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Rafael Oliveira Amorim

Renato Masson de Almeida Prado


Ricardo Iannone Tarcha
•Principal fonte de energia do corpo
humano.
•Armazenados nos adipócitos.
•Mobilizados nos adipócitos por lipase.
Lipase hormônio-sensível

 Ativada por glucagon, adrenalina, GH e


ACTH; inibida por insulina.
 Receptor acoplado à proteína G.
 Hidrolisa o triacilglicerol, formando ácidos
graxos e glicerol.

lipase
+ 3 H2O

3
 Glicerol
Será metabolizado pela via da gliconeogênese,
para depois fornecer energia.

Glicerol Triose
Glicerol
fosfato fosfato
quinas desidrogenas isomerase
e e
Diidroxiaceton
a fosfato Gliceraldeído
L-Glicerol 3- 3-fosfato
fosfato

Gliconeogênese
 Ácidos graxos – insolúveis: necessitam de
proteína transportadora para entrarem na
corrente sanguínea. Utilizam a albumina.
Na célula, entram na mitocôndria e são
metabolisados pela via de β-oxidação.
Caso Clínico

 Uma jovem de 21 anos foi trazida para o serviço


médico estudantil da UNIFESP apresentando
queixas de cansaço e de reduzida tolerância a
exercícios físicos. Um exame neurológico cuidadoso
revelou fraqueza muscular nas extremidades. Várias
biópsias musculares foram realizadas e o exame
microscópico indicou que o músculo estava repleto
de vacúolos contendo lipídeos. Medidas químicas
indicaram que as amostras de músculo continham
quantidade muito elevada de triglicerídeos e
quantidade diminuída de carnitina.
Carnitina

 Nutriente essencial produzido a partir de


lisina e metiolina;
 Necessário Fe, Vitaminas C, B6 e B3 para
síntese;
 Pode ser obtido pela dieta (~75%).
Função Intracelular

 Transporte de ácidos graxos de cadeia longa


para a matriz mitocondrial;
 A carnitina é auxiliada por:
-Acil-CoA sintetase
-Carnitina Palmitoil Transferase I (CPT I)
-Carnitina Acil-Carnitina Translocase
-Carnitina Palmitoil Transferase II (CPT II)
β-Oxidação

 Oxidação do Acil-CoA na matriz mitocondrial,


formando: Acetil-CoA e um Acil-CoA (com
dois carbonos a menos);
 Libera um FADH2 e um NADH para a cadeia
de transporte de elétrons;
 Etapas: oxidação por FAD
hidratação
oxidação por NAD+
tiólise
β-Oxidação
Deficiência de Carnitina

 Primária:
- Rara, autossômica e recessiva;
-Problemas na entrada de carnitina nos músculos e
miocárdio.

 Secundária:
-Mais comum;
-Pode estar relacionada a problemas na ingestão e
absorção de carnitina;
-Fatores genéticos (CPT I, CPT II e translocase)
Paciente

 Baixo nível de carnitina intramuscular;

 Diminuição da β-oxidação por falta de


substrato na matriz mitocondrial.
Piruvato Desidrogenase
Diminuição da β-oxidação ;

Diminuição de Acetil-CoA;

Aumento da Atividade do
Complexo Piruvato-
desidrogenase;

Desvia a produção de
ácido láctico em situações
de demanda energética.
Acúmulo de Triglicerídeos

 Deficiência na β-oxidação leva a um acúmulo


de ácidos graxos no músculo;
 Ácidos graxos musculares são convertidos
para triglicerídeos para armazenamento;
 Em biópsia muscular, vacúolos com lipídeos
podem ser encontrados.
Produção de corpos
cetônicos
 Via ativa em situações de jejum prolongado
 Produtos hidrossolúveis originados de
lipídeos
 Utilizados no músculo esquelético, no
miocárdio, no córtex renal, e no cérebro
Produção de corpos
cetônicos
 Tipos:
 Acetona: tóxica para o organismo, eliminada
na expiração
 Acetoacetato e 3-hidroxibutirato: nutrição de
tecidos não-hepáticos
Produção de
corpos
cetônicos
Aproveitamento dos corpos
cetônicos
Fraqueza muscular na
deficiência de carnitina
 Síntese de carnitina: a partir de lisina ou
metionina, no fígado ou nos rins.
 Músculo esquelético e miocárdio:
dependência da carnitina de hepatócitos e da
dieta.
 Menor número de alternativas energéticas
dos músculos
A carnitina no
emagrecimento
 Viabilização das reações de quebra de ácidos
graxos
 Eliminação dos depósitos de gordura
 Não funciona em pessoas saudáveis
Papel do CPT-II
Ácidos graxos de cadeia
curta e média
 Entram diretamente na mitocôndria
 A carnitina não tem sentido funcional para
esses compostos
 A deficiência de carnitina não afeta, portanto,
o metabolismo desses ácidos
Ingestão de carnitina

 Indivíduos saudáveis: ingestão de carnitina


supre 75% da necessidade
 Na deficiência de carnitina, a ingestão é
portanto, efetiva.
Bibliografia

 Harper's Biochemistry 28th edition


 Lippincott’s Illustrated Reviews: Biochemistry
4th edition
 Interactive regulation of the pyruvate
dehydrogenase complex and the carnitine
palmitoyltransferase system - Sugden, Mary
C.; Holness, Mark J.
 Role of carnitine in disease - Judith L
Flanagan, Peter A Simmons, Joseph Vehige,
Mark DP Willcox and Qian Garrett

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