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Juliano da Silva
Axel e Buck descobriram a existência de cerca de 1.000 genes que atuam como
receptores olfativos, capazes de reconhecer e memorizar as cerca de 10.000 substâncias
aromáticas conhecidas. Assim, cada célula olfativa é especializada em identificar um
número determinado de odores, enviando o sinal ao cérebro através de impulsos
elétricos. Todos os receptores são proteínas relacionadas entre si mas que se diferem em
pequenos detalhes. Cada receptor consiste em uma cadeia de aminoácidos ligada à
membrana celular e a atravessa sete vezes.
O sistema olfativo é importante para nossa qualidade de vida. Um único odor pode
desencadear diferentes memórias da infância ou de momentos emocionais - positivos ou
negativos - mais tarde na vida. Quando achamos um alimento gostoso é principalmente
devido à ativação do sistema olfativo.
Perder o olfato é uma deficiência significativa; não mais se pode perceber diferentes
qualidades de comida e nem detectar sinais de alerta como por exemplo a fumaça de um
incêndio.
O sistema Olfativo
O epitélio olfativo contém milhões de neurônios olfativos, que enviam mensagens
diretamente para o bulbo olfativo no cérebro.
Richard Axel e Linda Buck publicaram seu trabalho fundeamental em 1991, no qual
descreveram a codificação genética de uma grande família de receptores de odor.
Pequenas variações
As diferenças sutis nas cadeias de proteína explicam porque os receptores são ativados
por diferentes moléculas odoríferas.
Hoje sabemos que estes genes representam cerca de três por cento do número total de
genes nos mamíferos.
A organização dos sinais de entrada dos receptores olfativos no córtex olfativo
Células receptoras com o mesmo tipo de receptor convergem seus processos ao mesmo
glomérulo.
A área do epitélio olfativo (em vermelho) dos cães é cerca de quarenta vezes maior do
que em humanos. Os ratos - espécie estudada por Axel e Buck - tem cerca de uma
centena de diferentes tipos de receptores olfativos.
Humanos tem um número menor que ratos; alguns dos genes foram perdidos durante a
evolução da nossa espécie. Existem muitos milhões de células receptoras olfativas em
nosso epitélio olfativo.