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Portaria Nº1181 - 2010
Portaria Nº1181 - 2010
Nos termos daquele diploma foi, de igual modo, deter- de 10 dias, equivalendo o silêncio à aceitação tácita das
minado que o Governo promovesse a regulamentação a que propostas.
se refere o n.º 6 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, Artigo 3.º
de 22 de Abril, e que definisse os procedimentos de cria-
Proposta de criação
ção, alteração e extinção dos agrupamentos de escolas e
escolas não agrupadas, bem como de estabelecimentos 1 — As propostas de criação de agrupamentos de es-
públicos de ensino. colas e de estabelecimentos da educação pré-escolar, do
Neste contexto importa proceder à definição daqueles ensino básico e do ensino secundário devem ser instruídas
procedimentos e sistematizá-los coerentemente no res- com os seguintes elementos:
peito pelos princípios da objectividade, simplificação e
transparência. a) Designação do agrupamento ou do estabeleci-
Com o diploma que ora se aprova, é realçada a importân- mento;
cia dos municípios e das cartas educativas no planeamento b) Área geográfica de influência e proximidade geo-
e na gestão da rede escolar, sendo de igual modo clarificado gráfica com outros agrupamentos de escolas ou estabele-
o papel dos organismos do Ministério da Educação com cimentos da mesma tipologia;
competências nesta matéria. c) Número de crianças da educação pré-escolar e de alu-
Foram ouvidos a Associação Nacional de Municípios nos em idade escolar por ano de escolaridade a abranger.
Portugueses e o Conselho das Escolas.
Assim: 2 — As propostas de criação de estabelecimentos da
Ao abrigo do disposto no artigo 40.º da Lei de Bases educação pré-escolar, do ensino básico e do ensino secun-
do Sistema Educativo, aprovada pela Lei n.º 46/86, de dário devem observar as cartas educativas respectivas, nos
14 de Outubro, na redacção dada pela Lei n.º 49/2005, termos homologados pelo Ministério da Educação.
de 30 de Agosto, e nos termos do n.º 6 do artigo 6.º do 3 — As propostas de criação de agrupamentos de escolas
Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, do n.º 11 da ci- devem ainda ser instruídas com os seguintes elementos:
tada Resolução do Conselho de Ministros n.º 44/2010, de a) Finalidades da constituição do agrupamento;
14 de Junho, e do despacho n.º 2627/2010 da Ministra b) Escolas a integrar no agrupamento;
da Educação, de 2 de Fevereiro de 2010, publicado no c) Recursos humanos, físicos e financeiros;
Diário da República, 2.ª série, n.º 27, de 9 de Fevereiro d) Escola prevista para acolher a sede do agrupamento
de 2010, manda o Governo, pelo Secretário de Estado na de escolas, onde funcionarão os órgãos de direcção, ad-
Educação, o seguinte: ministração e gestão.
Artigo 4.º
Artigo 1.º
Requisitos
Objecto e âmbito
A criação de um agrupamento de escolas e de estabele-
A presente portaria tem por objecto a definição dos cimentos da educação pré-escolar, do ensino básico e do
procedimentos de criação, alteração e extinção de agru- ensino secundário depende da respectiva compatibilidade
pamentos de escolas e de estabelecimentos da educação com os princípios orientadores do reordenamento da rede
pré-escolar, do ensino básico e do ensino secundário da escolar, estabelecidos na Resolução do Conselho de Mi-
rede pública do Ministério da Educação. nistros n.º 144/2010, de 14 de Junho.
Artigo 2.º Artigo 5.º
Iniciativa Instrução
1 — A apresentação de propostas de criação de agru- 1 — Compete à DRE territorialmente competente ga-
pamentos de escolas e de estabelecimentos da educação rantir o cumprimento dos requisitos e proceder a todas as
pré-escolar, do ensino básico e do ensino secundário, diligências complementares necessárias à apreciação das
compete: propostas apresentadas nos termos dos artigos anteriores.
a) No caso de criação de agrupamentos de escolas, às 2 — No caso de as propostas apresentadas pelos muni-
direcções regionais de educação (DRE); cípios não serem acompanhadas de algum elemento legal-
b) No caso de criação de estabelecimentos da educação mente exigido, a DRE solicita aos proponentes a sua apre-
pré-escolar, do ensino básico e do ensino secundário, às sentação, fixando um prazo razoável para o efeito.
DRE e aos municípios. 3 — Colhidos todos os elementos instrutórios, e
concluída a análise da proposta tendo em conta os cri-
2 — Quando da iniciativa das DRE, a apresentação de térios referidos no artigo 6.º, n.os 1 e 2, do Decreto-Lei
propostas de criação de agrupamentos e de estabelecimen- n.º 75/2008, de 22 de Abril, e na Resolução do Conselho
tos da educação pré-escolar, do ensino básico e do ensino de Ministros n.º 44/2010, de 14 de Junho, o director regio-
secundário é precedida de consulta aos municípios cujos nal de Educação emite parecer fundamentado e remete o
territórios sejam abrangidos, podendo ainda ser ouvidos processo para o serviço com competência em matéria de
outros elementos da comunidade educativa. coordenação do planeamento da rede escolar.
3 — Quando da iniciativa dos municípios, as propostas
de criação de estabelecimentos da educação pré-escolar, do Artigo 6.º
ensino básico e do ensino secundário são dirigidas ao direc- Decisão
tor regional de Educação territorialmente competente.
4 — As entidades consultadas nos termos dos núme- 1 — A decisão sobre a criação de agrupamentos de es-
ros anteriores devem pronunciar-se no prazo máximo colas e de estabelecimentos da educação pré-escolar e do
Diário da República, 1.ª série — N.º 222 — 16 de Novembro de 2010 5205
ensino básico e do ensino secundário compete ao membro Ministério da Educação responsável pela coordenação do
do Governo responsável pela área da educação, mediante planeamento da rede escolar.
parecer prévio do serviço com competência em matéria de 2 — Da base de dados referida no número anterior de-
coordenação do planeamento da rede escolar. vem constar, designadamente, o código do estabelecimento
2 — Compete à DRE territorialmente competente coor- de ensino, a tipologia, a localização, os contactos e o nú-
denar a execução da decisão adoptada, em articulação com mero de alunos, de pessoal docente e não docente.
o proponente, com os serviços do Ministério da Educação
e com as entidades externas competentes. Artigo 10.º
Códigos de identificação
Artigo 7.º
1 — Os agrupamentos de escolas e as escolas não agru-
Alteração padas são identificados pelo respectivo número de identi-
1 — Constituem procedimentos de alteração as mo- ficação de pessoa colectiva, de utilização obrigatória pelos
dificações operadas nas tipologias de estabelecimentos serviços do Ministério da Educação e pelos demais agentes
da educação pré-escolar, do ensino básico e do ensino do sistema educativo.
2 — A cada estabelecimento da educação pré-escolar,
secundário.
do ensino básico e do ensino secundário é atribuído um
2 — Aos procedimentos previstos no número anterior código único, de utilização obrigatória pelos serviços do
é aplicável a tramitação prevista nos artigos 2.º a 6.º, com Ministério da Educação e pelos demais agentes do sistema
as necessárias adaptações. educativo.
3 — Podem ser objecto de alteração os estabelecimen- 3 — O processo de transição para os códigos referi-
tos da educação pré-escolar, do ensino básico e do ensino dos nos números anteriores deve estar concluído até ao
secundário: final do ano lectivo de 2010-2011, com a publicação em
a) Que reúnam as condições e os recursos necessários diploma próprio da lista de agrupamentos, de escolas não
à oferta de um novo ciclo de educação ou ensino, e que agrupadas de estabelecimentos de educação e ensino e
tal oferta se revele necessária no quadro da rede da oferta respectivos códigos.
educativa; 4 — Compete ao serviço responsável pelo sistema de
b) Que deixem de reunir as condições e os recursos informação do Ministério da Educação coordenar e acom-
necessários a uma efectiva capacidade pedagógica e à panhar o processo de transição referido no número ante-
promoção do sucesso escolar num dos níveis ou ciclos de rior, prestando o apoio necessário aos demais serviços do
educação ou ensino. Ministério da Educação.
Artigo 8.º Artigo 11.º
Extinção Disposições finais
1 — Aos procedimentos de extinção de agrupamentos 1 — Deverão ser objecto de extinção, até ao final do ano
de escolas e de estabelecimentos da educação pré-escolar, lectivo de 2010-2011, os agrupamentos horizontais de es-
do ensino básico e do ensino secundário é aplicável a tra- colas, bem como os estabelecimentos do 1.º ciclo do ensino
mitação prevista nos artigos 2.º a 6.º, com as necessárias básico que não cumpram os princípios de reordenamento
adaptações, devendo ainda ser ouvido o conselho geral do da rede escolar constantes da Resolução do Conselho de
agrupamento de escolas ou escola não agrupada. Ministros n.º 44/2010, de 14 de Junho.
2 — Os agrupamentos de escolas e as escolas não agru- 2 — Nos procedimentos de extinção previstos no nú-
padas que não reúnam as condições necessárias ao cum- mero anterior não se aplica a tramitação prevista no ar-
primento dos princípios e orientações de reordenamento tigo 8.º
da rede escolar definidas na Resolução do Conselho de 3 — A presente portaria não é aplicável aos procedimen-
Ministros n.º 44/2010, de 14 de Junho, e que não obe- tos previstos no artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de
deçam ao disposto nos n.os 1 e 2 do artigo 6.º do Decreto- 22 de Abril, e demais legislação aplicável.
-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, devem ser objecto de
extinção. Artigo 12.º
3 — Excluem-se do disposto no número anterior os Entrada em vigor
agrupamentos de escolas/escolas não agrupadas que se- A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao
jam os únicos existentes nos respectivos municípios, sem da sua publicação.
prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 6.º do Decreto-Lei
n.º 75/2008, de 22 de Abril. O Secretário de Estado da Educação, João José Trocado
4 — As propostas de extinção de estabelecimentos da da Mata, em 9 de Novembro de 2010.
educação pré-escolar, do ensino básico e do ensino secun-
dário devem observar as cartas educativas respectivas, nos
termos homologados pelo Ministério da Educação.
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA
Artigo 9.º E ENSINO SUPERIOR
Sistema de informação da rede escolar
1 — O sistema de informação da rede escolar, que inclui Portaria n.º 1182/2010
os processos e as bases de dados de todos os agrupamentos de 16 de Novembro
de escolas e estabelecimentos da educação pré-escolar,
do ensino básico e do ensino secundário abrangidos pelo Sob proposta da Escola Superior de Enfermagem de
presente regime jurídico, é gerido pelo serviço central do Lisboa;