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D.

Manuel I
Uma leve apresentação…
D. Manuel I, 14º monarca de Portugal e
chamado O Venturoso, governou de25/27 de
Outubro de 1495 a 13 de Dezembro de 1521 e
foi filho de D. Fernando, Duque de Viseu e de
Dona Beatriz, Infanta de Portugal e adoptado
por D. João II; nascido a 31 de Maio de1469
em Alcochete e falecido a 13 de Dezembro de
1521 em Lisboa (e encontra-se sepultado no
Mosteiro dos Jerónimos).
D. Manuel é relembrado pelos eventos
que decorreram durante o seu reinado, mais
propriamente a descoberta do Caminho
Marítimo para a Índia e com o Caminho
Marítimo para o Brasil e também “Foi o
primeiro rei a assumir o título de Rei de
Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-
Mar em África, Senhor do Comércio, da
Conquista e da Navegação da Arábia, Pérsia e
Índia.”
Vasco da Gama e Brasil
Pedro Álvares Cabral e a Índia
Descobrimentos e comércio
D. Manuel apoiou, como já foi dito, os
descobrimentos portugueses! Durante seu
reinado, Vasco da Gama descobriu o caminho
marítimo para a Índia (1498), Pedro Álvares
Cabral descobriu o Brasil (1500).
D. Francisco de Almeida foi considerado
Vice-rei da índia e D. Afonso de Albuquerque
assegurou o controlo das rotas comerciais do
Oceano Indico e do Golfo Pérsico. Foram
também conquistadas para Portugal Malaca,
Goa e Ormuz.
Em Portugal, D. Manuel utilizou esta
riqueza para construir o Mosteiro dos
Jerónimos e a Torre de Belém com base no
estilo manuelino. Esta riqueza espalhou-se
pela Europa e trouxe prestígio a Portugal. Esta
mesma riqueza atraiu cientistas para a corte e
concretizaram-se tratados comerciais e
relações diplomáticas com a China e a Pérsia.
Politica e vida social
D. Manuel era um rei absoluto e exemplo
disso é que as cortes portuguesas foram
reunidas só 3 vezes durante todo o seu
reinado de 26 anos! Sendo um rei solitário e
bastante religioso, tomou a decisão de investir
grande parte da fortuna do país na construção
de igrejas e mosteiros e na evangelização nas
novas colónias, patrocinando os missionários
católicos.
Ao contrario das grandes obras que fez em
nome da igreja nas colónias, D. Manuel
perseguiu e matou muitos judeus e
muçulmanos. Estes, se não quisessem morrer
teriam que negar a sua religião e seguir o
catolicismo. O Massacre de Lisboa de 1506
matou cerca de 4000 judeus.
Cultura
“Na cultura, D. Manuel I procedeu à
reforma dos Estudos Gerais, criando novos
planos educativos e bolsas de estudo. Na sua
corte surge também Gil Vicente, o pai do
teatro português, e Duarte Pacheco Pereira, o
geógrafo, autor do Esmeraldo de Situ Orbis.”
Vida conjugal
D. Manuel procurou também uma União
Ibérica, e isso só foi possível através do
casamento com Dona Isabel de Aragão em
1497. Infelizmente, Dona Isabel falece e D.
Manuel volta a casar em 1500 com Dona
Maria de Castela. Novamente, D. Manuel fica
viúvo em 1517 e casa novamente, agora com
Dona Leonor de Castela.
Dos 3 casamentos nasceram 13
filhos. No primeiro casamento com
Dona Isabel de Aragão nasceu:
1. D. Miguel da Paz (n. em Saragoça, a 24 de
Agosto de 1498; f. em Granada, a 19 de Julho
de 1500; sepultado no Convento de Santa
Isabel, a Real, em Toledo).
Do segundo casamento com D. Maria de
Castela nasceram:
2. D. João III, que herdou a coroa;
3. D. Isabel (n. em Lisboa, a 24 de Outubro de 1503;
f. em Toledo, a 1 de Maio de 1539; sepultada em
Granada, transferida para o Panteão do Escorial
em 1574). Foi imperatriz de Espanha pelo seu
casamento com Carlos V (1500‑1558) a mãe de
Filipe II;
4. D. Beatriz (n. em Lisboa, a 31 de Dezembro de
1504; f. em Nice a 8 de Janeiro de 1538). Foi
duquesa de Sabóia pelo seu casamento, em
1521, com Carlos III;
5. D. Luís (n. em Abrantes, a 3 de Março de 1506; f.
em Lisboa, a 27 de Novembro de 1555). Foi 5.º
duque de Beja, condestável do Reino a prior da
Ordem Militar de S. João de Jerusalém, com sede
portuguesa no Crato. Não casou, tendo de uma
ligação amorosa com Violante Gomes um filho
natural ou legitimado, D. António, Prior do Crato;
6. D. Fernando (n. em Abrantes, a 5 de Junho de
1507; f. na mesma vila, a 7 de Novembro de
1534; sepultado na Igreja de S. Domingos de
Abrantes). Foi duque da Guarda a senhor de
Trancoso, Alfaiates, Sabugal, Abrantes a alcaide-
mor de Trancoso, Lamego a Marialva. Casou em
1530 com D. Guiomar Coutinho, 5.a condessa de
Marialva, tendo geração sem descendência;
7. D. Afonso (n. em Évora, a 23 de Abril de 1509; f. em
Lisboa, a 21 de Abril de 1540; sepultado na sé de
Lisboa a trasladado para os Jerónimos). Foi cardeal
do Reino (1517) a prelado de várias dioceses;
8. D. Maria (n. em 1511; f. em Évora, em 1513;
sepultada no Mosteiro dos Jerónimos, transferida
para Belém);
9. D. Henrique, cardeal-infante, que herdou a coroa;
• 10. D. Duarte (n. em Lisboa, a 7 de Outubro de
1515; f. em Lisboa, a 20 de Setembro de 1540;
sepultado no Mosteiro dos Jerónimos). Foi duque
de Guimarães, casou em 1537 com D. Isabel, filha
de D. Jaime, 4.º duque de Bragança, nascendo do
consórcio, entre outros filhos, D. Maria (n. em
Lisboa, a 8 de Novembro de 1538; f. em Parma, a
8 de Julho de 1577), que casou em 1565 com
Alexandre Farnésio, 3.º duque de Parma e
Placência; D. Catarina (n. em Lisboa, a 18 de
Janeiro de 1540; f. em Vila Viçosa, a 15 de
Novembro de 1614), que, pelo casamento com D.
João, 6.º duque de Bragança, foi em 1580
candidata ao trono de Portugal.
Do terceiro casamento de D. Manuel, com
a infanta D. Leonor de Castela nasceram:
11. D. António (n. em Lisboa, a 9 de Setembro de
1516; f. de tenra idade; sepultado no mosteiro de
Belém);
12. D. Carlos (n. em Évora, a 18 de Fevereiro de
1520; f. a 15 de Abril de 1521; sepultado no
mesmo mosteiro);
13. D. Maria (n. em Lisboa, a 18 de Junho de 1521;
f. na mesma cidade, a 10 de Outubro de 1577;
sepultada na Capela de Nossa Senhora da Luz).
Foi a celebrada infanta cujo nome é citado com
frequência como protectora das letras a das
artes. Morreu solteira.
Márcia Araújo

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