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PÓS-GRADUAÇÃO EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA

IEC PUC MINAS

AULA EXTRA

PRODIST (ANEEL) – MÓDULO 8

QUALIDADE DO FORNECIMENTO
DA ENERGIA ELÉTRICA

Professor: Marcos Isoni (mcis@uol.com.br)

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Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST
PRODIST (ANEEL)  documentos que normatizam e padronizam as atividades técnicas relacionadas ao
funcionamento e desempenho dos sistemas de distribuição de energia elétrica (versões atuais  atualizados pela Resolução
Normativa ANEEL nº 956, de 2021).
Documentos estruturados em 11 módulos, da seguinte forma:

FOCO
DESTA
AULA

Documentações do ONS (OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA) – PROCEDIMENTOS DE REDE que abordam aspectos relacionados à mesma temática do
MÓDULO 8 do PRODIST, embora com foco na REDE BÁSICA:
.Sub-módulo 2.9 - “REQUISITOS TÉCNICOS MÍNIMOS PARA A CONEXÃO ÀS INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO”
.Sub-módulo 2.10 - “REQUISITOS MÍNIMOS DE QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA PARA ACESSO OU INTEGRAÇÃO À REDE BÁSICA”

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
ESTRUTURA GERAL DO MÓDULO 8 (documento de 69 páginas, Revisão 13, início de vigência em 10/01/2022)
Seção 8.1 – Qualidade do produto (foco desta aula)
Terminologias, caracterização dos fenômenos/distúrbios, indicadores, limites ou valores de referência, metodologias de
medição/monitoramento, gestão de reclamações relativas à conformidade da tensão em regime permanente e transitório.
Seção 8.2 – Qualidade do serviço
Definição dos conjuntos de unidades consumidoras de energia, limites e procedimentos relativos a indicadores de continuidade dos
serviços e atendimento a ocorrências emergenciais (padrões e responsabilidades).
Seção 8.3 – Qualidade comercial
Procedimentos para apuração dos indicadores de reclamações, indicadores de atendimento telefônico, cumprimentos dos prazos, além
da metodologia para estabelecimento dos limites do indicador FER [Frequência Equivalente de Reclamação a cada 1.000 (mil) Unidades
Consumidoras].
Seção 8.4 – Segurança do trabalho e instalações
Condições de acompanhamento da segurança do trabalho e das instalações.
Anexos (tabelamentos)
8.A FAIXAS DE CLASSIFICAÇÃO DE TENSÕES DE REGIME PERMANENTE
8.B LIMITES DOS INDICADORES INDIVIDUAIS DE CONTINUIDADE
8.C FATOS GERADORES DE INTERRUPÇÕES DO FORNECIMENTO

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OBJETIVOS
• Estabelecer procedimentos relativos à QEE na distribuição (qualidade do produto, do serviço e comercial).
• Definir fenômenos relacionados à qualidade do produto (conformidade da onda de tensão em regime permanente e
transitório, estabelecendo indicadores, valores de referência, metodologias de medição e gestão das reclamações).
• Definir fenômenos relacionados à qualidade do serviço (continuidade do fornecimento de energia elétrica, metodologia
para apuração dos indicadores de continuidade e de atendimento a ocorrências emergenciais, definindo padrões e
responsabilidades).
• Estabelecer procedimentos relacionados à apuração da qualidade comercial (qualidade do atendimento telefônico, do
tratamento das reclamações e outras demandas, e cumprimento dos prazos).
• Estabelecer procedimentos para apuração e encaminhamento das informações relativas a acidentes do trabalho e
a acidentes com terceiros.
• Estabelecer procedimentos para a realização da compensação (financeira) e o envio dos relatórios de
acompanhamento à ANEEL.

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APLICABILIDADE (a quem se destina):

• Consumidores de energia elétrica;


• Centrais geradoras;
• Distribuidoras de energia;
• Agentes importadores ou exportadores de energia elétrica;
• Transmissoras detentoras de Demais Instalações de Transmissão – DIT; e
• Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS.
 Instalações integrantes de concessões de transmissão não pertencentes formalmente à Rede Básica do Sistema Interligado Nacional
(SIN), classificadas segundo regras e condições específicas estabelecidas pela Aneel.
DITs são instalações de transmissão que operam em tensões inferiores a 230 kV (entre 13,8 kV e 138 kV) e que, geralmente, são
circuitos em regiões de “fronteira” entre sistemas de distribuição e subtransmissão, ou entre distribuição e transmissão ou, por
exemplo, entre duas subestações de distribuidoras diferentes, ou outras situações mais específicas....

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QUALIDADE DO PRODUTO
Caracterização dos fenômenos que afetam a onda de tensão (universo de abordagem da Seção 8.1 do Módulo 8
do PRODIST)
 Fenômenos em regime PERMANENTE:
• Variações de tensão em regime permanente;
• Fator de potência;
• Distorções Harmônicas;
• Desequilíbrios de tensão;
• Flutuações de tensão; e
• Variações de frequência.
 Fenômeno em regime TRANSITÓRIO:
• Variações de tensão de curta duração – VTCD.

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 Fenômenos em regime PERMANENTE
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO EM REGIME PERMANENTE

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 Fenômenos em regime PERMANENTE
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO EM REGIME PERMANENTE
 Conformidade da tensão de fornecimento: avaliada pela comparação do valor de tensão obtido por medição apropriada
no ponto de conexão (distribuidora  consumidor), em relação aos níveis de tensão especificados como adequados,
precários e críticos.
 A distribuidora deve atuar de forma preventiva para que V-REGIME PERMANENTE se mantenha dentro dos padrões adequados.
 Avaliação  por meio de leituras com medição apropriada (metodologia explicitada/detalhada no Módulo 8).
 Os valores de tensão obtidos por medições são comparados à tensão de referência, que deverá ser a tensão nominal
(V-NOMINAL) ou a tensão contratada (V-CONTRATADA), conforme o nível de tensão do ponto de conexão, sendo:
consumidor atendido em tensão nominal de operação superior a 2,3 kV: V-CONTRATADA no ponto de conexão deve situar-se entre
95 % e 105 % da V-NOMINAL de operação do sistema no ponto de conexão e coincidir com V-nominal de um dos terminais de
derivação previamente exigido ou recomendado para o transformador do consumidor;
consumidor atendido em tensão igual ou inferior a 2,3 kV: V-CONTRATADA no pontos de conexão deve ser V-NOMINAL do sistema.

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 Fenômenos em regime PERMANENTE
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO EM REGIME PERMANENTE
Faixas ADEQUADA, PRECÁRIA e CRÍTICA para consumidores atendidos em ALTA TENSÃO (Anexo 8-A do Módulo 8)

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 Fenômenos em regime PERMANENTE
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO EM REGIME PERMANENTE
Faixas ADEQUADA, PRECÁRIA e CRÍTICA para consumidores atendidos em MÉDIA TENSÃO (Anexo 8-A do Módulo 8)

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 Fenômenos em regime PERMANENTE
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO EM REGIME PERMANENTE
Faixas ADEQUADA, PRECÁRIA e CRÍTICA para consumidores atendidos em BAIXA TENSÃO (Anexo 8-A do Módulo 8)

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 Fenômenos em regime PERMANENTE
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO EM REGIME PERMANENTE
Faixas ADEQUADA, PRECÁRIA e CRÍTICA para consumidores atendidos em BAIXA TENSÃO (Anexo 8-A do Módulo 8)

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO EM REGIME PERMANENTE
Faixas ADEQUADA, PRECÁRIA e CRÍTICA para consumidores atendidos em BAIXA TENSÃO (Anexo 8-A do Módulo 8)

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO EM REGIME PERMANENTE
Faixas ADEQUADA, PRECÁRIA e CRÍTICA para consumidores atendidos em BAIXA TENSÃO (Anexo 8-A do Módulo 8)

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 Fenômenos em regime PERMANENTE
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO EM REGIME PERMANENTE (continuação)
Síntese da metodologia para as medições/monitoramentos (para consumidores individuais)
• Indicadores individuais de V-REGIME PERMANENTE: DRP - Duração Relativa da Transgressão de Tensão Precária e DRC - Duração
Relativa da Transgressão de Tensão Crítica, em 1 (um) mês civil.
• Medições: registros de 1.008 leituras válidas obtidas em intervalos consecutivos (período de integralização) de 10 minutos cada,
equivalente a 168 horas, o que, em “tempo corrido”, corresponde a 7 dias consecutivos (o conjunto de 1.008 leituras válidas deve ser
obtido descartando-se eventuais leituras não válidas e agregando-se intervalos de medição adicionais em substituição a elas).
 leituras não válidas: eventuais registros que reflitam variações temporárias de tensão ou interrupções de longa duração (nesses casos, descartam-se os
respectivos intervalos de medição de 10 minutos que incluam esses fenômenos, substituindo-os por intervalos adicionais de 10 minutos até que se
consiga o número necessário de leituras válidas; o descarte de intervalos com variações momentâneas de tensão é opcional).

• Com o conjunto de leituras válidas, calculam-se os indicadores DRP e DRC pelas seguintes expressões:

sendo:
nlp = maior valor entre as fases do número de leituras situadas na faixa de tensão precária; e
nlc = maior valor entre as fases do número de leituras situadas na faixa de tensão crítica.

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 Fenômenos em regime PERMANENTE
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO EM REGIME PERMANENTE (continuação)
Síntese da metodologia para as medições/monitoramentos - continuação
• Para índices coletivos (por exemplo, mais de 1 consumidor atendido pelo mesmo ponto de conexão à rede), há uma metodologia
específica e adaptada para a determinação dos DRP e DRC equivalentes, porém, com a mesma filosofia.
• Consumidores com medição permanente de QEE: cada conjunto de 1.008 leituras válidas compõe um indicador DRP e um DRC;
consideram-se todos os conjuntos de 1.008 leituras válidas cujo período de apuração tenha sido encerrado no respectivo mês civil;
os valores finais de DRP e DRC do mês em questão correspondem à média de todos os DRP e DRC mensurados.
• No caso de medições eventuais: o mês civil de referência da medição é aquele no qual se deu o término da medição de 168 horas.
• Limites para os indicadores individuais de V-regime permanente  DRP Limite: 3%; DRC Limite: 0,5%.
• Se houver transgressão nos limites de DRP ou DRC (e caso não haja a regularização de V-PRECÁRIA em 90 dias e de V-CRÍTICA em 15
dias, a distribuidora deve compensar mensalmente (financeiramente) os titulares das unidades consumidoras (assim como os
titulares das unidades consumidoras atendidas pelo mesmo ponto de conexão) enquanto permanecer a transgressão. A
regularização da situação deve ser comprovada por nova medição.
• Limite mensal de compensação: valor da fatura de energia, creditado em até 2 meses subsequentes ao mês para o qual constatou-
se a transgressão; se a compensação devida superar o valor da fatura mensal  créditos para as faturas dos meses seguintes.

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 Fenômenos em regime PERMANENTE
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO EM REGIME PERMANENTE (continuação)
Compensação financeira em caso de transgressão dos índices DRP e DRC
• Metodologia para compensação financeira  leva em consideração o DRP e DRC medidos, fatores de ponderação (k1, k2 e k3)
estabelecidos por critério da ANEEL para cada caso e o valor do EUSD (valor do Encargo de Uso do Sistema de Distribuição
correspondente ao mês de referência da última medição).

sendo:
k1 = 0, se DRP ≤ DRPlimite;
k1 = 3, se DRP > DRPlimite;
k2 = 0, se DRC ≤ DRClimite;
k2 = 7, para consumidores atendidos em BT, se DRC > DRC limite;
k2 = 5, para consumidores atendidos em MT, se DRC > DRC limite;
k2 = 3, para consumidores atendidos em AT, se DRC > DRC limite;
DRP = valor do DRP expresso em percentual, apurado na última medição;
DRP limite = 3 %;
DRC = valor do DRC expresso em percentual, apurado na última medição;
DRC limite = 0,5 %; e
EUSD = valor do Encargo de Uso do Sistema de Distribuição correspondente ao mês de referência da última medição.

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 Fenômenos em regime PERMANENTE
2) FATOR DE POTÊNCIA

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 Fenômenos em regime PERMANENTE
2) FATOR DE POTÊNCIA
• O Módulo 8 é conciso e cita que o valor do FP deve ser calculado a partir dos valores registrados das potências ativa e reativa ou das
respectivas energias, utilizando-se as seguintes expressões:

sendo:
fp = fator de potência;
P = potência ativa (kW);
Q = potência reativa (kVAr);
EA = energia ativa (kWh); e
ER = energia reativa (kVArh).

• O controle do fator de potência deve ser efetuado por medição permanente e obrigatória no caso de unidades consumidoras
atendidas em Média Tensão e em Alta Tensão, e nas conexões entre distribuidoras, observando o disposto em regulamentação.
COMENTÁRIOS: Note-se que o Módulo 8 do PRODIST define o Fator de Potência como sendo uma relação que depende, também, da
potência reativa ou da energia reativa, como mostram as expressões acima. No entanto, não se especifica como tal
grandeza deve ser medida, o que é um problema quando estão presentes formas de onda não senoidais, por exemplo.

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
2) FATOR DE POTÊNCIA (continuação)

PARÊNTESIS.... Uma abordagem conceitual sobre o FP

• Grandeza adimensional definida em 1922 por Buchholz [Fonte: F. Buchholz, Die Drehstrom-scheinleistung bei Ungleichmassiger Belastung der Drei
Zweige, Licht und Kraft, no. 2, pp. 9–11, Jan. 1922], sendo aplicada a circuitos de corrente alternada.
O conceito continua sendo aplicado praticamente sem alteração de significado [Fonte: IEEE Standard Definitions for the Measurement of Electric
Power Quantities Under Sinusoidal, Non Sinusoidal, Balanced, or Unbalanced Conditions, IEEE Std 1459-2010, IEEE Press]:
“O fator de potência pode ser interpretado como a razão entre a energia transmitida à carga e a máxima energia que poderia ser
transmitida, mantidas as perdas na linha de alimentação”.

Obs: Visto dessa maneira, o FP dá uma ideia do aproveitamento de um alimentador para a efetiva realização de trabalho na carga, no
que se refere à potência ativa.

(((

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
2) FATOR DE POTÊNCIA (continuação)
PARÊNTESIS.... Uma abordagem conceitual básica sobre o FP (continuação...)

• Nas bibliografias técnicas é comum que o FP seja definido como “a relação entre a potência ativa (P), dada em Watts [W], e a
potência aparente (S), dada em Volt-Ampère [VA], associadas a um dispositivo, equipamento ou instalação (unidade consumidora)
independentemente das formas que as ondas de tensão e corrente apresentem, desde que sejam periódicas (período T)”.

• Em um sistema com formas de onda senoidais, a equação acima equivale ao cosseno da defasagem entre as ondas de tensão e de
corrente:

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
2) FATOR DE POTÊNCIA (continuação)
PARÊNTESIS.... Uma abordagem conceitual básica sobre o FP (continuação...)

• Reapresentando as expressões da tela anterior e comentando......

COMENTÁRIOS
• Na primeira expressão acima (à esquerda), o termo associado à potência aparente (S) traz, implicitamente em sua composição, além
da parcela ativa, também a contribuição de parcela de potência adicional que não produz trabalho.
Tradicionalmente, em circuitos senoidais e com cargas lineares, tal parcela adicional é denominada “potência reativa”.
• Porém, tal expressão não apresenta explicitamente a grandeza “potência reativa”, a qual carece de uma definição consensual e
tecnicamente consistente em situações em que as formas de onda não sejam senoidais.
Tais situações são cada vez mais comuns, especialmente em redes de distribuição em baixa tensão.

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
2) FATOR DE POTÊNCIA (continuação)
PARÊNTESIS.... Uma abordagem conceitual sobre o FP (finalização)
• Definições ANEEL [Fonte: Resolução Normativa ANEEL nº 1.000, de 07 DE DEZEMBRO DE 2021]:
 FP é “a razão entre a energia ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das energias ativa e reativa, consumidas em um
mesmo período”;
 Energia reativa é “aquela que circula entre os diversos campos elétricos e magnéticos de um sistema de corrente alternada, sem
produzir trabalho, expressa em quilo-volt-ampère-reativo-hora (kvarh)”
Nesse contexto, todas as componentes harmônicas da corrente total, mesmo considerando-se não haver suas respectivas harmônicas
na tensão, deveriam, em tese, ser incluídas no cálculo do FP já que, nas redes de distribuição, inclusive nas de BT, há, sabidamente,
fortes distorções nas correntes circulantes. Inclusive, a teoria mostra que, havendo correntes harmônicas, e considerando-se não
haver (ou pelo menos considerando-se serem desprezíveis) suas respectivas harmônicas na tensão, o Fator de Potência (REAL) seria calculado pela
expressão abaixo, mais à esquerda. Trabalhando-se tal expressão, ele poderia ser expresso pela expressão abaixo, mais à direita.
Nas expressões ao lado:
.FP: fator de potência REAL
.I1: corrente fundamental (60 Hz, valor eficaz)
.IRMS: corrente total eficaz, considerando-se todas as componentes harmônicas presentes
Essas abordagens já foram apresentadas na Aula 3
.cosØ1: fator de potência que considera apenas o ângulo de defasamento entre a corrente
da disciplina “Análise de Harmônicas e Distúrbios de
fundamental e a tensão em 60 Hz (chamado de “Fator de Potência de Deslocamento”)
Tensão em Redes Elétricas”
.DHT: distorção harmônica total na corrente, em valor decimal (pu)

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
2) FATOR DE POTÊNCIA (continuação)
• O Módulo 8 do PRODIST não define a forma de medição e a forma de cobrança por baixo FP. Tais detalhamentos são apresentados
na Resolução Normativa ANEEL nº 1.000, de 07 DE DEZEMBRO DE 2021 (versão mais recente desse documento), em sua Seção VIII,
que dispõe sobre o “Fator de Potência e o Reativo Excedente” e apresenta as expressões para cálculo.
• Até o momento, os sistemas de medição das concessionárias/distribuidoras apenas monitoram o FP de Deslocamento, ou seja, o
cosØ1, que considera apenas o ângulo de defasamento entre a corrente fundamental e a tensão em 60 Hz, que é computado hora a
hora ao longo de um ciclo completo de faturamento (o monitoramento é indireto  “energia reativa excedente” ao limite).
As parcelas da energia reativa excedente ao limite de referência que ocorrerem a cada hora são somadas ao longo de todo o ciclo de
faturamento (aproximadamente 1 mês). Ao final do ciclo, o valor excedente global, é cobrado na conta de energia.
• Filosofia geral dos limites (e da cobrança) por baixo FP:
 Consumidores do Grupo B (Baixa Tensão): não há cobrança (não há medição da energia reativa para fins de faturamento);
 Consumidores do Grupo A4 e AS (Média Tensão, abaixo de 69 kV): para que não haja cobrança da energia reativa excedente, o
FP deve estar situado, a cada hora, entre 0,92 capacitivo e 0,92 indutivo. Porém, ressalta-se:
.no período de fim de noite e na madrugada, em 6 horas consecutivas definidas pela concessionária entre 23:30 hs e 06:30 hs da manhã: o FP
não pode ser capacitivo abaixo do limite mínimo de 0,92 (o FP indutivo é “liberado” nessa faixa de horários); e
.nos períodos diurnos até quase o fim da noite, ou seja, nas 18 horas complementares, o FP não pode ser indutivo abaixo do limite mínimo de
0,92 (o FP capacitivo é “liberado” nessa faixa de horários).

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
2) FATOR DE POTÊNCIA (continuação)
• Visualização das faixas permitidas para o FP dos consumidores do Grupo A (Média Tensão, abaixo de 69 kV)
.A4: 2,3 a 44 kV
.AS: atendidos por sistemas subterrâneos em BT, porém, enquadrados/faturados pelo Grupo A
A palavra “MULTA” na
figura ao lado refere-se,
na realidade, à cobrança
da energia reativa
excedente à energia
reativa correspondente
ao FP limite = 0,92

FAIXA BÁSICA PERMITIDA EM QUALQUER INTERVALO


HORÁRIO DAS 24 HORAS DO DIA

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
2) FATOR DE POTÊNCIA (continuação)
• Consumidores do Grupo A (Alta Tensão, 69 kV e acima) - A3: 69 kV / A2: 138 kV / A1: 230 kV e acima – as diretrizes
relativas ao FP são estabelecidas pelo Sub-módulo 2.10 dos Procedimentos de Rede do ONS – Operador Nacional do Sistema –
“REQUISITOS TÉCNICOS MÍNIMOS PARA A CONEXÃO ÀS INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO” (Revisão 2022.10, de 03/10/2022, aprovada Despacho
ANEEL nº 2852/2022) que apresenta, em seu item 7.3 – “Fator de potência”, a tabela reproduzida abaixo.

• Nesses casos, o FP também é monitorado hora a hora e as regras são bem mais rígidas, não se admitindo FP capacitivo.

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
2) FATOR DE POTÊNCIA (continuação)
• A figura abaixo auxilia na visualização dos dados apresentados na tabela da tela anterior (conforme o ONS).

MT abaixo de 69 kV

69, 88, 138 e 230 kV

 345 kV

• No caso dos consumidores atendidos em tensão entre 69 e 230 kV, o Módulo 8 do PRODIST conflita com o Sub-Módulo 2.10
dos Procedimentos de Rede do ONS e cita que: “Para unidade consumidora do Grupo A ou ponto de conexão entre
distribuidoras com tensão inferior a 230 kV, o fator de potência no ponto de conexão deve estar compreendido entre 0,92 e 1
indutivo, ou 1 e 0,92 capacitivo, de acordo com as Regras de Prestação do Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica”.
Porém, nessa faixa de tensão, na prática valem, pelo menos em princípio, as regras do ONS.

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
3) DISTORÇÕES HARMÔNICAS

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
3) DISTORÇÕES HARMÔNICAS

• O Módulo 8 do PRODIST considera os


indicadores apresentados na tabela ao
lado.

Em uma eventual campanha de medições de


distorções harmônicas, valem os mesmos
critérios adotados para as medições da tensão
em regime permanente apresentados
anteriormente, ou seja:
• registros de 1.008 leituras válidas obtidas em
intervalos consecutivos (período de
integralização) de 10 minutos cada, equivalente
a 168 horas, o que, em “tempo corrido”,
corresponde a 7 dias consecutivos.

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
3) DISTORÇÕES HARMÔNICAS (continuação)
• Expressões dos indicadores considerados (DITh%, DTT%, DTTp%, DTTi% e DTT3%):

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
3) DISTORÇÕES HARMÔNICAS (continuação)
• Expressões dos indicadores considerados (DITh%, DTT%, DTTp%, DTTi% e DTT3%) (continuação):

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
3) DISTORÇÕES HARMÔNICAS (continuação)
• Limites admissíveis para os indicadores (DTT95%, DTTp95%, DTTi95% e DTT395%) que não podem ser excedidos em mais
do que 5 % do período de monitoramento (ou, em outras palavras, que devem ser respeitados em, no mínimo, 95 % do
período de monitoramento):

Distorção total (Vh de todas as ordens)

Distorção total consideradas as


Vh pares não múltiplas de 3 (2, 4, 8, 10, 14...)
Distorção total consideradas as
Vh ímpares não múltiplas de 3 (5, 7, 11, 13...)
Distorção total consideradas as Vh pares e/ou
ímpares múltiplas de 3 (3, 6, 9, 12, 15, 18...)

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
3) DISTORÇÕES HARMÔNICAS (continuação)
• Módulo 8 do PRODIST versus Sub-módulo 2.9 dos Procedimentos de Rede do ONS (Requisitos mínimos de qualidade de energia
elétrica para acesso ou integração à Rede Básica - Revisão 2022.10, de 03/10/2022, aprovada Despacho ANEEL nº 2852/2022)
PRODIST ONS

• Os valores limite em ambos os documentos não são


exatamente iguais.
• No ONS citam-se “limites globais inferiores” e “limites
globais superiores” sem que esses parâmetros sejam bem
explicitados, definidos e justificados.
• Se considerado o subitem 3.4.4.2.2 do Sub-módulo 2.9 do
ONS, os valores limites das distorções totais (em “limites
globais superiores”) se aproximam mais (praticamente se
igualam) aos valores indicados no Módulo 8 do PRODIST.
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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
4) DESEQUILÍBRIOS DE TENSÃO

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE

4) DESEQUILÍBRIOS DE TENSÃO
• O Módulo 8 do PRODIST caracteriza o Desequilíbrio de Tensão como sendo “qualquer diferença verificada nas amplitudes
entre as 3 tensões de fase (VFASE-NEUTRO) de um determinado sistema trifásico, ou na defasagem elétrica de 120° entre as
tensões de fase do mesmo sistema”.
• Indicador: FD95%, que representa o valor do Fator de Desequilíbrio de Tensão – FD% que foi superado em apenas 5 % das
1.008 leituras válidas.
• Expressão para cálculo do indicador FD%:

Teoria básica que sustenta esta metodologia (Componentes Simétricas):


Um conjunto trifásico de tensões equilibradas possui apenas componentes de sequência positiva.
O surgimento, por alguma razão, de componentes de sequência zero, provoca apenas a assimetria das tensões de fase (as tensões de linha,
cujas componentes de sequência zero são sempre nulas, permanecem equilibradas).
Porém, a presença de componentes de sequência negativa também introduz uma assimetria nas tensões de linha (ou, em outras palavras.....
a ocorrência de desequilíbrios nas tensões, significa a presença de componentes de sequência negativa nas mesmas).

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
4) DESEQUILÍBRIOS DE TENSÃO (continuação)
• Também á apresentado um método alternativo, cujas expressões são mostradas a seguir.

Expressão
CIGRÉ-C04

___________________________________________________________________________________________________________
PARÊNTESIS: Na prática (em campo....), costuma-se utilizar o critério da norma NEMA – MG1, que define o fator desequilíbrio de
tensão como a relação entre o máximo desvio da tensão média e a tensão média, tomando-se como referência as tensões de linha.
Esse fator, em percentagem, é dado por:
Essa abordagem já foi apresentadas na Aula 1 da
disciplina “Análise de Harmônicas e Distúrbios de
em que:
Tensão em Redes Elétricas”
.ΔV - máximo desvio das tensões de linha (Fase-Fase) medidas em relação
à tensão de linha média [V];
.UAV - tensão de linha média [V].

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 36


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
4) DESEQUILÍBRIOS DE TENSÃO (continuação)

• Limites para o indicador FD95%:


PRODIST

• Limites estabelecidos no Sub-módulo 2.9 dos Procedimentos de Rede do ONS (para fins de comparação):

No documento do
ONS, o indicador
FD95% é
denominado KS95%

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
5) FLUTUAÇÕES DE TENSÃO

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
5) FLUTUAÇÕES DE TENSÃO

• O Módulo 8 do PRODIST caracteriza as Flutuação de Tensão como sendo “a variação aleatória, repetitiva ou esporádica
dos valores eficaz ou de pico da tensão instantânea”.
• Flutuações na tensão podem gerar incômodos visuais provocados pelo efeito da cintilação luminosa em pontos de
iluminação e em monitores de vídeo, perceptíveis pelo olho humano.
• Indicadores: Pst, Plt e Pst95%.
• O Pst (Probability Short Term) representa a severidade dos níveis de cintilação luminosa associados à flutuação de
tensão verificada em um período contínuo de 10 minutos.
• O Plt (Probability Long Term) representa a severidade dos níveis de cintilação luminosa associados à flutuação de tensão
verificada em um período contínuo de 2 horas (refletindo 12 amostras do Pst).
• O Pst95% representa o valor do indicador Pst que foi superado em apenas 5 % das 1.008 leituras válidas.

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
5) FLUTUAÇÕES DE TENSÃO (continuação)

• Expressão para cálculo do Pst:

• O Pst expressa a conversão de níveis de flutuações de tensão em um índice estatístico (uma ponderação, um peso…).

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
5) FLUTUAÇÕES DE TENSÃO (continuação)

• Fenômeno, estímulo físico e percepção do olho humano

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
5) FLUTUAÇÕES DE TENSÃO (continuação)

• Resumo da Interpretação do fenômeno pelo “flickerímetro” (flickermeter)

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 42


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
5) FLUTUAÇÕES DE TENSÃO (continuação)
• O Plt corresponde a um valor representativo de 12 amostras consecutivas de Pst, e é calculado pela expressão a seguir.

• Limites (máximos valores desejáveis no sistema de distribuição):

• O Sub-Módulo 2.9 dos Procedimentos de Rede do ONS dá ao fenômeno um tratamento mais abrangente, estabelecendo
fatores de transferência que podem ser aplicados às flutuações observadas na Rede Básica de modo que se possa estimar
seus reflexos (ATENUADOS) nos barramentos de baixa tensão (220 V) mais próximos, eletricamente a jusante.

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 43


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE CAUSAS:
•Falhas de regulação dos sistemas de controle das usinas geradoras;
6) VARIAÇÕES DE FREQUÊNCIA •Desconexão de grandes blocos de cargas (f tende a aumentar);
•Conexão de grandes blocos de carga (f tende a diminuir);
•Desconexão de uma grande fonte geradora (f tende a diminuir);
CONSEQUÊNCIAS:
•Perda da vida útil dos geradores (a subfrequência aumenta a fadiga
f< f> mecânica dos equipamentos);
•Problemas de operação de cargas controladas por processos síncronos ou
dependentes de relógios síncronos (computadores, equipamentos de
radar, relógios elétricos);
•Variação da potência reativa fornecida por capacitores;
•Variação das correntes de equipamentos dotados de indutores (bobinas);
•Variação das rotações de motores elétricos, podendo ocasionar sérios
problemas nos processos industriais;
•Variações nas potências reativas (e nas tensões) dos sistemas em geral.
PRINCIPAL SOLUÇÃO:
•Controle efetivo/eficaz e rápido na geração.

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 44


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
6) VARIAÇÕES DE FREQUÊNCIA
• No que se refere às Variações de Frequência da tensão, o Módulo 8 do PRODIST é conciso e apenas dispõe que:
O sistema de distribuição e as instalações de geração a ele conectadas devem, em condições normais de operação e em
regime permanente, operar dentro dos limites de frequência situados entre 59,9 Hz e 60,1 Hz.
Quando da ocorrência de distúrbios no sistema de distribuição, as instalações de geração devem garantir que a frequência
retorne, no intervalo de tempo de 30 segundos após a transgressão, para a faixa de 59,5 Hz a 60,5 Hz, para permitir a
recuperação do equilíbrio carga-geração.
Havendo necessidade de corte de geração ou de carga para permitir a recuperação do equilíbrio carga-geração, durante os
distúrbios no sistema de distribuição, a frequência:
• não pode exceder 66 Hz ou ser inferior a 56,5 Hz em condições extremas;
• pode permanecer acima de 62 Hz por no máximo 30 segundos e acima de 63,5 Hz por no máximo 10 segundos; e
• pode permanecer abaixo de 58,5 Hz por no máximo 10 segundos e abaixo de 57,5 Hz por no máximo 5 segundos.

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 45


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
6) VARIAÇÕES DE FREQUÊNCIA (continuação)

• Para fins de comparação, no caso do ONS – Sub-módulo 2.9, é citado que:


 “...... em condições normais de variação de carga, em regime permanente, os desvios da freqüência instantânea em
relação ao valor nominal não podem exceder a +/- 0,1 Hz.”
 O indicador de Desempenho da Freqüência em Regime Permanente – DFP, que avalia as variações de freqüência
durante operação do sistema elétrico em regime permanente, é estabelecido da seguinte forma:
DFP = (1 – (n / 144)) x 100 (%)
onde:
.n = número de intervalos de 10 (dez) minutos, considerando o total de 144 intervalos diários, em que o módulo do
desvio de freqüência foi superior a 0,4 Hz.
 O indicador DFP representa o percentual de intervalos de 10 (dez) minutos durante o dia em que o módulo do desvio da
freqüência do sistema foi inferior a 0,4 Hz.

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 46


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime PERMANENTE
6) VARIAÇÕES DE FREQUÊNCIA (continuação)
• O Sub-módulo 2.9 do ONS apresenta uma tabela que indica os limites temporais de faixas de variação de frequência em
um período-base de 1 (um) ano perante a eventual ocorrência de distúrbios.

COMENTÁRIOS: pelos valores limite


apresentados na tabela, e considerando-se o
universo de tempo de 1 (um) ano, percebe-se
que os sistemas de controle das usinas
geradoras do SIN (Sistema Elétrico Interligado)
devem exercer suas funções confiavelmente,
com respostas rápidas (da ordem de segundos
ou, no máximo, pouquíssimos minutos,
dependendo da ocorrência), buscando-se
manter a frequência da tensão das redes
dentro dos limites desejáveis.

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime TRANSITÓRIO
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO (VTCD)

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 48


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime TRANSITÓRIO
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO (VTCD)
• O Módulo 8 do PRODIST caracteriza os VTCDs – Variações de Tensão de Curta Duração como sendo desvios significativos na
amplitude do valor eficaz da tensão durante um intervalo de tempo inferior a 3 minutos e os classifica conforme a tabela a seguir.

É importante relembrar (Aula 1 de “Análise de


Harmônicas e Distúrbios de Tensão em Redes
Elétricas”) que:
TODOS OS DISTÚRBIOS COM DURAÇÃO SUPERIOR A
3 MINUTOS NÃO SÃO VTCDs....
Tecnicamente, são VTLDs e suas nomenclaturas
oficiais são:
.SUBTENSÕES
.SOBRETENSÕES
.INTERRUPÇÕES SUSTENTADAS

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 49


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime TRANSITÓRIO
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO (VTCD) (continuação)
• O Módulo 8 considera que há Interrupção Momentânea de Tensão ou Interrupção Temporária de Tensão sempre que a tensão de
fornecimento for igual ou inferior a 70 % da tensão nominal (abordagem mais rígida...).
• Indicadores de VTCDs: Amplitude (Ve), Duração (Δte), Frequência de ocorrência (fe), Fator de Impacto (FI) e Fator de Impacto
base (FIBASE). Porém, oficialmente, não há índices de referência ou índices-limite admissíveis para esse tipo de distúrbio na
tensão no que se refere a eventuais compensações distribuidora  consumidor.
• As expressões para os indicadores são as seguintes:

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 50


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime TRANSITÓRIO
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO (VTCD) (continuação)
• Os registros dos VTCDs, em termos de amplitude e duração, devem ser realizados, inicialmente, conforme a tabela abaixo.

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 51


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime TRANSITÓRIO
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO (VTCD) (continuação)
• Na sequência, os registros dos VTCDs devem ser quantitativamente enquadrados em 9 regiões de sensibilidade, visando correlacionar
a importância de cada evento aos níveis de sensibilidade das diferentes cargas conectadas aos sistemas de distribuição, em MT e AT.
Para isso, o Módulo 8 indica a utilização da tabela de distribuição abaixo. Porém, o documento não explicita textualmente o significado de cada região.
De qualquer modo, pode-se inferir que tal distribuição tenha correlação com a curva ITIC-CBEMA, que é a curva de sensibilidade de equipamentos
sensíveis a variações de tensão (apresentada na 1ª aula de Análise de Harmônicas e Distúrbios de Tensão em Redes Elétricas).
Uma curva genérica e apenas orientativa está plotada sobre a distribuição abaixo (apenas para fins de visualização didática).

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 52


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime TRANSITÓRIO
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO (VTCD) (continuação)
PARÊNTESIS – CURVA ITIC-CBEMA

Essa abordagem já foi apresentadas na Aula 1 da


disciplina “Análise de Harmônicas e Distúrbios de
Tensão em Redes Elétricas”

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 53


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime TRANSITÓRIO
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO (VTCD) (continuação)
• Em seguida, determina-se o indicador Fator de Impacto – FI, que considera uma agregação estatística de valores e caracteriza a
severidade da incidência de eventos de VTCD, por meio da seguinte expressão:

O FI – Fator de Impacto calculado por essa metodologia


é definido em PU e expressa um VTCD único O Submódulo 2.9 do ONS
equivalente ao conjunto de VTCDs detectados por trata o fenômeno
medição no período de monitoramento. conceitualmente da
O FI não deve superar 1 PU e quanto maior ele for mesma forma, porém, não
(acima de 1 PU), maior terá sido a severidade dos apresenta as distribuição
VTCDs naquele ponto medido no período de das regiões de
monitoramento. sensibilidade e nem os
fatores de ponderação.
A Seção 8.1 do Módulo 8 indica uma série de outras
São abordados aspectos
aspectos sobre a avaliação dos VTCDs mas não explicita
mais específicos para a
claramente como se faz a compensação financeira a um
Rede Básica.
consumidor devido ao problema.

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 54


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime TRANSITÓRIO
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO (VTCD) (continuação)
• EXEMPLO DE AVALIAÇÃO CONFORME A METODOLOGIA DO PRODIST (ALIMENTADOR EM 34,5 kV)
a) Tabela resumo dos eventos detectados por medição

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 55


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime TRANSITÓRIO
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO (VTCD) (continuação)
• EXEMPLO DE AVALIAÇÃO CONFORME A METODOLOGIA DO PRODIST (ALIMENTADOR EM 34,5 kV)
b) Estratificação dos eventos em função da duração e amplitude

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 56


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime TRANSITÓRIO
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO (VTCD) (continuação)
• EXEMPLO DE AVALIAÇÃO CONFORME A METODOLOGIA DO PRODIST (ALIMENTADOR EM 34,5 kV)
c) Estratificação dos eventos por região de sensibilidade

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 57


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 Fenômenos em regime TRANSITÓRIO
1) VARIAÇÕES DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO (VTCD) (continuação)
• EXEMPLO DE AVALIAÇÃO CONFORME A METODOLOGIA DO PRODIST (ALIMENTADOR EM 34,5 kV)
d) Determinação do Fator de Impacto

FIBASE para tensões


inferiores a 69 kV

e) Interpretação: em princípio, OK (inferior a 1 PU).

f) Comentário: É importante enfatizar que a não violação (não transgressão) do FI não significa, necessariamente, que uma
determinada planta industrial não tenha registrado uma parada de processo. Da mesma forma, a violação
(ou transgressão) do FI não significa, necessariamente, que possa haver parada de processo.

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 58


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 CRITÉRIOS PARA MEDIÇÃO PERMANENTE DA QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA
• O Módulo 8 do PRODIST (SEÇÃO 8.1 – Qualidade do Produto) indica que os consumidores de energia elétrica podem solicitar à
distribuidora um sistema de medição com funcionalidades específicas de qualidade da energia elétrica (QEE) para fins de
acompanhamento permanente de todos os fenômenos e parâmetros nele abordados.
• Sob esse aspecto, as principais informações e diretrizes são:
O sistema de medição deve ser instalado pela distribuidora e a diferença de custo entre o sistema de medição de QEE e o
sistema de medição convencional ser de responsabilidade do usuário interessado.
O sistema de medição deve ser instalado pela distribuidora no prazo de até 60 dias a partir da solicitação do usuário e
conforme critérios estabelecidos nas Regras de Prestação do Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica (e também
conforme as normas técnicas internas de cada concessionária/distribuidora).
Quando o usuário possuir sistema de medição para faturamento com funcionalidades que já monitorem a QEE, este deve ser
utilizado preferencialmente, desde que seus protocolos de medição atendam aos critérios técnicos estabelecidos na Seção 8.1
(Módulo 8) e no Módulo 5 (Sistemas de Medição) do PRODIST.
A distribuidora deve efetuar, para cada um dos pontos de medição permanente, a apuração dos indicadores relacionados à
Qualidade do Produto e à Qualidade do Serviço (detalhados no Módulo 8).

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 59


PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 CRITÉRIOS PARA MEDIÇÃO PERMANENTE DA QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA

No que se refere aos distúrbios, a distribuidora deve manter registro em sistema informatizado do ponto de medição
permanente, contendo obrigatoriamente os seguintes dados:
• histórico dos indicadores individuais DRP e DRC (TENSÃO EM REGIME PERMANENTE), associados a cada conjunto de 1.008
leituras válidas;
• histórico dos indicadores DTT95%, DTTp95%, DTTi95%, DTT395% (DISTORÇÕES HARMÔNICAS), FD95% (DESEQUILÍBRIOS DE
TENSÃO) e Pst95% (FLUTUAÇÕES DE TENSÃO), associados a cada conjunto de 1.008 leituras válidas;
• data, hora de início, duração e amplitude de todos os eventos de VTCD registrados;
• histórico dos valores apurados para o Fator de Impacto (FI) e respectivas estratificações dos eventos de VTCD associados,
conforme tabela específica apresentada no Módulo 8, associados a cada período de 30 dias.
A distribuidora deve disponibilizar para o usuário todas as informações obtidas da medição permanente de QEE em até ao
usuários em até 10 dias após a solicitação.
 Os dados devem ser mantidos pela distribuidora, em meio digital, por um período mínimo de 10 anos.

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PRODIST - MÓDULO 8 – QUALIDADE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
 CRITÉRIOS PARA MEDIÇÃO PERMANENTE DA QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA

• EXEMPLO – Norma de concessionária de


energia (CEMIG – ND-5.3 –
Fornecimento de Energia Elétrica em
Média Tensão Rede de Distribuição
Aérea ou Subterrânea – Versão de
Julho/2022)

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 61


FIM DA AULA EXTRA
PRODIST (ANEEL) – MÓDULO 8 (foco na Seção 8.1 - Qualidade do Produto)

COMENTÁRIOS FINAIS
Percebe-se que o Módulo 8 do PRODIST envolve questões ainda um pouco “obscuras”, muitas delas de difícil interpretação e
algumas delas passíveis de melhor esclarecimento para o leitor.....
Percebem-se, também, algumas divergências e conflitos entre a documentação do PRODIST e a dos
Procedimentos de Rede do ONS.
Há alguns critérios relativamente complexos e de difícil entendimento imediato, mesmo para os profissionais da área de QEE.
Porém, trata-se de um documento ainda em evolução, que é revisado de tempos em tempos (praticamente a cada ano...) e
espera-se que seja aperfeiçoado a cada revisão.

e-mail para contato com o professor:


mcis@uol.com.br

27-Nov-22 AULA EXTRA - PRODIST (ANEEL) - MÓDULO 8 62

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