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Curso: Técnico de Instalações Elétricas

Produção transporte e distribuição de energia


eléctrica

Cristina Pires
Produção transporte e distribuição de energia eléctrica

FORMADOR: Cristina Pires 1


CADEIA DA ENERGIA ELÉCTRICA

• A energia eléctrica (EE) aparece espontaneamente em


alguns fenómenos da natureza (relâmpagos, electricidade
estática, etc.). No entanto, para a podermos utilizar
convenientemente necessitamos que esta esteja
disponível de uma forma estável e previsível.
• Para atingir este objectivo, o ser humano teve de inventar
procedimentos de produzir EE, sem depender de
fenómenos naturais esporádicos. Como na natureza nada
se perde, nada se cria, tudo se transforma.

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CADEIA DA ENERGIA ELÉCTRICA

A produção (ou geração) de EE consiste em transformar outras formas


de energia em energia eléctrica, nomeadamente:
• · Hídrica
• · Térmica
• · Eólica
• · Solar
• · Química
• · Marémotriz
Sendo, em grande parte, transformadas primeiramente em energia
mecânica e só depois em EE.

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CADEIA DA ENERGIA ELÉCTRICA

A produção de EE, tal como outro grande processo industrial, faz-se


normalmente longe das zonas urbanas, ou seja, longe dos
consumidores de EE, quer por restrições urbanísticas e ecológicas,
quer por causa da localização dos próprios recursos (rios, mar, sol,
carvão, etc.). É portanto necessário transportar a EE do ponto onde é
produzida, para outros pontos mais próximos do consumidor.
Depois de se dispor da EE em determinados pontos estratégicos
(centros de consumo), é necessário distribuir essa energia aos
consumidores, de uma forma que eles a possam utilizar de uma forma
fiável e segura.

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CADEIA DA ENERGIA ELÉCTRICA

É comum chamar a todo este processo a cadeia da


EE, podendo representar-se da seguinte forma:

Produção Transporte Distribuição Utilização

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Produção
A produção industrial de EE é conseguida a partir de outras
formas de energia, em Centrais Eléctricas. Existem diversos
meios de produção de EE que correspondem ao
aproveitamento de diferentes formas de energia
disponíveis, os quais dão lugar a diferentes tipos de centrais.
Entre estas, referem-se a seguir os conceitos básicos das
Centrais Eólicas, Hidroeléctricas e Termoeléctricas.
Qualquer uma destas centrais “produz” EE a partir do
movimento de rotação de um alternador, que transforma
este movimento em EE.
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Produção

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Produção

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Produção

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Produção
As Centrais Hidroeléctricas (CHE) realizam o
aproveitamento da energia potencial (e cinética)
da águas dos rios.
O movimento descendente de água provoca o
movimento de uma turbina que, associada a um
alternador, permite a geração EE.

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Produção

Nas centrais hidroeléctricas,


aproveita-se a força da água
para produzir movimento em
turbinas que estão acopladas a
alternadores, os quais
transformam esse movimento
em energia eléctrica

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Produção
Em Portugal, a energia eléctrica é essencialmente produzida

em centrais hidroeléctricas e em centrais termoeléctricas

Nas centrais hidroeléctricas, aproveita-se a força da água para

produzir movimento em turbinas que estão acopladas a

alternadores, os quais transformam esse movimento em

energia eléctrica.
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Produção
Classificação das centrais hidroeléctricas

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Produção

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Produção

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Produção

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Produção
Centrais termoeléctricas
• Queimam-se os combustíveis (como o carvão, o
fuel ou o gás natural) e assim produz-se o calor
que aquece a água a altas temperaturas, obtendo-
se vapor de água.
• É a força do vapor de água que, neste tipo de
centrais, faz movimentar as turbinas que estão
acopladas aos alternadores.

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Produção
Nas centrais termoeléctricas,
queimam-se os combustíveis
(como o carvão, o fuel ou o gás
natural) e assim produz-se o
calor que aquece a água a altas
temperaturas, obtendo-se vapor
de água. É a força do vapor de
água que, neste tipo de centrais,
faz movimentar as turbinas que
estão acopladas aos
alternadores.

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Produção
Classificação das centrais termoeléctricas

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Produção

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Produção
Central nuclear pode considerar-se um
caso particular das centrais
termoeléctricas, realizando o
aproveitamento da energia contida em
certos materiais
radioactivos(normalmente urânio).

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Produção
Tradicionalmente, em Portugal, as grandes
quantidades de EE que são necessárias para
satisfazer os consumos têm sido obtidas a
partir de CHE e CTE. O mesmo já não acontece
em outros países que utilizam energia nuclear.
No caso da França, 76% da EE é de origem
nuclear.

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Produção

O aproveitamento da energia hidráulica tem particular interesse por


um conjunto de razões:

· O suprimento de energia (rios) é gratuito, ao contrário das CTE.


· Menor desgaste de exploração que as CTE, pois o equipamento não
está sujeito a temperaturas elevadas.
· Não dependem de um combustível extraído do solo (e portanto,
esgotável).
· Não criam problemas de poluição (um problema sério e ainda não
resolvido, nas CTE).

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Produção
No entanto, as CTE permitem fornecer
permanentemente a mesma EE, desde que não falte
o combustível.
O mesmo já não acontece com as CHE, pois as
disponibilidades de água são variáveis, uma vez que
dependem da pluviosidade havida na bacia
hidrográfica que as alimenta e dos gastos já
efectuados, no caso de existir um reservatório
(albufeira).
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Produção
Interligação de Centrais Produtoras de Energia Eléctrica
É de referir que as centrais produtoras de EE podem estar
interligadas, numa tentativa de minimizar o problema do
consumo variável de EE (um grave problema para os
produtores de EE). Este processo de interligação consiste em
fazer trabalhar os respectivos geradores em paralelo e, por
intermédio dos respectivos sistemas de comando, distribuir
a carga (consumo) por elas nas proporções mais
convenientes.

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Produção
A interligação é feita de um modo hierárquico,
isto é, interligam-se centrais isoladas para
formar sistemas regionais, depois interligam-
se os sistemas regionais para formar os
sistemas nacionais, etc.

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Produção
Podem enunciar-se as vantagens da produção cooperativa de energia:

• Menor potência instalada (menor “dimensão” de cada central isolada)

diminuição do custo da EE produzida, por menor imobilização de capital.

• Menor encargo com sistemas de reserva (devido à gestão colectiva dos sistemas
de reserva).
• Melhoria da qualidade do serviço de fornecimento de EE, uma vez que os efeitos
de uma avaria numa central poderão ser minimizados através do abastecimento
feito pelas restantes centrais da mesma rede.

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Produção
No entanto, aparecem também alguns
inconvenientes inerentes:
• Maiores encargos com linhas e equipamento
associado.
• Maiores despesas de coordenação, a gestão de um
sistema grande é mais complexa do que a gestão
de um sistema de reduzida dimensão.

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Produção
Em conclusão, a análise dos prós e dos
contras indica vantagem para a
interligação de sistemas.

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Produção

Ficha de trabalho

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Transporte
Considerações Energéticas
Quanto maior for a intensidade da corrente eléctrica (I),
maior o efeito de aquecimento dos condutores.
A queda de tensão (U) ao longo do transporte de EE
também é tanto maior quanto maior a intensidade da
corrente eléctrica.

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Transporte
Estes fenómenos traduzem-se numa perda
energética, obviamente indesejável.

Para reduzir estes efeito, devem utilizar-se


condutores de maior secção (mais espessos), mais
dispendiosos.

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Transporte
Há então que reduzir a intensidade da corrente
eléctrica.
Mas como o fazer mantendo a mesma EE
transportada?

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Transporte

Sabendo que a EE é directamente proporcional à tensão (U)


e á corrente (I) na linha, podemos reduzir I, mantendo a EE,
se aumentarmos proporcionalmente U.
Conclui-se então que elevando a tensão (U) , consegue
transmitir-se a mesma energia com menos perdas!

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34
:
Transporte

Aparece, no entanto, um problema associado à


elevação do valor da tensão - o equipamento
necessário para o transporte em segurança
(isolamento eléctrico) tem de ser substancialmente
melhorado, implicando um aumento do seu preço.

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Transporte
Verifica-se que se a distância a transportar a EE exceder
alguns quilómetros, a tensão mais económica passa a
colocar-se na zona das chamadas altas tensões, isto é, acima
de 1 KV.
Em Portugal, as tensões de transporte utilizadas são as
seguintes: 60, 150, 220 e 400 KV. Não se prevê a introdução
de tensões superiores, devido a, no nosso país, as distâncias
a percorrer serem relativamente curtas.
No entanto, em países como os EUA utilizam-se tensões de
750 KV.
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Transporte
Transformadores de tensão
Sempre que se pretende elevar ou baixar o valor da
tensão eléctrica, recorre-se ao uso de
transformadores.
Estes conservando a energia da entrada para a saída
(a menos das perdas), reduzem ou aumentam o
valor da tensão.

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Transporte
O valor da intensidade da corrente, como já foi
referido, varia de uma forma inversamente
proporcional à tensão.
Por exemplo, um transformador elevador de tensão,
com uma razão de transformação de 1000, que
tenha aplicados à sua entrada uma tensão de 100 V
e uma corrente de 10 A, tem, na sua saída, 100 KV e
10 mA.

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Transporte

BT - Baixa Tensão (tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1kV);
MT - Média Tensão (tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1 kV e igual ou inferior a 45 kV);
AT - Alta Tensão (tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 45 kV e igual ou inferior a 110 kV);
MAT - Muito Alta Tensão (tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 110 kV).

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Transporte
Componentes de uma linha eléctrica

As partes que constituem uma linha de transporte


de EE são essencialmente:

· Condutores
· Isoladores
· Suportes
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Transporte
A EE pode ser transportada (e distribuída) por:

· Linhas aéreas
· Cabos subterrâneos

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Transporte
A rede de transporte é formada por linhas aéreas
constituídas por condutores nus, isto é, sem isolamento
eléctrico ao longo do seu comprimento e que se apoiam ou
se suspendem em postes com a interposição de isoladores.
Os condutores nus utilizados podem ser de diversos
materiais (cobre, alumínio, ligas de alumínio ou cabos
mistos de alumínio/aço) suspensos em postes (em madeira,
betão ou metal).

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Transporte
Os cabos subterrâneos são usados quando a
utilização das linhas aéreas se torna impraticável.

Isto acontece nas áreas urbanas, quer pela despesa


da implantação dos postes, quer pelas disposições
de segurança necessárias.

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Transporte
Linhas eléctricas de Alta Tensão
São normalmente aéreas podendo, no entanto,
ser subterrâneas.
As redes aéreas são de instalação e conservação
mais económicas que as redes subterrâneas, por
outro lado, são mais susceptíveis de avarias.
As linhas aéreas são suportadas por postes,
normalmente metálicos, sendo os condutores
nus, de cobre ou alumínio, suspensos ou
apoiados por isoladores.

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Transporte
Linhas eléctricas de Média Tensão
Podem ser aéreas ou subterrâneas. As aéreas são
normalmente em cabo nu, apoiadas em postes de betão
(mais comum) ou metálicos, sendo os condutores
suspensos ou apoiados por isoladores.
Linha eléctricas de Baixa tensão
Podem ser de dois tipos: aéreas ou subterrâneas.
As linhas aéreas podem ser em condutores nus ou
isolados em feixe (cabo torçada). As linhas em condutor
nu estão fixas sobre isoladores e apoiados em postes de
betão, ou sobre suportes metálicos (postaletes) fixos na Poste de betão armado usado
em B.T. e M.T.
fachada.

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Transporte

Isolador

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Transporte

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Transporte
Postes de alinhamento - Suportar os condutores em linha
recta.
Postes de derivação - Quando a partir deles há derivação de
linha.
Postes de ângulo - Suportam a linha nos pontos em que ela
muda de direcção.
Postes de amarração - São postes de fim de linha.
Postes de cruzamento - São utilizados para efectuar
cruzamentos com outras linhas.

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Transporte
Quanto à configuração podem as linhas de
transporte e de distribuição ser classificadas em
linhas abertas e linhas fechadas.
As linhas são abertas quando têm apenas um ponto
de alimentação.
As linhas são fechadas quando podem ser
alimentadas por vários centros de alimentação.

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Transporte
• As linhas abertas de transporte podem ser simples
e radiais.

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Transporte
As linhas abertas de distribuição em A.T. e M.T
podem ser simples e radiais.
A rede simples é pouco S – Subestação
usada devido à fraca P.T. – Posto de transformação
qualidade de serviço.

A rede radial é
muito usada nos meios
rurais.
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51
:
Transporte
As linhas fechadas de transporte podem ser em anel e
malhadas.
Rede em anel em
Portugal, o grande
transporte de energia é
feito essencialmente
através de redes em
anel.

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Transporte

Rede malhada

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53
Transporte

A rede em anel é o tipo de


rede mais frequente.

A rede malhada é pouco


usada devido ao alto custo
de exploração.

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Transporte

Ficha de trabalho

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Distribuição
Distribuição

Depois de feito o transporte da EE em alta tensão


(AT), até às subestações existentes nos centros de
consumo, destas é feita distribuição, em várias
linhas, cada uma delas destinada a alimentar a sua
zona.

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Distribuição
Das linhas de distribuição de AT são tiradas derivações para
postos de transformação (PT) que transformam a EE para
baixa tensão (BT), de forma a ser entregue ao utilizador.
A tensão de distribuição, a montante do PT situa-se na gama
de 15 a 60 KV.
Em Portugal, a tensão de utilização (a jusante dos PT) mais
comum é de 400/230 V.
Instalações de uma certa importância como fábricas,
hospitais e outros grandes edifícios têm geralmente PT
próprios e, por vezes, mais do que um.
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Distribuição
Aos postos de transformação chegam as linhas em M.T.
que constituem a rede secundária de distribuição.
A partir dos P.T.s faz-se a distribuição final em B.T. que
vai alimentar directamente o consumidor.
Num P.T. existem, além dos órgãos de protecção, de
seccionamento e medida, transformadores que fazem a
redução de M.T. para B.T.
O primário do transformador é alimentado pelo cabo
trifásico em M.T. e pelo secundário sai um cabo (ou uma
linha aérea) com três fases e neutro em B.T. o qual vai
alimentar um conjunto de habitações.
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:
Distribuição

P.T.

230/400 V
M.T.

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Distribuição

Para o serviço de tracção eléctrica urbana


(carros eléctricos) utiliza-se muito a tensão
contínua de 550 V, que é obtida a partir de
subestações que dispõem de um sistema de
rectificação da corrente alternada.

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Utilização
Levada a EE até às instalações do
consumidor (utilizador), este recebe-a
num quadro onde deverá existir a
aparelhagem destinada a contá-la, os
dispositivos de protecção geral da sua
instalação e um interruptor geral.

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Utilização
No mesmo quadro, são separados os
diferentes circuitos que vão alimentar as
diferentes secções da instalação.

Do quadro partem, por conseguinte,


condutores que se dirigem para os diferentes
receptores a alimentar.
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Utilização
São a seguir enunciados alguns dos tipos mais comuns de utilização
de EE:

· Força Motriz: a força motriz obtém-se a partir da EE sob forma de um


movimento de rotação de máquinas designadas por motores
eléctricos.
· Tracção Eléctrica: força motriz aplicada à movimentação de veículos.
· Iluminação Eléctrica: utilização de energia eléctrica para produzir luz.
· Electrotermia: aquecimento em edifícios, aquecimento de água,
fornos eléctricos industriais, soldadura eléctrica.

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Utilização
Iluminação pública
A corrente no condutor destinado à iluminação
pública é ligado a uma das três fases por intermédio
de um interruptor horário, que se regula de forma a
apagar e a acender a determinadas horas.

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Utilização
Normalmente os postes de iluminação pública estão
equipados com lâmpadas de vapor de mercúrio
(brancas/levemente azuladas) ou vapor de sódio (amarelas).

O seu acendimento é automático, podendo ser controlado


através de uma célula fotoeléctrico que liga a corrente para
as lâmpadas no momento em que a luminosidade ambiente
diminui para baixo de um nível pré-estabelecido (por
exemplo, 4 lux).

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REN
QUEM GERE E TRANSPORTA A ENERGIA ELÉTRICA?

O QUE É A REN?

A REN (REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A.) é a empresa que presta


serviço público de transporte de eletricidade em Portugal continental
e gere tecnicamente o Sistema Elétrico Nacional.

QUAIS AS PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES DA REN?


Garantir o abastecimento de eletricidade sem interrupções, ao menor
custo, com qualidade de serviço e segurança.

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QUEM GERE E TRANSPORTA A ENERGIA ELÉTRICA?

COMO É PLANEADA A RNT?

Os investimentos são planeados por períodos de dez anos e revistos a


cada dois anos. As decisões baseiam-se na evolução e previsão dos
consumos e da oferta (centrais elétricas), garantindo o seu equilíbrio
permanente, a qualidade e a segurança da rede. Nestes investimentos
enquadram-se os reforços internos, o apoio à rede de distribuição e as
interligações com Espanha, contribuindo para a promoção da
concorrência.
A decisão final compete ao membro do Governo responsável pela
área da Energia, após um processo de consulta pública.
FORMADOR: Cristina Pires
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:
REN
POSSO CONHECER E PRONUNCIAR-ME SOBRE O
PLANO DE INVESTIMENTO?
Sim. Todos os planos de investimento estão sujeitos
a Consulta Pública.
São divulgados com antecedência, quer no website
da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos,
ERSE (www.erse.pt), quer posteriormente à decisão
de aprovação, no website da REN (www.ren.pt).
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:
QUEM GERE E TRANSPORTA A ENERGIA ELÉTRICA?

QUEM PAGA O INVESTIMENTO?


Os investimentos da rede de transporte são cobertos pela tarifa, cujo valor é fixado
pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Actualmente
representam cerca de 6% do preço final da electricidade pago pelos consumidores
finais.
COMO CHEGA A ELETRICIDADE A MINHA CASA?
A energia é produzida nas centrais por conversão de outras fontes (sol, vento, água
dos rios e das albufeiras, gás natural, entre outras) e é transportada pelas redes da
REN e redes de distribuição até aos locais onde é consumida nas mais variadas
utilizações (saúde, indústria, habitações, comércio, desporto, lazer, etc).

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COMO SE FAZ A AVALIAÇÃO AMBIENTAL E O LICENCIAMENTO?

QUEM DECIDE POR ONDE PASSAM AS LINHAS?


A REN identifica os possíveis corredores para a passagem das linhas. O
licenciamento técnico e administrativo é efetuado pela Direção Geral de Energia e
Geologia (DGEG), após a aprovação ambiental da Agência Portuguesa do Ambiente
(APA).

SÃO ESTUDADAS ALTERNATIVAS?


São. Todas as alternativas válidas são analisadas no âmbito do processo de Avaliação
de Impacte Ambiental. Durante os estudos, são pedidos elementos atualizados
às Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia e outras Entidades Administrativas.
Todas as informações contam para definir o melhor corredor e traçado final.

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COMO SE FAZ A AVALIAÇÃO AMBIENTAL E O LICENCIAMENTO?
O QUE SÃO CORREDORES E PARA QUE SERVEM?
Os corredores são faixas de terreno com uma largura média de 400 metros no
interior dos quais se podem estudar traçados alternativos. A ideia é conseguir
identificar um corredor preferencial, no interior do qual se minimizam os impactos e
onde será posteriormente construída a linha.
TODA A LARGURA DE 400 M DO CORREDOR É UTILIZADA PELA LINHA?
Não. A escolha do corredor apenas serve para projetar traçados alternativos para o
estabelecimento da linha. Com a escolha do traçado e após o licenciamento fica
definida uma faixa de 45 m centrada no eixo da linha. Das futuras atividades a
desenvolver no interior dessa faixa, apenas algumas, tais como o licenciamento de
edificações ou a plantação de certo tipo de árvores de crescimento rápido, carecem
da aprovação da REN, conforme estabelecido por lei e tendo por único objetivo a
garantia de segurança de pessoas e bens.

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COMO SE FAZ A AVALIAÇÃO AMBIENTAL E O LICENCIAMENTO?

AS POPULAÇÕES SÃO OUVIDAS?


Sempre. O processo de Avaliação Ambiental inclui uma Consulta
Pública, publicada em jornais e editais nas Câmaras Municipais. Todos
os interessados e autarquias envolvidas são chamados a participar.

TODAS AS LINHAS SÃO SUJEITAS A PROCESSOS DE AVALIAÇÃO


AMBIENTAL?
Todas as linhas da RNT são objeto de estudos ambientais e avaliação
pela entidade licenciadora. As linhas com mais de 10 quilómetros são
sujeitas a um procedimento formal de Avaliação de Impacto
Ambiental e Consulta Pública.
FORMADOR: Cristina Pires
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COMO SE FAZ A AVALIAÇÃO AMBIENTAL E O LICENCIAMENTO?

QUANTO TEMPO DEMORAM ESTES PROCESSOS?


Desde a análise das necessidades, passando pelos Estudos de Impacto
Ambiental, pelo procedimento de Avaliação de Impacto Ambiental e
pelas Consultas Públicas, assim como pelo licenciamento técnico e
administrativo, os contatos com os proprietários e as obras de
construção, o processo pode demorar até quatro anos.

A REN CONSTRÓI ONDE QUER?


Não. A REN só pode construir nos corredores aprovados pela Agência
Portuguesa de Ambiente (APA), e com o respetivo licenciamento
emitido pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).
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O QUE SE PODE FAZER DEPOIS DA LINHA INSTALADA?

O QUE É A SERVIDÃO DE UMA LINHA DA RNT?

A servidão de uma linha consiste na reserva de espaço (com 45 m de


largura) necessário á manutenção das distâncias de segurança
designadamente ao solo, árvores, estradas, vias férreas e edifícios
considerados condutores, nas condições previstas na lei portuguesa.
Sempre que a instalação de uma linha, em particular de um poste,
condicionar o uso atual do solo haverá lugar à negociação com os
proprietários e ao pagamento de uma indemnização nos termos da lei.

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O QUE SE PODE FAZER DEPOIS DA LINHA INSTALADA?
AS LINHAS PODEM PASSAR POR CIMA DE CASAS?
Podem. A atual lei europeia e portuguesa regulamenta as condições de vizinhança
e distâncias de segurança de linhas elétricas aéreas a edificações (de habitação ou
outras). Em todas as suas linhas, a REN garante sempre distâncias superiores em
25 a 30% relativamente aos valores mínimos impostos por lei.

O QUE É A SERVIDÃO DE UMA LINHA DA RNT?


A servidão de uma linha consiste na reserva de espaço (com 45 m de largura)
necessário à manutenção das distâncias de segurança designadamente ao solo,
árvores, estradas, vias férreas e edifícios considerados condutores, nas condições
previstas na lei portuguesa. Sempre que a instalação de uma linha, em particular de
um poste, condicionar o uso atual do solo haverá lugar à negociação com os
proprietários e ao pagamento de uma indemnização nos termos da lei.
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75
O QUE SE PODE FAZER DEPOIS DA LINHA INSTALADA?

A REN EVITA PASSAR POR CIMA DE CASAS?


A REN tem por política evitar, sempre que possível, a construção de
linhas sobre edifícios de habitação. A eficácia desta política ao longo
do tempo apenas poderá ser garantida através da reserva de espaços
canal onde não haja construção.

É POSSÍVEL CONSTRUIR POR BAIXO DAS LINHAS?


Sim. A legislação não proíbe a construção de edificações sob linhas,
desde que observadas condições técnicas e de segurança. A maioria
das casas existentes sob as linhas aéreas de transporte de energia
resulta de edificações posteriores à instalação da linha.
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76
QUE EFEITOS TÊM AS LINHAS DE ENERGIA SOBRE A SAÚDE?

AS LINHAS SÃO PERIGOSAS PARA A SAÚDE?


Portugal dispõe de legislação que garante a total segurança de pessoas
e de bens debaixo e na vizinhança imediata das linhas, conforme as
mais recentes recomendações de organizações internacionais de
saúde. A legislação e regulamentação portuguesa coincidem com a
legislação europeia e as recomendações da Organização Mundial de
Saúde (OMS). Para dar uma medida desta segurança note que a
Organização Mundial de Saúde (OMS), através da Agência
Internacional para Investigação do Cancro (IARC), classifica o risco dos
campos eletromagnéticos (CEM) ao nível do risco de consumo de café.

FORMADOR: Cristina Pires


77
QUE EFEITOS TÊM AS LINHAS DE ENERGIA SOBRE A SAÚDE?

AS LINHAS EMITEM RADIAÇÕES NOCIVAS?

As linhas de transporte de energia geram apenas


campos eletromagnéticos de muito baixa frequência
que não afetam os seres vivos, razão pela qual são
designadas de não-ionizantes, ou seja, que não
conseguem quebrar as moléculas do corpo nem
afetar as células do organismo.

FORMADOR: Cristina Pires


78
QUE EFEITOS TÊM AS LINHAS DE ENERGIA SOBRE A SAÚDE?
OS CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS SÃO UM RISCO?
Não. A eletricidade e o magnetismo encontram-se presentes no planeta terra e em
todos os seres vivos, assim como no ambiente que nos rodeia. As atividades
humanas, doméstica e industrial, são geradoras destes fenómenos com diferentes
frequências.
No dia a dia, estamos todos em permanente exposição a campos elétricos e
magnéticos (CEM). Todos dormimos e acordamos com o som de um despertador
ou de um telemóvel ao lado, ligamos a torradeira, o aquecimento elétrico, a
máquina de café, a máquina de lavar roupa, o secador, o aspirador, o ar-
condicionado ou o micro-ondas. Todos estamos expostos aos campos das catenárias
dos comboios ou dos carris do metropolitano, aos motores dos automóveis, aos
computadores e às fotocopiadoras. Todos estes equipamentos têm de obedecer à
legislação e as linhas da RNT também obedecem.

FORMADOR: Cristina Pires


79
QUE EFEITOS TÊM AS LINHAS DE ENERGIA SOBRE A SAÚDE?
AS LINHAS PROVOCAM CANCRO?
A Organização Mundial de Saúde (OMS), após mais de trinta anos de estudos
exaustivos sobre este assunto em vários países, afirma não haver nenhuma
evidência consistente que demonstre uma relação entre as linhas de transporte de
energia e as doenças cancerígenas em humanos e animais.
HÁ POSSIBILIDADE DE DESENVOLVER OUTRAS DOENÇAS?
Foram estudadas todas as possibilidades de haver uma associação entre a exposição
aos CEM e vários tipos de cancro, doenças cardiovasculares, depressões, suicídios,
infertilidade e interrupções involuntárias de gravidez, entre outros. A maioria dos
cientistas, depois de múltiplos estudos internacionais, não encontra qualquer
relação válida entre estas patologias e os CEM. Não sendo a REN uma autoridade de
saúde, informação mais detalhada ou pareceres sobre esta matéria podem ser
obtidos junto da Direção Geral de Saúde (DGS).

FORMADOR: Cristina Pires


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QUE EFEITOS TÊM AS LINHAS DE ENERGIA SOBRE A SAÚDE?

EXISTEM VÁRIOS ESTUDOS E DÚVIDAS SOBRE O RISCO DOS CEM.


EM QUEM DEVO ACREDITAR?

Todas as linhas de transporte e distribuição, incluindo as instalações elétricas nas


nossas casas, produzem campos electromagnéticos, tal como os telemóveis, micro- -
ondas, máquinas de lavar roupa ou de barbear. Sempre que tiver dúvidas solicite
informação à Direção Geral de Saúde (DGS) ou consulte o website da Organização
Mundial de Saúde (OMS). Apesar da intensa pesquisa internacional, não existem
provas de que a exposição aos CEM, dentro dos limites recomendados, apresente
riscos para a saúde. A REN, sempre que lhe é pedido, mede a intensidade dos CEM
ao redor das suas linhas, a fim de comprovar a sua conformidade com a legislação,
para além da monitorização regular que efectua ao longo das linhas.

FORMADOR: Cristina Pires


81
QUE EFEITOS TÊM AS LINHAS DE ENERGIA SOBRE A SAÚDE?

O QUE É O PROJETO MEDEA?

A REN procura informar todos os interessados neste tema e apoia


alguns programas com esse fim, como por exemplo o Projecto MEDEA
(http://www.spf.pt/ medea), promovido pela Sociedade Portuguesa
de Física, o qual incentiva os alunos do ensino secundário a elaborar
trabalhos sobre medições de campos electromagnéticos de muito
baixa frequência, junto da sua escola, em casa e na vizinhança de
linhas de transporte de energia eléctrica e a procurar informação
cientificamente credível sobre os eventuais efeitos destes campos na
saúde humana.

FORMADOR: Cristina Pires


82
QUE EFEITOS TÊM AS LINHAS DE ENERGIA SOBRE A SAÚDE?

O QUE DEVO FAZER SE O RUÍDO ME INCOMODA?

Se notar que este tipo de ruído lhe parece estar acima dos níveis
normais, deve comunicar o facto no site da REN em www.ren.pt.
Responderemos de imediato à ocorrência, mediremos o nível de ruído
no local e, caso se confirmem valores não conformes com a legislação,
procederemos à sua correção. As linhas de 150 kV e 220 kV produzem
um ruído inferior a 30 decibéis e uma de 400 kV cerca de 40 decibéis.
(numa sala sossegada poderemos ter 30 decibéis e uma conversa
normal pode chegar aos 65 decibéis).

FORMADOR: Cristina Pires


83
QUE EFEITOS TÊM AS LINHAS DE ENERGIA SOBRE A SAÚDE?

AS LINHAS FAZEM BARULHO?

As linhas de transporte de eletricidade produzem um ruído


semelhante a um ligeiro zumbido. Este som resulta de um fenómeno
físico chamado “efeito coroa”, sendo mais intenso e detetável com
tempo húmido, neblina, chuva ou vento fraco. As linhas são sempre
projetadas para que este fenómeno seja minimizado e para que
o som emitido cumpra todos os limites legais.

FORMADOR: Cristina Pires


84
LIMITES DE EXPOSIÇÃO AOS CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS (CEM)
QUAIS OS LIMITES RECOMENDADOS PELAS INSTITUIÇÕES INTERNACIONAIS?

A Comissão Internacional para a Proteção Contra as Radiações Não-lonizantes


(ICNIRP) recomendou, em 1998, (quiloVolt por metro) para valor máximo de campo
eléctrico e 100μT (micro-Tesla) para valor máximo de campo magnético,
independentemente da distância e do tempo de exposição. Estes valores são
igualmente adotados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e propostos na
Recomendação do Conselho Europeu n.º1999/519/CE. Mais recentemente, em
2010, e tendo em conta os conhecimentos mais recentes sobre o tema, o ICNIRP
efectuou uma revisão das suas recomendações (disponível em português no site do
ICNIRP em http://www.icnirp.de/ documents/LFgdlpor.pdf), indicando 200μT
(micro-Tesla), o que ainda reforça a segurança da legislação europeia.

FORMADOR: Cristina Pires


85
LIMITES DE EXPOSIÇÃO AOS CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS (CEM)

COMO FORAM DEFINIDOS OS VALORES DE REFERÊNCIA?

A OMS fez um levantamento exaustivo dos estudos credíveis sobre os


efeitos dos CEM, tendo em conta os setores mais sensíveis da
população, como crianças, idosos e doentes, e foram identificados
valores de exposição suscetível de provocar efeitos biológicos
indesejáveis. Os níveis de referência foram obtidos aplicando um fator
de segurança de 50 (valores de referência 50 vezes mais seguros do
que esse limiar

FORMADOR: Cristina Pires


86
LIMITES DE EXPOSIÇÃO AOS CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS (CEM)

A REN CUMPRE A LEI?

Sempre. Todas as linhas da RNT cumprem escrupulosamente a lei portuguesa, as


recomendações da União Europeia (UE) e da Organização Mundial de Saúde (OMS),
sendo esse cumprimento verificado pelas autoridades competentes.

QUAIS OS VALORES QUE PODEMOS ENCONTRAR NO QUOTIDIANO?

O campo magnético de uma linha de 220 kV, a uma distância de 30 metros, é de


cerca 2μT (micro-Tesla), quatro vezes inferior ao valor do campo magnético de uma
máquina de lavar roupa, a 30 centímetros, que ronda 8μT (micro-Tesla).

FORMADOR: Cristina Pires


87
LIMITES DE EXPOSIÇÃO AOS CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS (CEM)
A QUE DISTÂNCIA DEVO ESTAR DE UMA LINHA DE TRANSPORTE?
A segurança para a saúde não se estabelece por distância, mas pelos valores do
campo elétrico e do campo magnético que podem ser efetivamente medidos. Nas
linhas de 220 kV são garantidas distâncias mínimas ao solo de 12 metros e nas de
400 kV de 14 metros. Em Portugal a conformidade deve ser e é assegurada em todo
o espaço da servidão, mesmo directamente sob as linhas.
SINTO UM INCÓMODO QUANDO PASSO JUNTO A UMA LINHA DE ENERGIA, O QUE
SERÁ?
Em certas situações, por exemplo debaixo de linhas aéreas de transporte de energia,
algumas pessoas podem sentir cargas alternantes e verificam que os seus pêlos
começam a vibrar. Essa situação não se reveste de qualquer risco, apenas provoca
algum incómodo, que desaparece logo que se afastam.

FORMADOR: Cristina Pires


88
LIMITES DE EXPOSIÇÃO AOS CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS (CEM)

COMO É VERIFICADO O CUMPRIMENTO DOS LIMITES


LEGAIS?
São efetuados cálculos de previsão na fase de projeto, que
posteriormente são confirmados com medições. As linhas
são ainda periodicamente monitorizadas ao longo de toda a
sua vida útil para evitar qualquer anomalia. Todos os
relatórios de monitorização das diversas infraestruturas
encontram-se disponíveis na página dainternet da REN
(www.ren.pt).

FORMADOR: Cristina Pires


89
LIMITES DE EXPOSIÇÃO AOS CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS (CEM )
SE TIVER UM PACEMAKER POSSO CIRCULAR POR BAIXO DE UMA
LINHA DE ENERGIA?
Pode. Os médicos apenas aconselham, por precaução, pessoas com
dispositivoseletrónicos implantados, nomeadamente pacemakers de
primeira geração, a evitarem a exposição a linhas de energia. Caso
ocorra, causa um desconforto que desaparece logo que a pessoa se
afasta da linha.
AS LINHAS INTERFEREM COM A CAPTAÇÃO DO MEU RÁDIO,
TELEVISÃO OU TELEMÓVEL?
Não. As linhas de transporte estão dimensionadas para não
interferirem com os sinais de rádio, televisão ou de redes telefónicas
móveis.
FORMADOR: Cristina Pires
90
LIMITES DE EXPOSIÇÃO AOS CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS (CEM)

AS LINHAS CAPTAM RAIOS DE TROVOADAS?


Não. As linhas de transporte de energia não aumentam a probabilidade de queda de
raios de trovoadas. No entanto, as linhas poderão assumir um efeito de pára-raios
para casas localizadas sob o seu eixo, pois os apoios são excelentes condutores de
raios para o solo, protegendo pessoas, casas e zonas arborizadas.

OS ANIMAIS DOMÉSTICOS CORREM RISCOS SOB UMA LINHA DE ENERGIA?


Não. Os animais podem circular e pastar tranquilamente sob uma linha de
transporte de energia. Os estudos científicos realizados não encontraram relação
entre os campos magnéticos e efeitos adversos na saúde ou na capacidade fértil
entre os animais de pastoreio.

FORMADOR: Cristina Pires


91
:
QUAL A MELHOR SOLUÇÃO: LINHAS AÉREAS OU CABOS
SUBTERRÂNEOS?

AS LINHAS ENTERRADAS TÊM A MESMA FLEXIBILIDADE QUE AS


LINHASAÉREAS?

Não. Os cabos subterrâneos têm que ser instalados em vala em vias


públicas que não sofram alterações de traçado num longo prazo ou,
em alternativa, em terrenos privados expropriados, sendo proibida
qualquer construção ou utilização económica.
O acesso da REN a todo o traçado deve ser garantido sem qualquer
impedimento.

FORMADOR: Cristina Pires


92
QUAL A MELHOR SOLUÇÃO: LINHAS AÉREAS OU CABOS
SUBTERRÂNEOS?

AS LINHAS ENTERRADAS SÃO MAIS VANTAJOSAS DO PONTO DE VISTA


DASEGURANÇA DO QUE AS LINHAS AÉREAS?
Não. Em ambos os casos terá de ser dado cumprimento a todas as normas e
regulamentos de modo a garantir a segurança de pessoas e de bens.

AS LINHAS ENTERRADAS SÃO MAIS CARAS QUE AS AÉREAS?


Sim. Em média poderão ser 10 vezes mais caras do que as linhas aéreas.

FORMADOR: Cristina Pires


93
QUAL A MELHOR SOLUÇÃO: LINHAS AÉREAS OU CABOS
SUBTERRÂNEOS?

COMO SE FAZ NOS OUTROS PAÍSES?


Em todo o mundo a instalação de cabos enterrados
é uma exceção utilizada apenas em situações muito
particulares (ex. nas imediações de aeroportos e
particularmente em áreas urbanas consolidadas).
Em todo o mundo, só 1% das linhas de tensão
superior a 220 kV estão enterradas.

FORMADOR: Cristina Pires


94
Utilização

Ficha de trabalho

FORMADOR: Cristina Pires


95
Energias renováveis e não renováveis

Energias renováveis e não


renováveis

FORMADOR: Cristina Pires 96


O que é a energia

Não há uma definição exata para energia, mas na


física trata-se um conceito extremamente
importante e que representa a capacidade de
produzir trabalho ou de realizar uma ação.

FORMADOR: Cristina Pires 97


O que é a energia renovável

As fontes de energia renováveis são aquelas em que a sua


utilização e uso é renovável e pode-se manter e ser
aproveitado ao longo do tempo sem possibilidade de
esgotamento dessa mesma fonte.

Energia renovável é aquela que vem de recursos naturais


que são naturalmente reabastecidos, como sol, vento,
chuva, marés e energia geotérmica.

FORMADOR: Cristina Pires 98


Energias renováveis

FORMADOR: Cristina Pires 99


Tipos de energias renováveis
Existem diversos tipos de energia renovável nomeadamente:
A energia solar corresponde à energia proveniente da luz e do calor
emitidos pelo Sol.
A energia eólica é a energia que é formada pela força do vento.
A energia das ondas e marés que provém do aproveitamento das
ondas oceânicas e das marés é a produção de energia por meio do
movimento das marés.
A energia geotérmica, é a energia obtida pelo calor do interior da
terra.
A energia hídrica é produzida através da força da água.

FORMADOR: Cristina Pires 100


Energias renováveis

FORMADOR: Cristina Pires 101


Vantagens da energia renovável
• São energias limpas que não poluem o meio ambiente e não têm impacto negativo
no meio ambiente.
• Elas ajudar-nos a reduzir a nossa dependência de combustíveis fósseis, com carvão
ou petróleo.
• Eles não geram CO2, o que ajuda a tornar o ar que respiramos mais limpo.
• Elas são produzidas por fontes de energia.
• Conduzem à investigação em novas tecnologias que permitam melhor eficiência
energética.
• Permitem a criação de novos postos de emprego (investimentos em zonas
desfavorecidas).

FORMADOR: Cristina Pires 102


O que é energia não renovável
As fontes não renováveis de energia são aquelas que
se utilizam de recursos naturais esgotáveis, ou seja,
que terão um fim, seja em um futuro próximo, seja
em um período de médio ou longo prazo dependem
de processos em escala de tempo geológica para se
tornarem disponíveis.
Isso significa que, caso sejam esgotadas, demorarão
muito tempo para se formarem novamente.

FORMADOR: Cristina Pires 103


Energias não renováveis
Em alguns casos, esse tipo de energia costuma
apresentar problemas de ordem ambiental,
além de disputas envolvendo a extração e
comercialização de suas matérias-primas.
Os principais exemplos de fontes de energia
não renováveis são os combustíveis fósseis e
os combustíveis nucleares.

FORMADOR: Cristina Pires 104


Energias não renováveis

FORMADOR: Cristina Pires 105


Fontes de energia não renovável

O gás natural nada mais é do que a mistura de hidrocarbonetos leves


na forma gasosa, tais como o metano, etano, propano, butano e
outros.

O Petróleo é recurso natural de caráter estratégico, pois é


amplamente utilizado por veículos, constituindo-se como um
elemento importante nos meios de transporte, além de também
poder ser utilizado na fabricação de produtos derivados, notadamente
o plástico.

FORMADOR: Cristina Pires 106


Energias não renováveis
O carvão mineral passou a ser amplamente utilizado a
partir das revoluções industriais resultantes do capitalismo,
sendo ainda hoje uma fonte de energia bastante utilizada
em todo o mundo, perdendo somente para o petróleo.
O xisto betuminoso é um recurso natural fóssil também
encontrado em áreas de rochas sedimentares.
A energia nuclear é obtida a partir do processo de fissão
nuclear de átomos de urânio.

FORMADOR: Cristina Pires 107


Energias não renováveis

FORMADOR: Cristina Pires 108


Vantagens de energia não renovável
• São fontes de energia usadas há muito tempo, portanto
são bem conhecidas dos seres humanos. Isto é uma
vantagem, pois já existe toda tecnologia e infraestrutura
voltadas para estes tipos de energia.

• Em comparação às fontes renováveis, no geral, costumam


ter um preço mais baixo. Por isso estas fontes são muito
usadas por países mais pobres ou em processo de
desenvolvimento.

FORMADOR: Cristina Pires 109


Energias não renováveis
• O petróleo, além de gerar combustíveis
(gasolina de automóveis, combustíveis de
aviação e diesel), também gera uma grande
quantidade de derivados (parafina, gás natural,
nafta petroquímica, produtos asfálticos,
querosene, solventes, entre outros).

FORMADOR: Cristina Pires 110


Desvantagens de energia não renovável
• A principal desvantagem é o fato de não serem renováveis.
Um dia as reservas destas fontes vão acabar e, caso o ser
humano não invista o necessário em fontes renováveis
(eólica, hidroelétrica, solar entre outras), poderemos sofrer
falta de energia no futuro.
• A queima de combustíveis fósseis gera poluição do ar,
prejudicando a saúde das pessoas, principalmente nos
grandes centros urbanos.

FORMADOR: Cristina Pires 111


Desvantagens de energia não renovável

• Alguns gases poluentes, resultantes da queima destes


combustíveis, são um dos principais fatores da geração do
efeito estufa e do aquecimento global. Portanto, são
extremamente prejudiciais ao meio ambiente.
• A queima destes combustíveis fósseis também é um dos
principais geradores da chuva ácida.
• Como são muito inflamáveis, os combustíveis de fontes
não renováveis devem ser estocados com muito cuidado,
pois o risco de explosão de reservatórios é elevado.
FORMADOR: Cristina Pires 112
Energias renováveis

Energia Solar
A energia proveniente da luz e do calor do sol é denominada de
energia solar.
As tecnologias solares são caraterizadas como ativas (exemplo dos
painéis fotovoltaicos) ou passivas (não necessita de equipamento
específico como a orientação de um prédio para o sol), permitindo a
captura, a conversão e a distribuição.
A energia solar é usada como um recurso renovável e que tem
diferentes finalidades, dividindo-se em dois tipos, energia solar
fotovoltaica e energia solar térmica.

FORMADOR: Cristina Pires 113


Energia Solar
Energia Solar Térmica
A energia solar térmica consiste na transformação
da irradiação solar direta em energia térmica e,
consequentemente, em energia elétrica.

As temperaturas alcançadas podem ser superiores a


1000°C, aquando a concentração dos raios solares
diretos.
FORMADOR: 114
Energia térmica

FORMADOR: 115
Energia térmica

Entre as inúmeras utilizações para a


energia solar térmica, o aquecimento
meios industriais e a produção quente
sanitária para a sua habitação são as mais
utilizadas.

FORMADOR: 116
Energia térmica
Principais vantagens
• Longa duração dos equipamentos de aproveitamento
térmico
• Ajuda a diminuir a poluição do ar nos ambientes
envolventes
• Energia renovável e teoricamente inesgotável
• Tecnologia eficiente e madura para meios domésticos
• Benefícios fiscais e apoios do governo são habituais
• Exige manutenção reduzida e de baixo custo
FORMADOR: 117
Energia térmica
Principais desvantagens
• Custo inicial da instalação dos equipamentos
• Grande dependência climática (não existe luz solar
durante o ano inteiro)
• Forma de armazenamento pouco eficiente para meios
industriais
• Tempo de retorno do investimento inicial ainda é longo,
no entanto está a diminuir e a tornar-se extremamente
atractivo

FORMADOR: 118
Energia Solar Fotovoltaica
A energia solar fotovoltaica é resultante da
conversão da irradiação do sol em energia elétrica
através de um dispositivo fabricado com material
semicondutor. Normalmente, esse equipamento é
constituído por células de silício por causa do seu
rendimento (entre 25% a 30%).
A manutenção dos painéis solares fotovoltaicos é
muito importante para manter a eficiência na
conversão de energia solar.
FORMADOR: 119
Energia Solar Fotovoltaica

FORMADOR: 120
Energia Solar Fotovoltaica
Principais vantagens
• Permite o armazenamento da eletricidade gerada em baterias para posterior
utilização
• Diminui as dependências externas em termos de importação de combustíveis
fósseis
• Ajuda a reduzir a emissão de CO2
• Fonte de energia livre, limpa e renovável e teoricamente inergotável
• Centrais de conversão de energia solar fotovoltaica podem operar durante anos,
com pouca manutenção (necessário uma limpeza periódica)
• Baixos custos operacionais
• Eficiência de conversão de energia superiores a 40%

FORMADOR: 121
Energia Solar Fotovoltaica
Principais desvantagens
• Custos de instalação elevados, não compensando para meios
domésticos
• Necessita de grande densidade de insolação para trabalhar a um
ritmo constante e produtivo (alterações climáticas ao longo do ano
e sombreamento causado por edifícios e/ou árvores poderá
estragar o processo)
• Impacto negativos durante as fases de produção, construção e
desmantelamento
• Necessidade de substituição das baterias e/ou equipamento

FORMADOR: 122
Energia solar
A energia solar quer para aquecimento de águas
(energia solar térmica) ou para produção de energia
elétrica através de painéis solares fotovoltaicos, é
efetivamente uma das principais fontes de energia
renovável com um maior potencial de crescimento.

FORMADOR: 123
Energia Eólica

A energia eólica, transforma em eletricidade a força


de um recurso inesgotável como o vento, é uma
aposta sustentável e de valor para o futuro.
O aproveitamento do vento exige a instalação de
parques eólicos, sejam em terra ou alto mar, com
dezenas de aerogeradores.

FORMADOR: 124
Energia Eólica

FORMADOR: 125
Energia Eólica
A energia eólica é obtida a partir da força do vento. Como?
Por meio de um aerogerador, que transforma a energia
cinética das correntes de ar em energia elétrica.
O processo de extração é realizado principalmente graças ao
rotor (que transforma a energia cinética em energia
mecânica) e ao gerador (que transforma dita energia
mecânica em elétrica). Estamos falando de uma energia
renovável, eficiente, madura e segura, fundamental para
a transição energética e a descarbonização da economia.

FORMADOR: 126
Energia Eólica
COMO FUNCIONA A ENERGIA EÓLICA. CARACTERÍSTICAS
Para aproveitar a energia cinética do vento e convertê-la em
energia elétrica, é necessário, tal como já mencionamos, o
uso de um aerogerador. O melhor aproveitamento possível
desses gigantes (costumam ter entre 80 e 120 metros de
altura) depende da força do vento. Por isso, os parques
eólicos, que agrupam um grande número de aerogeradores
e tornam possível a obtenção desta energia em grandes
quantidades, devem ser colocados em lugares onde a
presença do vento seja predominante.
FORMADOR: Cristina Pires 127
Energia Eólica
Os aerogeradores devem estar orientados na direção
do vento (isto acontece graças a um cata-vento que
se encontra na gôndola).

A partir daí, a força das correntes de ar porão


em funcionamento as três principais partes do
aerogerador:

FORMADOR: Cristina Pires 128


Energia Eólica
• O rotor: composto por três pás e o cubo que as
une, sua função é captar a força do vento e
convertê-la em energia mecânica de rotação.
• A caixa multiplicadora: unida ao motor por um
eixo, sua função é elevar a velocidade de giro de
30 rotações por minuto (rpm) a 1500 rpm.
• O gerador: este elemento é o responsável
por converter a energia mecânica de rotação em
energia elétrica.
FORMADOR: Cristina Pires 129
Energia Eólica

FORMADOR: Cristina Pires 130


FORMADOR: 131
Energia Eólica
Todos os aerogeradores de um parque eólico
estão unidos entre si por cabos subterrâneos que
levam a energia elétrica até uma subestação de
transformação.
Desde aí, é transportada às casas, fábricas ou
escolas, entre outros lugares, através das redes de
distribuição das diferentes companhias elétricas.

FORMADOR: Cristina Pires 132


Energia Eólica
TIPOS DE ENERGIA EÓLICA
Atualmente, existem dois tipos de energia eólica em função do lugar onde são
instalados os aerogeradores:

Energia eólica onshore se encarrega de produzir energia elétrica a partir do


aproveitamento do vento dos parques eólicos localizados em terra. Para isso,
instalam-se vários aerogeradores capazes de transformar a energia cinética do vento
em energia elétrica apta para o consumo e integrá-la na rede de distribuição.

Energia eólica offshore é aquela fonte de energia obtida ao aproveitar a força do


vento produzida em alto mar, onde este alcança uma velocidade maior e mais
constante, devido à inexistência de barreiras. Para explorar ao máximo esse recurso,
são desenvolvidas megaestruturas assentadas sobre o leito marinho e dotadas das
últimas inovações técnicas.
FORMADOR: Cristina Pires 133
Energia Eólica
PRINCIPAIS VANTAGENS DA ENERGIA EÓLICA
A energia eólica oferece numerosos benefícios, tanto para
as empresas que apostam nela quanto para a sociedade, ao
ajudar a minimizar o impacto das mudanças climáticas:
Limpa
Ao não precisar de nenhum processo de combustão, trata-
se de uma energia com baixos teores de emissões de gases
de efeito estufa (GEE), principais culpados
do aquecimento global.
FORMADOR: Cristina Pires 134
Energia Eólica
Inesgotável
O vento é um recurso ilimitado, assim como seu
aproveitamento, desde que haja correntes de ar suficientes.

Barata
Tanto o custo por kW produzido quanto sua manutenção
são bastante baixos. Em áreas onde o vento sopra mais
forte, o benefício é ainda mais elevado.

FORMADOR: Cristina Pires 135


Energia Eólica
Baixo impacto
Os parques eólicos são instalados após um rigoroso
processo de estudo e planejamento. Além disso, buscam-se
zonas despovoadas para evitar efeitos negativos em seus
habitantes.
Cria empregos verdes
Segundo a Agência Internacional de Energias Renováveis, a
energia eólica atualmente já dá emprego para mais de 1,2
milhão de pessoas e o número de empregos verdes não
para de crescer.
FORMADOR: Cristina Pires 136
Energia Eólica
COMO SE CONSTRÓI UM PARQUE EÓLICO
O processo de construção de um parque eólico é complexo pois
existem muitas características que influem no fato de onde e quando
instalá-lo.
Dentre essas, aquelas que são imprescindíveis de analisar são as
variações espaciais, temporais e verticais do vento ao longo dos
anos. Analisam-se estes parâmetros com anemómetros e cata-ventos
e estima-se a produção da futura instalação para garantir assim sua
potencial eficiência.
As modernas técnicas de supercomputação otimizam os projetos dos
complexos eólicos para maximizar a geração de energia.

FORMADOR: Cristina Pires 137


Energia das ondas e marés
O movimento das ondas em direção à costa provoca
energia cinética, que é usada para colocar uma
turbina a funcionar. Através de dispositivos que
permitem “captar” essa energia cinética, através da
elevação da onda numa câmara de ar, esta provoca a
saída do ar lá contido, o movimento deste é que gira
uma turbina e assim a energia mecânica da turbina
transforma-se em energia elétrica. Simples.

FORMADOR: Cristina Pires 138


Energia das ondas e marés
A onda ao se desfazer e a água recuar, o ar faz o sentido
inverso, voltando a passar pela turbina, entra na câmara de
ar e volta a girar a turbina, produzindo energia elétrica.
Mas há mais formas de tirar proveito da energia das ondas e
marés, como recorrer ao movimento de subida e descida da
onda (ou seja, a sua oscilação) que dá potência a um
êmbolo que se move para cima e para baixo dentro de um
cilindro. E é esse êmbolo que coloca o gerador a funcionar.

FORMADOR: Cristina Pires 139


Vantagens da energia das Ondas e Marés

Fonte de energia renovável e inesgotável. A energia das ondas nunca


irá acabar, haverá sempre ondas a embater na costa dos países,
próximo de zonas costeiras habitadas. As ondas não se limitam a
apenas uma determinada temporada, elas existem todo o ano, e não
precisam do homem para se formar.
Amigas do ambiente. Ao contrário dos combustíveis fósseis, retirar
energia das ondas não gera gases prejudiciais ao meio ambiente, nem
poluição. Esta energia é retirada diretamente e transformada em
eletricidade através de um conjunto de geradores e bobines.

FORMADOR: Cristina Pires 140


Vantagens da energia das Ondas e Marés
Várias formas de recolher energia das ondas. São várias as formas
existentes para recolher energia das ondas. Desde instalar uma central
com hidrogeradores, ou mesmo plataformas instaladas no mar para
recolher essa mesa força das ondas (como grandes cilindros, com
êmbolos no seu interior).

Fáceis de prever. Outra grande vantagem da força das ondas é que ao


contrário de outras fontes de energia, estas são fáceis de prever,
podemos mesmo calcular a sua capacidade de produção. É que a força
das ondas é consistente e garante resultados muito melhores que
outras fontes dependentes do vento ou exposição solar.

FORMADOR: Cristina Pires 141


Vantagens da energia das Ondas e Marés

Reduz a dependência de combustíveis fósseis. Ao se optar por este


tipo de produção de energia, iremos reduzir as necessidades de
combustíveis fósseis e assim, diminuir as emissões de CO2 para a
atmosfera.
Não provocamos danos na superfície da terra. Ao contrário dos
combustíveis fósseis, em que temos de escavar para os encontrar.
Baixos custos de manutenção e funcionamento. Os coletores de
energia das ondas podem ser colocados em qualquer lugar da costa,
desde que haja mar… apenas existe o investimento inicial, mas de
resto a longo prazo só há benefícios.

FORMADOR: Cristina Pires 142


Desvantagens da energia das Ondas e Marés
Adequadas apenas em certos locais. É uma das grandes desvantagens
deste tipo de energia renovável, pois apenas cidades próximas da
costa poderão tirar partido desta fonte de energia, não é viável para
todos os países, nem todas as zonas. Mas ainda assim é uma excelente
fonte de energia limpa!
Afeta o ecossistema marítimo. Por mais limpa que possa ser retirar
energia das ondas, a forma como retirada pode prejudicar alguns
animais marinhos. Isso devido à maquinaria que é necessário colocar
dentro da água. Pois irão perturbar a flora marítima, mudar o habitat
da costa ou mesmo criar ruídos para afetarão a vida marinha.

FORMADOR: Cristina Pires 143


Desvantagens da energia das Ondas e Marés
Podem prejudicar as rotas de navios privados e comerciais. A
instalação destas estruturas próximas da costa para capturar a energia
das ondas pode levar à perturbação das rotas marítimas.
Dimensão da onda. A força do vento depende da dimensão da onda,
ou seja, da velocidade da onda, comprimento da onda e densidade da
água. É necessária uma corrente consistente de ondas para gerar uma
quantidade significativa de energia a partir das ondas.
Tempestades reduzem o desempenho. O desempenho dos
equipamentos de conversão da energia das ondas em energia elétrica
é reduzido durante o tempo severo, como as tempestades.

FORMADOR: Cristina Pires 144


Desvantagens da energia das Ondas e Marés

Poluição visual. Os geradores de energia a partir das ondas podem ser


excelentes para gerar energia elétrica, mas consoante os modelos
aplicados, podemos ter poluição visual (devido ao tamanho dos
equipamentos e localização dos mesmos). Também podem provocar
ruído, mas este é abafado pelo som das ondas!
Comparado com outras formas de energia elétrica, a energia das
ondas é cara. O custo de gerar eletricidade a partir das ondas do mar
pode ir até os 0.20€/kWh, facto pelo qual não há muito investimento
neste tipo de energia renovável. E como tal não são a fonte primária
da energia renovável.

FORMADOR: Cristina Pires 145


Biogás
O que é biogás?
O biogás é um combustível renovável produzido pela
decomposição de matéria orgânica, como restos de
comida e dejetos animais.
Pode ser usado de várias maneiras, incluindo como
combustível para veículos e para aquecimento e
geração de eletricidade.

FORMADOR: Cristina Pires 146


Biogás
O biogás é uma fonte de energia renovável que não agride o meio
ambiente.

É produzido quando a matéria orgânica, como alimentos ou resíduos


animais, é decomposta por microrganismos na ausência de oxigênio,
em um processo denominado digestão anaeróbia. Para que isso
aconteça, o material residual precisa ser encerrado em um ambiente
onde não haja oxigênio.
Pode ocorrer naturalmente ou como parte de um processo industrial
para criar intencionalmente o biogás como combustível.

FORMADOR: Cristina Pires 147


Biogás
Que tipo de resíduo pode ser usado para produzir biogás?
Uma grande variedade de resíduos se decompõe em biogás, incluindo
esterco animal, lixo / lixo municipal, material vegetal, resíduo de
comida ou esgoto.
Quais gases o biogás contém?
O biogás consiste principalmente em metano e dióxido de
carbono. Também pode incluir pequenas quantidades de sulfeto de
hidrogênio, siloxanos e um pouco de humidade.
As quantidades relativas destes variam dependendo do tipo de
resíduo envolvido na produção do biogás resultante.

FORMADOR: Cristina Pires 148


Biogás
Para que pode ser usado o biogás?
Para abastecer veículos - se o biogás for comprimido,
pode ser usado como combustível veicular.
Como um substituto para o gás natural - se o biogás
for limpo e atualizado para os padrões do gás
natural, ele é conhecido como biometano e pode ser
usado de forma semelhante ao metano; isso pode
incluir para cozinhar e aquecer

FORMADOR: Cristina Pires 149


Energias renováveis e não renováveis

Ficha de trabalho

FORMADOR: Cristina Pires 150

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