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Marx e Keynes diziam que sob certas condições a escassez – a impossibilidade de ter
tudo ao mesmo tempo – poderia ser suprimida e os povos ingressariam então no nirvana
terrestre da abundância. Bastava superar a propriedade privada dos meios de produção,
no caso do alemão, ou reduzir à zero a taxa de juros, conforme o britânico, para que esse
feliz estado de coisas substituísse o desnecessário vale de lágrimas de dura labuta que
aflige os homens desde a expulsão do paraíso. Em outras palavras, os dois mais famosos
e influentes economistas dos últimos cento e tantos anos acreditavam em Papai Noel e
no coelhinho da páscoa. Que sejam justamente esses embusteiros os dois mais famosos
e influentes economistas sintetiza muito bem a confusão moral e o descalabro
intelectual vigente. Marx e Keynes não foram homens de ciência, e sim expoentes do
grupo mais nefasto de todos os tempos, o dos intelectuais socialistas militantes, que
superaram com folga os estragos pretéritos de conquistadores sanguinários como Átila,
Tamerlão ou Cortez. Suas teorias acerca dos ciclos são tão desonestas e erradas que já
nasceram refutadas. Num debate célebre na época, início do século 19, o economista
francês Jean-Baptiste Say conseguira demonstrar os erros cabais de seu colega inglês
Malthus, que formulara uma teoria das crises econômicas depois requentada e enfeitada
por Marx e Keynes, cada um a seu modo.
De sorte que, para quem quer compreender o que está ocorrendo com a economia global
no presente, deve em primeiro lugar descartar in limine as explicações dos economistas
marxistas e keynesianos. No Brasil, terra em que 99% dos economistas tem Marx no
coração e Keynes na cabeça, isso significa desprezar quase in totum as análises dos
pseudo-especialistas. Tampouco há como levar a sério os palpiteiros baratos e
propagandistas vulgares como Veríssimo, Sader e similares. Para entender o que está se
passando é preciso recorrer às análises e pesquisas de estudiosos sérios.
Mas a economia não trata de agregados imaginários, meros entes de razão, e sim de
seres humanos, suas ações e escolhas num mundo de escassez, imperfeições e
incerteza.. Nesse plano mais concreto, chamado de microeconomia, alguns teóricos,
como Joseph Schumpeter, foram pesquisar a dinâmica das crises econômicas. Esse
grande economista partiu do modelo conhecido como equilíbrio geral walrasiano para
concluir que a única variável capaz de perturbar esse equilíbrio e deflagrar as crises
seria a inovação tecnológica. A teoria da destruição criativa, como ficou conhecida, é
muito interessante, mas peca por assumir os postulados irrealistas e insatisfatórios do
equilíbrio geral e por concentrar a inovação em determinados períodos, seguidos de
calmarias técnicas, quando se sabe que no mundo real ela está ocorrendo o tempo
inteiro.
A teoria articulada por Ludwig von Mises sobre antigos insights da escola monetária
inglesa do século 19 e das investigações sobre o capital e o juro de Bohm-Bawerk e
Wicksell, depois desenvolvida por Friedrich Hayek e outros, evita as armadilhas da
macroeconomia e da microeconomia walrasiana, pelo que, na minha ótica, fornece a
mais completa ilustração das flutuações econômicas. Passemos a testá-la. A ênfase é na
moeda, como é o caso dos monetaristas, porém a abordagem é primariamente
microeconômica, concentrando-se nos efeitos que o advento de moeda-crédito nova
provoca nos agentes econômicos. Os economistas austríacos notaram que as crises
revelam subitamente que a maior parte dos empresários e investidores erraram em suas
estimativas do estado futuro do mercado, de modo que suas expectativas de
lucratividade foram frustradas. O erro empresarial é normal (afinal, errar é humano) e
acontece o tempo todo, pois o futuro é por definição incerto. A singularidade das crises
é a enorme quantidade de erros de avaliação simultâneos por parte de empresários
experientes e especuladores astutos. Entender a causa desses blocos de erros é a chave
para decifrar o mistério das crises.
Para haver investimento é preciso antes ter havido poupança, a diferença positiva entre
o que as pessoas produzem e o que consomem. A poupança agregada reflete uma
inclinação geral das pessoas de adiar o consumo no presente em troca de mais consumo
no futuro. Se, ao contrário, ocorrer uma preferência generalizada pelo consumo no
presente, a poupança agregada é reduzida ou até substituída pelo consumo do capital
existente, o que resultará em consumo futuro declinante e queda do padrão de vida.
Numa economia de mercado desenvolvida, a poupança chega às mãos dos investidores
mediante complexos sistemas de intermediação e o preço que equilibra a procura e a
oferta de poupança existente é o juro. Esse preço é absolutamente fundamental para o
cálculo econômico dos empresários, que não investirão em linhas de produção cuja
rentabilidade seja menor do que os juros que terão que pagar sobre os recursos tomados.
O juro sinaliza a escassez de poupança e informa que não dá para produzir tudo no
momento, mas apenas os bens de consumo mais urgentemente desejados pelos
consumidores. Outra informação vital fornecida pela taxa de juros é sobre o tempo a ser
consumido no projeto de investimento até que os bens de consumo estejam prontos para
serem oferecidos no mercado. Um projeto que consome tempo demais para maturação
corre o risco de morrer na praia por falta de recursos para mantê-lo, pois até que se
comece a vender e lucrar há que pagar os salários dos empregados, os fornecedores de
insumos etc.
Se porém os bancos decidem emprestar além das suas reservas, eles falsificam dinheiro
(pois depósitos sujeitos à cheque criados ex nihilo são dinheiro em circulação), criam
uma pseudopoupança e consequentemente a taxa de juros, reduzida artificialmente,
deixa de ser um sinal confiável. Os empresários e investidores são induzidos a acreditar
que há mais poupança real do que efetivamente existe. Todas as crises são precedidas de
períodos de prosperidade febril caracterizada por amplos investimentos em bens de
capital e de maturação lenta. Por outro lado, o dinheiro falso bombeado pelos bancos na
economia termina por alimentar grandes movimentos especulativos nas bolsas de
valores e em outros mercados (como o de imóveis). O estimulante dessa febre ilusória
de otimismo eufórico é o crédito artificialmente barato provido pelo sistema financeiro
sob o comando dos governos.
A distorção na cadeia produtiva que se segue decorre do fato de que a criação de
dinheiro falso não implica em que os fatores de produção e bens de consumo também
possam se materializar magicamente. Eles continuam limitados e escassos como antes.
Como há mais dinheiro comprando as mesmas coisas, os empresários passam a disputar
ferozmente entre eles os fatores de produção, cujos preços sobem. De outro ângulo, a
remuneração desses fatores, como os salários dos empregados, começa a ser despendida
em bens de consumo, cujos preços tendem a subir. A inflação monetária pode ser
contrabalançada por um aumento da produtividade (queda dos preços de alguns bens de
consumo pelo aumento da oferta), de modo que o nível geral de preços permaneça
relativamente estável, como ocorreu nos anos 20 e nos anos 90 nos Estados Unidos.
Entretanto, a expansão do crédito além da poupança real fatalmente distorce a alocação
de recursos. O aumento da demanda por bens de consumo força os empresários dos
setores mais próximos do consumo final a competir com os setores mais distantes pelos
fatores de produção. A farra do crédito barato, contudo, gera inflação e estende demais
o endividamento dos agentes econômicos, de modo que, mais cedo ou mais tarde, o
governo e os bancos são forçados a elevar os juros e restringir a oferta de crédito. Chega
de emprestar; a hora agora é de cobrar as dívidas. O aumento dos juros e dos preços dos
fatores subitamente deixa nus com a mão no bolso os empresários do setor de bens de
capital. Eles se dão conta de que suas previsões estavam erradas, que não conseguirão
recuperar o que investiram e aí começa o salve-se quem puder do corte de custos e
demissões. As crises sempre começam nos setores da estrutura de capital mais afastados
do consumo final e só mais tarde vão derrubando o resto.
A inflação é como as drogas. O primeiro passo para curar um viciado em drogas é parar
de tomar a substância. Depois virão os sintomas da crise de abstinência que o indivíduo
terá que suportar até limpar seu organismo para poder então levar uma vida sã. A
medicina keynesiana, todavia, recomenda atulhar o paciente com a mesma droga em
que ele se viciou além de outras igualmente nocivas! Não admira que tantos "pacientes"
sujeitos à essa terapia charlatanesca tenham chegado perto de bater as botas. O Brasil é
um desses pacientes e os charlatães keynesianos fervilham em torno dos candidatos à
presidência, os já famosos quatro cavaleiros do apocalipse.
Encerrado esse breve esboço teórico das crises econômicas, passemos agora a examinar
a atual recessão à luz dessa teoria. Os anos 90 foram tempos de grande prosperidade nos
Estados Unidos, a mais forte economia do mundo. No comando estava o "senhor dos
mercados", Alan Greenspan, chefe do banco central americano. É curioso que analistas
sérios possam ter acreditado que a saúde econômica mundial dependesse da batuta de
maestro de um único homem. Dá para crer que a inacreditavelmente intrincada
complexidade da economia global pudesse ser conduzida intuitivamente por um super-
homem, que quando sentia uma dorzinha ominosa nas articulações baixava os juros e
quando ouvia uma misteriosa voz interior os aumentava? Pois é nisso que a mídia
dominante quis que se acreditasse. A verdade é bem outra. Greenspan pisou no
acelerador da expansão monetária em meados dos anos 90, aumentando a quantidade de
dinheiro em 10% ao ano e depois em 15% ao ano. Por que fazer isso? Porque
politicamente é interessante; os políticos têm horizonte de curto prazo e fazem qualquer
negócio para que a economia cresça, mesmo que esse crescimento seja insustentável.
Seus sucessores que se virem com a crise.
O fato é que a crise está posta e seus desdobramentos para o bem ou para o mal
dependerão das ações futuras do governo dos Estados Unidos. Seguir o caminho
trilhado por Hoover e Roosevelt nos anos 30 é receita segura para uma depressão de
grandes proporções. Naquele tempo, o governo americano fez tudo o que se poderia
imaginar de pior para abortar a recuperação. Instituiu altíssimas tarifas alfandegárias,
arruinando o comércio internacional, duplicou os impostos, descarregou subsídios sobre
setores ineficientes, desvalorizou o dólar, contraiu déficits fiscais enormes, inflacionou
a moeda e interveio no mercado de trabalho. A recessão inicial então se eternizou como
uma brutal depressão. Infelizmente, as autoridades americanas não aprenderam a lição
do passado, pois estão seguindo trilha semelhante no presente. Greenspan "reflacionou",
voltando a bombear crédito em doses cavalares na economia americana com juros de
quase zero. Não adiantou nada, é claro. Bush e o Congresso estão unidos na política de
subsídios e no protecionismo, o que vai naturalmente gerar retaliações dos outros países
e blocos comerciais. Uma guerra comercial agora seria um desastre, como foi nos anos
30. Adotando as indefectíveis recomendações dos keynesianos, que nessas horas sempre
retiram o velho pangaré da "política fiscal" de suas nauseabundas estrebarias, Bush
elevou dramaticamente os gastos públicos americanos, o que gera déficit, que tem que
ser financiado via inflação ou endividamento, e a dívida pública americana não é baixa.
Estimulados pelo abundante crédito ao consumo e pela ideologia keynesiana da
gastança como meio de encorajar a "demanda agregada", os americanos se endividaram
muito e estão poupando pouquíssimo. Os investimentos estão muito dependentes de
poupança externa, que está melindrada pela crise de credibilidade do mercado
americano e ameaça fugir para pousos mais seguros. O déficit comercial está alto e
aumentando. De resto, o belicismo do governo Bush pouco contribui para a estabilidade
mundial. O cenário é lastimável e alimenta o pessimismo.
Para não ficar somente na sinistrose, vale lembrar que aparentemente não há no
horizonte próximo a ameaça de ideologias insensatas como o nazismo e o comunismo,
que nos anos 30 ainda tinham o frescor da novidade e não tinham sido testados e
reprovados pela experiência histórica. A realidade ensinou duras lições aos políticos que
se encantaram pelo marxismo e pelo keynesianismo, de modo que prevalece ainda um
certo consenso de que a economia de mercado deve prevalecer, mesmo que
pesadamente obstruída pelas "políticas públicas". O que se pode assegurar é que os
ciclos econômicos continuarão a se repetir enquanto existir a manipulação política da
moeda, e não há sinal de que isso possa mudar no futuro previsível. A arquitetura
monetária do capitalismo moderno é um castelo de cartas sujeito a desmoronar parcial
ou totalmente a qualquer momento. Vamos torcer para que nada de mais grave aconteça
no mundo, porque no Brasil a crise tem raízes locais, é inevitável e será grave, aconteça
o que acontecer com a economia global. Mas essa é outra história.
Bibliografia: Quem quiser se aprofundar no assunto, não pode deixar de ler os clássicos
de Mises, The Theory of Money and Credit e Ação Humana, de Hayek, Prices and
Production, e de Rothbard, Man, Economy and State e America´s Great Depression.
Graças à internet, hoje é possível ter acesso fácil à estudos e informações relevantes
sobre a atualidade. Não depender da pasmaceira intelectual da imprensa e da academia
brasileira não tem preço. O único problema é que saber inglês é indispensável. Quase
todos os livros acima estão disponíveis na página do Mises Institute. Outras fontes
excelentes são os artigos diários e os estudos publicados em periódicos especializados
disponíveis naquele mesmo website, sobretudo os de William Anderson, Frank Shostak,
Gene Callahan e Roger Garrison. Os artigos de Gerald Jackson publicados no site do
The New Australian também são excelentes. No Brasil há pouco material, destacando-
se o livro Economia e Liberdade do Professor Ubiratan Iorio, que também publica
excelentes análises no seu site.
Entendendo a crise financeira mundial
de um jeito simples
Escrito por Alan
18 outubro, 2008
Ultimamente só se você for um E.T. para não ter ouvido falar da crise que assombra os
mercados financeiros pelo mundo a fora. Você deve ser mais E.T. ainda se pensar “o
que eu tenho a ver com isso?”, pois eu te digo: TUDO. Todos nós estamos diretamente
relacionados à crise financeira que começou nos Estados Unidos.
Depois de ler um pouco a respeito e me interar das notícias eu resolvi escrever aqui no
meu blog, com minhas palavras, como começou esta crise financeira para que até os E.
T.’s possam entendê-la e começar a se preocupar com ela.
Encontrei esta imagem no site do Jornal Folha e resolvi publicá-la para ilustrar o
raciocínio:
Ilustração da crise americana - Arte Folha.
Tudo começou com o crescimento do mercado de imóveis americano, logo após a crise
das empresas “pontocom” ou “dot com”, em meados de 2001. Após tal crise o mercado
de imóveis se aqueceu e o FED (Federal Reserv - Banco Central (BC) Americano)
resolveu abaixar os juros para incentivar o crédito e o consumismo. Aliás, mais do que
incentivar, o FED queria era reencorajar as pessoas a tomarem empréstimos,
financiamentos, etc.
Agora começam os problemas. Atraidos pelas promessas de altos ganhos com o crédito
“subprime”, bancos e fundos de pensão compraram tais títulos das empresas de
hipotécas, permitindo que tais empresas tivessem mais capital para emprestar sem ter
recebido nenhum cetavo do primeiro empréstimo. Vamos exemplificar para facilitar o
entendimento. O Sr. Firmino hipoteca sua casa no valor de R$ 10.000,00. A empresa de
hipoteca paga R$ 10.000,00 ao Sr. Firmino para que ele faça pagamentos mensais de R$
200,00 durante 100 meses totalizando R$ 20.000,00. Um bom lucro de 100%. O Sr.
Firmino é um baita de um caloteiro, mais como é considerado “subprime” ele consegue
crédito mesmo assim. Bom, o Sr. Pedro é o gestor de um fundo de pensão, como
PREVI, Real Grandeza, e outras do Brasil, e resolve comprar tais títulos da dívida do
Sr. Firmino com a empresa de hipoteca. A empresa de hipoteca vende o crédito
concedido ao Sr. Firmino por R$ 15.000,00 sendo que tal crédito renderá R$ 20.000,00
ao final dos 100 meses. Agora a empresa de hipoteca, sem ter recebido nada do Sr.
Firmino, já tem mais R$ 15.000,00 para emprestar. O Sr. Pedro, como um bom gestor,
vende estes títulos para outros investidores, com promessa de altos lucros. Agora,
advinhem o que vai acontecer se o Sr. Firmino não pagar a dívida? Se isso acontecer
toda a cadeia que envolve a empresa de hipoteca, o fundo de pensão do Sr. Pedro e os
investidores que compraram os títulos dele, será prejudicada por falta de dinheiro.
É isso que está acontecendo hoje. As pessoas que contrairam crédito não estão
conseguindo pagar, gerando um volume enorme de inadimplência e um medo em todo
mercado em relação a títulos “subprime”, que apesar de serem de alta lucratividade, não
tem mais garatia de recebimento. Na verdade nunca teve, na prática.
Em 2006 os preços dos imóveis americanos atingiram seu valor máximo e começaram a
cair. Os juros do FED que vinham subindo para frear a infração, começou a afastar os
compradores pois o crédito naturalmente começou a encarecer. Com isso a oferta de
venda começou a superar a demanda de compra de imóveis, fazendo o preço dos
imóveis despencar e as taxas de inadimplência subirem exponencialmente. Com os
juros mais altos as pessoas não conseguiam pagar seus empréstimos gerando um medo
de calotes por parte das empresas de hipotéca, diminuindo o crédito e desacelerando
fortemente o crescimento da economia nos EUA. Quanto menos crédito, menos gente
compra alguma coisa e logicamente menos dinheiro circula, gerando um problema de
liquidez (dinheiro disponível).
Mais como isso pode atingir o mundo todo? Simples, lembra das pessoas que
compraram os títulos do Sr. Pedro do exemplo que dei acima? Pois bem, tais pessoas
podem estar em qualquer lugar do mundo e a falta de dinheiro, por não pagamento de
tais títulos, chega até elas afetando os mercados financeiros de todo o mundo. Isso é a
globalização.
Os primeiros efeitos da crise foram sentidos ainda no ano passado, pelo BNP - Paribas
Investment Partners, divisão do banco francês BNP Paribas, congelou cerca de 2 bilhões
de euros dos fundos Parvest Dynamic ABS, o BNP Paribas ABS Euribor e o BNP
Paribas ABS Eonia, prevendo problemas com os títulos “subprime” dos Estados
Unidos.
A reação do mercado imobiliário, diante da medida tomada pelo BNP Paribas, não
poderia ter sido outra a não ser pânico. Uma das maiores empresas de hipoteca dos
EUA, a American Home Mortgage (AHM) pediu concordata e a Countrywide
Financial, outra gigante do setor hipotecário, teve que ser comprada pelo Bank of
America para não quebrar também.
Também vale lembrar que vários outros grupos financeiros e bancos ao redor do mundo
perderam bilhões com os titulos “subprime”.
Com a concordata do Lehman Brothers, o banco Merrill Lynch ao Bank of America foi
vendido, uma ajuda de U$ 85 bilhões foi concedida a seguradora AIG por medo de
quebra por falta de fontes de captação de empréstimos, a quebra do banco de
empréstimos em poupança (”savings & loans”) Washington Mutual - considerada pelos
especialistas como a pior quebra de um banco americano -, venda do banco Wachovia
que era o quarto maior banco dos EUA e anunciou fusão com o banco Wells Fargo, em
uma operação de US$ 15,1 bilhões em troca de ações.
Para combater esta onda de falências entre seus bancos, o Congresso Americano
aprovou um plano de ajuda de U$ 700 bilhões. O plano do governo americano é
comprar justamente os títulos “podres”, que são títulos com resgate quase improvável,
cuja grande maioria são títulos vindos do crédito “subprime” do sistema hipotecário
americano.
O melhor neste momento é ter bastante cautela e ficar muito atento aos movimentos do
mercado financeiro. Se você tem dinheiro investido na bolsa o melhor a fazer é esperar
e não tomar nenhuma atitude brusca.