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UNIPIAGET – ANGOLA – ELECTROMECÂNICA

Instalações
eléctricas
Engenharia electromecânica
4ºAno

Elaborado Colaborador

------------------------------------------------ --------------------------------
---------------
Prof. Doutor Pedro Kuma Diatilo Edvaldo
Tomás Boaventura

Professor Doutor Pedro Kuma Diatilo


Finalista do curso de electromecânica Edvaldo Tomás Boaventura
1
UNIPIAGET – ANGOLA – ELECTROMECÂNICA

(Finalista do curso de
electromecânica)

Unipiaget - 2006

Índice
Capitulo #1 – Considerações sobre o conceito de energia eléctrica
• Dados principais para a estatística da energia eléctrica (%).
Cobre
Influencia da temperatura sobre a resistividade
Dilatação linear do cobre com a variação da temperatura
Propriedades mecânicas
• Variação da resistividade com a resistência mecânica
• Peso especifico
• Modulo de elasticidade
• Aumento do esforço do condutor
• Coeficiente de dilatação com a temperatura para o condutor
composto
• Alumínio
• Ferro e aço
• Ligas para resistências eléctricas
• Resistividade de volume e de massa
• Supercondutores
• Condutores industriais.
• Tipos gerais e nomenclatura
• Tipos de fios e cabos
• Enrolamentos
• Condutores para maquinas eléctricas
• Condutores para tracção eléctricas
• Tubos e barras
• Cabos
• Efeito cortical (Skin effect)
• Emprego de condutores nus
• Instalações de barras
• Linhas aéreas
• Isoladores. Nomenclatura
• Grupo de ligação de enrolamentos
• Protecção contra correntes de linhas eléctricas
• Protecção de ligação à terra
• Protecção com ligação constante com fio neutro
• Construção de dispositivos de ligação à terra
• Protecção de relé e automático
• Exigências para com o relé de protecção
• Relé de protecção da rede radial
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• Tipos de redes
• Rede eléctrica. Definição
• As exigências às redes eléctricas
• Classificação das redes eléctricas
• Elementos das redes eléctricas
• Esquemas de ligação de redes eléctricas
Esquema de distribuição eléctrica da fábrica
• Esquema de distribuição de energia de zona de cidade (urbana)
Esquema de alimentação da rede de 110-220
• Regulação da tensão
• Cálculo de secção de um distribuidor fechado do que se derivam diferentes
consumidores
• Cálculo das secções de um distribuidor aberto ramificado
• Exercícios de aplicação
• Cálculo de dispositivos da terra
• Cálculo de dispositivos da terra
• Cálculo de dispositivo da terra nas instalações eléctricas superior a 1kV com
neutra terra efectivo
• Cálculo do fio neutro
Capitulo 2 – Protecção de sistemas
• Protecção de geradores
• Protecção de transformadores
• Protecção de barramentos
• Protecção de linhas
• Protecção temporizada
• Analise de protecção de linhas
• Sistema radial com vários consumidores
• Sistema com alimentação bilateral e vários consumidores
• Protecção de geradores
• Esquema de protecção de gerador
• Protecção diferencial do estator contra curto – circuito.
• Protecção diferencial do estator contra C.C entre espiras
Capitulo 3 – Estações eléctricas
• As estações eléctricas, que contribuem na produção de energia
eléctrica
• Central eléctrica de condensação térmica (C.E.C.T)
• Central hidroeléctrica. (C.H.E)
• Central eléctrica de calefacção (C.E.C)
• Central eléctrico atómico (C.E.A)
• Estação de turbina a gás (E.T.G)
• Estação Diesel (E.D)
• Estação eólica
• Estação solar (E.S)
• Estação Geotermal (E.G)
• Esquema de ligação eléctrico de estações e subestações
eléctricas.
• Escolha de elementos principais
• Esquema dos dispositivos de repartição (D.R).

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1
CAPITULO

• Esquema de ligação eléctricas de central termo – eléctrico


(C.T.E).
Capitulo 4 – Luminotecnia.
• Parâmetros da luz
• Exemplos de fluxos luminosos
• Nível de iluminação
• Exemplos de níveis de iluminação:
• Intensidade luminosa
• Exemplos de intensidade luminoso:
• Luminância Exemplo de luminãncia:
• Lâmpadas e seus componentes
• Lâmpadas de incandescentes
• Lâmpadas fluorescentes
• Lâmpadas fluorescentes a cátodo quente a média tensão.
• Lâmpadas fluorescentes de cátodo frio
• Lâmpadas de bulbo fluorescentes.
• Lâmpadas a vapor de sódio e mercúrio.
A energia é a medida do produto da potência pelo tempo (em
segundos). E temos como unidade o Joule (J).
Muitas das vezes na prática usa-se o Watt-hora (Wh) possuindo o
múltiplo kilowatt-hora (kWh), que é a energia fornecida durante uma
hora por uma potência de 1 kW.

E = P.t (Joule)

Nos sistemas trifásicos, temos a energia dividida em dois


componentes que são :
- A parte activa: energia activa medida em Kwh;
- A parte reactiva: energia reactiva medida em KVArh;
A potência eléctrica, cuja unidade é o watt (W), é o produto de
tensão V pela intensidade de corrente (I):

P=V.I (W)

A potência nos circuitos indutivos onde podemos distinguir:

- A potência activa: P = V.I.Cosϕ (Watt, W);

- A potência reactiva: Q = V.I.Senϕ (Volt -Ampere Reactivo, VAr)

- A potência aparente: S = V.I= (P 2


+ Pr2 ) (Volt-ampere, VA)

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Nos sistemas trifásicos, as potências activa, reactiva e aparente


são dadas pelas seguintes expressões:

- Potência activa: P = 3 V.I.Cosϕ (W);


-
- Potência reactiva: Q = 3 V.I.Senϕ (VAr)

- A potência aparente: S = 3 V.I= (VA)

Em circuitos indutivos considera-se o Cos ϕ como o factor de


potência:

P
Cosϕ = P (W/VA), donde: ϕ representa a diferença de fase ou
Z

desfasamento.

A energia eléctrica possui uma cadeia principal constituída por:


produção, transporte, distribuição e consumo.
1) Produção

Centrais de produção principais: Hidráulicas, Térmicas (carvão,


combustíveis líquidos, gás), Nucleares, etc.
A energia é gerada nos alternadores a tensões de 3 a 36 kV em
corrente alternada.
Nas centrais de produção angolanos até médios de 2006 varia de
(X1 a X2) Kv

2) Estação Elevadoras

As tenções geradas são elevadas em:


Ex: 66 - 110 - 132 - 220 – 380 KV.
No caso de Angola em:

3) Rede de Transporte (transporte em grandes distancias)

Exemplo de tensões utilizadas: 110 – 132 – 220 – 380 KV


Em Angola são de:

4) Subestações de Transformação: servem para reduzir as


tensões do Transporte em tensões de distribuição para o consumo.
Em Luanda temos como exemplos de S.T. de …

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5) Redes de Distribuição: são redes que partem das


subestações de transformação de repartição para da energia até as
estações transformadoras de distribuição.
As tensões utilizadas são: 25 – 30 – 45 – 66 – 110 – 132 KV.
Ex: redes de distribuição de S.E X1 à S.E X2, S.E X3 à S.E X4,…

6) Subestações Transformadoras de Distribuição: servem


para transformar a tensão desde o nível da rede de distribuição ate a
rede de distribuição em media tensão.
Ex:
7) Redes de Distribuição em Média Tensão:
Tensões utilizadas: 3 – 6 – 10 – 11 – 15 – 20 – 25 – 30 KV

8) Centros de Transformação: servem para reduzir a tensão da


rede de distribuição de media tensão ao nível da rede de distribuição
de baixa tensão.

9) Rede de Distribuição de Baixa Tensão: redes que


alimentam os distintos receptores, constituindo a ultima escala da
distribuição da energia eléctrica.
As tensões utilizadas são: 220/127 V e 380/220 V

10) Consumo: é a transformação da energia eléctrica em qualquer


outra forma de energia que se necessita.

DADOS PRINCIPAIS PARA A ESTATÍSTICA DA ENERGIA ELÉCTRICA


(%)

1- A quantidade total dos consumidores da energia.


2- O consumo industrial em relação ao consumo total
3- O consumo domestico
4- O consumo de comércio e serviços
5- O consumo agrícola e ganadeira
6- O consumo dos transportes
7- O consumo da iluminação publica

O consumo médio anual da energia eléctrica CMAEE por cada


habitante é de x (Kwh):
Em Angola ainda existe uma estatística concreta sobre CMAEE por
cada habitante.

N.B: Em certos países Europeus multiplicando variam entre (2,900


– 11,087) Kwh.

O número de habitantes por consumo médio de cada


habitante, permite nos conhecer aproximadamente o
consumo doméstico.

A produção da energia eléctrica ao longo do ano:

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Para determinarmos aproximadamente a qualidade de produção


necessária, tomemos em consideração os dados principais para
estatística da energia eléctrica.

Consumo eléctrico total anual


Produção necessária por hora = ≅ X ( Kw )
365 × 24 (dias × horas )

Tomamos em consideração que estes valores são médios, em hora


pico estes chegam a ser superior a um coeficiente n vezes ao valor
médio. É por isso que deve-se sempre multiplicar o valor da produção
total com este coeficiente n.

A potência instalada no país pode ser representada da


seguinte forma:
Potência Instalada MW %
(ano)
- Fontes - -
Principais ou
fundamentais - -
- Fontes
renováveis
Total - -

Com o aumento do nível de vida, tecnologia e população, os


requisitos de electricidade vão crescendo anualmente.
As crises económicas diminuem os requisitos.
Pode-se também fazer o levantamento do nível de produção de
cada central de produção quer fundamentais como renováveis.
Daí faz-se conclusão anual, i.e., se foi positiva ou negativa.
Os materiais principais utilizados para (o transporte) a construção
de uma linha de transporte são Cobre e Alumínio.
Estes dois materiais servem ou são utilizados para o transporte e
distribuição de energia eléctrica. Dificilmente pode-se definir qual
deles é mais adequado. Realizam-se muitos estudos e analises para
as vantagens e desvantagens de cada um deles.

As características do cobre e do alumínio são:


ALUMINIO COBRE
Resistividade (δ ) 0,03 Ω mm /m
2
0,018 Ω mm2/m
Densidade (d) 2,7 Kg/dm3 8.8 Kg/dm3
Carga de Rotura 15 Kg/mm2 25 Kg/mm2

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(σ )
Calor Especifico (C) 0.21 0.09
Custo (preço) (P) X (Kz/Kg) 2X (Kz/Kg)

Vimos que resistividade de cobre é menor que do Alumínio, a


densidade do cobre é muito superior ao do alumínio, a carga da
rotura do cobre é superior a do alumínio, o calor especifico em
relação a agua é inferior em cobre que em alumínio e o preço é o
dobro em cobre que o do alumínio.
Entre materiais utilizados para energia eléctrica,
encontramos dois campos principais, isto é, materiais
isolantes e condutores.
Quando existe diferença de potencial eléctrico entre dois corpos
metálicos, separados um do outro, e com uma comunicação por meio
de um terceiro corpo metálico, neles deslocarão as cargas eléctricas
ou a corrente eléctrica.
O terceiro elemento chama-se condutor eléctrico.
Se o terceiro elemento for um corpo isolado, não haverá a
circulação de corrente eléctrica.
Existem materiais ou corpos que não pertencem em nenhuma
dessas duas classes e são os semicondutores, os maus condutores
ou maus isolantes, cuja condutibilidade vária conforme os casos.
Exemplo de materiais:
- Condutores – todos os metais.
- Maus condutores ou maus isolantes – madeira húmida, álcool.
- Semicondutores – germânio, silício, selénio, óxido cuproso.
- Isolantes – quartzo, mica, enxofre, resinas, porcelana, vidro,
parafina, seda, borracha, ar e todos os gases.
COBRE
O cobre é o de maior importância industrial, cuja resistividade é
somente maior que a da prata.
O cobre utilizado para condutores eléctricos é o cobre electrolítico,
contendo 99,9% ou mais de cobre puro, obtido em lingotes. O cobre
electrolítico é transformado mecanicamente em vergalhões e fios,
barras e tubos. Com os fios são formados os cabos e as cordoalhas.
Para a fabricação dos condutores, o cobre sofre dois tratamentos,
originando assim o cobre duro e o cobre mole ou recozido; entre
esses temos o cobre meio duro.

Resistividade e Condutibilidade

Quanto a condutibilidade e resistividade, o cobre recozido


apresenta menor resistividade que o cobre duro.
Em 1913 o cobre com resistividade de ρ m=0,15328 ohm (metro,
grama) a 20ºC foi considerado como padrão internacional do cobre
recozido. E os valores equivalentes, para a temperatura de 20 ºC.

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ρ v= =0,017241 ohm (metro, mm2)= 1,7241 micro ohm – cm =
58
= 58 Siemens (metro, mm2), donde
ρ m é a resistividade de massa e ρ v de volume.

TIPOS DE COBRE UTILIZADOS:

Tipos de fios de cobre Resistividade Condutibilidade


(micro ohms - cm) (padrão 100%)
Fios de cobre recozido 1,7564 98, 16%
Fios de cobre meio
duro: 1,7837 96,66
- Diâmetro até 8,24 mm 1,7654 97,66
- Diâmetro> a 8,24 mm
Fios de cobre duro:
- Diâmetro até 8,24 mm 1,793 96,13
- Diâmetro> a 8,24 mm 1,7745 97,16

Geralmente em cálculos para o cobre duro utiliza-se a


condutibilidade de 97,3% do padrão.

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA SOBRE A RESISTIVIDADE


Resistência de um condutor à temperaturaθ0C

K +θ
Rθ = R0 ×
K + θ0
Rθ = R0 [1 + α (θ − θ 0 ) ]

Donde: K=234,5 para Cu recozido (100%)


K=242 para Cu duro (97,3%)
Rθ – resistencia inicial do condutor à temperatura θ0C; θ –
temperatura final.
Para o cobre com 100% de condutibilidade
α =0,00427 (para θ 0=0ºC) ⇒ Cu (100%)
α = 0,00393 (para θ 0=20ºC) ⇒ Cu (100%)
α =0,00385 (para θ 0=25ºC) ⇒ Cu (100%)

α R – coeficientes de temperatura para a resistência, depende


da temperatura de referência e do tipo de cobre.

O coeficiente de temperatura para a resistência


donde:
1
αR =
1 θR – temperatura de
+ (θ R − θ O )
α0
referencia final

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θ0 – temperatura de
referencia inicial
Para o cobre padrão:

θ o= 0ºC; α o = 0,00427; θ R=20ºC tem-se:

1 1
αR = = = 0,00393
1 254 ,19
+ ( 20 − 0 )
0,00427

Sendo R0/t1 = θ0 ; R θ0/tr = θ =  Rθ = R0 [1+α0 (θ – θ0)] = RR


[1+αR (θ – θR)]
Rθ  RR - Rr = R0 [1+α0(θr – θ0)] t=θR

Rθ  θR αR Rθ =RR [ 1+αR(θ – θR)]/t=θR, αR

Para o cobre cuja condutibilidade seja n% do padrão para a


formula Rθ=R0 [1+α (θ-θ0)]

Utiliza – se αn = ------
100

É preciso notar que o coeficiente K é independente da temperatura


de referência.
1
Para o cobre recozido donde K = 234,5 o valor de Rθ = ---------------
0,004264.

DILATAÇÃO LINEAR DO COBRE COM A VARIAÇÃO DA


TEMPERATURA

Para os limites comuns da temperatura

Lθ = Lo [1 + K´ (θ - θ o)]

L0= comprimento do condutor à tº θ o ºC

Lθ= comprimento do mesmo condutor à tº θ o ºC

K´= coeficiente de dilatação térmica = 16,6x10-6 para Cu.

PROPRIEDADES MECÂNICAS

O cobre recozido não apresenta limite de elasticidade definido. O


estiramento a frio aumenta a resistência à tracção ⇒ o que
corresponde ao aumento de carga de ruptura. O limite de elasticidade

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varia entre 50% e 60% do limite de ruptura, sendo em geral maior


para fios mais finos.
O valor do módulo de elasticidade varia entre 1x106 e 1,3x 106
kg/cm².

O aumento de comprimento de uma barra ou um fio de cobre


esticado, ao variar o esforço de tracção é calculável pela fórmula:

T − T0
∆L = L − L = L0 ⋅
A⋅ E

L= comprimento correspondente ao esforço T.


L= comprimento correspondente ao esforço To.

E= Modulo de elasticidade.
A= Secção.

VARIAÇÃO DA RESISTIVIDADE COM A RESISTENCIA


MECÂNICA

A resistividade e a resistência mecânica do cobre duro são maiores


que do cobre recozido.
Para o calculo da resistência eléctrica, quando o limite da ruptura
está compreendido entre 3100 a 4640 kg/cm2:

T
P=
10

P = aumento percentual da resistência eléctrica de um fio de


cobre duro em relação à resistência eléctrica de um fio da mesma
secção e o mesmo comprimento, de cobre recozido, à mesma
temperatura.
T= limite de ruptura do fio de cobre duro considerado, em kg/cm2

PESO ESPECÍFICO

Para o cálculo usa-se o valor de peso específico do cobre igual a


8,89 gramas por cm3, a
20 ºC (fios nus de cobre para fins eléctricos).
Existem também condutores compostos, formados por condutores
diferentes.

CONDUTORES COMPOSTOS (TEMA)

MODULO DE ELASTICIDADE

AS ⋅ E S + Aa ⋅ E a
E=
AS + Aa

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Donde:
E= modulo de elasticidade do condutor compostos (Ex: cabo de Al
com alma de aço).
Es= modulo de elasticidade de um dos componentes (Ex: em fio de
aço que forma a alma do cabo).
Ea= modulo de elasticidade do outro componente (Ex: fios de Al).
As – Secção do primeiro componente.
Aa – secção do segundo componente.

Com ajuda da formula do aumento de comprimento de uma barra ou


um fio de cobre esticado ou variar o esforço de tracção, pode – se
calcular o aumento do esforço no condutor S (ΔTs) necessário para
produzir o alongamento ΔL do condutor, cujo comprimento inicial é
Lo.

AS ⋅ E S ⋅ ∆L
∆TS =
L0
L0 ⇒ Comprimento inicial.

No condutor A o aumento de esforço para o mesmo alongamento.


A ⋅ E ⋅ ∆L
∆Ta = a a
LO

O aumento total de esforço


( AS
+ Aa ) ∆L.E
∆T =
LO
No condutor composto, que é equivalente a um condutor simples,
de secção (As + Aa) o aumento do esforço seria:
( A ⋅ E + Aa ⋅ E a ) ∆L
∆T = ∆TS + ∆Ta = S S
LO
Igualando ΔT1 e ΔT2 teremos:
(As + Aa) E= AsEs + AaEa
Resultante do módulo de elasticidade de um condutor composto.

N.B- o valor do módulo de elasticidade é importante no cálculo


mecânico de linhas aéreas; devem ser utilizados os dados fornecidos
pelos fabricantes de fios e cabos.

COEFICIENTE DE DILATAÇÃO COM A TEMPERATURA

Para o condutor composto:


K ´ ⋅ A ⋅ E + K a´ ⋅ Aa ⋅ E a
K´ = S S S
( AS + Aa ) E
Donde:

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K´s e K´a = coeficientes de dilatação com tº dos condutores


componentes S e A

O alongamento:
∆L = Lθ − Lο = K ´ ⋅ LO ⋅ ∆θ Lο ⋅ ∆T
1) ou 2) ∆L = a partir do
∆T = K ´ ( AS ⋅ E S + Aa ⋅ E a ) ∆θ AS ⋅ E S + Aa ⋅ E a
aumento

Total de esforço

A partir do 1) e 2) obtemos ΔT = Ќ(As.Es+Aa.Ea)Δθ~

Assim:
∆ Ts= K´s.As.Es.∆ θ → corresponde ao componente S
∆ Ta= K´a .Aa .Ea .∆ θ → corresponde ao componente a.

Sendo:
∆ T= ∆ Ts + ∆ ·Ta= (K´s.AsEs + K´a.Aa.Ea)∆ θ ; depois de certos
desenvolvimentos

obtemos:

K S´ ⋅ AS ⋅ E S + K a´ ⋅ Aa ⋅ E a
K´ =
AS ⋅ E S + Aa ⋅ E a
ou
K ⋅ AS ⋅ E S + K a´ ⋅ Aa ⋅ E a
´
K = ´ S

( As + Aa ) E

ALUMINIO

Vejamos a tabela de comparação entre alumínio e cobre.

Propriedades Alumínio Cobre


Condutância para o mesmo 63 100
volume
Volume para mesma 159 100
condutância
Diâmetro para mesma 126 100
condutância
Peso para o mesmo volume 30,4 100
Peso para a mesma 48,3 100
condutância
Resistência mecânica (ruptura) 26 100

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As propriedades do alumínio também dependem dos tratamentos


térmicos e mecânicos.
O alumínio é mais utilizado sob a forma de cabos compostos de
fios de aço e de alumínio.

Diferentes tipos de alumínio conformem a sua condutibilidade

Alumínio Condutibilidade α a 0ºC K


“ 55 0,00332 252,5
“ 59 0,00423 236
“ 60 0,00431 231
“ 61 0,00438 228
“ 62 0,00446 224
“ 63 0,00454 220
“ 65 0,00470 212,5
Alumínio padrão 100 0,00427 234,5

FERRO E AÇO

A resistividade do ferro ou do aço é 6 a 7 vezes maior a do cobre


ou mesmo mais.
Materiais estruturais, magnéticos, condutores eléctricos

Aplicação de ferro e aço como condutores:


- Ligações de trilhos ou bondes
- Ligas de ferro (resistências para aquecimento eléctrico ou
confecção de reóstatos)
- Nas linhas aéreas (aço recoberto de cobre, alumínio com alma
de aço)
- Linhas de correntes fracas (aço galvanizado)

LIGAS PARA RESISTENCIAS ELECTRICAS

Constituintes principais:
Carbono – cobre – cromo – ferro – manganês – níquel – silício –
zinco.
Exemplo:
• Níquel - cromo - nichrome V, Ni - Cr; a 20º
ρ =1,08 Ohm-metro-mm2; α =0,00011
• Ferro – Níquel – Ni – Var, Fe – Ni, ρ =0,803 ohm-metro-mm2;
α =0,00135.

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• Cobre-Níquel-Advance, Cu-Ni, ρ =0,49 ohm-metro-mm2; α =


0,00002.(resistividade menor, não resistem tão bem as altas
temperaturas)

LIGAS DOS FUSÍVEIS (consultar fabricantes ou manuais
especializados)

Contribuintes principais:
- Bismuto
- Cádmio
- Chumbo
- Estanho
- Prata e outros materiais

Ligas Fusíveis (*)

Composição Ponto de
Fusão
Bi Pb Sn Cd Hg 0
C
20 20 - - 60 20
50 27 13 10 - 72
52 40 - 8 - 92
53 32 15 - - 96
54 26 - 20 - 103
29 43 28 - - 132
- 32 50 18 - 145
50 50 - - - 160
15 41 44 - - 164
33 - 67 - - 166
20 - 80 - - 200
(*) – Standard Handbook for electrical engineers, sec.4

Com a elevação de temperatura acima do ambiente, o calor


perdido pelo condutor pode ser calculado pela lei de Newton:

W= ∆ θ .A.e.t
W – energia emitida
∆ θ - Elevação de temperatura
A- Superfície do condutor
e - emissividade da superfície
t - tempo

Potência transmitida por um fio redondo:


W
P= = π ⋅ d ⋅ l ⋅ e ⋅ ∆θ donde : d – diametro de fio
t
l – comprimento
de fio
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Potência transformada em calor por efeito de Joule:

P=I2.R
A resistência corresponde a formula:

l 4⋅ ρ ⋅l
R=ρ =
S π ⋅ d 2 depois do desenvolvimento obtemos:
π.d .l.e∆θ π 2 .e.∆θ 3
I2 = = ⋅d
R 4ρ

3 π e ⋅ ∆θ 3
Ou pela formula de Preece I = a ⋅ d 2
= ⋅d 2
2 ρ
π e ⋅ ∆θ
Em que =a ⇒ corresponde ao coeficiente de Preece.
2 ρ
I ⇒ corrente necessária para fundir um fio de diâmetro dado é
calculado, conhecendo o valor de a ou conhecendo a corrente, pode
ser calculado o valor do diâmetro dum fio a ser fundido por ela..

Valores do coeficiente de Preece para alguns metais e algumas


ligas:

MATERIAL DIÂMETRO DO FIO


Cobre 10244 80 mm
Polegadas
Alumínio 7585 59,3 mm
Polegadas
Liga de Cobre – Níquel (60:40) 5680 44,4 mm
Polegadas
Prata alemã 5230 40,9 mm
Polegadas
Platina 5172 40,4 mm
Polegadas
Ferro 3148 24,6 mm
Polegadas
Estanho 1642 12,83 mm
Polegadas
Chumbo 1379 10,77 mm
Polegadas
Liga chumbo – estanho (2:1) 1318 10,30 mm
Polegadas
N.B – para diâmetro do fio em mm, a é igual:

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a´ a´
a= =
( 25,4)
3
2 128

Donde: a´ – valor do coeficiente para diâmetro em polegadas.

Carbono e Grafite – são de aplicações geralmente na fabricação de


eléctrodos e de escovas para máquinas rotativas (redução da
resistência eléctrica com elevação da temperatura).

RESISTIVIDADE DE VOLUME E DE MASSA

A resistividade de volume ρV ou simplesmente resistividade ρ-


resistividade de um condutor (ℓ=1 e S uniforme=1)
l
R = ρV
S
Volume do condutor: V = S × l
M l2 ⋅ P
Massa do condutor: M = V ⋅ P = S ⋅ l ⋅ P ⇒ S = ⇒ R = PV ⋅
l⋅P M

Sendo P o seu peso especifico.

Resistividade de massa ρm - resistência eléctrica de um condutor (l


= 1, M=1 e S- uniforme)
ρ R⋅S M R⋅M
ρ m = ρV ⋅ P ; P = m ; ρV = ; P= ; ρm = 2
ρV l S ⋅l l

1
Para o Cu padrão a 25ºC: Pv = (ohm, metro, mm2)
58
Volume ⇒ V= 1 metro x 1milimetro quadrado = 1 centímetro
cúbico = 1m x 1mm2= 1 cm3.
O peso específico de Cu sendo 8,89 ⇒ M=8,89 gramas (massa do
fio) ⇒
1
⇒ ρ m = ρV ⋅ P = 8,89 × = 0,15328 (ohm, metro, gramas).
58

SUPERCONDUTORES

A resistência eléctrica dos materiais tipicamente condutores


decresce com a diminuição da temperatura (Ex.: mercúrio e chumbo)
mas não para outras substâncias condutoras. (Ex.: cobre, ouro)

CONDUTORES INDUSTRIAIS
TIPOS GERAIS E NOMENCLATURA

Os lingotes de material condutor podem ser de secção: circular,


quadrada, rectangular, trapezoidal, etc.
Fios: nus e isolados

Professor Doutor Pedro Kuma Diatilo


Finalista do curso de electromecânica Edvaldo Tomás Boaventura
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Os lingotes de material condutor são transformados pelos


processos de laminação, trefilação, em condutores industriais.

− N u s
F i o s
− I s o l a d o s
Os condutores podem ser de secção: circular, quadrada,
rectangular, trapezoidal, etc.

TIPOS DE FIOS E CABOS

Fio – é um corpo metálico estirado, geralmente de forma cilíndrica


e de secção circular.
Condutor – é um fio ou conjunto de fios não isolados entre si, que
serve para conduzir a corrente eléctrica.
Fio nu – é aquele que não leva nenhum tipo de revestimento
isolante.
Fio isolado – é um fio revestido de material isolador (protegido por
uma capa)
Cabo – é um conjunto de condutores isolados de grupos de fios
isolados ou não entre si.
Cabo nu – é o cabo sem revestimento isolante de qualquer
natureza
Cabo isolado – é um cabo em que um grupo de fios ou cada fio ou
cada grupo de fios é revestido de material isolante, (conjunto
protegido por uma capa).
Cabo simples (single) – é um cabo isolado de um único condutor.
Cabo múltiplo – é um cabo isolado formado de vários condutores.
Cabo sectorial – é um cabo múltiplo cuja forma da secção
transversal de cada cabo aproxima – se de um sector circular.
Cabo armado – é um cabo isolado, provido de uma armação.
Cordão flexível – é um cabo múltiplo de secção transversal
pequena, muito flexível.
Fio paralelo – é um conjunto de dois fios isolados, de pequena
secção transversal, colocados paralelamente e protegidos por uma
capa comum. (cabo)

ENROLAMENTOS

Enrolamento – é a disposição dos fios em grupos de fios que


formam um cabo.
Sentido do enrolamento – para a direita ou para a esquerda.
Passo do enrolamento – é a projecção axial do comprimento de
uma volta completa de um fio, ou de um grupo de fios, que formam
um cabo.
Coroa – é a disposição em elipse num cabo, formado por camadas
de fios ou grupo de fios.

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Cabo de encordoamento simples – é um cabo formado por uma ou


mais coroas de fios (cabo nu e cabo simples), ou de cabos isolados
(cabo múltiplo) dispostos em hélice em torno de um eixo ou núcleo
central condutor ou não.
Cabo de encordoamento composto – é um cabo nu ou simples,
formado por uma ou mais coroas de cabos nus dispostos em elipse
em torno de um eixo ou núcleo central, condutor ou não.
Cabo em feixe – é um cabo formado pela reunião de fios
praticamente rectilíneos, dispostos paralelamente. Esse conjunto, em
geral recebe uma tensão.

DIVERSOS

Isolamento (de um fio ou cabo) – é o material aplicado ao redor


dos fios ou cabos e destinado a isola-los electricamente entre si, ou
da terra.
Fio isolado componente – é um dos fios isolados que formam um
cabo múltiplo.
Cabo componente – é um dos cabos isolados que formam um cabo
múltiplo.
Parede isolante – é o isolamento de cada um dos fios isolados
componentes ou cabos componentes de um cabo múltiplo.
Cinta isolante – é o isolamento que envolve todos os fios isolados
componentes ou cabos componentes de um cabo múltiplo,
separando-os electricamente da terra ou de outros corpos estranhos,
geralmente é revestida por uma capa.
Enchimento – é o material usado em cabos múltiplos para
preencher os espaços entre fios isolados e cabos componentes, de
modo a constituir um conjunto de forma desejada.
Capa – é o invólucro protector aplicado sobre o isolamento dos fios
ou cabos
Armação – é uma protecção suplementar aplicada a certos cabos
isolados, constituída de fios ou fitas metálicas.
Cocha – é um cabo nu destinado á formação de um cabo de
encordoamento composto.
Cocha principal – é um cabo de encordoamento composto,
destinado á formação de um outro cabo de encordoamento
composto.
Perna – é um dos fios de um grupo de fios não isolados entre si,
que entra na composição de um cabo.
Secção transversal de um fio – é a área de secção normal ao eixo
do fio.
Secção transversal de um cabo nu e de um cabo simples – é a
soma das secções transversais dos fios componentes do cabo.
Secção transversal de um cabo múltiplo – é a secção transversal
de cada cabo componente.

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FIOS

Os diversos países adoptam padrões diferentes para as secções de


fios e cabos.
As secções padronizadas são indicadas pelas escalas de fios e
cabos.
As unidades utilizadas são as adoptadas nos respectivos países
(milímetros, polegadas, etc.)

CONDUTORES PARA MÁQUINAS ELÉCTRICAS

Com o objectivo de economizar o espaço, oferecer a maior


superfície para a irradiação do calor ou permitir maior rigidez,
frequentemente são utilizados condutores de secção quadrada ou
rectangular e redondas nos enrolamentos das máquinas eléctricas. Os
ângulos dos condutores de secção quadrada ou rectangular são
arredondados. O material mais usado é o cobre recozido.

CONDUTORES PARA TRACÇÃO ELECTRICA

Nas linhas aéreas para a tracção (transferência) eléctrica usam-se


os fios ranhurados ou de secção 8, em geral de cobre duro ou de
bronze, do qual existem vários tipos.

TUBOS E BARRAS

Na construção das barras das centrais geradoras e das


subestações utilizam condutores sob a forma de tubos ou barras de
secções diferentes que devem atender os requisitos eléctricos,
mecânicos e térmicos.
O cobre e o alumínio são de maior emprego
Os tipos utilizados são:

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a- barra chata e,f- barra U


b- vergalhão g- cantoneira
c- tubo redondo h- cantoneira
d- tubo quadrado

CABOS

São formados pelo torcimento de vários fios, cuja secção e cujo


número dependem da secção do cabo e da flexibilidade que este
deve ter.
O número de fios geralmente empregados na confecção ou
fabricação de cabos são:
3-7-12-19-37-61-91-127
Pode também haver cabos com número diferentes desses.
Na série de cabos em cima para além de 3e 12, os outros números
correspondem a 1,2,3,4, … Coroas de fios do mesmo diâmetro
sobreposto a um fio central; o conjunto apresenta uma simetria
hexagonal

1 Fio central….......................1….............................= 1
1 Fio central + 1 coroa…......1 + 6…........................= 7
1 Fio central + 2 coroa…......1 + 6 + 12…................= 19
1 Fio central + 3 coroa…......1 + 6 + 12 + 18…........= 37
1 Fio central + 4 coroa…......1 +6 + 12 + 18 +24….= 61

O torcimento dos fios de cada coroa é de sentido contrário ao da


coroa precedente.

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Os cabos de 3 e 12 fios apresentam simetria ternária.


Os fios podem ser do mesmo diâmetro (secção) ou de secção
diferentes.
As secções dos cabos podem ser circulares, rectangulares, etc.
Devido ao torcimento, o comprimento dos fios que formam um
cabo é maior que o do cabo por eles constituído; disto resulta ser a
resistência eléctrica do cabo maior que a de um fio único de secção
do cobre igual á secção do cobre total do cabo.

EFEITO CORTICAL (SKIN EFFECT)

A resistência eléctrica que um fio ou cabo oferece a circulação de


correntes alternativas é maior que a oferecida pelo condutor á
corrente contínua, embora a resistividade seja evidentemente a
mesma para dada temperatura.
O efeito cortical ou pelicular é mais acentuado quanto maior for a
secção do condutor e mais elevada a frequência da corrente; assim
como com a variação da temperatura do condutor.
A corrente alternativa origina fluxos magnéticos alternativos os
quais induzem forças electromotrizes também alternadas no próprio
condutor.
Para reduzir o efeito cortical empregam-se condutores ocos
(tubos). Ex.:

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1- Sectores de fios de cobre


2- Papel impregnado de óleo entre os sectores
3- Idem para o isolamento do cabo
4- Camisa de chumbo

Na electrotecnia existe uma cadeia de problemas relacionados a


que se chama cadeia de energia.
A cadeia de energia é composta em:
- Produção
- Transporte
- Distribuição
- Consumo

1) PRODUÇÃO- transformação de energia qualquer em energia


eléctrica.
A energia eléctrica pode ser obtida com ajuda das energias:
hídrica, térmica, eólica, solar, química, atómica, etc.

Máquinas primárias (transformação de


energia qualquer em mecânica) accionar a
máquina eléctrica geradora

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Energias fundamentais Energias Mecânica Energias Eléctrica


Energias•Renováveis

- Barragens
- Turbinas
- Ventiladores Máquinas eléctricas
- Placas Solares adequadas (geradores)
(sistemas
fotovoltáicos)

Corrente alternada
Corrente continua(alternadores)
(dínamos)

Monofásicos ou Polifásicos

- Peça móvel (rotor ou armadura conforme o caso)


- Parte fixa (estator ou indutor conforme o caso)
- Eixo vertical ou horizontal conforme a máquina primária que os
acciona.
Se não houver a incompatibilidade absoluta entre a velocidade da
máquina primária e do gerador, as máquinas são acopladas
directamente, se houver terá de se promover um sistema de
transmissão de movimentos convenientes.
O primeiro caso é mais frequente; o segundo em casos
particulares.
Os centros de produção são chamados centrais que compreendem
os grupos de máquinas primárias/gerador diferenciando-se de acordo
a energia aproveitada e com a potência instalada. Neste caso temos:
Centrais: - Térmicas
- Hidráulicas
- Atómicas
- Diesel
- Eólicas
- Maré-motrizes, etc.
As máquinas geradoras de corrente alternada recebem a
designação genérica de alternadores e são essencialmente máquinas
do tipo síncrono.

2) TRANSPORTE – é a transferência da energia eléctrica de um


ponto para outro, conservando as propriedades, isto é, com menos
perdas de forma que a energia da chegada seja igual à energia da
partida.

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Existem certas vantagens e desvantagens entre as correntes


(contínua ou alternada). De facto as máquinas geradoras revestem-se
quase do mesmo grau de dificuldade de construção quer sejam de
corrente contínua quer de corrente alternada.
Para o transporte da energia eléctrica, os sistemas de corrente
alternada apresentam uma grande vantagem, pois que são máquinas
que permitem alterar as características da corrente, permitindo fazer
as alterações dos valores das respectivas tensões e intensidades.
Isto ocorre com ajuda do transformador, que pode ser monofásico
ou polifásico de tensão ou corrente. Não existe uma máquina
correspondente em C.C.
A energia eléctrica pode ser transportada por linhas aéreas ou por
cabos subterrâneos. Um e outro sistema têm as suas vantagens e
inconvenientes.
A linha eléctrica é composta de: condutores, isoladores e suportes.

3) DISTRIBUIÇÃO da energia é a transferência de energia de um


ponto para onde foi transportada ou onde é distribuída para um
conjunto de pontos de consumo.
A distribuição de energia pode ser feita por qualquer dos seguintes
sistemas:
• Corrente contínua a dois fios
• Corrente contínua a três fios
• Corrente alternada monofásica – à dois condutores (1 fase e 1
neutro)
• Corrente alternada bifásica – à três condutores (2 fases e 1
neutro)
• Corrente alternada trifásica – à três ou quatro condutores (3
fases ou 3 fases e 1 neutro)
• Corrente alternada a dois fios (2 fios)

4) CONSUMO é a transformação de energia eléctrica em qualquer


outra forma de energia que se pretenda obter a custa daquela.
A distribuição de energia é feita pelas redes ou ramais de entradas
Segurança de fornecimento:
• Estar sempre disponível.
• Dispositivos de protecção
• Máquinas de reserva

EMPREGO DE CONDUTORES NUS

O emprego dos condutores eléctricos requer sempre a utilização


de algumas substâncias isolantes; todo condutor deve ser
acompanhado de um isolante.
Os condutores industriais segundo as suas aplicações são
classificados para:
- Estações geradoras e subestações;
- Transmissão e distribuição de energia eléctrica;
- Fiação (instalação) de edifícios;
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- Telefonia e telegrafia;
- Sinalização eléctrica;
- Máquinas eléctricas rotativas;
- Transformadores e reactores;
- Instalações especiais: em navios, automóveis, aviões, etc.

Em certas aplicações, utilizam-se condutores nus. Estes são de


distância em distâncias presos ou apoiados a isoladores montados
sobre suportes adequados (postos). Estes são: as barras nuas das
centrais geradoras e subestações, os fios e cabos nus das linhas de
transmissão (uns e outros acompanhados de isoladores, geralmente
de porcelana e de vidro), os trilhos das estradas de ferro
electrificados, isolados do solo pelos dormentes de madeira, etc.
Todo condutor nu é suportado por isoladores convenientemente
espaçados - de alta classe, como os de porcelana, onde se utilizam
tensões elevadas - de resistência de isolamento inferior, porem
suficiente para emprego visado, como madeira, quando as tensões de
serviço são suficientemente baixas. Entre os isoladores que o
suportam, o isolante do condutor nu é o ar atmosférico.
Ao contrário dos condutores nus, empregam as barras, fios e cabos
isolados, nestes, o isolador é aplicado sobre toda a extensão do
condutor. Os isoladores podem ser de papel, esmalte, borracha, etc.

INSTALAÇÕES DE BARRAS

Duas são as aplicações gerais de condutores nus: nas barras das


estações geradoras e das subestações; nas linhas aéreas.

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Quando as barras são de grande secção, correspondente a


correntes internas, os esforços mecânicos consequentes a essas
correntes exigem que as barras possuam apoios muito próximos. Para
esses apoios são utilizados isoladores especiais, geralmente de
porcelana, de construção robusta e que podem ser classificados como
isoladores pedestal.
As tensões de utilização desses isoladores raramente são
superiores a 3000 voltes (corrente continua) ou 6600 voltes (corrente
alternada), a sua utilização faz-se geralmente em locais abrigados.

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Quanto mais elevadas são as tensões menos intensas são


as correntes, por sua vez menores secções de barras serão
necessárias e maior espaçamento entre os respectivos suportes.
Empregam-se então isoladores de pino. As instalações modernas
deste tipo são geralmente externas em consequência do
espaçamento necessário entre as barras.
A construção destes isoladores é semelhante á dos empregados
nas linhas de transmissão, as barras condutoras podem ser apoiadas
na parte superior do isolador ou na inferior. As peças terminais dos
isoladores metálicos variam com o tipo de montagem escolhido. Para
tensões mais elevadas, o isolador é formado por várias peças de
porcelana cimentadas.

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Nas estações geradoras e subestações podem ser empregados,


em lugar de isoladores de pino, os de suspensão; com estes, os
condutores empregados são cabos e não barras rígidas. Os isoladores
de suspensão são reunidos em cadeias, sendo o número de unidades
estabelecido de acordo com a tensão de serviço.

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LINHAS AÉREAS

Nas linhas aéreas para suporte dos fios ou cabos são usados,
conforme a tensão, isoladores de pino ou de suspensão.

Um tipo diferente, empregado


em certas instalações de baixa
tensão, é o isolador de
compressão ou de castanha.

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Nas linhas eléctricas, é mais frequente o emprego do cabos que de


fios; os mais usados são os de cobre duro ou meio duro e os de
alumínio com alma de aço, seguindo-se os de aço revestido de cobre
ou de alumínio. Em linhas de corrente fraca (telefonia e telegrafia)
utiliza-se por vezes o aço galvanizado.
Nas linhas de alta tensão recorre-se em certos casos aos
condutores tubulares, afim de reduzir a perda por efeito de
corona sem aumentar inutilmente o peso de material
condutor.
Nas linhas de extra-alta tensão (acima de 230 kV), visando reduzir
o efeito de corona e as interferências radioeléctricas, é normal o
emprego de dois, três ou quatro condutores em paralelo,
espaçados de cerca de 40 centímetros.
Além dos condutores nus, usam-se também as vezes condutores
isolados em instalações aéreas de distribuição de energia. Para este
fim são fabricados, para tensões baixas, fios e cabos a prova de
intempéries, tipo WT (weather proof). Nestes o condutor (fio ou cabo)
é envolvido por uma massa isolante resistente ás intempéries.
Na instalação dos condutores WP (weather proof) é necessário
adoptar as mesmas precauções que na dos condutores nus; a
montagem faz-se sobre isoladores de porcelana ou vidro.

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ISOLADORES. NOMENCLATURA

São indicados a seguir os termos usuais referentes a isoladores.


Isolador – é um equipamento destinado a isolar e, geralmente, a
suportar um condutor ou aparelhagem eléctrica.
Corpo de isolador – é um isolador ou parte de isolador
constituído de uma só peça isolante sem cimento ou outros meios de
junção ou fixação.
Isolador singelo (single) – é um isolador contendo um único
corpo de isolador, com ou sem ferragens.
Isolador múltiplo – é um isolador contendo dois ou mais corpos
de isoladores, fixados permanentemente uns aos outros por meio de
cimento ou outro material apropriado, com ou sem ferragens.
Isolador de pino – é um isolador singelo ou múltiplo, destinado a
ser instalado em linhas eléctricas o qual, em serviço normal, é fixado
rigidamente a um pino adequado que penetra num furo existente no
membro isolante.

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Neste isolador o condutor geralmente se apoia no entalhe


existente na cabeça do isolador, e é preso por meio de um fio de
amarração.
Isolador pilar para linha – é um isolador singelo de forma
cilíndrica, tendo pequenas saias na superfície externa, apresentando
na parte superior entalhe e pescoço, e na parte inferior ferragens
para fixação. Estas ferragens constam geralmente de uma base
metálica, cimentada na porcelana, e de um pino atarraxado á base
metálica.

Isolador de suspensão – é um corpo de isolador provido de


partes metálicas destinadas a ligá-lo flexivelmente a um suporte, ao
condutor ou a outros isolantes.

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Isolador pedestal para exterior – é um isolador singelo ou


múltiplo, de forma que se assemelha a dois isoladores de pino, isto é,
apresentando grandes saias na superfície externa, tendo na parte
superior uma campânula e na parte inferior geralmente um pino
simples ou reforçado, terminando numa falange para assentamento.
Destina-se a fixar rigidamente um condutor ou outro equipamento
eléctrico a um suporte, em instalações externas.

Isolador pedestal para interior – é um isolador, geralmente


singelo de forma cilíndrica, apresentando superfície ondulada, tendo
partes metálicas fixadas em ambas as extremidades e destinado a
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fixar rigidamente um condutor ou outro equipamento eléctrico a um


suporte, em instalações interiores.
Isolador pilar para estação – é um isolador singelo de forma
cilíndrica tendo pequenas saias na superfície externa, com peças
metálicas nas duas extremidades para fixação.
Isolador castanho – é um corpo de isolador de forma especial,
trabalhando á compressão e destinado a isolar um condutor, suporte
ou tirante.

Isolador carretel – é um isolador singelo de forma cilíndrica,


com furo axial para fixação, tendo uma ou mais golas
circunferenciais, destinadas a receberem um ou mais condutores.
Bucha – é um isolador singelo ou múltiplo, geralmente de forma
alongada, com um ou mais furos axiais, através dos quais passam um
ou mais condutores, e destinado a isolar ou proteger estes últimos na
travessia de obstáculos tais como paredes, tanques de
transformadores, etc.
Cadeia de suspensão – é um conjunto de dois ou mais isoladores
de suspensão ligados entre si.

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Coluna de isoladores – é um conjunto rígido de dois ou mais


isoladores pedestal.
Pino para isolador – é o pino de metal ou outro material, roscado
ou não, destinado a fixar rigidamente um isolador de pino a um
suporte.
Haste (de um isolador de suspensão) – é a peça metálica
fixada á parte inferior de um isolador de suspensão e terminada em
forma aproximada de bola ou em lingueta com olhal.
Tensão de descarga seca – é o valor eficaz de tensão que
produz uma descarga disruptiva através de ar que circunda um
isolador limpo e seco.
Tensão de descarga sob chuva – é o valor eficaz de tensão que
produz uma descarga disruptiva através do ar que circunda um
isolador limpo e molhado.
Tensão de perfuração (de um isolador) – é a menor tensão
eficaz capaz de perfurar o corpo de um isolador.
Distância de descarga a seco – é a soma das menores
distâncias que a corrente de descarga pode percorrer, no ar e sobre
as superfícies de um isolador, medidas com o isolador montado de
acordo com as condições para ensaio de descarga a seco.
Distância de descarga sob chuva – é a soma das menores
distâncias que a corrente de descarga pode percorrer no ar e sobre as
superfícies de um isolador, medidas com o isolador montado de
acordo com as condições para ensaio de descarga sob chuva. Nessas
medidas certas partes molhadas do isolador são consideradas
condutoras.
Distância de escoamento – é a menor distância entre partes
condutoras nas duas extremidades de um isolador, medida sobre a

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superfície deste, com o isolador montado de acordo com as condições


para ensaios de descarga a seco.

CABOS ISOLADOS PARA TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE


ENERGIA

Os cabos isolados são


geralmente utilizados para
distribuição e transporte
(transmissão) de energia. Estes
são aéreos, na instalação de
distribuição de baixa tensão,
subterrâneos na instalação de
baixa e média tensão, na
instalação de edifícios.
Estes cabos podem ser de um,
dois, três e quatro condutores
com constituições e formas
diferentes. A utilização deste ou
daquele depende do tipo de
instalação.
O cabo isolado é constituído pelos
seguintes componentes principais:
- Condutor ou condutores
- Isoladores
- Outros acessores.
Para além dos condutores e isoladores que são do nosso
conhecimento, os acessores servem para dar uma determinada forma
aos cabos, proteger os isolantes.

Vejamos certos cabos isolados e as suas constituições.


Para tensões muito elevadas utilizam – se os cabos de um só
condutor.

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Os fios são torcidos em torno de uma fita helicoidal de cobre.


O óleo encontra – se sob pressão.

Os fios destes cabos são torcidos.


Na fig. abaixo os condutores são de forma circular.
Nas seguintes figuras os cabos são de forma sectorial.

A utilização de um cabo constituído por segmentos permite a


redução do efeito cortical.
Fios torcidos de forma sectorial.
O tipo especial de cabo é de condutores craxiais.
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Aonde a um condutor central sobrepõe – se a uma camada


isolante; a essa o segundo condutor, nova camada isolante, o terceiro
condutor, a ultima camada isolante e por ultimo acamada de chumbo.

Nos cabos de vários condutores estes condutores são geralmente


torcidos; em casos especiais, o torcimento é evitado ( cabos de
condutores paralelos).
O torcimento dos condutores aumenta o comprimento e a sua
resistência eléctrica.

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Isolantes utilizados são:

- Papel impregnado de óleo


isolante (polietileno)
- Cambraia impregnada de
verniz
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- Borracha
- Compostos sintéticos especiais
A espessura do material isolado, depende de propriedades de
isoladores; tensão nominal, tensão máxima permissível, tipo de cabo,
número de condutores, sua forma e secção, temperatura máxima
permissível para o isolador, tipo de instalação em que será utilizado o
cabo, manuseio a que este poderá estar sujeito, etc.

Acessórios dos cabos são:

- Camisa de chumbo ou de
alumínio - protecção contra a
humidade.
- Blindagem - protecção de
cada condutor, constituído por
uma fita metálica não magnética,
esta permite fabricar cabos de
menor diâmetro que os não
blindados. O cabo blindado
apresenta menor dissipação do
calor por efeito de joule. Nos
cabos de borracha a blindagem
protege a borracha do ataque
pela zona.
- Capa de junta ou algodão –
aplicada sobre a camada de
chumbo como protecção contra
química ou electrolítica.
- Capa protectora pode ser
também de neoprene.
- Cintas de aço – protege o chumbo contra atrito, pressões,
choques, etc.

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Diâmetro dos cabos

Nos cabos de um
condutor, o diâmetro interno
da camisa de chumbo é
expresso pela formula.

Di = d + 2T, donde:

D – diâmetro do condutor

T – espessura isolante

Para o diâmetro do cabo


sobre o chumbo, basta
adicionar o Di o dobro da
espessura do chumbo:

De = Di + 2S, donde:

S – espessura da camisa
do chumbo

Para cabos de dois condutores redondos:

Di = 2(d + 2T) + 2t, donde (fig. 18)

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t – espessura isolante sobre o conjunto, é a da cinta.

Nos cabos de 3 condutores redondos:

2
Di = (1 + ) ( d + 2T ) + 2t
3

2
1+ = 2,155
3
Nos cabos de 4 condutores redondos:

Di = (1 + 2 ) ( d + 2T ) + 2t

N.B. Para os cabos de condutores sectoriais não existem formulas


exactas, porque existem vários tipos de sectores.

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Consumidores de energia eléctrica:


1- Consumidores comunais (casas, edifícios administrativos,
massa cultural, escolas, hospitais, mercados, organizações de
pesquisas científicas e empresas, hotéis, etc.).
2- Empresas industriais
3- Electrificação de transporte das cidades e fora das cidades.
4- Nos casos particulares, aldeias, empresas industriais e agrícolas
que operam fora da cidade.

Estrutura das redes:


- MT urbanas
- MT rurais
- BT urbanas

Sistemas de distribuição eléctrica – é o conjunto de estações


de transformação e redução, das linhas de alimentação e distribuição
e de receptores eléctricos que garantem a distribuição da energia
eléctrica dos processos tecnológicos dos equipamentos domésticos
das comunas, industrias e consumo dos transportes dispostos no
território da cidade a uma parte de zonas fora da cidade.

1) - Central electrónica
2) - Suportes de estação redutor 110-220, 500-750 Kv
3) - Terminais profundos de estação redutor.
4) - Instalação distribuidora 10/6-20 Kv.
5) - Dois transformadores redutores 10/6-20/0,38Kv
6) - Um transformador redutor 10/6-20/0,38 Kv

REDE ELÉCTRICA. DEFINIÇÃO


As principais vantagens de energia eléctrica - a simplicidade
de produção, transporte (transmissão), divisão ou repartição e
transformação.

No sistema de distribuição de consumo pode-se distinguir três


tipos de instalações:
1- Para produção de energia eléctrica - estações eléctricas.
2- Para transmissão e distribuição de energia eléctrica - as redes
eléctricas.
3- Para consumo de energia eléctrica nas necessidades industriais
e domésticas-receptores de energia eléctrica, ou receptores
eléctricos.
O sistema eléctrico – é a junção de estações eléctricas, com
ajuda de redes eléctricas que garantem a maior segurança e a
distribuição de energia duma forma económica aos consumidores.
Para além das redes eléctricas, no sistema eléctrico introduz-se
também as estações geradoras.
Com o desenvolvimento social e aumento da população
(consumidores de energia) surgem necessidades de aumentar mais
centrais eléctricas, mais potenciais e novas fontes eléctricas, o que
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leva ao aumento das distâncias entre fontes e consumidores e


potências de transmissão de energia.
Carregar a rede eléctrica é o dispositivo ou instalação, que liga a
fonte de alimentação com os consumidores de energia eléctrica. Ela
pode ser muito complexa. A qualidade de distribuição de energia aos
consumidores depende das propriedades e funcionamento da rede
eléctrica. Para com a rede eléctrica são apresentadas determinadas
exigências técnicas e económicas.
Carregar a fonte de alimentação é a estação eléctrica, donde
obtém-se a energia eléctrica através de transformação de um outro
tipo de energia.
Ao longo de transmissão de energia eléctrica, paulatinamente
varia-se a potência bem como a distância de transmissão. Assim
surge a necessidade na mudança dos parâmetros de energia
eléctrica: tensão e corrente. A mudança destes parâmetros acontece
nas subestações como fonte de alimentação.

Consumidores de energia eléctrica – podem ser os receptores,


que ligam à ultima parte da rede.
Em certos casos as subestações que ligam a última parte da rede,
podem ser vistas como consumidores (subestação receptores).
Simbolização gráfica

A- Fonte de alimentação
a- consumidor

AS EXIGÊNCIAS ÁS REDES ELÉCTRICAS


- Garantir maior segurança na distribuição de energia.
- Escolher a melhor forma de garantir um alto nível na segurança
do trabalho da rede (durante os cálculos do projecto).
a) Reserva de alimentação.
b) Garantia na exploração da rede.
- Garantir a qualidade de energia eléctrica.
- Ser económica.

CLASSIFICAÇÃO DAS REDES ELÉCTRICAS


- Geralmente nas condições modernas utilizam-se o sistema de
corrente alternada trifásica. A utilização de c.c. nas condições
necessárias de regulação das velocidades de rotação dos motores
eléctricos nas gamas muito largas, nos processos de electrólise.
Também é utilizada na transmissão de energia na grande distância.
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Só que aqui ela possui a utilização local com dois sentidos de


transportação nos terminais de transmissão.
- Cada rede caracteriza-se com a tensão nominal que define a
classe de isolamento do equipamento e a sua propriedade [baixa
(BT), média (MT), alta (AT) e super de alta (SAT) tensão]
- Internas e externas.
Internas são redes dispostas no interior do edifício ou instalação
(casas, indústrias, etc.).
Externas são redes fora de edifícios ou instalações.

QUANTO AO MODO DE ALIMENTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

Quanto a construção as redes dividem-se em condutores


internos, cabos e condutores aéreos.
Condutores internos (BT).
Cabos podem ser de linhas internas ou externas.
Condutores aéreos são feitos para todos os tipos de tensões
nominais, eles são mais baratos, mas com mais frequência de
avarias.

As redes também diferem-se quanto às zonas de instalação e


carácter de consumo em:
- Redes urbanas;
- Redes de aldeias, sub rurais;
- Redes industriais;
- Sistema eléctrico (redes dispostos nas áreas de grandes zonas,
cidades, repúblicas).
Para além disso, frequentemente distinguem-se linha de
transmissão de maiores comprimentos (ex.: mais de 200Km) em
função de altas grandes potências de transmissão e tensões (220 kV
e mais).
As redes podem ser também de:
- Distribuição <20Kv
- Alimentação> 35Kv

Segundo o modo de alimentação e sua distribuição:


- Rede radial ou em antena - que se caracteriza segundo a
alimentação por um único dos seus terminais, transmitindo a energia
em forma radial aos receptores.
Vantagens - simplicidade e facilidade para a montagem de
protecção.
Desvantagem - falta de garantia de serviço
- Rede em malha (simples e múltiplas) - constituída por uma
ou várias vias fechadas para o transporte ou distribuição de energia
eléctrica..
- Rede em anel – caracteriza – se por ter os seus terminais ou
extremos alimentados, deixando os pontos intercalados em anel.

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Para desligar a parte avariada utiliza-se dispositivos de comutação.


A operação de ligar e desligar pode-se realizar duma forma manual
ou automática.
Para o comando automático utilizam-se dispositivos especiais
(assim como relés de protecção), que reagem em diferentes
condições anormais e lança urgentemente o sinal de comando de
desligamento.
Para aumentar a segurança da distribuição de energia as redes
geralmente são feitas com reservas.
Quanto a segurança da distribuição de energia as redes diferem-se
em: abertas, abertas com alta segurança e fechadas.
Nas abertas com alta segurança, no momento da avaria com uma
interrupção de alimentação numa das linhas, fecha – se
automaticamente o disjuntor de alta protecção, mudando assim o
sentido de alimentação da linha dos consumidores em causa. Esse
processo é rápido, cerca de 2-3 segundos.
Nas abertas simples, com avaria da rede, fica-se sem alimentação,
até a superação da avaria.
Nas redes fechadas, desligamento de uma linha, não provoca
interrupção na distribuição de energia, tal como, cada consumidor
pode receber a alimentação simultaneamente em duas linhas e ou
sentidos.

A transferência de energia eléctrica de estação eléctrica do


sistema de energia eléctrica e a sua distribuição no território
é realizada pelas redes eléctricas de utilização comum.

Quanto às funções e a capacidade de tensão:


- Rede de transporte, este parte das estações elevadoras, com
longo alcance, interligados entre si com ajuda dos centros elevadores
até ao destino que são centros de consumo.
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[(110-132-380)KV]

- Redes de divisão, são redes que partem dos centrais de


transformação dos centros de consumo até chegar ás subestações de
distribuição.
-
[(25-30-45-66-110-132)]

- Rede de distribuição de média tensão (MT), esta cobre


uma grande superfície do centro de consumo (população, zona
industrial, etc.) unindo as subestações de transformações de
distribuição com os centros de transformação de média.
-
[(3-6-10-11-15-20-25-30)KV]

- Rede de distribuição de baixa tensão (BT), são redes que


partem dos centros de média para centros de transformação de
baixa, alimentando directamente os receptores.
-
[(220/127)V e (380/220)V]

ESTRUTURA DE REDES

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As fontes de alimentação (sistema) - são estações eléctricas da


cidade e centrais redutores.
Centros de alimentação (tensão de geradores) 10 (6) – 20 KV
2, 4 - pontos de distribuição.

ELEMENTOS DAS REDES ELÉCTRICAS

As redes de energia eléctrica de uma tensão nominal são


constituídas pelas linhas, separadas com os respectivos aparelhos de
comutação. A utilização de diferentes tipos de aparelhos de
comutação está ligada com as condições de trabalho das redes. Estes
aparelhos geralmente são montados nas instalações de estações e
sub estações eléctricas de distribuição.
Em condições modernas, como regra, chega – se a utilizar na mesma rede certas
tensões nominais simultaneamente, neste contexto, no quadro de redes, introduzem-se
os transformadores.

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Rede radial de transmissão de energia no sistema moderno


(A, B, C, D – Transformadores)

Estrutura das redes:


- MT urbanas
- MT rurais
- BT urbanas

Sistemas de distribuição eléctrica – é o conjunto de estações


de transformação e redução, das linhas de alimentação e distribuição
e de receptores eléctricos que garantem a distribuição da energia
eléctrica dos processos tecnológicos dos equipamentos domésticos
das comunas, indústrias e consumo dos transportes dispostos no
território da cidade a uma parte de zonas fora da cidade.

Donde:
1) - Central electrónica
2) - Suportes de estação redutor 110-220, 500-750 Kv
3) - Terminais profundos de estação redutor.
4) - Instalação distribuidora 10/6-20 Kv.
5) - Dois transformadores redutores 10/6-20/0,38Kv
6) - Um transformador redutor 10/6-20/0,38 Kv

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ESQUEMA DE LIGAÇÃO DE REDES ELÉCTRICAS

Esquema de distribuição eléctrica de uma fábrica

SRP – subestação redutor principal


PD – ponto de derivação
TD – transformador de derivação
M – motor eléctrico 10KV
1 - Linha de 110 KV que alimenta SRP
2 - Linha de 10 KV que divide a energia eléctrica da derivação de
10 KV de SRP entre
TD
3 - Linha de 10 KV que alimenta PD
4 - Linha de 10 KV que divide a energia eléctrica da derivação PD
entre TD

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Esquema de distribuição de energia de uma zona de cidade


(urbana)

Rede aberta com alta segurança de distribuição de energia. ( pode


ter linhas de reserva-apresentadas tracejadas)

1- Subestação redutora
2- Linha de alimentação da rede de MT
3- Linha de distribuição da rede de MT
4- Linha de distribuição da rede de BT
5- Terminais de entrada no edifício
Tracejadas linhas de reserva
PD – ponto de derivação
TD – transformador de derivação
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Esquema de alimentação da rede de 110-220 Kv

Rede de Distribuição em Malha

A, B – fontes de alimentação
a, b, c, d - subestações redutores receptores
Este esquema em geral é fechado.

REGULAÇÃO DA TENSÃO

A regulação de tensão pode-se realizar com ajuda de:


- Transformador
- Auto-transformador
- Regulador linear

Para ligar as redes eléctricas com tensões nominais diferentes


utilizam-se os transformadores elevadores e redutores. Eles são feitos
de mono e trifásicos, dois e três enrolamentos.
O trifásico é mais barato do que um grupo de transformadores
monofásicos da mesma potência; assim como a sua exploração é
mais simples e barato.
Ultimamente fabrica-se só os transformadores trifásicos.
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Os transformadores de três enrolamentos são utilizados quando se


pretende obter duas tensões secundárias.

Nas redes eléctricas com tensões de 150-550 KV, ultimamente,


utiliza-se muito auto-transformador que possui grandes vantagens
técnica e económica em comparação com transformador; muito
pouco gasto de materiais, pequeno volume e custo, menos perdas de
energia nos enrolamentos de cobre e o aço dos núcleos, fácil de
transportar e montar.
Como regra, auto-transformadores são feitos trifásicos com altas
potências (500 MVA e mais), e com tensão de 500KV fabricam-se o
grupo de auto-transformadores monofásicos.
Auto-transformadores podem ser utilizados somente nas redes
com neutros ocos enterrados, e por isso, não são utilizados para as
redes ≤ 35KV (estas redes trabalham com o neutro isolado).
Os transformadores e auto-transformadores podem ser ligados em
diferentes pontos da rede. O regime de tensão nestes pontos
depende das condições locais: distância a partir da fonte de
alimentação, a mudança de carga, etc. Estas condições não são
definidas desde princípio, mudam ao longo do processo da
exploração. É por isso, os transformadores e auto-transformadores
possuem derivações especiais de regulação, com as suas mudanças,
pode-se mudar os seus coeficientes (razão) de transformação.
Segundo a forma de comutação de regulação nas derivações, os
transformadores diferem-se em seguintes tipos:
a) Sem dispositivo de comutação da derivação sobre a carga -
comutação sem excitação (CSE)
b) Distribuição constituída com dispositivo de regulação sobre a
carga (CCC- comutação com a carga), no qual a mudança do
coeficiente de transformação ocorre sem desligar o transformador.
Geralmente a derivação de regulação é montada ao lado de AT do
transformador.
Transformadores de CCC apresentam maior custo que os de CSE.
O custo de dispositivos de regulação pouco depende da potência do
transformador.
Ultimamente os transformadores estabilizadores com comutação
sem excitação (CSE) são fabricados com quatro derivações adicionais,
diferenciando com a relação nominal em (+5; +2,5; -2,5; e – 5)%. Os
transformadores antigos com CSE tinham duas derivações adicionais;
(+5 e – 5)%.
Para mudar a comutação nos transformadores com CSE deve-se
desligar a mesma da rede, esta ocorre raramente, geralmente nos
tempos da mudança de cargas.

CÁLCULO DE SECÇÃO DE UM DISTRIBUIDOR FECHADO DO


QUE SE DERIVAM DIFERENTES CONSUMIDORES

Seja um distribuidor que une dois centros de transformação com a


mesma tensão, ou simplesmente um distribuidor em malha fechada.
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D e L se derivam uma série de consumidores, tal e como mostra a


figura, que as correntes partem dos extremos e dirigem-se ao centro
do distribuidor (Ix e Iy), existindo assim um consumidor submetido a
uma tensão mínima e alimentada por seus dois extremos, a não ser
que a intensidade por um deles seja igual a zero.

Neste circuito é sem dúvida que a soma das quedas de tensão ao


longo desta linha deve ser igual a zero, isto é:
∑Ucc= 0= P/S[L1Ix + (L2-L1)(Ix-I1) + (L3-L2)(Ix-I1-I2) + (L4-L3)(Ix-I1-I2-I3) +
(L-L4)
(Ix-I1-I2-I3-I4)] Ucc= 0= P/S[L1Ix + (L2-L1)(Ix-I1) + (L3-L2)(Ix-I1-I2) + (L4-L3)(Ix-
I1-I2-I3) + (L-L4)(Ix-I1-I2-I3-I4)]

Simplificando esta expressão teremos:

LIx =L (I1 + I2 + I3 + I4 + I5) – (L1I1 + L2I2 + L3I3 + L4I4 + L5I5)


Ix = (I1 + I2 + I3 + I4) - (L1I1 + L2I2 + L3I3 + L4I4)/L

Generalizando a expressão para “n” consumidores teremos:

Ix =∑In – ∑LnIn/L

Donde:

LnIn LnIn
∑In=Ix + Iy e Iy=∑In- Ix =∑In + [∑In - ∑ ] → Iy =∑
L L

Estas fórmulas foram referidas para corrente contínua, e


facilmente podem ser generalizadas para correntes alternadas,
utilizando os valores complexos das referidas intensidade que
intervêm na distribuição.
Conhecendo os valores complexos das Ix e Iy, facilmente podemos
determinar o ponto onde a tensão é mínima, “centro da gravidade da
linha”, e que logicamente receberá a corrente dos dois extremos,
salvo no caso particular quando a corrente é igual a zero num deles.

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Para encontrar o ponto de tensão mínima, deveremos partir de um


qualquer lado da linha, deixando as correntes activas que se vão
derivando de cada consumidor até encontrar um valor negativo; este
indicar-nos-á que é o consumidor anterior que reúne as condições
procurado. Assim por exemplo para o lado “x” os valores irão ser
obtidos de seguinte maneira:

Ix cosφn; Ixcosφx-I1cosφ1; Ixcosφx-I1cosφ1 – I2cosφ2 ...

Ate encontrar a condição que cumpre que cumpre com a condição


indicada.
Conhecendo o consumidor que cumpre com a referida condição, já
podemos calcular a secção e a queda de tensão correspondente,
podemos decompor o circuito em dois distribuidores abertos cujas
quedas de tensão e secções são iguais.

CÁLCULO DAS SECÇÕES DE UM DISTRIBUIDOR ABERTO


RAMIFÎCADO
É um caso especial de cálculo de uma distribuição aberta, isto
acontece quando uma parte se ramifica para alimentar outros
consumidores, como mostra a figura.

Neste caso não é possível generalizar o procedimento do cálculo,


mas deveremos assinalar de uma forma arbitrária, procurando a
lógica, as quedas de tensão para as distintas ramificações que
existem no circuito, até o total das quedas de tensão máximo
admitida.
Assim por exemplo, no circuito da figura, a tensão V é a tensão
máxima, calcularemos primeiro a secção do troço “CA”cuja queda de
tensão é ´VCA´ inferior que V naturalmente. O troço `AB´ calcularemos
com a diferença ou subtraindo-a da queda de tensão máxima
admitida.

VAB = V – VCA

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A seguir o troço “AD” cuja queda de tensão é VAD <VAB, já que é o


resto da queda de tensão que nos falta por assinalar.
VAD= V – VCA
Para outros troços que faltam, serão as quedas de tensão que
restam do valor da V

VDE= VDG= V – VCA – VAD


Assim é resolvido o problema, teremos uma série de secções por
cada troço específico do circuito.
Este é um dos melhores procedimentos para os cálculos das
secções dos distribuidores.

SECÇÕES COMERCIAIS mm2


1,5 35 240
2,5 50 300
4 70 400
6 95 500
10 120 630
16 150
25 185
Obs.: para os resultados obtidos, nos cálculos utiliza-se os valores
das secções comerciais no arredondamento do valor próximo.
Ex.: 32,7; 37 → 35
115 → 120

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

1- Baseando-se numa distribuição aberta trifásica, como mostra a


figura, cujo condutor é de cobre, com ℓ=0,018 Ω mm2/m com uma
queda de tensão de 1,5 %. Sendo 220V a tensão simples de
alimentação e desprezando a indução do cabo, determinar a secção
do condutor a utilizar em cada uma das fases ou etapas.

2- Baseando-se no exercício anterior, utilizamos os cabos com


coeficiente de auto-indução quilométrica de 0,000583 H/km. Calcular
a queda de tensão máxima no último consumidor.

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3- Seja a distribuição trifásica, fechada e alimentada por seus dois


extremos a 400V, como mostra a figura. Suponhamos que o
coeficiente de auto-indução da linha seja nulo. Calcula a secção do
alumínio do condutor, partindo do princípio que se admite uma queda
de tensão máxima de 5V.
Segundo as intensidades e seus correspondentes factores de
potência teremos:

I1= 9 - j12; I2 = 5,25 - j4,6; I3 = 12,8 - j9,6; I4= 8,4 - j8,57.

4- Seja um distribuidor aberto trifásico ramificado apresentado na


figura, no qual se admite uma queda de tensão máxima de 10V, e
utiliza-se o cabo de alumínio, desprezando o coeficiente de auto-
indução.

Para o primeiro troço ‘ CA’, consideremos uma queda de tensão


máxima de 6V, e resolvemo-lo mediante as ‘distâncias cortadas para
ser mais simples. Calcular as secções de cada troço.

GRUPO DE LIGAÇÃO DE ENROLAMENTOS

Para ligar o transformador no trabalho em paralelo com outros


transformadores com o valor de desfasamento de fase entre f.e.m
dos enrolamentos primários e secundários, para a característica deste
desfasamento introduz-se a noção de grupo de ligação dos
enrolamentos.
Fig. 5 - Grupos de ligação do transformador monofásico
Fig. 12.23
Fig. 12.22 – Ligação de enrolamentos trifásico em Zig – Zag.
Na figura 12.23 a) temos enrolamentos de transformador
monofásico, enrolados na linha espiral esquerda e por isso são
chamados “esquerdos”. Neste caso ambos enrolamentos com inícios
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A, a encontram-se em cima e os fins X, x – em baixo. Consideremos a


f.e.m positiva, se ela reage (actua) do fim do enrolamento para o seu
início. Os enrolamentos na fig. 12.23 abrangem o mesmo fluxo. Por
conseguinte a esta f.e.m estes enrolamentos em cada momento
(tempo) agem com sentidos iguais – dos fins para inícios ou vice -
versa i.e., elas simultaneamente são positivas ou negativas. É por
isso as f.e.m EA e Ea coincidem com a fase, como mostra na figura
12.23 a).
Se algum dos enrolamentos mudar do início para o fim [fig.12.23
b)], assim o sentido da sua f.e.m, que reage do fim para o início,
mudará ao contrário e a f.e.m EA e Ea terão um desfasamento de
180º. Este mesmo resultado obtém-se quando na figura 12.23 a) um
dos enrolamentos for “direito”.
Para simbolizar o desfasamento de fase dos enrolamentos do
transformador, os vectores das suas f.e.m lineares, utilizam-se os
ponteiros e números do relógio, assim o vector dos enrolamentos de
AT são tomados como do ponteiro do minuto, e consideram que no
número do relógio ela é dirigida no número 12, e o vector dos
enrolamentos BT tomam do ponteiro das horas. Assim na figura 12.23
a) o relógio apresentará 0h ou 12h, e por isso esta ligação de
enrolamentos chama-se do grupo 0 (antes neste caso costumava-se
chamar grupo 12´).
Na figura 12.23 b) o relógio apresentará 6h, e esta ligação chama-
se do grupo 6. Respectivamente a ligação dos enrolamentos dos
transformadores monofásicos, segundo a figura 12.23 a) é
simbolizado como I/I – 0, e 5 b) I/I – 6. Em vários países, caso por
exemplo da Ex. URSS a estandardização e fabricação dos
transformadores monofásicos são fabricados somente com a ligação
I/I – 0.
Vejamos agora o transformador trifásico com ligação dos
enrolamentos de AT e BT em estrela, e suponhamos que:
1- Enrolamentos de AT e BT são bobinados no mesmo sentido (ex.
"direito");
2- O início e fim dos enrolamentos dispostos igualmente (Ex.: fim
em baixo e início em cima)
3- Com os mesmos enrolamentos (Ex.: A e a, B e b, C e c)
encontram-se nos cilindros nas hastes comuns como mostra a figura
12.24 a), desta forma a estrela de f.e.m de fases e triângulo de f.e.m
de linhas terão a seguinte forma, mostrada na figura 12.24 b). Para
esta mesma designação dos vectores da f.e.m lineares (Ex.: EAB e Eab)
são designadas da mesma forma, isto é, coincidem em fases, e nas
suas disposições nas indicações do relógio, segundo a regra da
disposição o relógio indicará 0h (fig. 12.24 c).
É por isso no esquema o grupo de ligação deste tipo de
transformador é simbolizado por Y/Y-0.
Se na Fig 12.24 a) realizar uma remarcação (ou mudanças das
posições) de fase de enrolamento de BT e posicionar a fase a no
cilindro do meio, fase b a direita e c a esquerda, assim no diagrama
vectorial de BT (Fig. 12.24 b) ocorrer – se - à uma remarcação de
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letras a, b, c, numa volta completa no sentido de ponteiros do


relógio. Com este consegue-se o grupo de ligação 4, e ao contrário,
mudança da disposição, será o grupo de ligação 8. Se mudar os
lugares dos enrolamentos inicio e fim assim consegue-se mais grupos
de ligações 6, 10 e 2. Quer dizer, ao ligar em esquema Y/Y são
possíveis seis grupos de ligações em que todas elas são pares. Estes
mesmos tipos de ligações podem ser conseguidos em esquema de
ligação ∆/∆.
Suponhamos agora que os enrolamentos estão ligados em
esquema Y/∆ como mostra a figura 12.25 a) e conservando as
mesmas condições que foram faladas para a figura 12.24 a). Assim os
diagramas vectoriais da f.e.m dos enrolamentos de AT e BT terão a
forma mostrada na figura 12.25 b). Para estas mesmas designações
de f.e.m lineares (ex.: EAB e Eab) será desfasada em 30º e dispõe-se
nos números do relógio como mostra na figura 12.25 c). A ligação dos
enrolamentos deste tipo de transformador designa-se por Y/∆ – 11.
Com as mudanças de posições de fase e com a remarcação do início
e fim de um dos enrolamentos (ou com colocação no lugar de ay, bz,
cx no triangulo na fig. 12.25, para az, bx, cy), pode conseguir
também outros grupos impares: 1, 3, 5, 7 e 9.
Muitas das variedades dos esquemas e grupos de ligações dos
transformadores fabricados não são desejáveis. É por isso, por
exemplo em estandardização Russa de 11677-65 é previsto a
fabricação de transformadores de força trifásica com os seguintes
grupos de ligação dos enrolamentos: Y/Yo – 0, ∆/Yo – 11, Y/∆ – 11 e
Yo/∆ – 11, assim estrela zig-zag -11: Nestes a primeira ligação é do
enrolamento de AT, a segunda ligação é do enrolamento de BT; índice
‘0’ indica que por fora é puxado o enrolamento do ponto zero
(neutro).

PROTECÇÃO DE LIGAÇÃO Á TERRA

Objectivo e dispositivo de protecção à terra e ligação constante


com o fio neutro.
Noção geral
Ao servir uma instalação eléctrica, o perigo existe não somente na
parte não isolada da corrente principal encontrada sobre tensão, mas
também as partes construtivas dos equipamentos eléctricos, que
normalmente não se encontram sobre tensão, mas podem encontrar-
se sob tensão em caso de defeito do isolamento (carcaça do motor,
arrancador, depósito do transformador, invólucro de
bandagens dos condutores, carcaça de painéis metálicos,
etc.)
Para protecção dos homens da corrente eléctrica com defeito de
isolamento, tomam-se as seguintes medidas de segurança: ligação à
terra, ligação constante do fio neutro a terra, protecção de
desligamento, transformador de separação, isolamento duplo,
pequena tensão, etc.

Professor Doutor Pedro Kuma Diatilo


Finalista do curso de electromecânica Edvaldo Tomás Boaventura
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Protecção de ligação à terra: esta é uma ligação eléctrica


intencional de qualquer parte da instalação ou unidade eléctrica com
um dispositivo de ligação à terra para garantir a segurança eléctrica.
A figura (1) mostra a ligação à terra de certos motores com ajuda
de ligador à terra (tubos, cantoneiras, hastes aprofundados na terra).
No regime normal, quando o isolamento não apresenta desfeito, nas
carcaças dos motores não existem diferenças de potenciais, neste
caso o contacto com estes não é perigoso. Com o defeito do
isolamento em qualquer motor há passagem de corrente à terra Ig
através do dispositivo da terra, o potencial na superfície do solo
distribuir-se-à conforme a curva 3 da (fig. 1). No dispositivo da terra
aparece a tensão, U:

Donde:
Ig – corrente do circuito a terra A
Rg – resistência do cabo ou sistema de ligação a terra.

Fig.1
a) Distribuição do potencial na superfície da terra no campo isolado.

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b) Distribuição do potencial na superfície da terra a volta do campo do sistema de ligação à terra.

Ignorando a queda de tensão nos pólos de ligação à terra 2, pode-


se considerar que todas as carcaças ligadas a terra aparecem sob
tensão Ug. Contacto com a carcaça do motor eléctrico, o homem cai
sobre a diferença de potencial:

Ucont1= Ug - ϕ 1; Ucont2 = Ug - ϕ 2 ; Ucont3 =Ug

Donde ϕ 1, ϕ 2 - pontos potenciais do solo, nos quais encontra-se o


homem.
A tensão de contacto Ucont pode ser reduzida ao igualar o potencial
por meio da volta (círculo) de ligação á terra e instalação de pólos
adicionais de ligação à terra nos intermédios do circuito. Na fig.
anterior está apresentada uma parte de ligação à terra de um
dispositivo de subestação, constituído de eléctrodos verticais ligados
a terra 1, pólos de ligação 2 e o pólo de nivelação (igualdade) 4,
postos na profundidade de 0.5 m. Com o desajustamento do
isolamento, na superfície do solo o potencial distribuir-se-a conforme
a curva 5 (sem pólos igualizadores) e em curva 6 (com pólos
igualizadores).
A tensão de passo Upas – esta é a tensão entre dois pontos da terra
com o contacto simultâneo dos pés do homem.
Professor Doutor Pedro Kuma Diatilo
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A tarefa de protecção de ligação à terra é de reduzir até sem


perigo, os valores de tensão Ug, Ucont e Upas.

PROTECÇÃO COM LIGAÇÃO CONSTANTE COM O FIO NEUTRO


À TERRA

Nas instalações eléctricas com a tensão até 1kv a protecção com


ligação do neutro a terra é chamada uma ligação intencional de
partes de instalação eléctrica, que normalmente não se encontra sob
tensão, com aterramento inteiriço do neutro do gerador ou do
transformador nas redes de corrente trifásica ou com aterramento
inteiriço do ponto médio da fonte nas redes de corrente continua.

Fig. Esquema de ligação constante com o fio neutro dos elementos


de equipamento eléctrico nas instalações até 1Kv com aterramento
inteiriço do neutro

Na figura acima mostra o esquema de ligação constante com o fio


neutro na instalação de 380/220 V. O corpo do disjuntor automático 2
e o corpo do motor eléctrico 3, ligados com protecção do condutor
nulo 1, que electricamente é ligado com a fonte de aterramento
inteiriço do neutro, com o defeito do isolamento (o curto contacto da
fase na carcaça) cria-se o curto circuito (c.c) monofásico a corrente
do c.c., que circula na malha de fase – condutor neutro, deve conduzir
imediatamente na desconexão da área afectada ou defeituosa. A
tarefa de ligação constante com o fio neutro é de criar a via com a
mínima resistência para a corrente do curto-circuito monofásico, que
garante a segurança de desligamento do disjuntor automático,
arrancador magnético, fusíveis.

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Protecção de desligamento, utilizada nas instalações até 1Kv,


garante o desligamento automático de todas as fases do sector da
rede em contacto com a carcaça (corpo) ou a diminuição do grau de
isolamento em baixo do valor determinado.
Se por razões técnicas não é possível realizar a protecção de
ligação à terra ou ligação constante com o fio neutro e garantir a
protecção de desligamento, assim permite-se o serviço dos
equipamentos eléctricos com superfícies isoladas. Neste caso deve
ser excluída a possibilidade de contacto simultâneo com as partes
sem ligações a terra dos equipamentos eléctricos e as partes do
edifício e construção que são ligadas com a terra.
É necessário realizar a ligação à terra e a ligação constante com o
fio neutro em todas instalações eléctricas com a tensão de corrente
alternada de 380V ou superior e de corrente contínua de 440V ou
superior. Nos locais com alto nível de perigo, perigos especiais e fora
das instalações, ligação à terra ou ligação constante com fio o realiza
– se com tensões nominais superior de 42V alternada e 110V da
corrente continua.
Nas explosivas de qualquer classe a ligação à terra e ligação
constante com o fio neutro realiza – se nas instalações com todas
tensões AC e DC.
Nas instalações até 1Kv com o aterramento inteiriço do
neutro deve ser realizado a ligação constante com o fio
neutro.
Nestas instalações não se autoriza utilizar a ligação à terra das
carcaças sem aterramento inteiriço do neutro da fonte, já que esta
pode provocar o surgimento na superfície da carcaça do equipamento
ligado à terra a tensão perigosa para o homem, e o desligamento da
instalação eléctrica não ocorrerá devido da grande resistência no
circuito da corrente de contacto.
Nas instalações eléctricas até 1Kv com o fio neutro isolado
deve ser realizada a ligação à terra em combinação com o controlo de
isolamento da rede ou protecção de desconexão.
Nas instalações eléctricas superior a 1Kv com a isolação e
aterramento do neutro efectivo deve ser realizada a ligação à
terra.

Nas instalações eléctricas ligam-se à terra ou ligam – se ao fio


neutro constantemente ligado a terra: a carcaça das máquinas
eléctricas, dos transformadores, dos aparelhos, comandos,
enrolamentos secundários dos transformadores de medida, carcaças
dos painéis de distribuição, quadros, armários, construções metálicas
de dispositivos de distribuição, caixas metálicas dos acoplamentos de
cabos, revestimentos metálicos e blindagem dos cabos de controlo e
de força, e outras construções metálicas nas quais são montadas os
equipamentos eléctricos, carcaças metálicas destinadas para suporte
e transportação de receptores eléctricos, edifícios metálicos, as vias
dos trilhos de guindastes, carcaças metálicas dos equipamentos

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tecnológicos e outras construções metálicas ligadas com as


instalações dos equipamentos eléctricos, etc.
Para além de protecção de ligação à terra, nas instalações
eléctricas também utiliza-se ligação à terra do trabalho, que serve
para criar as condições normais do trabalho dos aparelhos ou
instalação eléctrica. Com a ligação à terra do trabalho refere-se a
ligação à terra do neutro dos transformadores, geradores, das
bobinas dos amortecedores do arco. Sem a ligação à terra do
trabalho, o aparelho não pode realizar as suas funções ou desajusta-
se o regime de trabalho da instalação eléctrica. Para a realização de
ligação à terra com objectivos diferentes e de diferentes tensões nas
instalações eléctricas, territorialmente, aproximadas umas das outras,
recomenda-se tomar um dispositivo de ligação à terra comum, que
satisfaz as exigências com a ligação à terra destas instalações
eléctricas.

REALIZAÇÃO CONSTRUTIVA DE DISPOSITIVOS DE


ATERRAMENTO
CONSTRUÇÃO DE DISPOSITIVOS DE LIGAÇÃO Á TERRA

O dispositivo de ligação à terra é composto de cabo ou sistema de


ligação à terra e condutores de ligação à terra.
Na qualidade do sistema de ligação à terra utiliza-se em primeiro
lugar os sistemas de ligação à terra naturais: postos na terra os tubos
de aço condutores de água, tubos de poços artesianos, blindagem de
aço invólucros de chumbo dos cabos de força postos na terra,
construções metálicas dos edifícios e obras que possuem um contacto
seguro com a terra, os tipos diferentes de tubos postos na terra.
Não é autorizado a utilização em qualidade do sistema de ligação
à terra natural os tubos condutores de líquidos quentes, gases, os
cabos de invólucro de alumínio, condutores e cabos de alumínio,
dispositivos em blocos, túneis, canais. A resistência atravessada pela
corrente com estes sistemas de ligação à terra determina-se com
medição.

Se o sistema de ligação à terra natural não é suficiente, utiliza-se o


sistema de ligação à terra artificial: aprofundar na terra os eléctrodos
verticais de tubos, cantoneiras ou aço em barra horizontais são
colocadas na terra numa profundidade não inferior a 0,5 m.
→ Recomenda-se utilizar sistema de ligação à terra em barras, Haste
com o diâmetro de 12-14mm e comprimento de 5m, que garantem a
pouca resistividade na corrente percorrida, já que ocorrem na
camada de solo com grandes humidades.

- A resistência de um sistema de ligação à terra vertical (haste),


Ohm,

0,366 ⋅ ρ calc  2l l 4t + l 
rv =  + lg 
l  d 2 4t − l 
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Donde:
ρ calc - resistência específica do solo calculada, Ω .m;
ℓ - Comprimento da haste, m ;
t - profundidade de colocação, que é igual á distância da superfície
da terra até a metade do sistema de ligação á terra (eléctrodo);
d - diâmetro da haste,m.

→ Nos cálculos pode-se utilizar a fórmula simplificada de diâmetro de


eléctrodo em barra igual a 12 mm, comprimento igual a 5m.

rH =0,27ρ calc.

Cálculo da resistência específica do solo:


ρ calc= Ktemp×ρ

Donde:
ρ - A resistência específica do solo, medida com a humidade
natural;
Ktemp – coeficiente do tempo, considerando o solo esfriado ou a
secar. Nas regiões climáticas (2º e 3º) para eléctrodos verticais de 3-5
m o Ktemp =1,45 - 1,3; para eléctrodos horizontais (pólo) Ktemp=3,5 -
2,5.

Algumas resistências específicas de solos

ρ (Ω .m)
Valores
SOLO Limites possíveis recomendáveis para
os cálculos
aproximados
Areia 400 - 1000 700
Areia argilosa 150 - 400 300
Areia argilosa 40 -150 100
Barro (argila) 8 -70 40
Terra para jardim 40 40
Terra preta 10 - 50 20
Turfa 20 20

Cálculo da resistência do sistema de ligação à terra (pólos)


horizontal, Ω :

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0,366 ⋅ ρcalc 2l 2
rH = l
lg
b ⋅t

Donde:
ℓ- Comprimento de pólos, m
b- largura de pólos, m
t- profundidade de colocação, m
A secção de pólos deve ser não inferior a 48 mm2, a largura não
inferior a 4 mm.

Para reduzir a resistência total de instalação de ligação à terra, no


solo introduzem certos eléctrodos verticais, e para nivelar
(compensar) o potencial, no território de instalação eléctrica são
ligados outros pólos de aço. A condição da circulação de corrente
neste caso piora - se devido a blindagem entre eléctrodos verticais e
os seus pólos ligados.
Em cálculos de resistência de dispositivo de ligação à terra,
considera-se a introdução do coeficiente de blindagem.
As partes ligadas à terra ligam-se com cabos ou condutores de
ligação à terra. Na qualidade de condutores de ligação à terra podem
ser utilizados os condutores especiais reservados para este efeito, a
secção que não pode ser inferior a determinada pela condição da
segurança eléctrica ou materiais acima citados. Nas instalações
eléctricas acima de 1Kv com o fio neutro efectivo ligado à terra, a
secção de condutores de ligação à terra é testada com a estabilidade
térmica.
Nas instalações eléctricas até 1Kv ou mais com fio neutro isolado,
a condutibilidade dos condutores ligados à terra deve ser composta
não inferior a 1/3 de condutibilidade dos condutores das fases.
Na qualidade de protecção dos condutores de ligação com o fio
neutro tomam-se os mesmos elementos que dos condutores de
ligação à terra, mas para eles são apresentadas certas exigências
adicionais, que serão vistas com os cálculos de ligação constante com
o fio neutro.

PROTECÇÃO CONTRA CORRENTES DE LINHAS ELÉCTRICAS


A protecção máxima contra corrente da rede com atraso de
tempo independente.

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Esquema de protecção da linha com alinhamento num


sentido

Com aparição do curto-circuito, na linha protegida contra acção –


a protecção entra em acção, reagem um ou certos (dependendo do
tipo do curto circuito) reles de corrente KA, fechando o circuito da
bobina do relê de tempo KT. O relê de tempo KT garante a
selectividade de acção do relê de protecção. Esta é conseguida de tal
forma que o tempo mínimo de atraso são das protecções mais
afastadas da fonte de alimentação da linha, o maior tem as
protecções da linha próximos da fonte de alimentação. A diferença
em tempos de atraso da protecção de duas linhas adjacentes chama-
se o estágio de atraso de tempo e simboliza-se por ∆T.
Os contactos do relê de temperatura não possuem relativamente
uma grande capacidade de comutação e por isso que na saída do
circuito da protecção, liga-se o relé intermediário KL, que
praticamente trabalha sem atraso. Com o fecho do contacto do relé
KL ligado em série com o enrolamento do relê de indicação KH e
contacto auxiliar do interruptor SQ, forma-se o circuito fechado no
desligamento electromagnético do interruptor YAT, que reagindo
liberta a parte móvel do interruptor e no interruptor abre-se contactos
auxiliares do interruptor desenvolvem o circuito principal de
protecção um pouco antes da explosão da corrente no circuito de
força (no processo de andamento do sistema móvel do interruptor), a
seguir a mesma descarregando os contactos do relé intermediário.
A protecção caracteriza-se em dois parâmetros - a corrente da
actuação e de tempo de atraso. Diferenciam a corrente de actuação
de protecção Iap – corrente do 1º circuito, em que a protecção entra
em acção e corrente de actuação do relé (oposta do relé). Iar –
corrente no relé, no qual o relé reage. A corrente de actuação de
protecção deve ser superior da corrente máxima de trabalho da linha
protegida.

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Corrente de actuação _______ Iap > Imax,tr ______


Corrente máxima de
de protecção trabalho

Por outro lado, para melhor funcionamento de protecção é


necessário, que a corrente chamada, de corrente de retorno da
protecção ou a corrente máxima, na qual a protecção regressa no
estado primário, seja superior a corrente máxima depois do regime
de avaria Id.a.max, que aparece depois do desligamento da corrente do
c.c. na linha contígua ou adjacente. Considerando o auto arranque do
motor, a corrente máxima (do início) depois do regime de avaria,
pode ser superior a corrente máxima do trabalho. A variação possível
da mudança da corrente na linha (exemplo, na linha W2, da figura
anterior do relé de protecção da rede radial) no qual o curto-circuito
na linha (no ponto K1) e depois de desligamento do c.c. é
representada na figura a seguir. O valor máximo da corrente depois
da avaria

Corrente máxima ________ Id,a,max = Ka x Itr,Max


depois da avaria

Donde: Ka – coeficiente do auto arranque do motor eléctrico


calculado da linha de carga. É por isso, a corrente de retorno de
protecção é ligada com a corrente máxima de trabalho na inequação:

Iret,p > Ka x Itr,max

Dependendo do carácter de carga da linha (luminosa, de força


etc.) o coeficiente Ka varia-se em grandes intervalos (Ka=1-3)
A corrente de actuação de protecção é determinada com a
expressão:

I ret , p K rec Ka
I a,P = = ⋅ I t ,máx
K ret K ret

E corrente de actuação do relé:

K rec ⋅ Ka ⋅ I ter , máx . Kesq


I a ,r =
K I × K ret

Onde:
Krec – coeficiente de reconstrução (Krec=1,1-1,2);
Kesq – coeficiente de esquema, que considera o esquema de
ligação dos transformadores de corrente e relé (com a ligação do relé
nas correntes das fases Kesq=1, com a ligação do relé na diferença
de correntes de duas fases Kesq=1,73);

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KI – coeficiente de transformação dos transformadores de corrente;


Kret – coeficiente de retorno do relé de corrente:

I ret ,r
K ret =
I a ,r

Ex: para relé electromagnético de corrente tipo PT (RC) – 40, Kret


≥ 0,85

O tempo de atraso de protecção são escolhidos com o princípio de


estágios, baseando em que cada protecção a seguir em direcção da
fonte de alimentação deve ter o tempo de atraso que ultrapassa o
tempo da protecção anterior no estágio Δt.
O tempo de atraso de cada protecção, independentemente e em
que lugar da linha aconteceu o curto-circuito, i.e., independente do
valor da corrente no circuito primário. Daqui surge a designação da
protecção – corrente máxima de protecção com o tempo de
atraso independente. O tempo de atraso mínimo do estágio Δt
determina-se com os parâmetros de protecções e interruptores.
Assim utilizado no esquema apresentado na figura “de relé de
protecção da rede radial,”

Δt = t2 - t3= tac.2 + t lent.3 + tT3 + tres.

Donde:
Tac.2- aceleração possível por razões ou motivos diferentes (não
relacionadas de facto e oposta do relé calculados, os seus parâmetros
e etc.) a protecção AK2 (do interruptor Q2);
tlent3- a lentidão possível pelo mesmo princípio de protecção de AK3
(interruptor de Q3);
tT3- tempo completo de desligamento do interruptor Q3;
tres- tempo de reserva

Nos relés electromagnéticos do tempo, o desprendimento do


tempo de atraso (tolerância) é de +/- (0,1-0,15)s. O tempo completo
de desligamento de diferentes interruptores encontra-se nos
intervalos de (0,04 - 0,2)s.
Tomando Três = 0,1s, obtemos Δt = (0,1 - 0,15) + (0,1-0,15) +
(0,04 - 0,2) + 0,1 = (0,34 - 0,6). Nos sistemas energéticos tomam Δt
= (0,5 - 0,7)s
A sensibilidade de protecção é caracterizada pelo coeficiente de
sensibilidade

I cc ,min
K sen =
I r, p
Donde:
Icc.min – corrente do c.c. no fim da zona protegida no regime
mínimo do trabalho no sistema energético, i.e., dentro das

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possibilidades nas condições de exploração de desligamento de


certas fontes, linhas eléctricas e etc. Segundo, a corrente máxima de
protecção deve ser sensível com o curto-circuito na zona de
protecção e no fim da linha contígua (a reacção de protecção da
reserva). Para isso, considerando a resistência do arco voltaico no
lugar do c.c. é necessário que se realize ou se cumpre com a
condição: com o c.c. na zona a proteger de Ksen ≥ 1,2. A vantagem
da corrente máxima da protecção com o tempo de atraso
independente é a simplicidade do esquema e ajustamento.
Desvantagens são os altos tempos de atraso de desligamento nos
maiores e perigosos c.c. perto das fontes.

RELÉS DE PROTECÇÃO E AUTOMÁTICO (AUTOMATISMO)

Relé de protecção (RP) é parte automática de instalação eléctrica e


sistemas energéticos. A sua tarefa principal é de detectar os sectores
defeituosos do sistema eléctrico e a possibilidade de transmitir o mais
rápido possível o sinal de desconexão dele. Outra parte adicional de
relé de protecção é sinalização de aparecimento de regimes
anormais.
Relé de protecção é realizado com ajuda de relé de vários tipos.
Relé eléctrico - é o aparelho eléctrico de ligação ou desligamento
do seu circuito de saída ao atingir a sinal de entrada do valor dado ou
condição designada pela aposta do relé.
Outros tipos de relés possuem vários circuitos de entrada e saída
(ex.: relé de controlo de potências, resistências, interstícios, etc.)
No momento actual na exploração utilizam-se relés
electromagnéticos com contactos de ligação ou desligamento, assim
como relé sem contactos nos semicondutores, ferro magnéticos ou
elementos de controlo magnético.
Relés dividem em primário e secundário, assim como nos
relés de reacções directos e indirectos. Relés primários são
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ligados directamente no circuito primário, e relés secundários


através do transformador de tensão e corrente. Relé de
reacção directa reage directamente no mecanismo que
desacopla o mecanismo do comando comutador, e relés de
reacção indirecta através de electromagneto de
desligamento.

Em baixo (posteriormente) tratam-se somente de protecções


realizadas com ajuda de relés secundários de reacções indirectas.
Diferem em reles principais (de medição) e adicionais (lógicos). Em
avarias e regimes anormais no sistema energético mudam-se a
corrente do circuito e suas fases, tensões em pontos diferentes do
circuito, as direcções do fluxo de potência, frequência de corrente
alternada na rede, resistências mútuas entre diferentes pontos da
rede, etc. É por isso, na qualidade de relés principais utilizam o relé
de correntes, de tensões, de controlo de potências, de frequências e
resistências.
Nos esquemas de posição de contactos de relés, como regra, são
indicados os chamados de condições normais, quando nas bobinas do
relé não se escoa a corrente.

Relés de protecção subdividem-se em principal e de


reserva. Principal é a protecção, destinada para o trabalho em
todos tipos de defeitos ou suas partes nos limites de todo elemento
protegido do sistema energético, entretanto com pouco tempo em
relação ás outras protecções instaladas. De reserva é a protecção da
reserva do principal em caso da sua falha ou avaria, bem como
protecção de elementos mistos em caso das suas falhas ou a falha do
disjuntor de elementos mistos.

EXIGÊNCIAS PARA COM O RELÉ DE PROTECÇÃO

Com os dispositivos de relé de protecção, que reagem no


desligamento, até nos últimos tempos, neles são apresentadas quatro
seguintes exigências:
- Reacção de selecção (escolha)
- Rapidez de reacção
- Sensibilidade
- Segurança do trabalho

Reacção selectiva - é a reacção de relé de protecção, com a qual


garante-se o desligamento só do elemento do sistema afectado
(avariado). Assim é utilizada no esquema da rede radial.

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Exigência na reacção selectiva consiste em que, com ocorrência


do curto-circuito no ponto K1, desliga-se somente o interruptor Q3, e
com c.c. no ponto K2- interruptor Q2.

O elemento afectado do sistema é de preferência o desligar


sempre o mais rápido possível. Embora a rapidez de desligamento é
limitada com o tempo da reacção do próprio relé de protecção e
interruptor, bem como as condições de garantem a selecção do
trabalho do relé da protecção. No caso geral, o tempo de
desligamento é igual:

tdes= tp.r.p + tatr + tpt.i + tarc = tp.r.p. + tatr + tdes.i

Donde:
tdes- tempo de desligamento
tprp- tempo do próprio relé de protecção
tatr- tempo de atraso
tpt.i- o próprio tempo do interruptor
tarc- tempo do apagamento do arco voltaico
tdes.i- tempo do deslocamento completo do interruptor

Para as protecções, sem acção de atraso do tempo, dependendo


do tipo do relé e do interruptor, o tempo de desligamento é igual:

tdes = tprp + tdes,i = (0,02 /0,04) + (0,04 / =,2) = (0,06 / 0,24)s

Neste contexto, com os tipos de relés existentes e interruptores


com baixo limite do tempo de desligamento do curto - circuito pode –
se compor 3 - 12 períodos da corrente de frequência de 50Hz.
Os relés de protecção diferenciam em selectivos absolutos
e relativos.

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Os absolutos em relação ao princípio de reacção, reagem


somente com defeitos (avarias) nos elementos protegidos, e por isso
eles realizam-se sem atraso do tempo.
Os relativos com o princípio de reacção pode selectivamente
reagir em qualidade de protecções das reservas em avarias nos
elementos mistos; eles geralmente são feitos com atraso do tempo.
Nos casos particulares (por exemplo, nas redes de tensões até 35Kv)
autoriza-se a utilização, não a protecções selectivas, que são
diferentes tipos de protecções com relação dos selectivos.
Os relés de protecção devem ser muito sensíveis (i.e. reagentes)
ás avarias nos elementos protegidos do sistema, e em série de casos
- assim como com as avarias nos elementos mistos. Assim garante-se
a reacção de protecção da reserva no caso de falha de um deles.
Assim como por exemplo, se com c.c no ponto k1 (fig. anterior)
recusa a reacção da protecção principal AK3, assim a protecção
reservada AK2, sensível com este c.c, deve entrar em acção e
desligar o interruptor Q2. A protecção sensível é avaliada com o
coeficiente de sensibilidade Ksen.

Objectivo das redes eléctricas

O objectivo das redes eléctricas é a distribuição de energia


eléctrica aos consumidores.
A escolha do tipo, potência, número e lugar de colocar as fontes de
alimentação é um trabalho particular do projecto complexo. Este
problema é resolvido em consideração da rede eléctrica
correspondente.

CALCULO DE DISPOSITIVOS DA TERRA

a) Cálculo de dispositivos da terra nas instalações com


neutro isolado.
Segundo a estandardização nas instalações eléctricas de 6 – 35KV
com o neutro isolado, a resistência de dispositivo de terra em
qualquer tempo do ano deve ser:

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250
Rt ≤ ( A)
It

Donde It- a corrente em curto na terra calculada, A, que se pode


determinar conhecendo o comprimento eléctrico de cabos da linha lc,
km, das linhas aéreas la, km, e a tensão da rede Un, V:
Un (35 lc + la )
It =
350
Se no neutro é ligado o reactor da terra, assim para o cálculo da
corrente toma-se a corrente igual a 125% da sua corrente nominal. A
corrente calculada que encontra – se em curto com a terra deve ser
determinada para este tipo de exploração do esquema da rede, em
que esta corrente possui o maior valor.
A resistência do dispositivo da terra das instalações de 6-35KV não
deve ultrapassar 10ohm.
Nas instalações eléctricas ate 1KV com o neutro isolado, a
resistência do dispositivo da terra deve ser:
125
Rt ≤ ( B)
It
O valor de Rt não deve ser superior a 4 ohm.

N.B. elemento da terra → cabo ou sistema ligado á terra.

O dispositivo da terra é feito em forma de uma – duas filas


horizontais e verticais de elementos da terra.
Nos dispositivos de distribuição abertos superior a 1 KV á volta da
superfície, ocupada de equipamentos, cola-se uma circunferência
(uma volta) fechada de elementos da terra horizontais, no qual junta
– se o equipamento. O cálculo destes tipos de dispositivos com
objectivos práticos exactos em abundância, pode ser apresentado em
seguinte ordem:
1. Determinam o cálculo da corrente It e com (A) ou (B) Rt (em
mistura de dispositivos de terra com diferente tensão toma-se menos
dos valores exigidos).
2. Determinam a resistência natural de elementos da terra natural
Rnat. Se Rnat < Rt, assim o elemento da terra artificial não é preciso, a
terra liga-se não menos de dois pontos com o elemento da terra
natural.
Se Rnat > Rt, assim é necessário os elementos da terra artificial, a
resistência que deve ser igual:
R ⋅R
Rart = nat t
Rnat − Rt

3. Determinam a resistência específica do solo ou terreno calculado

ℓcal. = Kep × ℓ

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Donde ℓ – resistência específica do solo ou terreno medida com


humidade normal.
Kep- coeficiente das épocas
Nas zonas climatéricas (zona 2 e 3) de eléctrodos verticais de 3-
5 m, Kep =1,45-1,3; de eléctrodos horizontais Kep=3,5-2,5
3. Determinam a configuração provisória do dispositivo da terra
em consideração da sua disposição no território experimentado,
donde a distância entre os eléctrodos verticais toma-se não inferior
aos seus comprimentos. No plano do dispositivo da terra, determinam
o número aproximado dos elementos da terra verticais e
comprimento dos elementos da terra horizontais.
4. Determinam a resistência de um elemento de terra com:

rv= 0,366ℓcal/l x (2l/d + 1/2log(4t+l)/(4t-l), ou rhaste=0,27ℓcal

Donde :

ℓcal - a resistência específica do solo ou terreno calculada, Ohm.m


l - comprimento da haste, m.
t - profundidade colocada, igual a distância de superfície da terra até
a metade do elemento da terra.
d - diâmetro da haste.

5. Determinam o número de elementos da terra verticais


nv= rv/Rart * ηv
Donde: ηv – coeficiente da utilização dos elementos verticais da
terra, depende da distância entre eles, seus comprimentos e
números.
6. Determinam a resistência dos elementos da terra horizontais
com:
rv= 0,366ℓcal/l x log2l2/bt, em consideração do coeficiente da
utilização de pólos ηv
Donde:
l - comprimento entre pólos, m
b - largura de pólos, m
t - profundidade colocado, m
A secção de pólos não pode ser inferior a 48 mm2, a grossura não
inferior a 4mm
Rh= rh / ηv
7. Determinam a resistência necessária do elemento vertical da
terra.

Rh ⋅ Rt
RV ≤
Rh − Rt

8. Determinam a precisão de quantidade de elementos verticais


de terra.
n´v= rv/Rv * ηv
Donde:
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η´v- valor exacto do coeficiente de estilização.

Á base dos resultados do cálculo, acerta-se a configuração do


elemento da terra.

CÁLCULO DE DISPOSITIVO DA TERRA NAS INSTALAÇÕES


ELÉCTRICAS SUPERIOR A 1 KV COM O NEUTRO TERRA
EFECTIVO

Instalações eléctricas com 110 KV e mais que trabalham com o


neutro terra efectivo. Em caso da avaria do isolamento de umas das
fases, surge a curto-circuito (CC) monofásico, a corrente do CC,
considerável por conseguinte, no elemento de terra a tensão pode ser
muito grande. No Ut=It × Rt, donde é visto que para diminuir a
tensão no dispositivo da terra é necessário diminuir a resistência Rt.
Segundo a estandardização, a resistência do dispositivo de terra das
instalações eléctricas de 110 KV e mais, em qualquer tempo do ano
não deve ultrapassar 0,5 ohm. Embora que em corrente do CC de 4-8
KA, a tensão no elemento de terra compõe 2-4 KV, e por isso é
necessário tomar medidas para desligamento rápido do CC e a
igualdade do potencial dentro do dispositivo da terra. Para a
igualdade do potencial no território ocupado pelos equipamentos,
estende-se ou coloca-se ao longo o elemento da terra, ao longo do
eixo do equipamento na profundidade de 0,5 – 0,7 m e na distância
de 0,8 – 1 m da profundidade e ligam-se entre eles o elemento da
terra transversalmente com uma distância de 4 -20 m dependendo da
disposição dos equipamentos. O cesto de pólos da terra iguala o
potencial, a tensão de contacto diminuirá para igualar o potencial nas
entradas e saídas, prevê-se o elemento da terra vertical com o
comprimento de 3 – 5 m com a distância entre eles igual a largura de
entrada ou saída, ligados a volta da terra. O órgão externo da
instalação eléctrica não é aconselhável ligar com o dispositivo da
terra, com a distância da fronteira (limite) do dispositivo da terra até
o órgão deve ser não inferior a 2m.
Se o elemento da terra não cabe dentro do vedado, ele pode ser
transportado fora da instalação eléctrica, obrigatoriamente com
igualdade do nível potencial com ajuda da placa com a vedação
externa numa distância de 1m dele e com uma profundidade de 1m
horizontalmente do elemento da terra. Este elemento da terra deve
ser ligado com o dispositivo da terra não com menos de quatro
pontos.
O dispositivo da subestação com maior entrada 110/0,4KV pode
ser juntado com a terra da rede dentro do sector até 1KV. Neste caso
para igualar os potenciais é necessário colocar na terra numa
profundidade de 1 m e numa distância de 1m da fundação do edifício
e do elemento da terra, ligados com construções metálicas das
estruturas metálicas e rede da terra (neutro), e nas entradas e saídas
do edifício colocar os condutores adicionais numa distância de 1 e 2
m do elemento da terra numa profundidade de 1 e 1,5 m e liga-os
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com elemento da terra. É possível ou pode ser utilizado a fundação de


ferro - betão na qualidade do elemento da terra, se esta garante o
nível permitido ou admissível de igualar os potenciais. A forma
indicada pode não ser utilizada, se ao redor do edifício e as entradas
possuem calçamento de asfalto.
O cálculo do dispositivo da terra, normalizada com a resistência Rt,
pode ser conduzido na mesma ordem, como das instalações com o
neutro isolado. Obrigatoriamente é resultado da resistência do cesto
de pólo a terra e o controlo das suas secções com durabilidade
térmica.
Como foi visto anteriormente, o homem que toca com o
equipamento afectado, cai sobre a tensão de toque Utoque, que
compõe uma porção de tensão no elemento de terra.

Utoque= Ktoq.* Ut

Done Ktoq- coeficiente do toque, que depende do carácter da


corrente no solo, isto é, da resistência específica do solo, a sua
uniformidade, da configuração do dispositivo de terra, da resistência
do corpo do homem e a resistência de extensão da corrente nos pés.
Dependendo da duração de acção da corrente no homem, normaliza-
se a tensão de toque (choque):

Duração de 0,1 0,2 0,5 0,7 1 1-3


acção, 1......até
A tensão 500 400 200 130 100 65
máxima do
toque
permissível, V

Para o cálculo do prolongamento de acção, tomam o


prolongamento da circulação da corrente no c.c do monofásico,
composto de tempo de acção de relé da protecção e o tempo de
desprendimento (abertura) do disjuntor ou interruptor.
De acordo com estandardização do dispositivo de terra pode ser
feito segundo a norma da tensão de choque ou toque. A resistência
do dispositivo da terra neste caso determina-se com a tensão
permissível no dispositivo da terra corrente de curto na terra.

Ut= Utoq.perm/ Ktoq. U t =

Assim como Ut = It * Rt, assim

Rt.perm = Utoq.perm/(It * K )
toq

No território da instalação eléctrica colocam-se elementos


horizontais de terra longitudinalmente e transversalmente numa

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profundidade não inferior a 0,3 m de forma que possa diminuir a


tensão de toque (choque). Obrigatoriamente utiliza-se a terra ou
elemento da terra natural, e com a necessidade elementos de terra
verticais. Para reduzir a tensão de toque, o lugar de trabalho pode ser
feito enchendo-o de camada de brita com grossura de 0,1- 0,2 m.
O cálculo do dispositivo de terra com a tensão de toque exige a
consideração de muitos factores e é realizado com os programas
elaborados na IBM (computador).

CALCULO DO FIO NEUTRO

Nas instalações ate 1 KV com o fio neutro a terra toma-se do


neutro uma ligação metálica da parte protegida da instalação com a
fonte neutra. A fonte neutra á terra é de trabalho, e a sua resistência
não deve ultrapassar 2,4 e 8 ohm correspondente com as tensões
lineares de 600, 380 e 220 V de fonte de corrente trifásica. Esta
resistência deve ser garantida com a utilização de elemento terra
natural e repetidos o fio neutro da terra da linha aérea ate 1KV. A
ligação do neutro do transformador ou gerador com elemento da
terra é realizada com um condutor especial, com a secção não
inferior a permissível na estandardização. O neutro á terra deve ser
colocado perto do transformador (gerador), e para o sector interno da
subestação perto da parede do edifício.
O condutor neutro do trabalho do transformador até a caixa de
distribuição é feito de fios, cabos de edifícios, cabos cobertos de
alumínio, com a condutibilidade não inferior a 50% da condutibilidade
de fase.
Na qualidade de condutores neutros de protecção utilizam-se
condutores isolados ou não isolados, fios neutros, e cabos neutros e
condutores, aço em fita de ângulo assim como a construção metálica
do edifício, a via sob a torneira, os tubos condutores de aço, os fios
condutores de cobertura metálica, etc. nas linhas aéreas o neutro é
realizado com condutor especial, colocado nos mesmos suportes com
os condutores das fases. O condutor neutro do trabalho deve ser de
novo ligado á terra: nos fins da linha aérea com o comprimento
superior a 200 m; nas derivações da linha aérea; nas entradas da
linha aérea com instalação eléctrica.

A resistência de cada elemento da terra referida não deve ser


superior a 15, 30, 60 ohm; e a resistência total de todos elementos da
terra referidos não superior a 5, 10, 20 ohm para instalações
eléctricas de 660, 380, 220 V respectivamente. Para realizar a
repetição do elemento da terra em primeiro lugar utilizam-se o
elemento da terra natural (a parte subterrânea do suporte, a
protecção terra do trovoeiro)
Como já foi visto no esquema do elemento neutro do equipamento
nas instalações ate 1 kV com fio neutro á terra.

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No caso da avaria no isolamento da instalação com fio neutro á


terra, acontece o curto-circuito monofásico, a corrente que será:

Uf
Icc = , M - malha
(ZM + ZT )

Donde:
Uf – tensão de fase da rede
ZM= ( RM2 + X M2 ) – impedância da fase de malha do
condutor neutro.

ZT – impedância do transformador em curto-circuito com a carcaça,


os valores que estão apresentados em baixo:

Potencia do
transforma 40 63 100 160 250 400 630 1000
dor, KVA
A
resistência 0,6 0,413 0,26 0,162 0,104 0,065 0,043 0,027
calculada, 5
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2
CAPITULO

Ohm

Na fórmula anterior, com a precisão permissível toma-se a soma


algébrica de Z e ZT em vez das suas somas geométricas. A corrente
de curto-circuito que circula em malha de fase – do condutor neutro;
deve levar ao desligamento imediato da parte afectada. Para esta a
unidade de corrente do curto-circuito com a corrente colocada do
disjuntor automático ou a corrente nominal do elemento calibrado do
fusível próximo deve ter o valor normalizado na estandardização
como mostra a tabela.

Unidades (unitárias) na instalação


Tipo de aparelho Com o meio Com o meio
protegido normal explosivo
Fusível de
desligação automático 3 In, 4 In,
com a característica da 3 In 6 In,
dependência reversiva
Disjuntores 1,4 In, em In ≤ 1,4 In, em In ≤ 100
automático com 100 A A
desligamento 1,25 In, em In > 1,25 In, em In >
electromagnético 100 A 100 A

O calculo do neutro consiste em determinação da resistência de


fases e condutores neutros em esquema da rede, em conta da
corrente do curto-circuito, já visto, e a comparação da unidade da
corrente do curto-circuito com o valor normalizado. A resistência da
malha da fase – fio condutor nulo, tubos do aço, condutores de pólos
e outros, utilizados para o neutro, pode ser determinado utilizando
manuais de projectos eléctricos e outros livros eléctricos.

A existência de defeitos nas instalações eléctricas faz com que o


mundo actual preocupasse bastante nas melhores possibilidades de
protecção nos equipamentos das instalações eléctricas,
principalmente nos sistemas de potência os geradores, dos
transformadores, dos barramentos e as linhas.

Protecção de geradores

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Os dispositivos de protecção classificam-se em:

 Protecção contra os defeitos externos do gerador.


 Protecção contra os defeitos do gerador.
Existem dispositivos constituídos por meio de relês e outros não
constituídos por meio de relês.
 Medidas preventivas

Os dispositivos não constituídos por meio de relês temos


como exemplos:

 Pára-raios.
 Indicadores de circulação de óleo.
 Termóstatos.

Na qualidade de dispositivos de protecção contra os


defeitos externos de geradores e medidas preventivas temos:

 Reles térmicos, contra a sobrecarga.


 Reles temporizados, a máxima corrente de sequencia
negativa, contra o funcionamento sob carga desequilibrada.
 Reles de potência inversa, contra funcionamento do gerador
como motor.

Para protecção contra os defeitos internos de gerador


temos:

 Protecção diferencial contra os curto-circuitos entre


enrolamentos de fases diferentes.
 Protecção contra os defeitos à massa do estator.
 Protecção contra os defeitos à massa do rotor.
 Protecção contra os curto-circuitos entre espiras da mesma
fase.
 Protecção contra a abertura dos circuitos de excitação, etc.

Outros dispositivos de protecção de geradores temos:

 Dispositivos de rápida de excitação, contra a tensão própria.


 Contra incêndio, contra os defeitos de arcos voltaicos.
Protecção de transformadores

As principais são:

 Contra os curto-circuitos.
 Contra as sobrecargas.

- Protecção
diferencial
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- Grandes transformadores
- Protecção Buchholz

Protecção contra
Curto-circuito
- Relês
temporizados de sobrecarga
- Pequenas <1000KVA e
média potência em sistemas
radiais. - Fusíveis.

- Imans térmicas.

Protecção contra sobrecargas

- Relês térmicas.

N.B. Sobre tensões de origem atmosférica e aquecimento


inadmissível dos enrolamentos devido a sobrecargas constantes e
frequentes reduzam a vida dos isoladores dos enrolamentos e por
conseguinte conduzem aos curto-circuitos entre espiras ou entre
fases.

Protecção de barramentos

A protecção selectiva dos jogos de barras tais como diferencial e


por fio – piloto que em caso de defeito actuam somente no troço
defeituoso da linha bem definida.
As barras precisam uma protecção rápida devido de grandes
concentrações de energia que nelas frequentemente produzem – se
as que provocam grandes perdas materiais e as perturbações a
exploração do sistema eléctrico.

Factores que dificuldade a generalização do emprego da


protecção dos jogos de barras:
 A existência de segurança de serviço e selectividade
absolutas.
 A complexidade de comutação a ser feita automaticamente
nos circuitos auxiliares, em caso de defeito numa secção no caso de
barras múltiplas e/ou seccionadas.

Possibilidade da estrutura da protecção:


 Colocação de relês temporizados tipo mínimo de
impedância, nas linhas de alimentação de barra.
 Uso de relês de sobrecorrente (I>>), em conexão
diferencial, ou relês diferenciais compensadas, vendo-se a diferença
entre as correntes que entram e saem da barra.

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Protecção de linhas

Os principais defeitos nas linhas são de curto-circuitos, também


de certo ponto as da sobrecarga.
As protecções devem ocorrer na máxima rapidez possível nas
tensões altas e principalmente nas super altas tensões.
O tempo de desligamento é inversamente proporcional à
sensibilidade das redes.
A complexidade dos dispositivos de protecções depende das
exigências apresentadas quanto a velocidade de desligamento
(protecção) do circuito ou sistema.

Protecção temporizada

- Redes radiais.

Relê de sobrecorrente com tempo bem definido


- Redes anéis quando se abre o
disjuntor de acoplamento.

- Redes de media tensão.


- I de c.c >> In do relé.
Relê de sobrecorrente
com tempo inverso
- Desligamento dos disjuntores sucessivos a
partir do mais
próximo do defeito.
- Desligamento instantâneo (dispositivos) à
máxima
corrente, em cabos em cargas limitadas.

- Redes de até 20kV com alimentação


unilateral mas com linhas paralelas ligadas
entre si por barramento comum.
Protecção direccional
de sobrecorrente temporizada

- Rede única em alimentação bilateral.

- Redes de alta e super alta tensões

Protecção com reles de distancia

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- Redes de média tensão em malha


com alimentação multilateral. (mais
utilizada ultimamente).

Protecção diferencial longitudinal, por fio – piloto - Redes de média


e alta – tensão, linhas
aéreas até cerca de 10 km
nos quais são inseridos os
transformadores.

Protecção diferencial comum (semelhantes a dos transformadores) -


Redes ou linhas
de curtas de
algumas
centenas de
metros.

Protecção diferencial transversal Usa-se quando


não for suficiente a protecção longitudinal e a de distancia, esta exige
também relés direccionais.

- Cabos e linhas aéreas paralelas.


- Protecção selectiva
- Baseada na diferença de correntes entre
cada linha em cada de defeito.

- Protecção contra os defeitos à terra


(relés indicadores de defeitos
ou eliminadores com esquemas clássicos)
- linhas aéreas e cabos (defeito
monofásico) com a corrente
activa ≤ In.
Com correntes capacitivas (redes
com neutro isolado) de valor
baixo.

- Linhas
Protecção contra sobrecarga
(relés térmicos diversos) Tempo constante ≤ do cabo a proteger
- Sem
ocorrência do
desligamento
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propriamente
dito.

- Religamento automático - ocorrem muito rápido após -


Somente nas linhas não aos cabos (nos defeitos tipos auto - alguns
décimos de segundos
extintores ≈ 80% de casos).

- Religamento monopolar - Redes de alta e super alta tensões.

- Religamento tripolar - Linhas muitos longos (algumas centenas de


kilometros e tensões muitos elevadas, devido a
dificuldade de extinção do arco residual
realimentado pelo efeito capacitivo entre fases.

Obs. Nas aéreos de media tensão, com maior incidência de


defeito, já que elas costumam ter neutro isolado ou aterrado por meio
de resistência de grande valor ohmico é indicado o religamento
automático tripolar.
Analise de protecção de linhas
Sistema radial com um consumidor:

Para protecção desta linha, no caso de falha no ponto F suficiente


ligar um relé disjuntor ou um relé de sobre carga no início da linha.
Atendendo a complexidade da produção segura ou eficiente, para
além dos dispositivos já citados são necessários mais outros
componentes que varia de sistema ao sistema, de disposição tipos de
falha das eficientes dos próprios dispositivos de protecção.

Sistema radial com vários consumidores

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Onde:
F1, F2, F3 – Fault (falha)
Cons. (A, B, C, D) – são os Consumidores.

Para protecção deste sistema para além dos dispositivos


anteriormente utilizados (disjuntor e relé de sobrecarga) utiliza – se
temporizadores para a selectividade de actuação dos dispositivos de
protecção, dependendo das posições das falhas.
Os relés são ajustados segundo as correntes dos defeitos.
O sistema de protecção depende da corrente e do tempo.

Sistema com alimentação bilateral e vários consumidores

Neste tipo de sistema, já que na linha encontra – se duas fontes de


alimentação, existe a necessidade de determinar o sentido da
alimentação. Aqui para além das noções da selectividade, corrente e
tempo, a determinação do sentido da corrente por sua vez o fluxo de
corrente joga um papel importante.
A determinação do sentido da corrente permite – nos escolher ou
calibrar os relés para permitir a melhor selectividade do sistema de
protecção bloqueando ou permitindo a sua actuação.
Faz – se com que, em cada troço (intervalo entre dois
consumidores, os relés de extremidade “olhem” para dentro somente,
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e a falha aí se encontra, eles actuação ou, ou na falha desses


dispositivos, imediatamente actuação os próximos, em acção de
retaguarda.

Sistema com alimentação bilateral, duplo circuito de


transmissão e diversos consumidores.

Para a protecção deste sistema, as considerações anteriores


tornam – se inadequada, porque existe nas filas de transmissão, a
falha de um troço não implica que tem que se desligar o troço em
paralelo: o sentido da corrente pode variar consoante o tipo e a
posição da falha. Neste contexto pata além das considerações já
conhecidas, surge a necessidade de introduzir mais o conceito da
distância entre o dispositivo da protecção e a posição donde ocorrem
a falha.
Para melhor protecção utiliza – se a seguinte selectividade:

 Os relés discriminadores que medem a distância entre sua


localização (distância do defeito).
 A corrente que pela qual calibra – se o relé de sobre
corrente.
 Tempo que permite a selectividade de actuação.
 O sentindo da corrente (e fluxo) que permite o relé actuar
ou bloquear.

Obs: É da responsabilidade do engenheiro de protecção tomar as


decisões mais adequadas, dependendo das circunstâncias reais dos
sistemas e falhas, utilizando toda a sua capacidade térmica e
intelectual.
Protecção de geradores

De uma forma geral a protecção dos geradores ocorre contra dois


tipos de falhas:

1. Falha de isolamento - Curto – circuitos (entre espiras, entre


fases e entre fases e terra)

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- Perda do campo
- Carga desequilibrada do
estator.
2. Condições anormais de funcionamento· - Sobre velocidade.
- Vibrações.
- Sobrecarga

As exigências para em a protecção do gerador:


 Actuação rápida para falhas internas ≡ (I2 × t).
 Insensibilidade as falhas externas à zona de protecção
estabelecida;
 Limitações do valor da corrente defeituosa para a terra;
 Sinalização e iluminação das condições anormais e
perigosas.

Quando se fala da protecção de gerador, resume – se todo o seu


sistema composto de:
 Gerador, propriamente dito;
 Turbina ou maquina motriz (primaria).
 Do conjunto gerador – turbina.
 Do conjunto gerador – motor (Diesel ou não).
 Auxiliares (fontes de corrente continua, etc.)

Esquema de protecção de gerador

- Contra curto – circuitos.


- Retaguarda.
1. Para estator
- Contra sobreaquecimento.
- Contra circuito aberto.

- Contra curto – circuitos no campo


2. Para Rotor
- Contra sobreaquecimento (desequilíbrio da
carga no estator).

3. Sobretensões.
4. Subfrequencia.
5. Perda de excitação

6. Perda de sincronismo.
7. Super excitação.
8. Perda de vapor.
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9. Vibrações.
10. Sobre velocidade.

Protecção diferencial do estator contra curto – circuito.

- No curto – circuito entre duas fases.


Protecção diferencial - Para falhas à terra (neutro do gerador
aterrado)
- Diminuição de danos do arco sobre as
laminas do núcleo (relés diferenciais percentuais
de alta velocidade).

A protecção diferencial (relé diferencial do gerador) auxiliada


por relé auxiliar ocorre simultaneamente, que são:
 Desligamento do disjuntor principal, do campo, do neutro.
 Frenagem da turbina.
 Abertura de CO2 da protecção contra incêndio.
 Alarmes ópticos e acústicos.
 Sinalização do painel.
 Transferência dos auxiliares da central para a finte da
reserva.

Obs: Ajuste 5% inicialmente, (10 – 20)% do regime nominal de TC


ou TI.

Fig. (10.1, 10.2, 10.3)

Protecção diferencial do estator contra C.C entre espiras

 Curto – circuito entre espiras (relé de sobre corrente em


conexão diferencial transversal).
 Nos blocos – gerador – transformador.
 Curto – circuito fase – fase (protecção diferencial
longitudinal).

Obs: Ajuste é de 5% da corrente nominal do gerador.

Fig. 10.4

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3
CAPITULO

A energia é uma das bases da economia de um país. Um valor


especial para o desenvolvimento económico é eléctro – energética,
que joga um papel catalizador no processo não somente industrial,
mas também em todos outros da vida social.
Este papel catalizador de energia eléctrica, universalmente
explica-se devido da sua utilização separadamente, assim como a
possibilidade da sua concentração em grandes escalas. A flexibilidade
do processo da automatização com utilização da energia eléctrica por
exemplo, torna insubstituível a prestação de energia.
As estações eléctricas, que contribuem na produção de
energia eléctrica:
1. Estação eléctrica térmica (central eléctrico térmico) ou
central termo eléctrico
 Central de calefacção.
 Central de condensação.
2. Central hidroeléctrica.
 Eléctrica acumulação.
3. Central eléctrica atómico ou central atómico-electrico
4. Central eléctrica de turbina à gás central eléctrico de
turbina a gás
5. Central eléctrica a base de águas termais.
6. Central eléctrica maremotora.
7. Central eléctrica de acumulação por meio de bombas.
8. Central eléctrica solar.
9. Central eléctrica eólica.
10. Central eléctrica que produz corrente de tracção.
A maior parte da energia produzida ao nível mundial é com a base
das centrais termoeléctricos e hidroeléctricos.
A parte eléctrica das centrais eléctricas é estreitamente ligada
com outras partes, por isso o regime do seu funcionamento como
regra ou norma deve ser vista em combinação com regime de
trabalho de outros equipamentos tecnológicos (de turbina, de
caldeira, etc.).
Vejamos certas particularidades de regimes tecnológicas de certos
tipos de centrais eléctricas:

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Cd – caldeia
Vs –
Ventilador
soprador
AQP – Água
química
purificada
BA – Bomba
de alimentação
A – Fumo
Tb – Turbina
K–
Condensador
E – Ejector
Dr –
Desaerador
Introduza –se o combustível na caldeira (carvão, mazute ou alcatrão
de petróleo, turfa, xisto), aquecendo o ar e água alimentar (a sua
perda é compensada pela água química purificada A.Q.P). A
passagem do ar é realizada pelo ventilador soprador VS, e a água
alimentar pela bomba de alimentação BA. O fumo criado pela queima
do gás A é lançado através do tubo de fumo ou escape (altura 100 –
250m) na atmosfera.
O ar picante de caldeira é lançado na turbina a gás Tb, donde
possa através de uma série de estágios, realizando o trabalho
mecânico – gira a turbina e o rotor do gerador que nele fortemente
ligado.
O ar produzido entra na condensadora K (permutador de calor):
aqui é condensado com ajuda da circulação através do condensador
uma grande quantidade de água fria,
(5 – 25ºC) e o caudal de água que circula é de 50 – 80 vezes superior
do que o caudal de ar através do condensador.
As fontes com águas frias podem ser rios, lagoas, reservatórios de
água artificial, tanques especiais de água, etc., donde a água fria é
transmitida ou lançada no condensador com ajuda de bombas de
circulação do condensador. O ar que cai no condensador através de
incompacidade é afastada com ajuda de ejector (bomba á jacto) E.
Produto de condensação, que se produz no condensador, com ajuda
de bomba do condensador Ak transmite –se no desaerador DR, que
serve para tirar da água de alimentação gases e em primeiro lugar, o
oxigénio que provoca o aumento de corrosão no tubo de caldeira. No
desaerador também transmite – se ou efectua – se a purificação
química de água. Depois de desaerador a água de alimentação com a
ajuda da bomba de alimentação BA é lançada na caldeira. A água
aproximada é aquecida, o aquecimento que é realizado por
aquecedores de pressão diferentes que distribuem vapor de selecção
da turbina assim como na parte caudal da caldeira. A passagem ou a
libertação da massa principal do vapor através do condensador faz

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com que; 60 – 70% de energia térmica, produzida pela caldeira, sem


efeito relacionar – se com a água circulante.
As particularidades de C.E.C.T são as seguintes:
1. Constrói-se dentro das possibilidades perto de local de
nascimento do combustível;
2. A parte fornecida da energia produzida é lançada produção na
rede eléctrica elevadora de tensão eléctrica (110 – 750kV);
3. Trabalham no gráfico livre de produção de energia (i.e. não
limita a quantidade de consumidores térmicos); a potência pode
mudar da máxima calculada até na mínima tecnológica;
4. É de manobrável (viragem da turbina e o conjunto da carga do
estado arrefecido exigem ≈ 3 – 10 h);
5. Baixo ganho (η = 30 – 40%).
Central hidroeléctrica. (C.H.E)

A potência de CHE depende de caudal de água através da turbina


e a carga (de pressão) ou altura (queda de água). H

Essa potência, kW, é determinada pela expressão:

1000
P = Q ηH∑ = 9,8 Q1 ηH∑
102
Donde:
Q - Caudal de água, m3/c;
H - Altura de queda de água, m;
η ∑ - Somatório de ganho.
η ∑ = η c ⋅ η t b⋅ η g ;
ηc - ganho de estação (construção de condutor de água)
ηtb - ganho de turbina hídrica
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ηg - ganho de gerador hídrico.

Pergunta: Qual é a altura de barragem de Cambambe?

As particularidades de C.H.E são:


1) Constrói – se onde existe ou tem recursos hídricos e a condição
para a construção, o que geralmente não coincide com o lugar de
colocação da carga eléctrica;
2) A maior parte da energia eléctrica produzida é lançada nas
redes eléctricas de alta tensão;
3) Trabalha num gráfico livre (com a presença de reservatório de
água);
4) Alta manobrável (viragem e conjunto de carga leva ≈ 3 – 5
minutos);
5) Possui alto ganho ( η ∑ = 85%).
Como verificam – se, a central hidroeléctrico quanto aos regimes
de parâmetros apresenta série de vantagens em relação a central
térmica, embora actualmente haja vantagem na construção das
centrais térmicas ou atómicas. O facto determinante é de capital de
investimento e do tempo de construção de estação (central).

Tarefa: fazer certos levantamentos das seguintes barragens ou


centrais hídricas.

Tempo ou
Barragem Custo capital Custo de duração de
unitário energia construção
(x/kW) eléctrica (Anos)
X/(kWh)
Cambambe
Capanda
Mabuba
Matala
Biopio

Central eléctrica e calefacção (C.E.C)

Diferentemente da C.E.C.T, o C.E.C apresenta a maior quantidade


da distribuição do vapor, uma parte é produzida na turbina para
necessidades industriais e residências. Os consumidores residenciais
(aparelhos domésticos) geralmente recebem a energia térmica das
redes de aquecedores (RA). Com a redução da carga eléctrica da
C.E.C inferior a potência do consumo térmico necessário para os
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consumidores, a energia térmica pode ser adquirida com ajuda ou


através dos dispositivos redutores da refrigeração (DR), alimentação
por um vapor picante de caldeira.
Quanto maior for a distribuição do vapor da turbina para os fins de
calefacção, menor será a energia térmica que libertam –se da água
circulante, por conseguinte, maior será o rendimento de central
eléctrico. Também de salientar que para evitar as queimas na parte
traseira posterior da turbina, através dela deve ser garantido em
todos regimes a passagem de uma determinada quantidade de vapor.
Devido da falta de relação da potência de consumo entre a energia
térmica e eléctrica, C.E.C geralmente funciona no regime de
condensação (misto), o que reduz a sua (economia ou rentabilidade)
fiabilidade económica.

As particularidades de C.E.C são:


1) Constrói – se perto dos consumidores da energia térmica;
2) Geralmente trabalha com combustível;
3) A maior parte da energia eléctrica produzida é transmitida
aos consumidores perto da região ou zona (ao redor) (com ajuda do
gerador ou tensão elevada);
4) Funciona num regime ou gráfico segundo as necessidades
da produção de energia térmica (isto é, o gráfico depende do
consumo térmico);
5) Menos manobrável (tal como e CECT);
6) Possui um somatório de rendimento elevado para uma
grande distribuição do vapor necessário para o consumo doméstico e
industrial η = 60 – 70%.

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Central eléctrico atómico (C.E.A)

A central eléctrica atómica é projectada e construída com


reactores de tipos diferentes nos térmicos (caloríficos) ou neutrões
velozes em esquemas de mono circuito, bicircuitos ou tricircuitos.
A central eléctrica atómica pode ser construída para a produção
somente da energia eléctrica, análogo ao central eléctrica de
condensação térmica (CECT), ou para a produção de energia térmica
e eléctrica, análogo CEC.
O esquema principal simplificado de duplocircuito de CEA é
apresentado na figura a seguir:

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Como mostra a figura, equipamento do 2º circuito, indo à turbina


Tb e condensador K, análogo ao equipamento de central eléctrico
térmico. O primeiro, o circuito radioactivo contem reactor (R), gerador
à vapor (GV) e bomba de alimentação (BA).
Na qualidade de material físsil na CEA geralmente utiliza – se
urânio 235U (92 protões e 1143 neutrões) em forma do concentrado de
oxido – protoxido de U3O8.
Absorvendo um neutrão, urânio 235U divide – se em duas partes
(fragmentos) com libertação de energia. Em desintegração de 1kg de
urânio 235U liberta – se energia de 21,6 milhões kWh 216 Gwh, o que
equivale a energia, libertada em combustão aproximadamente 2900
toneladas de carvão.
Urânio na terra não é pouco, mas 235U nele é somente de 0,714%,
e a maior massa (99,28%) compõe 235U, que normalmente não se
desintegram. Foi encontrada a possibilidade de utilizar e esse isótopo
com alcance de plutónio Pu, também material desintegrado:

( 238
)
U +n → ( 239
)
U + n →( Np + n ) → Pu

Na CEA também pode – se utilizar o tório Th, na qual alcança – se o


material desintegrado 233U.
Pela primeira vez no mundo a fábrica de CEA com uma potência de
5MW foi posta em exploração na ex – URSS em 27/06/1954. em 1956
– 1957 foi lançado o agregado de CEA na Inglaterra (Coller – holl com
potência de 92MW) e no USA (no Sheppingport, com potência de
60MW). Mais tarde expandiu – se com mais força noutros países tais
como, Inglaterra, França, Japão, Suíça, RFA, etc.
A precisão foi de que nos anos 2000, os CEAs produziriam 50% de
energia total produzida no mundo, embora ultimamente o
desenvolvimento de CEA em certos nazes de força maiores reduziu –
se notavelmente.

Particularidades de CEA:
1) Pode ser construído em qualquer lugar geográfico, assim
como nos lugares de acesso difícil ou complicado;
2) Pelo seu regime é autónomo de série (vários) factores
externos;
3) Exige menor quantidade de combustíveis;
4) Pode trabalhar no regime da carga livre (excepto atómicos
de CEC);
5) Muito sensível com a mudança do regime principalmente
como em consideração de trabalho económico para o CEA, utiliza – se
a base principal do gráfico carga do sistema energético;
6) Menos polui a atmosfera; desprendimento de gases
radioactivos e aerossol não é muito e não ultrapassa o valor, a norma
da sanidade permitida. Nesta relação CEA apresenta – se mais limpo,
que a CEC.

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Estação Eléctrica de turbina à gás (E.T.G)

Esquema principal

O rendimento do ETG com agregados de 25 – 100MW cumpre (29 –


34)%. São de alta manobráveis e são utilizados no sistema energético
na qualidade de standby (reservas) de fontes de energias atómicas,
assim como na quantidade de cobrir as fontes no ponte pico do
gráfico da carga.

Estação Eléctrica Diesel (E.D)

Esquema principal

O seu elemento principal Gerador – Diesel, conjunto de motor de


combustão interna M.C.I e gerador de corrente alternada G. ED é
móvel (portátil), autónomo, a razão pela qual é utilizada nas regiões
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difíceis de acesso, assim como para a distribuição eléctrica nos


consumidores das aldeias. Hoje em dia nos países com situação de
energia eléctrica regularizada, estas são utilizadas na qualidade de
reserva no caso das avarias dos sistemas das fontes de alimentação
das necessidades internas em individuais de CEA e RCEH, complexas.

Estação Eléctrica eólica

Não de grande potência, são utilizados na qualidade de fontes de


energia eléctrica nas aldeias, nos locais de acesso difíceis, nas
estações meteorológicas e outros lugares, onde conserve numa forma
estável, o tempo com vento. O calculadamente, com a superfície
terrestre no campo de 1km2 pode conseguir em média 250 – 750 kW
de potência e produzir 2,19 – 6,57 milhões kWh de energia eléctrica
por ano.
Actualizar a produção anual à nível de países de grande
produtores de energia eólica).

Estação solar (E.S)


Esquema principal

A estação solar encontram a utilização em série de países, que


possuem um número elevado de dias solares por ano. Segundo os
dados publicados o rendimento de ES pode ser elevado até 20%.

Estação Eléctrica Geotermal (E.G)

Utiliza-se a energia barata das fontes termais do subsolo.

Esquema principal

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A estação geotérmal trabalha na Islândia, Novas Zelândia,


Nova Guine, USA, na Itália, etc. na Itália, por exemplo, no ano 1986
fornecia 6% de energia total produzida na electro – energética.

Estação a fluxo (maré alta) – são chamadas também cápsulas


de agregados e hídricos, são construídas, donde apresenta uma
queda considerável de nível de água no tempo de fluxo (maré alta) e
maré baixa. De maior potência de 1000MW, na grande britânica com
7260 MW.

Esquema de ligação eléctricas de estações e subestações


eléctricas.

Conceito geral
As exigências principais para com esquemas, materiais normais.
Estação eléctrica é a única activa (gerador) e o elemento mais
importante para qualquer sistema energético.
A instalação, incluindo a parte eléctrica da estação é realizada
cumprindo um determinado esquema que abrange a estrutura interna
e a ligação ou relação mútua entre elementos da instalação. No caso
geral o esquema de ligação eléctrica – este é o esboço, no qual é
apresentado os elementos de instalação, ligados entre eles numa
sequência que se encontram na realidade. Na pratica embora sobre o
termo de “esquema de ligação eléctrica” geralmente entende – se
não somente os desenhos, mas também a realidade física, que
condicionalmente é apresentado no desenho. Como por exemplo,
dizem, “esquema eficaz”, “esquema económico ( de fiabilidade
económico)”, “esquema em bloco de instalações eléctricas”,
“esquema da potência de extracção de estação eléctricas”, etc.
Esquemas de ligação eléctricas e a disposição dos dispositivos
neles relacionados são os elementos mais importantes da estação
eléctrica ou subestação eléctrica. Estes diferenciam em esquemas
principais e esquemas das necessidades internas. Esquema
principal apresenta o circuito ou rede no qual transmite – se a
energia da fonte para os consumidores dependendo da indicação da
instalação eléctrica, o esquema da necessidade interna apresenta o
circuito das necessidades internas da instalação.
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As exigências apresentadas para com esquemas de ligação


eléctricas e a construção e instalações de distribuição de
estação e subestação eléctricas são:
a) A eficiência do trabalho;
b) Fiabilidade económica;
c) Flexibilidade técnica, isto é, capacidade de adaptação fácil
na mudança das condições de trabalho de dispositivos e a exploração
dos circuitos primários e secundários confortáveis, possibilidades de
automatização;
d) Serviços de segurança;
e) Possibilidades de ampliação;
f) Ecologicamente limpo, quer dizer pouca influência no meio
ambiente (barulho, fortes campos eléctricos e magnéticos,
desprendimento de substancias prejudiciais, etc.).
g) Estas exigências abrangem os aspectos técnicos,
económicos, sociais, políticos e ecológicos, que são considerados
neste momento na fase de projecção, da construção e exploração de
vários objectos técnicos.

Para a escolha de esquemas de ligação eléctricas de


estação e subestação eléctrica influenciam vários factores,
tais como:

a) Tipo de estação (subestação);


b) O número e a potência dos geradores e transformadores de
força;
c) A existência de carácter e potência de carga local;
d) Categoria de consumidores;
e) O papel de estação eléctrica, no sistema energético, o valor
da potência de reserva no sistema, a capacidade de passagem da
ligação (transmissão) de sistema interno e externo, prognostico de
desenvolvimento;
f) Esquemas e tensões adjacentes de redes eléctricas do
sistema energético;
g) O nível da corrente de curto – circuito;
h) Existência de equipamentos necessários para parâmetros e
efectividade do seu trabalho;
i) O valor da perda em caso da falha de distribuição e a
insuficiência de energia eléctrica aos consumidores, assim como o
valor da perda do sistema em caso de avaria de desligamento dos
geradores, blocos, terminais (pontos) de geradores, linha de
transmissão eléctrica de alta tensão, a ligação externas, etc.;
j) Existência do campo para a construção de dispositivos de
distribuição;
k) Experiência e o dinamismo cientifico dos projectistas.

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Para projectar a parte eléctrica da estação eléctricas para


além das normas, utiliza – se certos normativos de materiais,
que são:
a) Regra de construção de dispositivos ou instalações
eléctricas;
b) Regra de exploração técnica de estação eléctrica e redes;
c) Regra da técnica da segurança na exploração de
dispositivos eléctricos de estação e subestação;
d) Norma de projecção técnica de electroestação térmica e
redes térmicas;
e) Norma de projecção técnica de estação eléctrica atómica;
f) Norma de projecção técnica de estação hidroeléctrica;
g) Norma de projecção técnica de subestação de alta tensão
(35 – 750kV);
h) Indicações pilotos e normativos na projecção do
desenvolvimento do sistema energético;
i) Indicações pilotos na projecção do sistema de controlo e
medição na estação eléctrica;
j) Indicações pilotos na determinação de estabilidade do
sistema energético;
k) Indicações pilotos no cálculo de corrente do curto –
circuito;
l) Normas e regra de construção;
m) Regra da segurança do incêndio.

Escolha de elementos principais

A escolha de esquema principal de ligação eléctrica de uma


estação eléctricas é realizada na base do projecto afirmado ao
desenvolvimento do sistema energético.
Para os objectos de energéticos geralmente utiliza – se dois
estádios (etapas) de projecção: elaboração do projecto técnico e
elaboração do projecto do trabalho (implementação).
No projecto, o desenvolvimento do sistema energético indicam: a
tensão da rede (circuito), nos quais será produzida a energia
eléctrica da estação (central) eléctrica; gráficos da carga
(tempo seco ou chuvoso); a quantidade de horas da utilização
máxima; o cálculo da potência de sobrecorrente entre redes
de tensões diferentes; a disposição eficaz de blocos em redes;
esquema de redes e o número de linhas em cada tensão; os
cálculos existentes e o limite d nível de correntes do C.C
permitida no dispositivos de distribuição do elevador de
tensão; exigências para com esquema de ligação eléctricas no
que diz respeito a estabilidade de sistema eléctrica; estes
dados são indicadores para cada etapa do desenvolvimento
da central eléctrica e sistema energético.

O esquema principal da ligação eléctrica da central eléctrica com


carga de gerador de tensão são projectados ligando – os com
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esquemas de disposição das redes ou com esquema de distribuição


eléctrica das empresas industriais.
A escolha de esquema principal de subestação regional de 35 –
750kV ocorre com a consideração de desenvolvimento do esquema
do sistema energético, assim com a confirmação do desenvolvimento
da linha (rede) regional nos cinco próximos anos com a perspectiva
de 10 anos ou esquema de distribuição eléctrica da região.
Para confirmar o esquema de desenvolvimento da rede eléctrica
deve – se determinar:
 Região da montagem de subestação;
 O número (valor), da potência aparente e tensão
nominal de cada enrolamento do transformador; assim como o
intervalo ou limites de regulação de tensão;
 O nível de tensão nos terminais de subestação;
 Dados para cálculos de curtos circuitos;
 Número, destino ou objectivo e carga que partem
(saem) da subestação da linha eléctrica de 35 – 750kV;
 Pré – esquema principal de ligação eléctricas da
subestação;
 O tipo e a quantidade e potência das fontes de
potências reactivas necessárias;
 Regime da terra do neutro do transformador;
 Necessidade de montar dos reactores em paralelo para
a compensação da potência carregada da linha de alta tensão;
 Dispositivos para a protecção contra a sobretensão
interna, etc.;

Escolha da secção dos condutores das linhas eléctricas:


 Densidade de corrente (económico);
 Controlada com a base da temperatura;
 Regime do C.C
 Estabilidade estática de transmissão eléctrica;
 Condições de exploração de perdas de tensão e potência
reactiva.

Exemplo: para linha de 110kV permissível 10% C.N e 15% C.


avaria.

A potência natural da linha (MV), é igual

U n2
PN =
Z0

Donde;
Un – tensão nominal de transmissão, kV;
Z0 – resistência ondulatória de transmissão, Ω;

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L0
Z0 =
C0

L0 – indução da linha, H
km ;
C0 – capacidade de linha, F
km ;

Parâmetros da linha, a velocidade de expansão das ondas


electromagnéticas (v) e a velocidade da luz (C) estão relacionadas
entre elas com a relação;

1
v=
L0 C 0

Para linhas aéreas v = C;


Para linhas de cabos com resistividade de 4 ÷ 5, a velocidade
C
v= .
2 ÷ 2,5

Esquema dos dispositivos de repartição (D.R).

Estação e subestação eléctricas, como regra, possuem dispositivos


de repartição, que são dispositivos eléctricos, destinados para
recepção de energia eléctrica das fontes e repartir – a aos
consumidores. A rede (circuito) directamente ligado com DR dos
elementos externos, fontes, consumidores, linha de ligação de
instalações eléctricas, que contém vários aparelhos de comutação
(disjuntores, interruptores, disjuntor de carga, separadores, fusíveis,
etc.) é chamado a conexão.
Os dispositivos de repartição dependendo do tipo, da potência, da
tensão e particularidades de regime tecnológico, as instalações
eléctricas são feitos com esquemas diferentes, que condicionalmente
pode dividir – se em três grupos:
1. Esquemas com comutações ligados num só interruptor;
2. Esquemas com comutações ligadas em dois interruptores;
3. Tipos de esquema simples, estes são chamadas esquemas
simplificados; i. é; esquemas com o número reduzido de
interruptores; tais como: esquemas em bloco, esquema de ramificado
da passagem de linha, esquemas “pontes” e “larga pontes”. Neste
grupo pode ser juntado esquemas especificados e não tipos
tradicionais:
 Esquema do gerador – transformador – Linha (GTL)
com a nivelação do sistema de contacto;
 Esquema GTL com nivelação multi – triangular;
 Esquema GTL com nivelação da passagem de multi –
triangular;

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 Esquema de contactos (terminais) dos


transformadores;
 Esquema de contactos (terminais) da linha;
 Esquema de alargado de multi – triângulos;
 Esquema do cesto.

Pode – se utilizar vários esquemas dependendo da tecnologia ou


fiabilidade económica, mas não desobedecendo ou violando as
normas estabelecidas para com estações e subestações eléctricas.

Esquema de ligação eléctricas de central termo – eléctrico


(C.T.E).

Esquema estrutural

Estrutura de esquema de C.T.E

A potência do bloco dos transformadores é acordada com a


potência dos geradores.

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4
CAPITULO

Luminotecnia é a ciência que estuda as distintas formas de


produção de luz, assim como o seu controlo e
aplicação.
O seu estudo baseia – se por variações
electromagnéticas simples, que podem classificar – se dependendo
da sua forma de gerar – se, pelas suas manifestações ou efeitos, ou
simplesmente pela sua longitude de onda.
As radiações visíveis se caracterizam por serem capazes de
estimular (excitar) o sentido da vista e estar compreendidas dentro
de uma gama de longitude de onda muito pequena, compreendida
aproximadamente entre 380 e 780 mm (1 milimicra = 10 −9 m). Esta
gama de radiações visíveis, está limitada de um lado por radiações
infravermelhas, que naturalmente não são perceptíveis por o olho
humano.

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Uma das características mais importantes das radiações visíveis, é


a cor. Estas radiações para além de siministrar uma impressão
luminosa, proporcionam também uma sensação da cor dos objectos
que nos rodeiam.
O receptor destas sensação de cor é o olho humano, resultando
em conhecer sua sensibilidades para cada uma destas radiações.
Segundo analise vários ensaios realizados sobre as longitudes,
cheguem as conclusões que nem todas as longitudes de onda
produzem a mesma impressão luminosa e que a radiação que mais
impressão causava era a correspondente a uma longitude de onda de
550 m µ , própria da cor amarelo – verde. Esta impressão ia
decrescendo a direita e a esquerda do valor máximo característico,
sendo para as cores vermelho e violeta os que davam uma menor
impressão.
Destes resultantes obteve – se a “curva internacional de
sensibilidade do olho humano” (Vê a figura):

Outro dado digno de manter presente em luminotecnia é a


“temperatura da cor”. Considera – se o corpo negro como o radiante
teoricamente perfeito, este vai trocando da cor a medida que vamos
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aumentando a sua temperatura, adquirindo no principio a tonalidade


de um vermelho sem brilho, para logo alcançar o vermelho claro, a
laranja, o amarelo, o branco, o branco azulado e finalmente o azul.
Desta ideia nasce a “temperatura do cor” e se utiliza para indicar a
temperatura de uma fonte de luz por comparação desta com a cor do
corpo negro a determinada temperatura, assim por exemplo, a cor da
chama de vela é similar a um corpo negro aquecido a 1800ºK, dai diz
– se que a temperatura da cor da chama de uma vela é de 1800ºK.
A temperatura da cor pode ser aplicada somente as fontes da luz
com uma semelhança da cor do corpo negro, como por exemplo a luz
do dia, a luz das lâmpadas incandescentes; a luz das fluorescentes,
etc.

Obs: A cor das lâmpadas de vapor de sódio, não coincide com a


cor do corpo negro a nenhuma temperatura, assim não pode ser
comparada com ela, não lhe assemelhar a nenhuma temperatura da
cor.

Temos assim algumas temperaturas da cor:

• Céu azul  → 20000ºK.


• Céu nublado  → 7000ºK.
• Luz solar directa  → 5000ºK.
• Luz de vela  → 1800ºK.
- Lâmpadas fluorescentes:
• Branco cálido  → 3000ºK.
• Luz de dia  → 6500ºK.
- Lâmpadas incandescentes:
• Normais  → 2600ºK.
• Halogéneas  → 3100ºK.

Existem uma certa relação entre a temperatura de cor e o nível de


iluminação, de tal forma que a maior temperatura de cor, deve
corresponder também com a maior iluminação para conseguir uma
sensação agradável.

Parâmetros da luz

Partindo do principio de que para falar da iluminação é necessário


contar com a existência da uma fonte de luz e de um objecto a
iluminar, as magnitudes que devem ser conhecida e definida são:

Magnitude Unidade Símbolo


Fluxo luminoso Lúmen (lm) φ
Nível de iluminação Lúmen/m2 ou Lux E
ou iluminancia
Intensidade luminosa Candela I
Luminancia Candela/m2 L
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108
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O fluxo luminoso e a intensidade luminosa são magnitudes


características das fontes de luz, indicando a primeira como a
quantidade de luz emitida pela dita fonte em 1 segundo em todas as
direcções, a segunda indica a quantidade de luz emitida em 1
segundo e numa determinada direcção.

Fluxo luminoso ( φ): é a magnitude que mede a potência ou


caudal de energia da radiação luminosa e pode – se definir da
seguinte maneira:
O fluxo luminoso é a quantidade total de luz radiada ou emitida
pela fonte durante 1 segundo.
Q
φ=
t

Donde:
φ - é o fluxo luminoso;
Q – é a quantidade de luz emitida em lúmen por segundo.
t – é o tempo de radiação em segundo.

O lumem como unidade de potência corresponde a 1/680 W


emitidos à longitude de onda de 550 m µ .
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Exemplos de fluxos luminosos:

Lâmpadas de incandescência de 730 Lm


60 W
Lâmpadas fluorescentes de 65 W 5100 Lm
“branca”
Lâmpadas halogénea de 1000 W 22 000 Lm
Lâmpadas de vapor de mercúrio 5 600 Lm
125 W
Lâmpadas de sódio de 1000 W 1200 000 Lm

Nível de iluminação

Em nível de iluminação ou iluminância define-se como o fluxo


luminoso incidente por unidade de superfície.

φ
E= Lumem / m 2 = Lux .
S

O lux é a iluminação de uma superfície de 1 m2 quando sobre ela


incide, uniformemente repartido, num fluxo luminoso de 1 lumem.

Exemplos de níveis de iluminação:

Meio-dia em verão 100 000 Lux.


Meio-dia em Inverno 20 000 Lux.
Oficina bem iluminada 400 à 800 Lux.
Sala bem iluminada 20 Lux.
Lua cheia com céu claro 0,25 à 0,5 Lux.

Intensidade luminosa

A intensidade luminosa de uma fonte de luz numa direcção dada, é


a relação que existe entre o fluxo luminoso contendo num ângulo
sólido qualquer, cujo eixo coincide com a direcção considerada, e o
valor do dito ângulo sólido expressado em estereoradianos.

φ
I= [ Candela ]
ω

Donde:
I – Intensidade luminosa em candelas;
φ - Fluxo luminoso em Lúmens;
ω - Ângulo sólido em estereoradianos.

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A candela define-se como 1/60 da intensidade luminosa por cm2


do “corpo negro” à temperatura de solidificação do platino (2 042 ºK).

O estereoradiano é o valor de um ângulo sólido que determina


sobre a superfície duma esfera um casquete cuja a área é igual ao
quadrado do raio da esfera considerada.

S
ω=
r2

Exemplos de intensidade luminoso:

Lâmpada para farol de bicicleta


sem reflector 1 Cd.
Lâmpada PAR – 64 muito 200 000 Cd.
concentrada
Farol marítimo 2 000 000 Cd.

Luminância é a intensidade luminosa por unidade de superfície


perpendicular a direcção da luz.
I
l=
S

A luminãncia L expressa-se em Candelas/cm2 ou candelas/m2.

Se a superfície considerada S1 não for perpendicular à direcção da


luz, considera – se –a como real, que resulta de projecção de S 1 sobre
dita perpendicular.

S 2 = S1 ⋅ Cos θ .

Por tanto:

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I I
L= =
S 2 S1 ⋅ Cos θ

Exemplo de luminãncia:

Filamento de lâmpada 10 000 000 Cd/m2


incandescente
Arco voltaico 160 000 000 Cd/m2
Lua cheia 2 500 Cd/m2

Com ajuda da figura e algumas das formulas anteriores, podemos


chegar a conclusões que:

S
Sendo φ = E ⋅ S ; ω=
r2

φ E⋅S
Teremos I = = = E ⋅r2
ω ω

Considerando que os fluxos luminosos e as intensidades iluminas


são iguais em ambas superfícies, teremos:

I = E1 d 2 ; I = E 2 D 2

Donde :
E1 D2
E1 d 2 = E 2 D 2 ; = 2
E2 d
Segundo estas formulas observamos como uma fonte de luz com
uma intensidade luminosa de 200 candeias na direcção do eixo da
figura determinada sobre um ponto situado a 1 metro da distancia,
um nível de iluminação de:

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I 200
E= 2
= 2 = 200 lux.
d 1

Se agora suponhamos que o ponto está situado a 3 metros, o nível


da eliminação reduzirá numa nona parte.

200 200
E= = = 22,2 lux.
32 9

Quando a superfície iluminada não é perpendicular à direcção do


raio luminoso, a iluminância ou nível de iluminação, é modificado por
co-seno do ângulo de incidência, que é o ângulo formado para a
direcção do raio incidente e a normal à superfície no pólo
considerado.

Assim teremos:
I ⋅ Cosα
E=
D2

Supondo que o ponto e luz se encontra a uma altura H; sobre a


horizontal,

H H
Cosα = ; D=
D Cosα

E portanto

I ⋅ Cos 3α
E=
H2

Por exemplo se supomos uma fonte de luz a uma altura de 8


metros, com uma intensidade luminosa de 200 candeias, num ponto
que forma 20º com a vertical, o nível da iluminação em dito ponto
será:

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200 ⋅ Cos 3 20
E= = 2,59 lux.
82

Lâmpadas e seus componentes

Com o desenvolvimento da tecnologia, começou a surgir cada vez


mais vários tipos de lâmpadas que vão adaptando uma série de
componentes e aparelhos auxiliares tais como casquilhos, suportes
das lâmpadas, reactâncias, etc.
Como foi focado anteriormente, a energia eléctrica pode construir
uma fonte de luz, por qualquer dos seguintes processos: o arco
eléctrico, a lâmpada incandescente, o tubo luminescente, a
lâmpada fluorescente, etc.
O processo de iluminação por tubo luminoso é utilizado,
particularmente, para indicações luminosas.
Os tubos luminescentes são utilizados na exploração de redes de
media e alta tensão.
Integrados nos electroscópios permitem verificar a falta de tensão
nos condutores.
Pode-se fazer contra – prova por exemplos, depois de ser utilizado
em condutores “sem tensão”, verifica-se o bom funcionamento do
tubo luminescente.
O tubo luminescente é constituído por: dois invólucros
metálicos colocados nas extremidades, um tubo de vidro contendo
um gás (néon, árgon, etc.), sob uma pressão reduzida.
Este funciona de seguinte forma: aplicando uma tensão aos
eléctrodos (invólucros), o gás ilumina-se; torna-se condutor.
Um tubo cujos eléctrodos distam apenas se alguns milímetros
(busca-pólos) ilumina-se mesmo sob uma tensão reduzida.
Quando a distancia entre os eléctrodos aumenta, a tensão
necessária para iluminar o gás pode ser de ordem de vários milhares
de volt. Produz-se neste caso uma luz mais intensa.

Lâmpadas de incandescentes

A incandescência é um sistema no qual a luz é produzida com a


passagem da corrente eléctrica através de um filamento condutor.
Vários materiais são utilizados para a construção dos filamentos,
de uso exclusivo encontrados o tungsténio ou wolfranio, cuja
temperatura de fusão é de ordem de 3400ºC, com temperaturas
normais de trabalho de 2500 – 2900ºC, com longa durabilidade e
maior rendimento.
Um factor importante que condiciona a vida do filamento é
“fenómeno de evaporação” que consiste em que devido às elevadas
temperaturas do filamento, este emite partículas que o vão gastando
lentamente, provocando roturas.

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Para evitar este fenómeno, os filamentos são feitos em forma de


espiral e a ampola é preenchida com um gás inerte à uma
determinada pressão. Este gás inerte é composta da mistura de
nitrogénio e árgon.
O tamanho da ampola envolvente depende da potência eléctrica.
Na qualidade de ampola, actualmente utiliza-se mais vidro à cal. As
formas também são várias, dependendo da estética de cada um.
O casquilho tem como a missão de segurar os dois fios que saem
do filamento, através do vidro, ao exterior, ao mesmo tempo serve da
união com a rede de alimentação. Existe vários tamanhos e formas de
casquilhos, mas os mais frequentemente utilizados são de rosca
Edison E-27, para potências inferiores a 300W e rosca E-40 ou Goliat
em lâmpadas de igual potência ou superior.
O comportamento destas lâmpadas depende dos espectros de
radiações que as compõem, isto é, em função da energia radiada
numa determinada potência.
A energia radiada por estas lâmpadas tem um carácter contínuo e
que a maior parte da energia encontra-se na zona das cores
vermelhas (~600 – 780mM) e somente uma pequena parte é feita na
zona da cor violeta (~380 – 400mM). Deste deduz-se que a luz
radiada por este tipo de lâmpadas se assemelha à luz solar.
O rendimento ou eficácia luminosa de uma lâmpada expressa-
se como o quociente entre o fluxo luminoso e a potência eléctrica
consumida.

φ  Lm 
R=
W ( P)  
W 

A eficácia das lâmpadas incandescentes é a mais baixa de todas


as lâmpadas e é da ordem de 8 Lm/W para as lâmpadas de pequena
potência e da ordem de 20 Lm/W para as de grandes potência.
Não se deve confundir a eficácia de uma lâmpadas com o
rendimento de transformação “energia eléctrica e energia luminosa”.
Porquanto a totalidade da energia eléctrica aplicada às lâmpadas se
transforma em luz, é difícil encontrar rendimentos piores.
O fluxo luminoso das lâmpadas incandescentes não é
constante ao longo da sua vida. Isto acontece devido do fenómeno
da evaporação do filamento, já que as partículas de tungsténio
desprendidas por filamento se depositam sobre a parede interna de
ampola escurecendo-a, por outro lado o desgastamento do filamento
faz aumentar a sua resistência, o que provoca uma diminuição da
potência absorvida. Ambos efeitos provocam uma diminuição do fluxo
total emitido.
Ao longo da vida media duma lâmpada de incandescente, a
depreciação do seu fluxo vai aumentando progressivamente a chega
de alcançar mais ou menos 20% ao atingir a vida média.
Considera-se a vida media duma lâmpada à duração média de
um grupo de lâmpadas em funcionamento em regimes normais
(condições normais). Este é um dado importantíssimo de qualquer
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tipo de lâmpada, já que na base disto, podemos definir ou determinar


o rendimento económico da instalação.
A vida média das lâmpadas de incandescência é aproximadamente
de ±1000 horas. A vida média das lâmpadas de incandescência é a
menor de todas lâmpadas, mas devido das suas características é a
mais utilizada na iluminação das residências.
A tensão de alimentação de uma lâmpada de incandescência é o
factor que afecta a todas suas variáveis: resistência eléctrica do
filamento, corrente, potência, fluxo luminoso, eficácia
luminosa e vida média. Pode-se enquadrar todas essas variáveis
numa mesma característica em função de tensão de alimentação.

As lâmpadas incandescentes são as primeiras a fornecer a luz pela


acção da energia eléctrica depois das lâmpadas de arco.
As lâmpadas modernas incandescentes têm uma vida aceitável (a
ciclo de iodo).
Lâmpadas fluorescentes

Lâmpadas fluorescentes de cátodo quente a baixa tensão.

Estas lâmpadas apresentam muitas vantagens pelo seu


rendimento, um brilho escasso, boa durabilidade, uma modesta
temperatura de funcionamento e outras mais características
consideráveis.
Estas não acendem instantaneamente como é o caso das
lâmpadas incandescentes, e necessitam aparelhos auxiliares para o
seu funcionamento tais como aparelhos para o pré-aquecimento dos
cátodos e de regulamento da corrente de exercício e outros
dispositivos especiais.
São sensíveis às variações da tensão e às baixas temperaturas.
Elas requerem condensadores de refasagem para aumentar o
factor de potência que deve ser quase 100% já que a factor de
potência apresentado para estes tipos de lâmpadas ronda a volta de
50 – 70%.
Nos circuitos a corrente alternada a corrente de operação é
limitada pela impedância (reactor), disposta em série em relação aos

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filamentos e nos circuitos a corrente contínua pelas resistências de


características adequadas.

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Lâmpadas fluorescentes a cátodo quente a média tensão.

O principio de funcionamento é igual das lâmpadas fluorescentes a


cátodo aquele pré – aquecido a baixa, mas com qualidades diferentes
e por conseguintes vantagens diferentes.
A forma construtiva também é diferente, comparando com das de
baixa tensão, estes são de menor diâmetro e maior comprimento.
Cada extremidade possui um único pino que encabeça um grosso
filamento. É de funcionamento instantâneo, graças a reactores
especiais que fornecem uma tensão capaz de produzir centenas de
arco e limitar a corrente operacional.
Os condensadores de rafasagem ajuda melhorar o factor de
potência.
Estes são de elevados rendimentos, longa durabilidade, menos
sensíveis nas variações de tensões e temperaturas em relação as de
baixa tensão.
Para o funcionamento intermitente, o desgaste é menor.
Exige unidades especiais na porta – lâmpadas ao se tirar as
lâmpadas, devido das presenças de elevada tensão que apresentam.

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Figuras
Lâmpadas fluorescentes de cátodo frio

As lâmpadas fluorescentes de cátodo frio (tubos de néon) –


aplicadas somente para a iluminação por ser de menor rendimento. O
princípio de funcionamento é igual as das fluorescentes
anteriormente analisadas. São de menor diâmetro e maior
comprimento. Cada extremidade é composta de um único eléctrodo
tubular, grande.
São de vida longa, cor ao gosto, podem funcionar em regime
intermitente. Exigem alta tensão para funcionarem, adquirindo com
ajuda de transformadores a dispersão, limitando assim a corrente de
arco.
Necessita boa refasagem para melhorar o factor de potência e
cuidados especiais devido da elevada tensão, maior cuidados na
instalação no caso de série composta por tubos e certos cuidados
para evitar interferências nos aparelhos receptor de rádio e televisor
durante o funcionamento das instalação com tubos fluorescentes de
cátodo frio.

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Lâmpadas de bulbo fluorescentes.

Com maior utilidade para iluminação publica e industrial devido do


maior rendimento e durabilidade que apresentam. Princípio de
funcionamento igual a todas fluorescentes, mas por estas a excitação
do pigmento fluorescente é obtido por uma componente interno
vapores de mercúrio que emite raios ultravioletas no invólucro de fora
especial.
Acendem lenta e gradualmente.
Baixo factor de potência (necessita limitador de corrente)

Figura
Lâmpadas a vapor de sódio e mercúrio.

São características na iluminação industrial de grandes armazéns,


praças e depósitos. Na iluminação pública são empregados apenas as
lâmpadas a vapor de sódio e geralmente, só nos cruzamentos, pois
alem da alta eficácia, sua luz amarela corresponde à cor distintiva do
sinal de perigo. A emissão monocromática das lâmpadas a vapor de
sódio e de mercúrio as torna inadequadas, juntamente com outras
peculiaridades técnicas negativas, ao uso na iluminação ambiental.
São de elevadíssimo rendimento.
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Acendem-se lentamente (total eficácia após certos minutos).


Depois de apagar – se, para acender é preciso esperar a
esfriamento.
Necessitam de reactores limitadores da corrente e condensadores
para melhorar o factor de potência.

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