificadora e secador a
vácuo on de será condicionada a umidade para valores em
torno de 0,1%.

COMPLEXO DE EXTRAÇÃO DE ÓLEO DE PALMA


INTRODUÇÃO

Os altos investimentos demandados pela cultura do dendê, da


ordem de US$ 4 a US$ 7 mil/hectare de plantio, cobrem desde
a aquisição de sementes e o preparo de área, até a primeira
produção comercial de óleo, incluindo a montagem da usina
de extração de óleo e toda infra-estrutura social
necessária ao projeto. Tecnologia e gerenciamento agrícola
são fatores indispensáveis, constituindo-se na segurança
dos vultosos investimentos requeridos e na garantia do
sucesso do projeto.

Outra característica importante da cultura do dendê é a


imperiosa necessidade de se dispor de indústria de
processamento da produção, que é a unidade de extração de
óleo, o mais próximo possível da plantação.

Dois fatores são responsáveis por esta exigência:

• Um, de ordem técnica, uma vez que os frutos devem ser


processados até 24 horas, no máximo 48 horas após a
colheita, com riscos acentuados de perda da qualidade
do óleo, causado por processos enzimáticos de
deterioração e acidez do óleo.
• O outro, de ordem econômica, já que o grande volume da
produção a ser transportado e as condições de intensas
chuvas nas regiões produtoras, acarretam custos
elevados de transportes e manutenção de estradas,
limitam as distâncias desses transportes, em geral, a
50 km até a indústria, sob risco de comprometer a
viabilidade econômica da atividade.

Em função destas considerações, a agroindústria do dendê se


caracteriza por importantes complexos agroindústrias,
compreendendo plantios que superam 5000 hectares e chegam a
30 mil hectares, buscando, assim, atingir economia de
escala e maximizar o uso das estruturas física e gerencial
disponíveis.

Uma vez definida as dimensões do projeto agrícola e a


capacidade da unidade de extração de óleo, diferentes
modelos podem ser adotados, para atingir a área de plantio,
necessária para abastecer a usina projetada:

• "Plantation" - com área total de plantio e a unidade


industrial de grande porte, pertencendo a um único
proprietário ou grupo empresarial, produzindo toda a
matéria-prima necessária ao funcionamento da unidade
extratora;
• Projeto nuclear - unidade industrial e parte da
plantação pertencendo a um grupo empresarial ou
proprietário único, com parte da matéria prima a ser
fornecida por produtores independentes, normalmente
assistidos técnica e financeiramente pelo grupo líder
do empreendimento;

• Pequenos produtores independentes - fornecedores de


matéria prima para um projeto existente na área,
apresentando capacidade de processamento superior a
sua produção própria. Neste caso, os produtores são
meros fornecedores de matéria prima, dependentes da
indústria, e recebem pela venda da matéria prima, que
são os cachos de dendê. Inclui-se nesse caso, o
Projeto nuclear.

• Pequenos produtores associados - reunidos em


cooperativas, associações ou qualquer outro tipo de
organização, onde cada pequeno produtor possui uma
área plantada e participa como co-proprietário da
unidade de extração de óleo. Nesse modelo, os pequenos
produtores se beneficiam dos resultados econômicos ao
vender o óleo, produto com maior valor agregado.

Enquanto a disponibilidade de capital é fator predominante


nos primeiros modelos ("Plantation" e Projeto nuclear), o
nível de organização dos pequenos produtores é decisivo no
último. Capacidade gerencial e de absorção de tecnologia,
são primordiais para todos os modelos.

ÁREAS APTAS AO PLANTIO DO DENDÊ

No Brasil as regiões que apresentam condições


endofoclimáticas aptas ao plantio do dendê são as Regiões
Amazônicas e sul da Bahia, conforme tabela 1.

O Estado do Pará tem a seu favor vantagens locacionais em


relação aos grandes centros produtores da Ásia. A distância
do Porto de Belém até o centro portuário de Roterdan, na
Holanda, que abastece os países da União Européia, é de
aproximadamente 8.300 km, praticamente a metade da
distância do porto de JOHOR BAHRU no sudeste asiática, que
abriga os maiores centros produtores.
Tabela 1: Área potencial para o
cultivo do dendê.

Área
Estado (ha)
Potencial Plantada Projeto

Acre
2,500,000

Amapá 1,500,000

Amazonas 50,000,000 61

Bahia 854,000 44,941


Mato
Grosso 500,000

Pará 10,000,000 51,790 100,000

Rondônia 1,000,000 100,000

Roraima 4,000,000

Tocantins 500,000

Total 70,854,000 96,792 200,000

DEFINIÇÃO DO PROJETO

1. Área Necessária

O objetivo do projeto é produzir 100 toneladas dia de óleo


bruto o que correspondera a 30.000 toneladas de óleo bruto
de dendê por ano.

As Variedades atualmente cultivadas na região (tabela 2)


produzem em média, na maturidade, 25 toneladas de Cachos de
Frutos Frescos (CFF) por hectare ano, com uma média de 22%
de óleo.

Com base nos dados de volume de óleo requerido e dados de


produtividade e rendimentos, obteremos a área de plantação
necessária:

A = área necessária (ha)

P = produtividade ( t CFF/há ano)

Ŋ = rendimento de óleo (%)

V = volume de óleo ( t ano)

A = V / ( P * Ŋ) = 30.000 / ( 25 * 22%) = 6.000 ha


Tabela 2: Produtividade x
Variedades

Idade Variedades

Lamé-
anos Avros Lamé Ghana Ekona Embrapa Kigoma

4 5.2 6.0 9.2 10.2 10.8 9.4


5 10.1 9.9 12.1 14.2 15.1 14.6
6 13.3 12.6 14.1 16.8 17.9 18.0
7 15.7 14.5 15.5 18.7 20.0 20.5
8 17.4 15.9 16.5 20.1 21.5 22.3
9 18.8 17.0 17.4 21.2 22.7 23.7
10 19.8 17.9 18.0 22.0 23.7 24.9
11 20.7 18.6 18.5 22.8 24.5 25.8
12 21.5 19.2 19.0 23.3 25.1 26.6
13 22.1 19.7 19.4 23.9 25.7 27.3
14 22.6 20.1 19.7 24.3 26.1 27.8
15 23.1 20.5 20.0 24.7 26.6 28.3
16 23.5 20.8 20.2 25.0 26.9 28.8
17 23.9 21.1 20.4 25.3 27.2 29.1
18 24.2 21.4 20.6 25.5 27.5 29.5
19 24.5 21.6 20.8 25.8 27.8 29.8
20 24.7 21.8 21.0 26.0 28.0 30.0
21 25.0 22.0 21.1 26.2 28.2 30.3
22 25.2 22.2 21.2 26.3 28.4 30.5
23 25.4 22.3 21.3 26.5 28.6 30.7
24 25.5 22.5 21.4 26.6 28.7 30.9
Produtividade
Média 20.6 18.5 18.5 22.6 24.3 25.7

2. Capacidade de Processamento

A determinação da capacidade necessária de uma


instalação de óleo de palma é relacionada a vários
fatores, dos quais os mais importantes são:

2.1 Tonelagem anual esperada de cachos de frutos


frescos (CFF), a ser processada, e produções de
semente e óleo de palma esperada;
Estas previsões devem ser baseadas no Conselho
Agronômico Técnico, incluindo o parecer técnico dos
fornecedores de semente de palma.

As produções de colheita de uma plantação de palma


em termos de toneladas de CFF por ano, dependem
principalmente de:

2.1..1 Clima;

Os fatores climáticos de maior importância para o


cultivo do dendezeiro são chuva, horas de brilho
solar e temperatura máxima e mínima.

Chuva – Uma adequada disponibilidade de água no


solo de forma constante é condição extremamente
importante para o desenvolvimento e produção. O
regime pluviométrico ideal caracteriza-se por uma
precipitação média anual de 1.800 a 2.000 mm, com
precipitações mensais superiores 100 mm,
assegurando boa distribuição ao longo do ano.

Brilho Solar – Altos níveis de radiação solar são


indispensáveis para o crescimento e produção. A
insolação necessária para a expressão do potencial
produtivo do dendezeiro situa-se em torno de
1.800/horas/ano, com um mínimo de 5horas/dia em
todos os meses do ano.

Temperatura – Fator importante de determinação do


crescimento e produção, sendo observado que as
maiores produções são obtidas em regiões com
pequenas variações de temperatura e onde a média
anual situa-se entre 25 a 27 graus centígrados sem
ocorrência de temperaturas mínimas inferiores a
17°C por períodos prolongados.

2.1.2 Material de plantação selecionado (variedade


da planta);

A variedade da palmeira selecionada deverá ser de


alta produção, vigorosa, resistente a doenças e
adequadas à área.

A produtividade média atual é de 25 toneladas de


CFF por hectare ano e teor de óleo de 22%. Há
variedades clones que podem produzir de 32 a 45
toneladas de CFF por hectare ano com teor de óleo
de 28 a 32%. (variedades tipo FRAN, OMEGA e outras
da ASD).
2.1.3 Convergência e fertilidade do solo e
manutenção da plantação;

Embora seja cultivado em diferentes tipos de solos,


variação nas propriedades físicas e químicas causam
diferenças significativas na produção. Os
parâmetros mais importantes são profundidade
efetiva maior de 90 cm, textura franca ou mais
argilosa, estrutura forte ou moderada,
permeabilidade moderada, relevo plano ou suave
ondulado, não pedregoso, sem concreções de ferro,
alumínio ou manganês e sem camada adensada,
consistência muito friável, friável ou firme e
regime de unidade úmido.

O solo para uma plantação de palma deve ter boa


drenagem e ter a estrutura certa, composição e
fertilidade.

A manutenção deve ser eficaz, com fertilização,


adubação, controle de doenças, critérios de
colheita etc.

2.2 Porcentagem de colheita anual a ser


processada no mês de pico de colheita;

As produções da colheita do CFF de uma plantação de


palma não são constantes no ano todo, mas existem
picos, média e meses de baixa produção.

Para calcular a capacidade da usina necessária, a


produção de CFF num mês de maior colheita (pico),
como porcentagem da colheita anual precisa ser
conhecida.
Para uma grande extensão, o pico de colheita mensal
é dependente das condições do clima, especialmente
sobre a quantidade de chuva.

Ë prática usual para contar com um pico de colheita


de 12,5% da colheita anual na maturidade das
palmas.

Se as condições climáticas são menos favoráveis,


especialmente se existir uma estação seca, então as
produções de colheita mensal flutuam mais
pronunciadamente, tornando-se tão altas quanto 16%
no mês de pico de colheita e tão baixa quanto 4 a
5% da colheita anual em um mês de colheita baixa.
Onde as áreas maiores são envolvidas, então um pico
de colheita mensal de CFF entre 12,5 % e 15% da
colheita anual dependendo das condições climática
podem ser adotadas para efeito de dimensionamento
da usina.

Abaixo segue uma tabela ilustrativa de


produtividade mensal de uma palmeira, para uma área
de 6.000 ha.

Mês %produção Volume


cachos
Ton CFF/mês

1 6 9,000
2 8 12,000
3 10 15,000
4 10.5 15,750
5 12.5 18,750
6 11 16,500
7 10 15,000
8 8 12,000
9 6 9,000
10 6 9,000
11 6 9,000
12 6 9,000
100 150,000

2.3 Número de horas trabalhadas no mês de pico na


usina.

O regime de trabalho deverá ser adotado em turnos


de 8 hs podendo haver até 3 turnos no pico da
colheita.

Efetivamente serão trabalhadas 22 hs por dia,


permitindo uma parada de 2 hs cada manhã para
efetuar a manutenção da usina.

Considerando que as usinas não trabalhem no final


de semana, por exemplo, das 14 hs do sábado até as
6 hs da manhã da segunda feira, teremos uma
disponibilidade média de 500 hs por mês.

Um fator importante é o tempo de residência do


fruto na usina, que quanto menor for melhor será a
qualidade do óleo produzido.

2.4 Capacidade de Extração Final Necessária

Levando todos os fatores acima em consideração, o


cálculo da capacidade final necessária da usina de
extração de óleo de palma será:

A = área planta em ha;

Ŋ = Produtividade em toneladas de CFF por hectare ano;

P = % da colheita anual no mês de pico;

H = Horas trabalhadas no mês;

C = Capacidade de processamento da usina em toneladas


de CFF/h.

C = A * Ŋ * P
H

Com exemplo teremos:

A = 6.000 ha

Ŋ = 25 t CFF/ha ano

P = 12,5%

H = 500 hs

C = ( 6,000 * 25 * 12,5%) / 500 = 37,5 t CFF/h,


adotada 40 t CFF/h

INVESTIMENTO

O Investimento do complexo, abrangerá o investimento no


Palmar e na Indústria.

Investimento no Palmar

O investimento aqui considerado não envolve o custo da


terra, pois dependerá de levantamento a ser feito o local.

A área necessária para a implantação do palmar, indústria


e agrovila abrange o total de 7.000 ha.
O custo para implantação do palmar de 6.000 ha pode ser
assim subdividido:

Discriminação R$ /ha R$
total
1. Produção de mudas 800,00
4.800.000,00
2. Preparo da área de 1.500,00
plantio 9.000.000,00
3. Tratos culturais (mão de 1.100,00
obra / materiais) 6.600.000,00
4. Equipamentos 2.500,00
15.000.000,00
TOTAL
35.400.000,00

Investimento na Indústria

Vide planilha orientativa anexa.


MATRIZ PARA PROJETOS DE PLANTAS DE EXTRAÇÃO - CAPACIDADE DE DESENHO, CUSTOS ESTIMADOS, DADOS BÁSICOS E REQUISITOS DE
OPERAÇÃO

Item Detalhe Capacidade de Desenho 5 10 20 30 20/40 45 30/60 45/90 60/120


1 Plantação ha 1000 2,000 4,000 5,000 7,000 8,000 10,000 15,000 20,000
1.1 Cacho de fruta fresca 25 TM / ha tm/ano 25,000 50,000 100,000 125,000 175,000 200,000 250,000 375,000 500,000

2 Capacidade da planta pico 11.5%


2.1 Operação em 24 horas por dia tm/hr 3.99 7.99 15.97 19.97 27.95 31.94 39.93 59.90 79.86
2.2 Operação em 20 horas por dia tm/hr 4.79 9.58 19.17 23.96 33.54 38.33 47.92 71.88 95.83
2.3 Operação em 16 horas por dia tm/hr 5.99 11.98 23.96 29.95 41.93 47.92 59.90 89.84 119.79

3 Produção
3.1 Produção de Óleo por ano tm/ 22% 5,500 11,000 22,000 27,500 38,500 44,000 55,000 82,500 110,000
3.2 Produção de Amendoas por ano tm/ 5% 1,250 2,500 5,000 6,250 8,750 10,000 12,500 18,750 25,000

4 Recursos Humanos
4.1 Gerência e Administração Pessoas 3 3 3 6 9 9 9 9 9
4.2 Requisitos de mão de obra de operação Pessoas/ 3 turnos 12 24 28 30 34 36 42 50 56
4.3 Mão de obra total Pessoas/por turno 39 75 87 96 111 117 135 159 177

5 Outros Requisitos
5.1 Requisitos de Água m³/hora 10 20 40 60 80 90 120 180 240
5.2 Requisitos de Energia Elétrica Kw 150 300 600 900 1000 1125 1500 2,250 3,000
5.3 Área Requerida Hectares
5.4 Planta e Administração ha 2 2 6 6 8 8 8 10 12
5.5 Lagoas de Efluentes ha 2 2 6 6 8 8 8 10 10
5.6 Cronograma do projeto meses 16 18 20 20 22 22 24 24 24

6 Custo de inversão de capital


6.1 Área de Terreno US$ Cliente Cliente Cliente Cliente Cliente Cliente Cliente Cliente Cliente
6.2 Gast.Preliminar/Mov.Terra/Medição/Serviços Profissionais US$ 300,000 550,000 650,000 800,000 900,000 1,100,000 1,300,000 1,600,000 1,800,000
6.3 Infraestrutura /Pisos US$ 450,000 900,000 1,600,000 1,800,000 2,000,000 2,250,000 2,400,000 2,700,000 3,600,000
6.4 Estruturas de Edificios e obras Civis US$ 1,000,000 2,000,000 3,000,000 3,600,000 4,400,000 4,950,000 6,600,000 7,700,000 8,800,000
6.5 Equipamentos US$ 2,200,000 3,150,000 6,000,000 7,200,000 7,900,000 8,600,000 9,500,000 11,100,000 12,900,000
6.6 Tubulação e Montagem Mecânica US$ 1,000,000 2,500,000 5,000,000 6,900,000 7,200,000 7,700,000 8,800,000 9,300,000 10,800,000
6.7 Trabalhos Elétricos US$ 500,000 900,000 1,200,000 1,400,000 1,500,000 1,800,000 2,100,000 2,900,000 3,300,000
6.8 Sistema de Tratamento de Efluentes US$ 200,000 500,000 900,000 1,200,000 1,600,000 1,800,000 2,000,000 2,400,000 3,400,000
6.9 Equipes de Laboratório e Oficina US$ 200,000 300,000 300,000 300,000 300,000 400,000 400,000 400,000 400,000
6.1 Veiculos US$ 150,000 200,000 350,000 400,000 400,000 400,000 500,000 500,000 500,000
Não Não
6.11 Alojamento das pessoas da área Administrativa US$ requerido requerido 2,000,000 2,400,000 2,800,000 3,000,000 3,400,000 3,900,000 4,500,000
Total US$ 6,000,000 11,000,000 21,000,000 26,000,000 29,000,000 32,000,000 37,000,000 42,500,000 50,000,000
RELAÇÃO DE SUBPRODUTOS E UTILIZAÇÃO

Como resultado da extração de óleo de palma e palmiste teremos os seguintes


subprodutos e seu potencial de uso:

1. Fibras / Cascas das Nozes

Poderá ser efetuado a queima e executada a cogeração de energia.


Com o excedente poderemos gerar cerca de 1000 Kwh, que poderá
ser utilizada para a agrovila, ou ser vendida a uma concessionária de
energia.

2. Tratamento dos Efluentes

Poderá ser feita a captura do gás metano, nas lagoas de tratamento


anaeróbico, podendo além de gerar energia obtermos o crédito da
captura de carbono. O efluente após o tratamento poderá ser utilizado
no tratamento da plantação.

Do gás poderemos gerar cerca de 800 Kwh, e obtermos um crédito de


carbono de aproximadamente 24.000 t ano de carbono, que pode ser
vendido entre U$ 2 a 4 por tonelada.

3. Óleo de Palmiste

Haverá uma produção de aproximadamente 2800 t ano de óleo de


palmiste, sendo hoje cotado a R$ 3.400 por tonelada.

4. Torta de Palmiste

A torta residual é rica em proteína e poderá ser vendida para ração


animal, ou utilizada na compostagem para adubação do palmar.
Haverá a produção anual de 6.400 toneladas.

Algoden Indústria e Comércio Ltda


edison@algoden.com.br
Fone (11) 2217-9093

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