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A escola teve influência da doutrina “arte pela arte” apresentada por Théophile Gautier, poeta e crítico
literário francês, ainda no período do Romantismo.
A teoria da “arte pela arte” ressalta o belo e o refinamento através da autonomia da arte alheia à realidade.
O nome da escola vem do termo grego “Parnassus”, o qual indica o lugar mitológico onde as musas
moravam.
A denominação da escola literária se deve também à primeira publicação parnasiana, intitulada “Le
parnasse contemporain”, a qual apresenta as seguintes características: linguagem descritiva, formas
clássicas (rima, métrica), indiferença. Os fundamentos parnasianos retomaram a perfeição formal almejada
pela Antiguidade clássica.
Visão carnal do amor: em oposição à visão espiritual dos românticos. Vênus é citada como modelo de
mulher.
Além dos aspectos expostos acima, podemos citar o universalismo temático, o qual generaliza a temática,
aborda temas universais em oposição ao individualismo dos romancistas.
Nas últimas décadas do século XIX, a literatura brasileira abandonou o sentimentalismo dos românticos e
percorreu novos caminhos.
Os poetas parnasianos achavam que alguns princípios adotados pelos românticos (linguagem simples,
emprego da sintaxe e vocabulário brasileiros, sentimentalismo, etc) esconderam as verdadeiras qualidades
da poesia. Então, propuseram uma literatura mais objetiva, com um vocabulário elaborado (às vezes,
incompreensível por ser tão culto), racionalista e voltada para temas universais.
A inspiração nos modelos clássicos, ajudaria a combater as emoções e fantasias exageradas dos
românticos, garantindo o equilíbrio que desejavam.
Como conseqüência, as idéias parnasianas e realistas foram amplamente divulgadas nos meios artísticos e
intelectuais do país.
O marco inicial do Parnasianismo brasileiro foi em 1882 com a publicação de “Fanfarras” de Teófilo Dias.
Além de poesias, ele também escreveu crônicas e comentários, inicialmente publicados em jornais e
revistas.
Foi inspetor escolar, secretário da Liga de Defesa Nacional, jornalista, tomou parte na fundação da
Academia de Letras e foi sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.
Expressou seu mundo interior através de uma poesia lírica, amorosa e sensual, abandonando o tom
comedido do Parnasianismo.
Olavo Bilac criou uma linguagem pessoal e comunicativa, não ficando limitado às idéias parnasianas.
Por causa disso, ele é considerado um dos mais populares escritores de sua época.
Suas poesias se caracterizam por um grande preciosismo vocabular. Possui características românticas,
porém é mais contido e não tão sentimental como os românticos.
- Preocupação formal
- Comparação da poesia com as artes plásticas, principalmente com a escultura
- Referências a elementos da mitologia grega e latina
- Preferência por temas descritivos (cenas históricas, paisagens)
- Enfoque sensual da mulher (davam ênfase na descrição de suas características físicas)
- Habilidade na criação dos versos
- Vocabulário culto
- Objetivismo
- Universalismo
- Apego à tradição clássica
Introdução
A Parnasianismo foi um movimento literário que surgiu na França, na metade do século XIX e se
desenvolveu na literatura européia, chegando ao Brasil. Esta escola literária foi uma oposição ao
romantismo, pois representou a valorização da ciência e do positivismo.
O nome parnasianismo surgiu na França e deriva do termo "Parnaso", que na mitologia grega era o monte
do deus Apólo e das musas da poesia. Na França, os poetas parnasianos que mais se destacaram foram:
Théophile Gautier, Leconte de Lisle, Théodore de Banville e José Maria de Heredia.
Características do Parnasianismo
- Objetividade no tratamento dos temas abordados. O escritor parnasiano trata os temas baseando na
realidade, deixando de lado o subjetivismo e a emoção;
- Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia é valorizada por sua beleza em sí e, portanto, deve
ser perfeita do ponto de vista estético;
- O poeta evita a utilização de palavras da mesma classe gramatical em suas poesias, buscando tornar as
rimas esteticamente ricas;
- Temas da mitologia grega e da cultura clássica são muito frequentes nas poesias parnasianas;