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CENTRO DE TECNOLOGIA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
Fortaleza
Novembro de 2010
ii
Fortaleza
Novembro de 2010
iii
Banca Examinadora:
A Deus,
Aos meus pais, João e Violeta,
As minhas irmãs, Carolina e Ivna,
A todos os familiares, amigos, namorada.
vi
AGRADECIMENTOS
Barros, J. V. C. and "Study of economic viability and the protections of 69-13.8 kV substation
Campus Pici, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Ceará - UFC, 2010,
94p.
SUMÁRIO
SUMÁRIO
x
SUMÁRIO
xi
DO PICI .......................................................................................................................... 51
3.3.4 PANORAMA ATUAL DA REDE ELÉTRICA DO CAMPUS DO PICI....... 52
3.4 PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÂO DA SUBESTAÇÃO CAMPUS DO PICI . 53
3.4.1 SUBESTAÇÃO CAMPUS DO PICI ............................................................... 53
3.4.2 LOCALIZAÇÃO DA SUBESTAÇÃO ............................................................ 54
3.4.3 SUPRIMENTO................................................................................................. 55
3.4.4 CONFIGURAÇÃO .......................................................................................... 56
3.4.5 ANÁLISE FINANCEIRA ................................................................................ 57
3.4.5.1 CUSTO DA SUBESTAÇÃO............................................................... 57
3.4.5.1 CÁLCULO DO TEMPO DE RETORNO DE INVESTIMENTO ...... 57
3.5 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 62
CAPÍTULO 4
ESTUDO DAS PROTEÇÕES DA SE 69-13,8 KV DO CAMPUS DO PICI DA UFC .......... 63
4.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 63
4.2 REQUISITOS PARA O ESTUDO DA PROTEÇÃO.............................................. 63
4.3 SUBESTAÇÃO CAMPUS DO PICI ....................................................................... 62
4.4 CÁLCULO DE CURTO-CIRCUITO ...................................................................... 64
4.4.1 CÁLCULO DE CURTO-CIRCUITO NO PONTO DE ENTREGA ............... 65
4.4.2 CÁLCULO DE CURTO-CIRCUITO NO BARRAMENTO DE MT ............. 67
4.5 AJUSTE DA PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE ............................................. 68
4.5.1 AJUSTE DA PROTEÇÃO NO BARRAMENTO DE ALTA TENSÃO ........ 69
4.5.1.1 DIMENSIONAMENTO DO TC DE ALTA TENSÃO....................... 69
4.5.1.2 AJUSTE DA PROTEÇÃO DA SAÍDA DE LINHA DA
SUBESTAÇÃO PICI ................................................................................................... 70
4.5.1.3 CÁLCULO DO AJUSTE DO RELÉ DA ENTRADA DE LINHA DA
SE CAMPUS DO PICI ................................................................................................. 70
4.5.2 AJUSTE DA PROTEÇÃO DA MÉDIA TENSÃO ......................................... 73
4.5.2.1 DIMENSIONAMETO DOS TCS DE MÉDIA TENSÃO................... 74
4.5.2.2 CÁLCULO DOS AJUSTES DO RELÉ ASSOCIADO AO
DISJUNTOR GERAL .................................................................................................. 75
4.5.2.3 AJUSTE DOS RELÉS DAS SAÍDAS DE ALIMENTADORES ....... 76
4.6 SIMULAÇÃO DO SISTEMA ................................................................................. 78
4.7 PROTEÇÃO DIFERENCIAL .................................................................................. 89
4.8 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 92
SUMÁRIO
xii
CAPÍTULO 5
CONCLUSÃO E DESENVOLVIMENTO FUTURO ............................................................. 93
5.1 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 93
5.2 DESENVOLVIMENTO FUTURO.......................................................................... 94
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 95
ANEXO A – TABELA DE CÓDIGOS ANSI
ANEXO B – CÁLCULO DE AJUSTES DIFERENCIAIS PARA UM RELÉ DE 2
ENROLAMENTOS
ANEXO C – DIAGRAMA UNIFILAR DO ALIMENTADOR 01C8
ANEXO D – OAP DO ALIMENTADOR 01C8
ANEXO E – AVT DA SUBESTAÇÃO 69-13,8 KV DO CAMPUS DO PICI DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
ANEXO F – PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA SUBESTAÇÃO 69-13,8 KV NO
CAMPUS DO PICI DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
ANEXO G – DADOS DOS BARRAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES DA COELCE
ANEXO H – OAP DA SAÍDA DE LINHA PICI/PRESIDENTE KENNEDY
ANEXO I – DADOS DO TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA DA SUBESTAÇÃO
CAMPUS DO PICI
SUMÁRIO
xiii
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE FIGURAS
xiv
LISTA DE FIGURAS
xv
LISTA DE TABELAS
LISTA DE TABELAS
1
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
1.1 - JUSTIFICATIVA
Capítulo 1 - Introdução
2
1.2 - OBJETIVOS
Esta monografia tem como objetivo apresentar o estudo das proteções da subestação de
69/13,8 kV proposta para o Campus do Pici da Universidade Federal do Ceará.
A metodologia para o desenvolvimento do trabalho inclui:
• Apresentar a configuração da subestação proposta;
• Calcular as correntes de curto-circuito nos barramentos da subestação, para a
alternativa de fornecimento apresentada no Atestado de Viabilidade Técnica
(AVT), fornecido pela Coelce;
• Calcular os ajustes das funções de sobrecorrente de fase e de neutro com base nos
valores de curto-circuito calculados;
Capítulo 1 - Introdução
3
Capítulo 1 - Introdução
4
CAPÍTULO 2
SUBESTAÇÃO DE ENERGIA
2.1 - INTRODUÇÃO
2.4.1.2 - TERRAPLENAGEM
O sistema de drenagem deve ser projetado para abranger toda área do terreno da
subestação, de modo a proporcionar um perfeito escoamento das águas pluviais, bem como do
lençol freático evitando modificar a capacidade de suporte do solo [6].
O projeto de drenagem deve atender as características do terreno onde será construída
a subestação, observando os índices pluviométricos da região e os terrenos circunvizinhos,
evitando o escoamento de água para os mesmos. Sempre que possível a drenagem deve ser
superficial [6].
Deve ser verificado junto aos órgãos públicos responsáveis o destino das águas
captadas.
As caixas coletoras e separadoras de óleo devem ser dimensionadas para o volume de
óleo de um transformador, e atendendo as normas ambientais de normas da ABNT.
O projeto de pavimentação deve ser elaborado de modo que não haja erosão ou
abatimento nas pistas de circulação quando submetida à circulação de veículos de transporte,
carga, descarga e manutenção de equipamentos.
2.4.1.5 - EDIFICAÇÃO
norma [8]. A distância mínima entre as hastes é de 3 metros e o valor máximo de resistência
do solo deve ser 5 ohms.
Devem ser ligados à malha de terra através de um condutor de aço cobreado de bitola
7x7 AWG os seguintes componentes da subestação:
2.4.2.3 - EQUIPAMENTOS
a) Transformador de Potência
b) Disjuntores
c) Secionadores
d) Transformadores de Instrumentos
e) Pára-Raios
f) Serviços auxiliares
O projeto de proteção tem como base a definição das especificações dos relés de
proteção para cada vão, a definição das ligações e dimensionamento dos transformadores de
corrente e os pontos dos disjuntores e chaves e demais dispositivos que devem ser
monitorados, supervisionados e controlados. O equipamento mais importante dentro do
projeto é o relé. A mínima especificação deve constar a tensão nominal, corrente nominal,
tecnologia, freqüência, faixa de temperatura de operação, funções de proteção, faixa de
ajustes das funções de proteção, portas de comunicação, grupos de ajustes, funções de
supervisão, entradas e saídas analógicas e digitais. A quantidade de entradas e saídas digitais e
analógicas dos relés são definidas a partir dos pontos dos equipamentos do vão (disjuntores,
chaves e demais dispositivos) que serão monitorados, supervisionados e controlados.
No projeto também devem constar o estudo das proteções, descrevendo os critérios
utilizados para os cálculos das funções de proteção, as características de cada relé adotadas
para o estudo, a ordem de ajuste das proteções (OAP), contemplando os ajustes de cada relé
discriminando os valores de atuação de cada função, as funções habilitadas e as desabilitadas
e o coordenagrama. Caso o relé possua mais de um grupo de ajuste habilitado, cada grupo
deve ter seus ajustes discriminados e indicados e quando devem ser ativados.
Segundo a norma NBR 8769 [9], proteção principal é o sistema ou parte do sistema de
proteção do qual se espera a iniciativa de operar em resposta a uma condição de falta,
eliminando-a dentro de sua zona protegida.
A Figura 2.1 representa um barramento de média tensão de uma subestação onde o
alimentador protegido pelo religador R1 está em curto-circuito. Nesta situação o religador R1
deve atuar primeiro que o disjuntor D1, devido ser R1 a proteção principal nesta condição.
O sistema elétrico é dividido em zonas de proteção onde cada zona possui seu
equipamento de proteção principal. Quando há a sobreposição de zonas de proteção, além do
equipamento de proteção principal há também o equipamento de proteção de retaguarda.
As zonas devem ser definidas de forma que quando aconteça a falta permanente uma
menor área do sistema seja afetada.
Depois de implantado o sistema de proteção, não podem existir regiões sem proteção,
ou seja, não podem existir zonas cegas [10].
A Figura 2.3 ilustra um exemplo indicando as zonas de proteções.
2.5.4 - SELETIVIDADE
2.5.5 - COORDENAÇÃO
2.6.1 - CHAVES-FUSÍVEIS
As chaves-fusíveis são projetadas para utilizar um cartucho contendo um elo fusível que
interliga os terminais da chave. As chaves-fusíveis são de instalação aérea, aplicadas para
proteção de sobrecorrente de transformadores de distribuição, banco de capacitores e tronco
de alimentadores e ramais [10].
A chave-fusível é um dispositivo eletromecânico instalado por fase (monofásico) com a
função de interromper a circulação de corrente quando a mesma atinge um determinado valor,
em um determinado tempo. A interrupção ocorre com a fusão do elo fusível [10].
A Figura 2.5 representa o detalhe construtivo de uma chave-fusível.
Na Figura 2.5 observa-se que a base do fusível possui uma articulação que serve para
uma indicação visível de abertura do circuito.
• Tensão nominal: a tensão deve ser igual ou superior ao nível de tensão do sistema;
• Corrente nominal: a corrente nominal deve ser igual ou superior a 1,5 vezes da
corrente nominal do elo-fusível a ser instalado;
• Nível básico de isolamento para impulso (NBI): deve ser compatível com o do sistema
onde a chave será instalada. O NBI indica a suportabilidade do dispositivo em relação
às sobretensões de natureza externas. O NBI de um equipamento instalado no mesmo
nível de tensão pode variar dependendo das condições geográficas;
• Capacidade de interrupção: deve suportar a máxima corrente de curto-circuito
assimétrica do ponto de instalação.
2.6.2 - ELOS-FUSÍVEIS
Os elos-fusíveis fazem parte das chaves-fusíveis, são dispositivos que devem fundir
para condições de sobrecorrente e nunca para corrente de carga [12].
Conforme a norma da ABNT, NBR 5359 – Elos-Fusíveis de Distribuição, os elos são
designados por tipos “H”, “K” e “T”, como indicado a seguir [13]:
• Tipo “H”: são elos-fusíveis de alto surto, com alta temporização para correntes
elevadas;
• Tipo “K”: são elos-fusíveis rápidos, tendo relação de rapidez entre 6 (para elo-fusível
de corrente nominal de 6 A) e 8,1 (para elo-fusível de corrente nominal de 200 A);
• Tipo “T”: são elos-fusíveis lentos, tendo relação de rapidez entre 10 (para elo-fusível
de corrente nominal de 6 A) e 13 (para elo-fusível de corrente nominal de 200 A).
Os termos “rápidos” e “lentos” são utilizados apenas para indicar a diferença de rapidez
entre os tipos “T” e “K”.
Os elos-fusíveis do tipo “H” possuem correntes nominais padronizadas de 1 A, 2 A , 3
A e 5 A . Os tipos “T” e “K” possuem correntes nominais padronizadas divididas em dois
grupos conforme mostrado a seguir:
O objetivo da divisão em grupo é facilitar a coordenação entre elos, como pode ser visto
nas Figuras 2.6 e 2.7, onde são traçadas as curvas dos grupos A e B respectivamente, para
elos-fusíveis do tipo “K” do fabricante Indel Bauru [14].
As curvas dos elos-fusíveis são duas para cada valor de corrente nominal. A curva mais
à esquerda do gráfico, também conhecida como curva mínima de fusão, representa os
menores valores de corrente e tempo de atuação. A outra, também conhecida como curva
máxima de fusão, corresponde aos maiores valores de corrente e tempo de atuação. Com isso
o possível tempo de atuação para uma corrente de atuação fica determinado entre o intervalo
das curvas.
• Corrente nominal: a corrente nominal deve ser próxima dos valores padronizados
respeitando as restrições térmicas causadas por sobrecarga;
• Intercambiabilidade elétrica: possibilidade dos elos-fusíveis de diferentes fabricantes
serem usados indiscriminadamente;
2.6.3 - DISJUNTORES
Como pode ser observada, a conexão dos terminais é feita por parafusos, tornando a
remoção do disjuntor mais difícil.
Devido ao disjuntor ser uma “caixa preta” em relação aos contatos internos, é necessário
instalar um equipamento de seccionamento de contatos visíveis à sua montante, que deverá
estar aberto durante a manutenção do disjuntor [4 e 5].
• Tensão nominal: deve ser compatível com a do sistema para que não cause danos ao
disjuntor;
• Corrente nominal: deve ser maior que a máxima corrente demandada do sistema para
poder suportar o crescimento de futuras cargas;
• NBI: deve ser compatível com o sistema;
• Capacidade instantânea: é a capacidade de suportar o pico inicial da corrente de curto-
circuito assimétrica;
• Corrente simétrica de ruptura: deve ser maior que a máxima corrente de curto-circuito
simétrico (trifásico ou fase terra) no ponto de instalação;
• Corrente de fechamento: é a corrente máxima que o equipamento suporta, quando o
mesmo fecha seus contatos em condição de curto-circuito. Normalmente é
especificado um valor de 2,5 da corrente de ruptura máxima.
Os relés são dispositivos que monitoram grandezas, na maioria dos casos elétrica, como
tensão e corrente. O relé atua quando a grandeza monitorada ultrapassa para mais ou para
menos um determinado valor pré-ajustado, comandando aberturas de disjuntores ou de outros
equipamentos [17].
A aplicação de relés no sistema de energia é bem vasta, podendo ser aplicados na
proteção de um equipamento especifico, como um motor, até a proteção de uma linha de
transmissão ou um gerador.
Os relés podem ser classificados quanto às funções de proteção as quais o mesmo foi
desenvolvido para exercer. A American National Standards Institute (ANSI) estabelece um
código associado a cada função de proteção e controle, conforme apresentado no Anexo A.
Outra classificação é pelo tipo de tecnologia, podendo ser divida em quatro grupos, os
quais são: eletromecânicos, estáticos analógicos, estáticos digitais e microprocessados.
Os relés eletromecânicos são equipamentos mais antigos, normalmente possuindo
apenas uma função de proteção. Na Figura 2.11 tem-se o esquema simplificado de
funcionamento de um relé de sobrecorrente eletromecânico.
Figura 2.11
11 – Funcionamento de um relé de sobrecorrente eletromecânico.
eletromecânico
Pode-se
se observar que o relé da Figura 2.11 possui um enrolamento no núcleo
ferromagnético por onde circula a corrente de carga. Essa corrente induz a circulação de um
fluxo magnético. O ajuste para determinar o valor da corrente de atuação será através dos
tapes apresentados na bobina do relé. Para valores de corrente de carga,
carga a força magnética
gerada pelo fluxo não é suficiente para vencer a força contrária da mola, mas para condições
anormais de carga, a corrente que circula na bobina gera um fluxo maior e conseqüentemente
conseqüente
uma força magnética maior, causando o fechamento dos contados de abertura
aber do disjuntor.
A Figura 2.12 ilustra um relé de sobrecorrente eletromecânico do fabricante GE.
Os relés estáticos digitais são aqueles que utilizam portas lógicas digitais no seu circuito
interno para executar as funções de proteção programadas. Este tipo de relé teve um avanço
considerável no que diz respeito à coordenação, pois as curvas de corrente x tempo são
normatizadas. Outro avanço foi a possibilidade de comunicação remota [10]. A Figura 2.14
ilustra um relé do tipo digital.
Este tipo de relé tem muitas vantagens em relação aos outros tipos de relés, tais como o
sistema de oscilografia, espaço de memória para armazenamento de eventos, protocolos de
comunicação, ferramentas de automação, melhoria na coordenação com a criação de novas
curvas e a possibilidade de utilização de seletividade lógica [10].
Na Figura 2.16 tem-se um exemplo de relé microprocessado.
• Níveis das grandezas analógicas: devem ser compatíveis com os níveis dos
equipamentos conectados ao relé;
relé
• Funções de proteção: deve-se
deve se verificar se o relé possui todas as funções necessárias
para realizar as proteções desejadas;
desejadas
• Protocolo de comunicação: é importante verificar se o protocolo de comunicação é
compatível com o protocolo utilizado pelo sistema de
de aquisição de dados;
dados
• Sensibilidade dos ajustes: é importante a verificação dos valores de ajuste que se
deseja programar, com os máximos e mínimos possíveis no relé;
relé;
• Compatibilidade entre equipamentos: o relé deve ser compatível com todos os
equipamentos com quais está interligado.
2.6.5 - RELIGADORES
Figura 2.17
2. – Ciclo de religamento para falta transitória.
Figura 2.18
2. – Ciclo de religamento para falta permanente.
permanente
Pode-se
se observar na Figura 2.18 que o funcionamento é semelhante ao caso da Figura
2.17. A diferença é o acontecimento do quarto ciclo e em seguida o “bloqueio” do religador.
O termo “bloqueado” ou “lockout”
“ refere-se
se que o religador realizou todos os ciclos
cicl de
religamento pré-programados
programados e o curto-circuito
curto circuito ainda persistiu, desativando a função de
proteção de religamento.
Os religadores são divididos em relação à tecnologia utilizada. Essa divisão é feita em
três tipos, os hidráulicos, eletrônicos e microprocessados.
micropr
Os hidráulicos possuem uma bobina em série com o circuito no qual o religador está
instalado. Essa bobina é responsável pela abertura e fechamento do religador, e a mesma
possui um funcionamento semelhante à bobina dos relés eletromecânicos. O ajuste
a da corrente
Na Figura 2.20 observa-se o circuito eletrônico que controla o religador KFE. Na parte
superior são conectadas as placas que definirão que tipo de curva o religador irá adotar como
rápida e lenta de fase e a curva de terra. Na parte inferior à esquerda os resistores definem os
valores de “pickup” de fase e neutro [20].
Na Figura 2.21 tem-se o religador modelo KFE da Cooper.
microprocessado com os outros relés. A Figura 2.22 mostra o religador Nova do fabricante
Cooper.
O relé da Figura 2.23 é conectado ao religador Nova por cabos, dando acesso a leituras
dos TCs e TPs e contatos de abertura e fechamento do religador [21].
Com a utilização de relés no controle dos religadores, tornou-se possível o “retrofit” de
modelos hidráulicos e eletrônicos, ou seja, modernizando estes religadores, incorporando um
relé para controle.
• Tensão nominal: o valor de tensão deve ser compatível com o nível do sistema onde o
equipamento irá operar;
• Corrente nominal: o equipamento deve ser capaz de suportar a máxima corrente
demanda do sistema, onde o mesmo está instalado;
• NBI: o valor deve ser compatível com o do local de instalação;
• Capacidade instantânea: o equipamento deve suportar o valor de crista inicial da
corrente de curto-circuito assimétrica do ponto de instalação;
• Corrente simétrica de interrupção: o dispositivo dever suportar o valor máximo de
corrente de curto-circuito simétrico do local, onde o mesmo será instalado;
2.6.6 - SECCIONALIZADORES
Figura 2.24
2. – Proteção religador mais seccionador.
• Tensão nominal: o valor de tensão deve ser compatível com o nível do sistema onde o
equipamento irá operar;
• Corrente nominal: o equipamento deve ser capaz de suportar a máxima corrente
demandada do sistema, onde o mesmo está instalado;
• NBI: o valor deve ser compatível com o do local de instalação;
• Capacidade instantânea: o equipamento deve suportar o valor de crista inicial da
corrente de curto-circuito assimétrica do ponto de instalação;
• Corrente simétrica de interrupção: o dispositivo deve suportar o valor máximo de
corrente de curto-circuito simétrico do local, onde o mesmo será instalado;
• Sensibilidade dos ajustes: é importante a verificação dos valores de ajuste que se
deseja programar, com os máximos e mínimos possíveis do seccionador;
• Número máximo de contagem: deve verificar a quantidade máxima de contagem do
seccionador;
• Tempo de reinicialização: o tempo requerido para que a contagem retorne a zero deve
ser especificado.
• As componentes de seqüência
seqüência positiva são representadas por três fasores de módulos
iguais, com a defasagem de 120º entre si, com a mesma seqüência de fase do sistema
original;
• As componentes
tes de seqüência negativa são representadas por três fasores de módulos
iguais, com a defasagem
defasagem de 120º entre si, com a seqüência de fase oposta do sistema
original;
• As componentes de seqüência zero são representadas por três fasores de igual módulo,
sem defasagem de ângulo entre si, com a seqüência de fase do sistema original.
A transformação para
ara componentes simétricas pode ser mais bem compreendida através
da Figura 2.26.
(2.1)
(2.2)
(2.3)
(2.4)
Da mesma forma:
² (2.7)
(2.8)
Considerando que os fasores da seqüência zero são iguais e substituindo as equações 2.6
e 2.8 na equação 2.2, da mesma forma para as equações 2.5 e 2.7 na 2.3, obtém-se:
(2.9)
²
(2.10)
²
(2.11)
1 1 1
1 ²
1 ²
(2.12)
1 1 1
1 ²
1 ²
(2.13)
O sistema deve ser modelado em componentes simétricas, para que seja possível a
análise de circulação das correntes de seqüência.
Tabela 2.2
2. – Circuitos de seqüência do transformador.
Ligação Circuito seqüência zero Circuito seqüência positiva
2.7.4 - CURTOS-CIRCUITOS
CIRCUITOS SIMÉTRICOS
3ø
| |
(2.14)
√3 3ø
2ø
2
(2.15)
3
1ø
|2 |
(2.16)
3
1ø
|2 3 |
(2.17)
Onde:
2.8.1 - DIMENSIONAMENTO DO TC
O TC deve ser dimensionado por três critérios, os quais são: critério de carga nominal,
curto-circuito e máxima tensão no secundário. As duas primeiras determinam a relação de
transformação de corrente (RTC). As equações (2.18) e (2.19) são utilizadas para determinar a
corrente do lado primário do TC [17].
(2.18)
$$ á&
#
"
á"
'("
(2.19)
Onde:
Para determinar a máxima tensão do secundário, é utilizada a equação (2.20), que leva
em consideração que o TC é do tipo “B”, fazendo com que a impedância possa ser
considerada nula em relação às outras, conforme [25].
(2.20)
ou
)*+,-á .*/é ",-+1" 2 '( 3 (2.21)
Onde:
A tensão calculada deve ser menor que a especificada na classe de exatidão do TC.
8' ,
4567 #
49
(2.22)
$$
;
4567 :
'( ' 49
(2.23)
Onde:
Conforme [27], o ajuste do tape da função temporizada, também poderá ser ajustado
pela equação (2.24).
1,5 , $$
; ," ?,/ - /,@
> 4567 >
49 1,5 49
(2.24)
O ajuste do tape da função instantânea deve ser ajustado para um valor de 3 a 8 vezes
a corrente nominal, garantindo que o mesmo seja menor que o curto-circuito bifásico no ponto
de instalação. Estes critérios podem ser representados pelas equações (2.25) e (2.26).
.3 82 ,
4567,A1
49
(2.25)
$$
;
4567,A1 :
49
(2.26)
Conforme [27], o ajuste do tape da função instantânea, também poderá ser ajustado
pela equação (2.27).
$$; CD% - FG
4567,A1
49
(2.27)
Onde:
.0,1 0,32 ,
4567
49
(2.28)
O tape da função instantânea de neutro deve ser ajustado para um valor menor que o
curto-circuito fase-terra, considerando uma resistência de contato de 40 ohms. A equação
(2.29) é utilizada para definir o ajuste da função instantânea de neutro.
$$; í,
4567,A1 :
"
49
(2.29)
MN O
4JKL
R
P Q S 1
(2.30)
Onde:
• Ip é a corrente de “Pickup”;
• Alfa e k são constantes que depende do tipo de curva;
O grupo de curvas do IEEE utiliza a Equação (2.31) para calcular o tempo de atuação
do relé [29].
O
4JKL T UV MN .2.312
R
P Q S 1
Onde:
• Alfa, beta e k são constantes que depende do tipo de curva;
Na Tabela 2.4, tem-se os valores de alfa e k para os tipos de curva da IEC.
P Q
(2.32)
2.9 - CONCLUSÃO
CAPÍTULO 3
3.1 - INTRODUÇÃO
localizado no ponto de entrega. O relé primário recebe esta denominação por ser instalado em
série com o circuito e não necessitar de transformadores de corrente para converter o sinal
necessário para o seu ajuste. Este relé fica instalado nos pólos do próprio disjuntor e o valor
que está atualmente ajustado é de 225 A.
A Figura 3.4 ilustra o disjuntor com relé primário associado utilizado para proteção do
Campus da UFC.
Pici.
Na configuração atual, ocorrendo uma falta na rede elétrica é difícil prever qual
elemento da proteção irá atuar. Essa incerteza ocorre devido ao disjuntor do Campus possuir
um relé primário. O relé possui uma curva própria, ou seja, não obedece os padrões de curvas
de relés, apresentada no Capítulo 2, impossibilitando traçar o coordenograma deste relé com o
relé da SE Pici.
Como o relé associado ao disjuntor geral da UFC não possui função de religamento,
todas as faltas permanentes ou transitórias na zona de proteção do relé primário do disjuntor
principal levarão a atuação do mesmo e conseqüentemente a falta de energia no Campus do
Pici. Os transformadores são protegidos através de chaves fusíveis. Já para faltas no
alimentador, o disjuntor de proteção geral ou elos-fusíveis instalados ao longo da rede interna
deverão atuar.
Vale destacar que, 70% a 90% dos curtos-circuitos em um sistema de distribuição são
do tipo transitório [10]. Este fato, adicionado ao não atendimento do sistema de proteção às
normas da ABNT e da Concessionária e ao crescente aumento da demanda, bem como a
redução do preço da tarifa com a mudança da modalidade tarifária contribuíram para a
proposição de um projeto de uma subestação de 69-13,8 kV com duas saídas de alimentadores
para alimentação da Rede de Distribuição do Campus do Pici.
A escolha da alteração do nível de tensão também foi justificada através do MUSD
(Montante de Uso do Sistema de Distribuição), antes denominada demanda contratada
superior a 2500 kW. Conforme os Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no
Sistema Elétrico Nacional – PRODIST [34] um cliente que possui um MUSD superior a 2500
kW deve ser atendido em alta tensão.
A SE Pici Campus UFC será tipo desabrigada, 69-13,8 kV, potência instalada, 5/6,25
MVA (ONAN/ONAF).
A subestação, conforme o atestado de viabilidade técnica (AVT) apresentado pela
Coelce e mostrado no Anexo E, será alimentada através de uma linha transmissão de 72,5 kV,
partindo da subestação Pici, pertencente ao sistema elétrico da Coelce. A tensão de 69 kV que
alimenta o barramento de 72,5 kV será baixada para 13,8 kV, através de um transformador de
Capítulo 3 – Rede de distribuição do Campus do Pici da UFC
54
potência de 5/6,25 MVA, que alimentará o barramento de 15 kV. Para alimentação da rede
elétrica do Campus do Pici serão construídos dois vãos de saída de alimentadores de
distribuição para alimentação do sistema elétrico de média tensão do Campus do Pici. O
projeto contempla relés numéricos e sistema de automação.
A decisão de alimentar a rede interna através de dois alimentadores foi para melhorar a
confiabilidade e disponibilidade do sistema, através da instalação de religadores nas saídas de
alimentadores.
3.4.3 - SUPRIMENTO
A subestação Campus do Pici UFC será alimentada através de uma linha de transmissão
aérea em 69 kV oriunda do barramento de 69 kV da SE Pici da Coelce com comprimento de
0,800 km de extensão e condutor com seção de 315 mm2, material liga de alumínio, CAL,
tipo Elgin, conforme definido na AVT emitida pela Coelce, Anexo E deste projeto.
De acordo com a AVT emitida pela Coelce, a entrada de linha em 69.000 V da SE Pici
Campus UFC deve ser construída de acordo com configuração apresentada na alternativa 1 do
desenho 004.01, anexo à Norma Técnica de Fornecimento de Energia da Coelce, NT-
004/2010 [5].
Na Figura 3.9 é apresentado o diagrama unifilar de alimentação para Consumidores de
69 kV, alternativa 1 no desenho 004.01 da NT-004/2010, definido pela na AVT emitida pela
Coelce.
Legenda:
• PC: é o ponto de conexão;
• A: é a área exclusiva da Coelce;
• M: Medição;
• PE: Ponto de entrega.
Figura 3.9 – Alternativa de fornecimento 1.
3.4.4 - CONFIGURAÇÃO
• Um vão de entrada de linha 72.5 kV com um disjuntor 72,5 kV, três transformadores
de corrente, um relé de sobrecorrente multifunção composto das funções de
sobrecorrente instantânea e temporizada de fase (50/51) e neutro (50N/51N) integrado
ao sistema de automação da subestação;
• Um barramento simples na alta tensão 72,5 kV;
• Um vão de transformação com transformador 5/6,25 MVA com transformadores de
corrente em cada bucha, funções de proteção intrínsecas (relé de gás, válvula de alívio
de pressão, medidor de temperatura do óleo e do enrolamento e nível do óleo),
também possuirá um relé diferencial, numérico, multifunção para proteção externa
com as funções de proteção 87, 51G, 50/51, 50N/51N;
• Um barramento simples na média tensão 15 kV;
Neste tópico serão analisadas duas situações. A primeira com mudança de tarifa para
horo-sazonal azul em nível de tensão de 69 kV e a segunda utilizando um conjunto de 6
geradores de 500 kVA cada funcionando no horário de ponta.
Com base nos valores apresentados em [35], estima-se investimento total em torno de
R$ 1.120.000,00 reais para a implantação de um grupo de 6 geradores para alimentar a rede
do Pici no horário de ponta.
A Tabela 3.2 mostra o histórico do consumo de energia do Campus do Pici da
Universidade Federal do Ceará no período de novembro de 2009 a outubro de 2010 [36].
Com base nos dados obtidos no site da Coelce [37] montou-se a Tabela 3.3, que
apresenta as tarifas do período de novembro de 2009 a outubro de 2010, para as situações de
tarifa verde (situação atual da UFC), tarifa azul (nível de tensão 69 kV).
Tabela 3.3 – Contas de energia do período de novembro de 2009 a outubro de 2010 com tarifa azul.
Tarifa Tarifa Tarifa
Tarifa
da da Tarifa Tarifa da
F.P.
Demanda Demanda H.P. H.P. Demanda
Mês/Ano Verde e
F.P. F.P. Verde Azul H.P.
Azul
Verde Azul R$/kWh R$/kWh Azul
R$/kWh
R$/kW R$/kW R$/kW
Nov/2009 0,22862 14,96 9,19 1,56221 0,37916 39,59
Dez/2009 0,23081 15,1 9,28 1,57715 0,38278 39,97
Jan/2010 0,20901 15,15 9,31 1,54287 0,34516 40,08
Fev/2010 0,20997 15,21 9,35 1,54996 0,34674 40,27
Mar/2010 0,21016 15,23 9,36 1,55133 0,34705 40,3
Abr/2010 0,20433 17,21 10,53 1,73385 0,32682 47,16
Mai/2010 0,22184 17 10,4 1,74737 0,35727 46,6
Jun/2010 0,21988 16,85 10,31 1,73193 0,35411 46,19
Jul/2010 0,22344 17,12 10,48 1,75992 0,35983 46,93
Ago/2010 0,22128 16,96 10,37 1,74297 0,35637 46,48
Set/2010 0,22267 17,06 10,44 1,75389 0,3586 46,77
Out/2010 0,22324 17,11 10,47 1,75834 0,35951 46,89
Média 0,21877 16,25 9,96 1,66765 0,35612 43,94
Nas equações 3.1 e 3.2 são apresentadas a fórmula de cálculo das contas de energia das
tarifas verde e azul.
.
.
.
. .
. .
. .
. .
. (3.1)
.
.
.
. .
. .
. .
.
.
. .
. .
. (3.2)
Onde:
Para o cálculo de conta de energia média na tarifa verde, considerou-se uma demanda
contratada de 3.750 kW no horário de ponta, que é a contratada do mês de outubro de 2010.
Substituindo os valores médios obtidos das Tabelas 3.2 e 3.3 na equação 3.1, obtém-se a
equação 3.3, que é o custo médio de energia para a tarifa verde.
Para o cálculo de conta de energia média na tarifa azul, considerou-se uma demanda
contratada de 3750 kW no horário fora de ponta e uma de 2400 kW no horário de ponta. A
demanda de 2400 kW foi escolhida com base nos dados da Tabela 3.2. Substituindo os
valores médios obtidos das Tabelas 3.2 e 3.3 na equação 3.2, obtém-se a equação 3.4, que é o
custo médio de energia para a tarifa azul.
() *
# $% &1 # ' + -.
,
13.62
$%/1 * 0
Onde:
Para o cálculo do tempo de retorno de investimento (Tr) foi adotada uma taxa de juros
de 1,0% ao mês. Foi escolhida essa taxa, devido a mesma ser o dobro da taxa da poupança
[39]. A equação 3.7 é o tempo de retorno para a subestação utilizando a tarifa azul [35].
2.187.470,29 0,01
# $% 31 # 4 22.710,28 56
332 78989 13.72
$%11 0,012
O valor obtido na equação 3.7 indica que a redução da conta de energia não pagará o
investimento da subestação. Porém este investimento pode se tornar viável com a inclusão de
um grupo gerador no horário de ponta. A equação 3.8 é o tempo de retorno para a subestação
utilizando a tarifa azul mais o grupo gerador no horário de ponta [35].
3.387.470,29 0,01
# $% 31 # 4 56
113.504,06
36 78989 13.82
$%11 0,012
3.5 - CONCLUSÃO
CAPÍTULO 4
4.1 - INTRODUÇÃO
A norma responsável pelo fornecimento em alta tensão na Coelce [5]. Nesta norma são
estabelecidas as proteções necessárias e o tempo mínimo de coordenação entre os relés (0,3
segundos).
Por fim na Ordem de Ajuste das Proteções da saída de linha PCI/PSK (Pici/Presidente
Kennedy) fornecida pela Coelce, Anexo H deste documento são apresentados os dados de
ajuste da proteção da saída de linha da subestação Pici.
Na Tabela 4.3 são apresentados os dados dos parâmetros dos condutores, impedância de
sequência positiva e zero da linha convertidos para PU, considerando para os cálculos para
uma potência de base 100MVA e tensão de base de 69 kV. A impedância de base foi
calculada através da seguinte fórmula:
69
47,61 4.1
100
69
1 4.2
69
Equação Valores de
Tipo de curto-circuito
(curto-circuito em PU) corrente
1 $$3ø 10,6 kA
Trifásico $$3ø
|' | 0,0789
√3 $$3ø √3 10600
Bifásico $$2ø $$2ø 9,2
2 2
Fase-terra sem 3 3
$$1ø $$1ø 3,9
resistência de contato |2 ' * + | |0,6464|
Fase-terra com
3 3
resistência de contato de $$1ø $$1ø/í0 1
|2 ' * + * 3 ,- | |2,5203|
40 ohm
Tabela 4.6 – Impedância reduzida no barramento de média tensão da SE Campus do Pici em PU.
Seqüência Positiva Seqüência Zero
R1 X1 R0 X0
0,0054 1,4789 0 1,4
√3 $$3ø √3 2800
Bifásico $$2ø $$2ø 2,5 kA
2 2
Fase-terra sem 3 3
$$1ø $$1ø 2,9
resistência de contato |2 ' * + | |4,3578|
Fase-terra com
3 3
resistência de contato $$1ø/70 $$1ø/70 0,2
|2 ' * + * 3 ,- | |63,1732|
de 40 ohm
8 6,25
8 52,3 4.6
√3 8 √3 69
== :á>9:4
29:á294 < < 530
?-42
(4.7)
Pelo critério de sobrecorrente, o valor do TC tem que ser igual ou superior a 530, como
o valor mais próximo vendido comercialmente é o valor de 600/5, logo se adotou o mesmo.
Para o critério de corrente nominal tem-se a Equação (2.18):
Para que seja feito o ajuste da proteção do relé de alta tensão da UFC, primeiramente
deve-se calcular os ajustes do relé e traçar as curvas, com base nos dados da OAP da SE da
Coelce para verificar se os relés estão coordenandos. A Tabela 4.8 contém as informações dos
dados de ajuste do relé da saída de linha da SE Pici da concessionária.
Fabricante/ Graduação
Proteção TC Tipo de curva
Tipo TAPE Dial Instantânea
SIEMENS
Fase 800:5 5,3 0,16 Desativada VI
7SJ511_V3.2
SIEMENS
Neutro 800:5 1 0,40 Desativada VI
7SJ511_V3.2
==Q 9,2
@A981 P P P 76,7
,@C 120
(4.10)
O ajuste adotado para a função instantânea de fase foi 12,5 A, o que corresponde uma
corrente de 1500 A no lado primário do TC.
Devido à ativação da função instantânea, o gráfico de corrente x tempo do relé será
traçado até o valor de corrente de 1500 A, depois desse valor o tempo de atuação é
aproximadamente zero.
Adotando o mesmo tipo de curva do relé da concessionária (IEC muito inversa) e o dial
0,6 para a função temporizada, foi possível especificar os ajustes da proteção do barramento
de alta tensão, como visto na Tabela 4.10.
Fabricante/ Graduação
Proteção TC Tipo de curva
Tipo TAPE Dial Instantânea
Função 51 da
SE Campus 600:5 Areva P142 0,5 0,6 12,5 VI
do Pici UFC
=='Q:í89:4 1
@A981 P P P 8,33
,@C 120
(4.12)
O valor adotado para o ajuste foi de 6,5 A, correspondendo uma corrente de 780 A no
lado primário do transformador de corrente.
Adotou-se a curva IEC muito inversa e o dial 0,5 para a função temporizada de neutro.
Os ajustes da proteção de neutro para o barramento de alta tensão são especificados na Tabela
4.12:
Fabricante/ Graduação
Proteção TC Tipo de curva
Tipo TAPE Dial Instantânea
8 6,25
8 261,5 4.13
√3 8 √3 13,8
Pelo critério de sobrecorrente, o valor do TC tem que ser igual ou superior a 145 A. O
valor comercial mais próximo é de 150/5.
Para o critério de corrente nominal, tem-se a Equação (2.18):
Para o cálculo da corrente de partida foi considerada apenas a corrente nominal, visando
evitar que o transformador trabalhe em sobrecarga. Na Tabela 4.13, tem-se o cálculo do tape
de fase:
Adotou-se o dial 0,31 e a curva IEC muito inversa, pois os mesmos apresentaram uma
boa coordenação, quando simulada as proteções de alta e média tensão. Na Tabela 4.14, é
mostrado ajuste da proteção de fase para o barramento de média tensão.
Fabricante/ Graduação
Proteção TC Tipo de curva
Tipo TAPE Dial Instantânea
Para o cálculo do TAPE de neutro, será considerado apenas 15% da corrente nominal do
transformador. A Tabela 4.15 corresponde ao ajuste do TAPE de neutro do barramento de
média tensão.
Determinou-se o dial 0,55 e uma curva IEC muito inversa para a função de
sobrecorrente temporizada de neutro, pois na simulação esses valores apresentaram uma boa
margem de coordenação entre as proteções de média e a alta tensão.
Na Tabela 4.16, tem-se o ajuste da proteção do barramento de média tensão.
Fabricante/ Graduação
Proteção TC Tipo de curva
Tipo TAPE Dial Instantânea
No ajuste dos alimentadores, considerou-se que cada alimentador possui uma demanda
máxima igual à metade da potência instalada da subestação, correspondendo uma demanda de
3,125 MVA.
A Tabela 4.17 demonstra o cálculo do ajuste do TAPE de fase para os alimentadores,
para uma condição de sobrecarga de 30%.
Logo o tempo de atuação do alimentador deverá ser de 135 ms para a falta trifásica. Na
Equação 4.17 tem-se o cálculo do dial da função de fase do alimentador, com uma curva IEC
muito inversa:
L 2800 '
@D/EF SJ K M 1T 0,135 SJ K M 1T
170,4
G7HI 0,15 4.17
13,5
Adotou-se um dial de 0,1 e a curva muito inversa da IEC, para o ajuste de fase do
alimentador. A Tabela 4.18, apresenta os dados de ajuste da proteção de fase dos
alimentadores.
Fabricante/ Graduação
Proteção TC Tipo de curva
Tipo TAPE Dial Instantânea
=='Q:í89:4 0,2
@A981 P P P5
,@C 40
(4.19)
Fabricante/ Graduação
Proteção TC Tipo de curva
Tipo TAPE Dial Instantânea
Para realizar a simulação da coordenação dos relés de proteção, foi necessário converter
os valores dos ajustes calculados anteriormente em PU. Essa transformação foi devido ao relé
Areva P142, utilizado no estudo, que trabalha com valores de TAPE em PU [40].
Para transformar os ajustes dos relés em PU, todos os valores de TAPE foram divididos
por 5, que corresponde à corrente secundária do TC. Após a divisão foi constatado que o valor
de TAPE de neutro (valor 0,11) do barramento de alta tensão estava fora da faixa de ajuste do
relé. A faixa do relé era 0,08 a 4 PU, que corresponde a uma faixa de corrente secundaria do
TC de 0,4 a 20 A. Por esta razão, o TAPE de neutro foi alterado para o valor de 0,4 que
dividido por 5 corresponde ao ajuste 0,08 no relé Areva.
Na Tabela 4.21, tem-se os dados ajustados nos relés para simulação.
Uma proteção diferencial tem a finalidade de detectar faltas na zona de proteção entre
os Transformadores de Corrente do lado de alta e baixa tensão do transformador. Quando
atuada a função de proteção, o equipamento protegido é imediatamente desligado [41].
Essa proteção é inerentemente seletiva, isto é, a seletividade é obtida pela própria
concepção e não através de temporizações ou graduações de corrente. Logo, seu tempo de
atuação deve ser o menor possível, não necessitando de temporização intencional [41].
O relé diferencial será utilizado na proteção do transformador. O transformador adotado
possui as seguintes características: potência nominal de 5/6,25 MVA, tensão nominal de
69/13,8 kV, impedância de 7% e ligação triângulo/estrela com centro estrela acessível.
Por causa do tipo de ligação o lado de alta está deslocado de 30º do lado de média
tensão do transformador.
O relé de proteção escolhido para a proteção diferencial foi o modelo TPU-2000R, de
fabricação ABB. A seguir os cálculos para o ajuste da proteção diferencial, com base nos 13
passos do Anexo B:
1. Escolhe-se o ajuste de compensação de ângulo de fase em 30º com o lado Alto conectado
como Enrolamento 1 e o lado Baixo conectado como Enrolamento 2.
6250
U 52,3 4.20
√3 69
6250
V 261,5 4.21
√3 13,8
3. Assumindo uma barra infinita, tem-se que as correntes máximas de falha passante são:
6250
U 597,7 4.22
√3 69 0,07
6250
V 2988,4 4.23
√3 13,8 0,07
597,7
U? 39,8 4.24
15
2988,4
V? 37,4 4.25
80
As duas correntes de falha passante foram menores do que 100 A, justificando a escolha
do TC.
52,6
U 3,48 4.26
15
261,5
V 3,27 4.27
80
52,6
IHR 3,48 A 4.28
15
261,5 √3
ILR 5,66 A 4.29
80
8. Selecionou-se os ajustes das derivações do lado de alta 87T-1 em 3,5 A e do lado de baixa
87T-2 em 5,66 A:
10. Selecionou-se uma pendente percentual linear de 30%, conforme indicação do manual do
relé.
11. Selecionou-se uma corrente mínima de operação de 0.3 por unidade, conforme indicação
do manual do relé.
12. Selecionou-se 2º harmônico para o Modo de Restrição de Harmônicos e 15% para o Modo
de Restrição Percentual.
5000
I 2,79 A 4.36
√3 69 15
2,79 10
I 5,6 A 4.37
5
4.8 - CONCLUSÃO
CAPÍTULO 5
5.1 - CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Blume, Steven Warren. Electric power system basics : for the nonelectrical professional.
Hoboken, N.J. : Wiley-Interscience ; Piscataway, NJ : IEEE Press, c2007.
[2] Disponível na URL www.ons.org.br, acessada no dia 14/11/10.
[3] Disponível na URL http://www.aneel.gov.br/, acessada no dia 14/11/10.
[4] Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT NBR 14039 – Instalações elétricas de
média tensão de 1 kV a 36,2 kV, 2005.
[5] Coelce, Norma Técnica NT-002/2010 R-02 – Fornecimento de energia elétrica em tensão
primaria de distribuição.
[6] Coelce, Critérios de Projetos CP-011/2003 R-00 – Subestação de distribuição aérea e
semi-abrigada.
[7] Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de
baixa tensão, 2005.
[8] Coelce, Norma Técnica NT-004/2010 R-04 – Fornecimento de energia elétrica em alta
tensão – 69 kV.
[9] Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT NBR 8769 – Diretrizes para
Especificação de um Sistema de Proteção Completo, 1985.
[10] Pereira, D.R. Um sistema de software para execução de estudos de coordenação e
seletividade em sistema de distribuição [Minas Gerais] 2007.
[11] CPFL, Norma Técnica nº 2912, versão 1.2 – Proteção de Redes Aéreas de Distribuição –
Sobrecorrente, 2006.
[12] Vicentini, O.H.S. Proteção de sobrecorrente de sistema de distribuição [Minas Gerais]
2003.
[13] Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT NBR 5359 – Elos-Fusíveis de
Distribuição, 1989.
[14] Disponível na URL http://www.indelbauru.com.br, acessada em 20/10/10.
[15] Disponível na URL
http://paginas.fe.up.pt/~jrf/aulas0506/sobreintensidade/resumo_sp.pdf, acessada em
21/10/10.
[16] Disponível na URL
http://www05.abb.com/global/scot/scot235.nsf/veritydisplay/2e12c879b8b7fa8bc1257568
0050f378/$File/CA_HD4%28PT%29M_1VCP000004-0901.pdf, acessada em 21/10/10.
Referências Bibliográficas
97
Referências Bibliográficas
98
Referências Bibliográficas
ANEXO A
(TABELA DE CÓDIGOS ANSI)
Tabela ANSI
Nº
Denominação
Função
1 Elemento Principal
2 função de partida/ fechamento temporizado
3 função de verificação ou interbloqueio
4 contator principal
5 dispositivo de interrupção
6 disjuntor de partida
7 disjuntor de anodo
8 dispositivo de desconexão da energia de controle
9 dispositivo de reversão
10 chave de sequência das unidades
11 reservada para futura aplicação
12 dispositivo de sobrevelocidade
13 dispositivo de rotação síncrona
14 dispositivo de subvelocidade
15 dispositivo de ajuste ou comparação de velocidade ou frequência
16 reservado para futura aplicação
17 chave de derivação ou descarga
18 dispositivo de aceleração ou desaceleração
19 contator de transição partida-marcha
20 válvula operada elétricamente
21 relé de distância
22 disjuntor equalizador
23 dispositivo de controle de temperatura
24 Relé de sobreexcitação ou Volts por Hertz
25 relé de verificação de Sincronismo ou Sincronização
26 dispositivo térmico do equipamento
27 relé de subtensão
28 reservado para futura aplicação
29 contator de isolamento
30 relé anunciador
31 dispositivo de excitação
32 relé direcional de potência
33 chave de posicionamento
34 chave de sequência operada por motor
dispositivo para operação das escovas ou curto-circuitar anéis
35
coletores
36 dispositivo de polaridade
37 relé de subcorrente ou subpotência
38 dispositivo de proteção de mancal
39 reservado para futura aplicação
40 relé de perda de excitação
41 disjuntor ou chave de campo
42 disjuntor/ chave de operação normal
43 dispositivo de transferência manual
44 relé de sequência de partida
45 reservado para futura aplicação
46 relé de desbalanceamento de corrente de fase
47 relé de sequência de fase de tensão
48 relé de sequência incompleta/ partida longa
49 relé térmico
50 relé de sobrecorrente instantâneo
51 relé de sobrecorrente temporizado
52 disjuntor de corrente alternada
53 relé para excitatriz ou gerador CC
54 disjuntor para corrente contínua, alta velocidade
55 relé de fator de potência
56 relé de aplicação de campo
57 dispositivo de aterramento ou curto-circuito
58 relé de falha de retificação
59 relé de sobretensão
60 relé de balanço de tensão/ queima de fusíveis
61 relé de balanço de corrente
62 relé temporizador
63 relé de pressão de gás (Buchholz)
64 relé de proteção de terra
65 regulador
66 relé de supervisão do número de partidas
67 relé direcional de sobrecorrente
68 relé de bloqueio por oscilação de potência
69 dispositivo de controle permissivo
70 reostato elétricamente operado
71 dispositivo de detecção de nível
72 disjuntor de corrente contínua
73 contator de resistência de carga
74 função de alarme
75 mecanismo de mudança de posição
76 relé de sobrecorrente CC
77 transmissor de impulsos
relé de medição de ângulo de fase/ proteção contra falta de
78
sincronismo
79 relé de religamento
80 reservado para futura aplicação
81 relé de sub/ sobrefrequência
82 relé de religamento CC
83 relé de seleção/ transferência automática
84 mecanismo de operação
85 relé receptor de sinal de telecomunicação
86 relé auxiliar de bloqueio
87 relé de proteção diferencial
88 motor auxiliar ou motor gerador
89 chave seccionadora
90 dispositivo de regulação
91 relé direcional de tensão
92 relé direcional de tensão e potência
93 contator de variação de campo
94 relé de desligamento
95 à 99 usado para aplicações específicas
COMPLEMENTAÇÃO DA TABELA ANSI:
Siga estes passos para calcular os ajustes do relé. Um exemplo é dado no final do
procedimento.
3. Determine as máximas correntes de falha passante, IHF e ILF, para ambos os lados
do transformador.
11. Selecione a corrente mínima de operação entre 0.2 e 0.4 por unidade. A corrente de
operação mínima é a diferença por unidade entre as correntes de restrição por
unidade dos enrolamentos 1 e 2.
(página 7-2)
1. O ajuste de compensação de ângulo de fase é 30º com o lado Alto conectado como
Enrolamento 1 e o lado Baixo conectado como Enrolamento 2.
= 709 A = 5907 A
8. Selecione os ajustes das derivações do lado de alta 87T-1 e do lado de baixa 87T-
2:
87T-1 = 5,0 A 87T-2 = 7,3A 87T-2 = 7,3 A
9. Verifique que as correntes aparentes de falha passante do relé no secundário do
transformador de corrente do lado de alta e do lado de baixa sejam menores que 35
vezes os ajustes de derivação selecionados.
Triângulo Estrela
35,5 - 35 * 5 = 175A 29,5 * 1,73 - 35 * 7,3 = 255,5 29,5 * 1,73 - 35 * 7,3 = 255,5
Equipe:
- Prof. Tomaz Nunes Cavalcante Neto - Coordenador
- Prof. Raimundo Furtado Sampaio
- Prof. Carlos Gustavo Castelo Branco
- Engº. Fabrício da Rocha Leite
- Allan Victor - Aluno de Iniciação científica
ÍNDICE
1.OBJETIVO................................................................................................................................. 02
2.INTRODUÇÃO........................................................................................................................... 04
3.BENEFÍCIOS............................................................................................................................. 03
4.SUBESTAÇÃO.......................................................................................................................... 03
5.CRITÉRIO DE PROJETO..........................................................................................................03
6. CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS DA SUBESTAÇÃO ....................................... 03
7.CUSTO ORÇAMENTÁRIO........................................................................................................ 03
8.RETORNO DO INVESTIMENTO............................................................................................... 03
9.CONCLUSÃO........................................................................................................................... 03
10.ANEXOS.................................................................................................................................. 03
1.OBJETIVO
Este projeto tem como objetivo a implantação de uma Subestação 69000/13.800V no Campus do
Pici da Universidade Federal do Ceará, visando a melhoria da confiabilidade, disponibilidade, segurança
e da qualidade da energia fornecida ao sistema elétrico de distribuição do Campus do Pici da
Universidade Federal do Ceará com a implantação de um moderno sistema de proteção e automação, a
redução da tarifa de energia com a mudança da modalidade tarifária e a adequação do nível de tensão
da rede elétrica ao estabelecido no módulo 3 do Procedimento de Distribuição (PRODIST) da Agência
Reguladora de Energia Elétrica Nacional (ANEEL) .
2. DESCRIÇÂO DO PROBLEMA
Atualmente o sistema elétrico do Campus do Pici da Universidade Federal do Ceará é suprido
através de um alimentador de distribuição de 13.800 V, pertencente ao sistema elétrico de média tensão
da Companhia Energética do Ceará – Coelce.
O MÓDULO 3 – ACESSO AO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO do Procedimentos de Distribuição de
Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST da Agência Nacional de Energia Elétrica –
ANEEL, estabelece as condições de acesso, compreendendo a conexão e o uso ao sistema de
distribuição e define os critérios técnicos e operacionais, os requisitos de projeto, as informações,
os dados e a implementação da conexão, aplicando-se aos novos acessantes bem como aos
existentes.
No item 2 – Critérios Gerais, sub-item 2.1 – Tensão de Conexão, do módulo 3 do PRODIST são
estabelecidos critérios que definem os níveis de tensão que as unidades consumidoras devem ser
conectadas ao sistema elétrico da Concessionária de Energia nos níveis de Baixa Tensão (BT), Média
Tensão (MT) e Alta Tensão (AT), conforme apresentado abaixo:
a) Baixa Tensão - BT: carga instalada igual ou inferior a 75 kW;
b) Média Tensão - MT: carga instalada superior a 75 kW e MUSD (Montante de Uso do Sistema de
Distribuição) contratado inferior a 2500 kW, inclusive;
c) Alta Tensão - AT: MUSD contratado superior a 2500 kW.
O sistema elétrico da Coelce fornece energia em Alta Tensão em 69.000 V e em Media Tensão
em 13.800 V.
Atualmente o sistema elétrico do Campus do Pici da UFC está conectado ao sistema de MT da
Coelce em 13.800V. A potência instalada do Campus do Pici atualmente é de 9150 kW e a demanda
(MUSD) atingiu o patamar de 3500 kW, superando, portanto os requisitos estabelecidos no sub-item 2.1.b
do módulo 3 do PRODIST que define o limite para conexão de uma unidade consumidora ao sistema de
MT, MUSD até 2500 kW, conforme apresentado acima. De acordo com o estabelecido no sub-item 2.1c
do PRODIST uma unidade consumidora com MUSD superior a 2500 kW pode ser conectada ao Sistema
de AT. Fundamentada neste critério estabelecido no PRODIST e na resolução 456 da ANEEL, que
também estabelece este mesmo critério para conexão da unidade consumidora ao sistema elétrico da
Concessionária, a UFC solicitou a Coelce um Atestado de Viabilidade Técnica de Fornecimento de
Energia Elétrica (AVT) para conexão ao seu sistema em Alta Tensão, conforme requerido na NT-004 –
Norma de Fornecimento de Energia em Alta Tensão da Coelce.
Baseado nos dados técnicos apresentados pela UFC, a Coelce emitiu parecer favorável a
conexão do sistema elétrico do Campus do Pici ao sistema de AT, 69.000 V, da Concessionária,
conforme AVT apresentado no Anexo 1.
A legislação do setor elétrico e o parecer favorável da Coelce à conexão do sistema elétrico de
distribuição do Campus do Pici em Alta Tensão, a redução da tarifa de energia proporcionada pela
conexão em AT e evolução tecnológica do sistema elétrico da UFC motivou a elaboração do Projeto
Preliminar da SE Pici Campus UFC.
3. BENEFÍCIOS
A SE Pici Campus UFC automatizada, proporcionará dentre outros, os seguintes benefícios para a
Universidade Federal do Ceará:
• Melhoria na qualidade da energia fornecida a sede do Campus do Pici e aumento da
confiabilidade, disponibilidade e segurança do sistema elétrico com a instalação de relés de
proteção baseados em microprocessadores integrados a um sistema SCADA (Supervisory Control
and Data Aquisition) da subestação, que proporcionam a supervisão e controle do sistema elétrico
da Subestação em tempo real. Vale destacar que o sistema elétrico do Campus do Pici vem se
expandindo de forma muito rápida com a construção de novos blocos de salas de aula e
laboratórios associados à aquisição de novos equipamentos, tornando imperativo à necessidade
da expansão do sistema elétrico da UFC.
• Economia de energia com a mudança do faturamento da modalidade de horo-sazonal verde para
a modalidade azul, proporcionada pela mudança do nível de tensão da conexão do sistema
elétrico da UFC ao sistema elétrico da Coelce de 13.800 V para 69.000 V. Na modalidade tarifária
horo-sazonal azul é cobrada uma tarifa por MUSD cerca de 22% mais barata que a modalidade
verde.
• Possibilidade de novos investimentos na infra-estrutura física da Universidade Federal do Ceará
através dos recursos economizados com o retorno do investimento na Construção da SE;
• Além disso, a SE servirá como verdadeiro laboratório para ensino e pesquisa nos cursos de
graduação e pós-graduação do Departamento de Engenharia Elétrica da UFC. Os alunos terão
acesso ao conhecimento de equipamentos como transformador de potência, disjuntores,
religadores, chaves secionadoras de alta e média tensão, serviços auxiliares, relés de proteção
baseados em microprocessadores e sistema de automação de uma subestação de 69/13.8 kV;
4. SUBESTAÇÃO
A SE Pici Campus UFC será tipo aérea, 69.000-13.800 V, potência instalada, 5/6,25 MVA
(ONAN/ONAF) e capacidade de expansão futura de até 12,5 MVA.
A Subestação, conforme AVT apresentado pela Coelce e mostrado no anexo 1, será alimentada
através uma derivação da linha transmissão de 72,5 kV, Bom-sucesso-Pici II, pertencente ao Sistema
Elétrico da Coelce. A tensão de 69.000 V que alimenta o Barramento de 72,5 kV será baixada para
13.800 V, através de um transformador de potência de 5/6,25 MVA, que alimentará o barramento de 15
kV. Serão construídos dois vãos de saída de alimentadores de distribuição para alimentação do sistema
elétrico de média tensão do Campus do Pici.
4.1 Localização
A SE Pici Campus UFC será construída nos limites do Campus do Pici em local indicado no Mapa
Georeferenciado apresentado na Figura 1 e ocupará uma área de aproximadamente 2.500 m² dentro do
Campus do Pici.
Subestação COELCE
Cubículo de
Proteção – 13,8 KV
Alimentador
Existente –
Campus do Pici
Área proposta
para a SE Pici
Campus UFC
4.4 Suprimento
A SE Pici Campus UFC, 69.000-13.800 V, será alimentada através de um circuito de alta tensão
aéreo com 0,200 km de extensão em condutor 315 mm2, CAL Elgin, até o ponto de entrega da UFC
derivado da LINHA AÉREA DE ALTA TENSÃO, 72.5 KV PICI II – BOM SUCESSO 02L5, conforme
recomendado na AVT emitida pela Coelce, Anexo 1 deste projeto. O ponto de derivação da LT Coelce
para a SE Pici Campus UFC, será localizado a 800 m da SE Pici II da Coelce.
A entrada em 69.000 V da SE Pici Campus UFC, deve ser construída de acordo alternativa 3 do
desenho 004.01, anexo a Norma Técnica de Fornecimento de Energia da Coelce, NT-004/2009,
conforme recomendado na AVT emitida pela Coelce, Anexo 1 deste documento.
Na Figura 2 é apresentado o Diagrama Unifilar de Alimentação para Consumidores de 69 kV,
apresentado como Alternativa 3 no desenho 004.01 da NT-004/2009 da Coelce.
4.5 Configuração
Na Figura 3 é apresentado o diagrama unifilar de proteção da SE Pici Campus UFC, 69.000–
13.800 V.
Figura 3 – Diagrama Unifilar da SE Pici Campus UFC
Conforme apresentado no diagrama unifilar de proteção da Figura 3, a SE Pici Campus UFC será
composta de:
• Um vão de entrada de linha 72.5 kV com um disjuntor 72,5 kV com recursos operacionais para
bay-pass (chaves secionadoras), três transformadores de corrente, um relé de sobrecorrente
multifunção composto das funções de sobrecorrente instantânea e temporizada de fase (50/51) e
neutro (50N/51N) integrado ao sistema de automação da subestação;
• Um barramento simples na alta tensão 72,5 kV;
• Um vão de transformação com transformador 5/6,25 MVA com transformadores de corrente em
cada bucha, funções de proteção intrínsecas (medidor de temperatura do óleo (26), do
enrolamento (49) e nível do óleo) e um relé diferencial (87), numérico, multifunção para proteção
externa com as funções de proteção 87, 51G, 50/51, 50N/51N;
• Barramento média tensão 15 kV com ;
• Dois vão de saída de alimentadores de média tensão 15 kV para alimentação da rede de
distribuição do Campus do Pici cada um composto de um religador 15 kV e relé de sobrecorrente
com funções 50/51, 50N/51N, 51NS e 79.
• Transformadores de Serviços Auxiliares.
5. Critério de Projeto
De acordo com a Norma Técnica da COELCE NT-004/2009 - Fornecimento de energia elétrica em
alta tensão 69 kV da Coelce o projeto da SE Campus do Pici UFC, 69-13,8 kV, deve contemplar Projeto
Civil, Projeto Eletromecânico e Projeto de Automação.
5.1.2 Terraplenagem
No caso de aterro, o projeto deve indicar: a espessura e o número das camadas; o método de
compactação e a caracterização do material a ser empregado. Na Caracterização deve conter no mínimo
as seguintes informações granulometria, limite de liquidez, limite de plasticidade, grau de compactação
determinado, Índice de Suporte Califórnia (CBR), densidade, umidade ótima e locação da jazida de
empréstimo.
A superfície final do aterro deve ser dimensionada de modo a resistir à passagem de veículos
para manutenção dos equipamentos dentro dos pátios, nas vias de circulação. No trecho que dá acesso
aos transformadores deve resistir à carga de movimentação dos mesmos.
Escoamento de águas pluviais, para tanto, é necessário ser investigado, o nível máximo das
enchentes ocorridas no local;
Drenagem das bases dos transformadores de força e demais elementos contidos no pátio da SE;
Estabilidade dos taludes.
5.2.8 Intertravamentos
Todas as chaves seccionadoras de 72,5kV, são intertravados eletricamente com disjuntor de
72,5kV, provocando o seu desligamento antes da abertura do circuito elétrico, evitando assim acidentes
e/ou danos materiais.
A chave seccionadora de entrada da subestação possui lâminas de terra intertravadas
mecanicamente com as lâminas principais evitando o que se segue:
a – fechamento das lâminas principais quando a chave está aterrada.
b – aterramento da chave quando as lâminas principais estão fechadas.
5.3 Projeto de Proteção e Automação de Subestação
A subestação será composta de relés multifunção, numéricos, baseados em microprocessadores
integrados ao Sistema Digital para Automação (SDA) de uma Subestação.
SDA
Nível 2 Nível 3
SCADA
IHM
SCADA/COS
UCS
Nível 1
UCPs
Nível 0
Processo
Nível 0: Composto pelos equipamentos dos vãos da subestação como transformadores, disjuntores e
secionadores;
Nível 1: Composto de um conjunto de Unidades de Controle de Posição (UCPs), multifunção, tecnologia
baseada em microprocessador, distribuídas e dedicadas a cada vão da SE, realizando as funções de
aquisição dos dados proveniente do nível 0 e desempenhando as funções de medição, proteção,
comando, controle, automatismo, supervisão e comunicação com o nível 2. Dentre os dispositivos que
compõem o nível 1 são relés, medidores e controles automáticos.
Nível 2: Unidade de Controle da Subestação/Interface Homem Máquina (UCC/IHM)
O nível 2 cumprir as funções de controlar e monitorar todos os componentes da subestação e realizar a
comunicação local com o nível 1 e remota com o nível 3. O nível 2 deve ser composto, no mínimo, os
seguintes componentes e subsistemas:
− Unidade de Controle de Subestação (UCS)
− microcomputador PC industrial realizando a função de IHM;
− GPS para sincronização dos dados;
− Rede local;
− Subsistema de proteção contra intrusão instalado na casa de comando;
− Subsistema de proteção contra incêndio instalado na casa de comando.
Nível 3: Sistema SCADA no Laboratório do Departamento de Engenharia Elétrica da UFC.
7. Custo Orçamentário
Na Tabela abaixo é apresentado os custos de implantação da SE Pici Campus UFC 69/13,8 kV:
Orçamento
Item Descrição Justificativa Valor Qde Total (R$)
Unitário (R$)
1. Linha de Transmissão
1.1 Projeto e construção da Linha Recurso necessário para 110.000,00 1 110.000,00
de transmissão elaboração do projeto, compra de
material para construção do
trecho de linha de transmissão em
69 kV que interliga o sistema
elétrico da Coelce a SE Pici
Campus UFC
Subtotal 110.000,00
Subtotal 150.000,00
3. Sistema de Proteção e Automação
Painel metálico para relés de Custos referentes a compra e 75.268,82 75.268,82
proteção com dimensões implantação dos equipamentos de
2000 x 900 x 800 composto de proteção e sistema de automação
02 Relés Digital, baseado em da subestação.
microprocessador um de
sobrecorrente, 50/51, 50N/51N
para proteção de entrada de 1
linha e
outro um relé diferencial com
as funções 87, 51G, 50/51 e
50/51N para proteção do
transformador.
3.1
79.569,89 79.569,89
Painel metálico para Unidade
Terminal Remota
composto de UTR e SWICTH e 1
Cabos de interligação
entre os equipamentos de
3.2 campo e a UTR.
52.631,58 52.631,58
Serviço de construção dos
painéis, instalação,
montagem, supervisão de
montagem, teste de 1
aceitação em fabrica,
configuração, integração e
comissionamento dos
3.3 equipamentos em campo.
Licença Software SCADA 25.000,00 25.000,00
Standalone para 1.500 pontos 1
3.4 para console de operação.
Equipamentos essencial para 250.000,00 250.000,00
Testador Universal Hexafásico testes de desempenho e
para teste de relés numéricos paramentrização dos relés
microprocessado com 1
digitais, multifunção, baseados em
protocolo IEC 61.850 (mala de microprocessadores.
3.5 teste)
Subtotal 482.470,29
4 Projeto, Construção e Comissionamento da Obra da Subestação
4.1 Projeto elétrico, Custos referentes a projeto, 100.000,00 100.000,00
eletromecânico e civil da construção e comissionamento da
Subestação e trecho da rede Subestação 1
de distribuição
4.2 Execução da Obra do Projeto 400.000,00 400.000,00
Eletromecânico e Projeto Civil
da Subestação e trecho da 1
rede de distribuição
4.3 Comissionamento 60.000,00 1 60.000,00
Subtotal 560.000,00
Total de Custeio 2.187.470,29
Anexos
a) Pára-Raios de 72kv
a)Tipo.............................................................................................................. Estação
b)Uso.............................................................................................................. Externo
c) Tensão Nominal.......................................................................................... 72kV
d) Corrente de descarga nominal................................................................... 10kA
e) Corrente de impulso mínima de curta duração........................................... ( 4 x 10 µs ) 100kA
f) Corrente de impulso retangular de longa duração
- Valor mínimo................................................................................................. 250A
- Duração mínima do pico............................................................................... 2.400µs
g) Capacidade de alívio de sobrepressão com corrente elevada, 60Hz
- Classe.......................................................................................................... A
- Valor eficaz mínimo da componente alternada de corrente presumida de falta. 40kA
- Tempo mínimo de escoamento da corrente de falta.................................... 0,2seg
h) Capacidade de alívio de sobrepressão com corrente reduzida, 60Hz
- Valor eficaz mínimo da corrente circulante até o escapamento do gás....... 1000A
i) Tensão suportável no invólucro do Pára-raios sem a parte interna ativa:
- Tensão suportável de impulso atmosférico (1,2x50µs)................................ 350kV
- Tensão residual máxima para 10KA............................................................ 198kV
- Tensão suportável, 60Hz em valor eficaz, durante 60 segundos sob chuva deve ser igual a tensão
disruptiva máxima de impulso de manobra.
j) Máxima tensão de radiointerferência medida a 60Hz referida a 300OHM...1.000µV
k) Tipo de serviço............................................................................................ Leve
l) Ligação........................................................................................................ Fase para terra
m) Freqüência................................................................................................. 60Hz
n) Tensão disruptiva máxima de impulso normalizado................................... (1,2x50µs) 270kV
o) Tensão disruptiva máxima de impulso atmosférico onda cortada.............. 310kV
p) Inclinação da tensão de impulso atmosférico cortada na frente................. 625kV/µs
q) Tensão residual máxima de descarga para corrente de 10KA................... (8 x 20µs) 198kV
r) Tensão disruptiva mínima a 60Hz............................................................... 112kV
b) Chave Seccionadora de 72,5kv
a) Tipo............................................................................................................. Tripolar
b) Comando.................................................................................................... Manual
c) Abertura...................................................................................................... Lateral simples
d) Tipos “A e B “.............................................................................................. montagem na horizontal
em estrutura de concreto
e) Tipo “A “.................................................................................................. com lâmina de terra
Tipo “B” ................................................................................................. sem lâmina de terra
f) Tensão nominal........................................................................................... 72,5kV
g) Corrente nominal........................................................................................ 800A
h) Corrente mínima suportável de curta duração (1seg)................................ 20kA
i) Valor de crista nominal da corrente suportável............................................ 50kA
j) Tensão suportável a seco e sob chuva, entre terminais com a chave aberta, durante 60 segundos, 60Hz
..................................................................................................... 160kV
k) Tensão suportável a seco e sob chuva, entre terminais e a terra, durante 60 segundos, 60 Hz..... 140kV
l) Tensão suportável nominal de impulso atmosférico (1,2x50µs), entre terminais com a chave
aberta....385kV
m) Tensão suportável nominal de impulso atmosférico (1,2x50µs), entre terminais e a terra ........350kV
c) Disjuntor de 72,5kv
a) Uso............................................................................................................. Externo
b) Tensão nominal.......................................................................................... 72,5kV
c) Corrente nominal........................................................................................ 800A
d) Corrente simétrica de interrupção.............................................................. 20kA
e) Corrente de curta duração (1seg)............................................................... 20kA
f) Seqüência de operação............................................................................... CO-15seg-CO
g) Tempo máximo de interrupção................................................................... 5 ciclos
h) Fator de assimetria..................................................................................... 1,2
i) Corrente de estabelecimento....................................................................... 50kA
j) Fator de primeiro pólo.................................................................................. 1,5 ms
k) Espaçamento entre pólos........................................................................... 660mm
l) Freqüência................................................................................................... 60Hz
m) Máxima diferença entre os instantes que os contatos nos três pólos do disjuntor se tocam ou se
separam no fechamento ou na abertura…………….....……….………...…. 4ms
n)Tensão suportável a seco e sob chuva, entre terminais, com disjuntor aberto, durante 60 segundos,
60Hz ..................................................................................................... 160kV
o) Tensão suportável a seco e sob chuva, entre terminais e a terra, durante 60 segundos, 60Hz .... 140kV
p) Tensão suportável nominal de impulso atmosférico (1,2x50µs), entre terminais com disjuntor aberto .....
385kV
q) Tensão suportável nominal de impulso atmosférico (1,2x50µs) entre terminais e a terra................350kV
e) Transformador de Força
a) Potência................................................................................................. 5,0/6,25MVA ONAN/ONAF
b) Ligação do primário.................................................................................... Triângulo
c) Ligação do secundário........................................................................... Estrela com neutro acessível
d) Deslocamento angular................................................................................ 30º(DY-1)
e) Tensão nominal primária............................................................................ 72,5kV
f) Tensão nominal secundária......................................................................... 15,0kV
g) Tensão superior....................................... 69 kV.
h) Tensão inferior fixa..................................................................................... 13.800V
i) Comutação automática................................................................................ com carga e com tensão
j) Impedância de seqüência positiva na relação 69.300-13.800V potência base 5MVA à 75ºC ........... 7%
k) Enrolamento de tensão superior.................................................isolamento total para 72,5kV
l) Enrolamento de tensão inferior....................................................isolamento total para 15,0kV
m) Neutro......................................................................................................isolado para 15,0kV
n) Tensão suportável nominal a freqüência industrial (60Hz) durante 60 segundos no enrolamento de
tensão superior............................................................................ 140kV
o) Tensão suportável nominal a freqüência industrial (60Hz) durante 60 segundos no enrolamento de
tensão inferior.............................................................................. 34kV
p) Tensão suportável nominal a freqüência industrial (60Hz) durante 60 segundos no neutro .............34kV
q) Tensão suportável nominal de impulso atmosférico (1,2x50µ) no enrolamento de tensão superior....
350kV
r) Tensão suportável nominal de impulso atmosférico (1,2x50µs) no enrolamento de tensão inferior e
neutro...................................................................................................... 110kV
s) Tensão suportável nominal de impulso atmosférico onda cortada no enrolamento de tensão
superior.................................................................................................................. 385kV
t) Tensão suportável nominal de impulso atmosférico onda cortada no enrolamento de tensão inferior e
neutro...................................................................................................... 121kV
u) TC’s instalados nas buchas H1, H2, H3 relações 100/150/200-5A e exatidão 10B200 e fator térmico
1,2.
v) TC instalado na bucha X0 relação 500/600/1000/5A, exatidão 10B200 e fator térmico 1,2.
x) TC´s instalados nas buchas XI, X2, X3 relações 500/600/1000-5A e exatidão 10B200 e fator térmico
1,2.
h) Transformador de Potencial
a) Uso............................................................................................................ Interno
b) Classe de isolamento................................................................................. 15kV
c) Nível básico de isolamento (NBI)................................................................ 95kV
d) Tensão nominal primária............................................................................ 13.800V
e) Tensão nominal secundária........................................................................ 115V
f) Relação de transformação........................................................................... 120:1
g) Freqüência nominal.................................................................................... 60Hz
h) Classe de exatidão..................................................................................... 0,6P75
i) Potência térmica.......................................................................................... 1000VA
k) Bateria de Acumuladores
A bateria de acumuladores é do tipo estacionária, cálcio-chumbo, onde cada um dos elementos
da bateria compõe-se de placas positiva e negativa imersas em eletrólito ácido, acondicionadas em
recipientes plástico com pólos acessíveis. Os mesmos são dotados de chapas conectoras, válvula à
prova de explosão para dissipação de gases e válvulas laterais para medição da densidade do eletrolítico
e temperatura das placas.
A bateria de acumuladores será instalada com seus elementos acomodados num instante metálica,
interligados de forma a prover o sistema CC com uma tensão nominal de 125Vcc.
Em condições normais de operação, a bateria estará em regime de flutuação, isto é, conectada ao
circuito do retificador CA-CC.
As características elétricas da bateria de acumuladores são:
Tensão nominal.............................................................................................. 125Vcc
Capacidade de descarga (10h).......................................................................45Ah
Tensão final de descarga por elemento..........................................................1,75V
Tensão de flutuação por elemento................................................................. 2,15V
Tensão final de carga por elemento............................................................... 2,30V
Número de elementos.....................................................................................60
Eletrólido......................................................................................................... solução ácida
l) Carregador - Retificador
O carregador-retificador será acoplado ao circuito contínuo em paralelo com a bateria. O mesmo
abriga todos os equipamentos de transformação e retificação de tensão, além dos de proteção, medição,
controle e sinalização, estes com instalação aparente, na parte frontal de painel do retificador.
As características elétricas do carregador-retificador são:
Tensão de entrada trifásica ................................................................. 380V/60Hz
Variação da tensão de entrada ........................................................... +/-10%
Tensão de recarga .............................................................................. 138Vcc
Tensão de saída ................................................................................. 125Vcc
Tensão de flutuação ............................................................................ 129Vcc
Corrente nominal de saída .................................................................. 50ª
Anexo 3 – Especificação Técnica dos Equipamentos do Sistema Digital de Automação da
Subestação.
Anexo 4 – Plantas da Subestação
Anexo 3 - Arranjo Físico - Disposição dos vãos Setor 69kV
Anexo 4 – Arranjo Físico – Corte AA Setor 69kV
Anexo 5 – Vão TR Setor 69kV
Anexo 6 – Arranjo Físico – Disposição dos vãos Setor 13,8kV
Anexo 7 – Vão TSA setor 13,8kV
ANEXO G
(DADOS DOS BARRAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES DA
COELCE)
CEPEL - Centro de Pesquisas de Energia Elétrica
ANAFAS - Programa de Análise de Faltas Simultâneas Pag. 1
X------------------X------------------X------------------X-------------------X
IDENTIFICACAO SEQUENCIA POS. SEQUENCIA ZERO REATOR DE CURTO
NUM. NOME MOD(Z%) ANG(gr) MOD(Z%) ANG(gr) MOD(Z%) ANG(gr)
X-----X------------X--------X---------X--------X---------X---------X---------X
1
CEPEL - Centro de Pesquisas de Energia Elétrica
ANAFAS - Programa de Análise de Faltas Simultâneas Pag. 1
X------------------X------X-------------------------X-------------------------X
IDENTIFICACAO T R I F A S I C O M O N O F A S I C O
NUM. NOME VBAS MOD(kA) ANG(gr) X/R MOD(kA) ANG(gr) X/R
X-----X------------X------X---------X------X--------X---------X------X--------X
7954 PCD(CH) 230 230.0 9.12 -82.90 8.03 9.43 -83.73 9.10
7955 PCI(C0) 69 69.0 11.70 -87.27 21.00 4.16 -89.35 88.64
9014 PCI(CO) 13.8 13.8 6.05 -89.72 203.33 6.35 -89.80 290.55
9039 BMS 69 69.0 6.29 -81.44 6.65 2.58 -85.22 11.97
9040 BMS-I 13.8 13.8 9.03 -87.55 23.37 9.98 -88.20 31.74
9041 BMS-II 13.8 13.8 9.15 -87.52 23.08 10.12 -88.17 31.29
9042 DRV1-JMA 69 69.0 9.32 -84.70 10.77 3.52 -87.67 24.57
9043 DRV2-JMA 69 69.0 7.19 -82.40 7.49 2.87 -85.99 14.26
9044 JMA-I 69 69.0 7.13 -82.36 7.46 2.85 -85.95 14.12
9045 JMA-II 69 69.0 7.13 -82.36 7.46 2.85 -85.95 14.12
9046 JMA-I 13.8 13.8 6.90 -88.53 38.88 7.37 -88.95 54.59
9047 JMA-II 13.8 13.8 6.78 -88.55 39.53 7.24 -88.97 55.56
9050 DRV-PGB 69 69.0 10.05 -85.52 12.77 3.73 -88.21 32.07
9052 DRV-BMS 69 69.0 9.01 -84.38 10.16 3.43 -87.44 22.36
9066 DRV1-PSK 69 69.0 9.76 -85.17 11.83 3.64 -88.00 28.57
9069 DRV2-PSK 69 69.0 9.89 -85.33 12.23 3.68 -88.10 30.09
9073 FCT1-PGB 69 69.0 6.64 -81.82 6.96 2.69 -85.54 12.81
9106 FCT2-PGB 69 69.0 6.42 -81.58 6.76 2.62 -85.34 12.26
9107 PSK-III 13.8 13.8 9.43 -89.15 67.18 10.05 -89.39 94.48
9115 PSK 69 69.0 10.02 -85.46 12.60 3.72 -88.19 31.63
9116 PSK-I 13.8 13.8 9.09 -89.18 69.64 9.68 -89.42 98.16
9117 PSK-II 13.8 13.8 9.26 -89.16 68.35 9.87 -89.40 96.23
9118 BCR 69 69.0 8.51 -82.79 7.90 3.31 -86.67 17.17
9119 BCR-I 13.8 13.8 8.87 -88.50 38.17 9.53 -88.93 53.30
9120 BCR-II 13.8 13.8 9.73 -88.35 34.80 10.53 -88.81 48.25
9121 DRV-VCQ 69 69.0 9.62 -85.00 11.44 3.61 -87.89 27.13
9122 VCQ 69 69.0 9.20 -84.21 9.87 3.49 -87.45 22.48
9123 VCQ-I 13.8 13.8 3.00 -89.62 152.00 0.41 -7.74 0.14
9124 VCQ-II 13.8 13.8 5.35 -89.33 85.21 0.82 -8.51 0.15
9125 DRV-TBS 69 69.0 8.53 -82.82 7.94 3.32 -86.69 17.28
9126 TBS 69 69.0 8.31 -82.61 7.71 3.25 -86.52 16.44
9127 TBS-I 13.8 13.8 2.96 -89.47 109.04 3.03 -89.64 159.71
9128 TBS-II 13.8 13.8 2.93 -89.48 110.14 3.00 -89.64 161.36
9751 FCT3-PGB 69 69.0 7.34 -80.65 6.08 2.97 -85.37 12.34
9752 FCT-DID 69 69.0 2.81 -77.53 4.52 1.27 -81.81 6.95
9753 DRV1-BJD 69 69.0 4.46 -79.52 5.41 1.93 -83.56 8.85
9754 DRV2-BJD 69 69.0 3.47 -78.17 4.77 1.53 -82.48 7.57
9755 BJD 69 69.0 4.03 -78.92 5.11 1.76 -83.09 8.25
9756 BJD 13.8 13.8 5.21 -87.15 20.11 5.69 -87.93 27.62
X-----X------------X------X---------X------X--------X---------X------X--------X
2
ANEXO H
(OAP DA SAÍDA DE LINHA PICI/PRESIDENTE
KENNEDY)
ORDEM DE AJUSTE DE PROTEÇÃO PÁGINA: 07 / 15
SE : PICI II - PCI OAP Nº 006/2010
DATA: 15/01/2010
EQUIPAMENTO TENSÃO RELAÇÃO CORRENTE CÓDIGO CARACTERISTICAS / AJUSTES DA PROTEÇÃO TIPO DE
ITEM OU LT (KV) DE TC DE ANSI PROTEÇÃO FABRICANTE/ REGULAÇÃO GRADUAÇÃO TEMPORI- IMPLANTAÇÃO CONTROLE
PROTEGIDO (A) PICK-UP(A) TIPO TEMPORIZADO INSTANTÂNEO CURVA TAPE EQUIL. CURVA INST. ZAÇÃO NOME DATA SITUAÇÃO OAP NO ITEM NO
840 50 / 51 I>=(0,2 a 4,0)XIN I>>=(1 a 40)XIN (0,05 -10) S I=1,05xIN 5,25 DESL. VINV.
800 - 5 FASE SEG INC. VARIAVEL - IN=5A INC. VAR - IN=5A INC. VARIAVEL 5,25 tI>=0,30
10 LT PCI / PSK 69 840 50 / 51V MRI1-I5U1D I>U=(0,2 a 4,0)XIN I>>U=(1 a 40)XIN (0,05 -10) S I>U=1,05xIN DESL. VINV. SUBSTITUI 094/09 10
DISJ. 12L7 V - D08-6.02 INC. VARIAVEL - IN=5A INC. VAR - IN=5A INC. VARIAVEL 5,25 5,25
U=(10 - 100)V U=87% x 115 V = 100 V
69 800 - 5 848 50 / 51 FASE SIEMENS I=(0,1 a 4,0)XIN I=(0,1 a 25)XIN (0,05 -3,20) S I=1,06xIN tp=0,16 DESL. V.I.
10A LT PCI / PSK 7SJ531_V3.3 INC.DE 0,01IN - IN=5A INCR.DE 0,01IN - IN=5A INC. DE 0,01S 5,30 5,30 SUBSTITUI 094/09 10A
DISJ. 12L7 69 800 - 5 160 50 / 51N NEUTRO SIEMENS I=(0,05 a 4,0)XIN I=(0,05 a 25)XIN (0,05 -3,20) S I=0,2xIN tp=0,40 DESL. V.I.
SET-A - CONDIÇÃO NORMAL - 02L6//02L7//02L8 7SJ531_V3.3 INC.DE 0,01IN - IN=5A INC.DE 0,01IN - IN=5A INC. DE 0,01S 1,00 1,00
69 800 - 5 848 50 / 51 FASE SIEMENS I=(0,1 a 4,0)XIN I=(0,1 a 25)XIN (0,05 -3,20) S I=1,06xIN tp=0,30 DESL. V.I.
10B LT PCI / PSK 7SJ531_V3.3 INC.DE 0,01IN - IN=5A INCR.DE 0,01IN - IN=5A INC. DE 0,01S 5,30 5,30 SUBSTITUI 094/09 10B
DISJ. 12L7 69 800 - 5 160 50 / 51N NEUTRO SIEMENS I=(0,05 a 4,0)XIN I=(0,05 a 25)XIN (0,05 -3,20) S I=0,2xIN tp=0,62 DESL. V.I.
SET-B - CONTING. PERDA DA LT 02L6 OU 02L8 7SJ531_V3.3 INC.DE 0,01IN - IN=5A INC.DE 0,01IN - IN=5A INC. DE 0,01S 1,00 1,00
123456789