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Aula 3 – Parte 1
• Motor Elétrico:
Conversor eletromecânico de energia.
• Conversão eletromecânica: um dos pilares de sustentação da
evolução tecnológica (industrialização em escala).
• Uso Final “Força Motriz”: cerca de 50 % do consumo
industrial/comercial e 1/3 do consumo total no Brasil.
• Principais Aplicações Industriais:
.Fluidomecânica;
.Transporte de Materiais;
.Processamento de Materiais;
.Outras aplicações específicas.
• Motores de Indução Trifásicos:
97 % do número de unidades instaladas e da
representatividade no consumo de energia elétrica desse
uso final de energia (força motriz).
• Potencialidades de otimização do consumo de energia elétrica em sistemas de força motriz (do ponto
de vista do usuário):
.não se restringem a ações sobre os motores propriamente ditos;
.melhores oportunidades podem decorrer da avaliação / investigação dos contextos nos quais os
motores estão inseridos.
• Em Auditorias / Diagnósticos energéticos para a detecção de potenciais de economia, as avaliações
podem / devem contemplar:
.substituições de motores superdimensionados (melhores rendimentos operacionais);
.adequações e otimizações operacionais em sistemas mecânicos associados aos motores;
.emprego de sistemas de variação de rotação, sempre que possível;
.eliminação de desperdícios (p.ex. : operações desnecessárias em vazio);
.melhorias em sistemas de transmissão mecânica de movimento;
.cuidados com aspectos relacionados à manutenção;
.investigação de aspectos relacionados à Qualidade da Energia.
O universo dos
Motores Elétricos
• “Invenção” (princípio de
funcionamento) : Nikola
Tesla (1882/1887) – “campo
magnético girante”;
• Evolução da relação peso-
potência (ver figura) – avanços
na tecnologia de materiais
(maior suportabilidade à
temperatura);
• Peso/volume/potência: para
a mesma potência, a relação
peso/potência dos motores
atuais representam cerca de
5 % da relação para motores
da virada do século XIX para
o século XX.
• Curiosidade...............
Um dos primeiros motores de indução trifásico utilizado na prática... (fabricação G.E.).
• “Gaiola de esquilo”
EQUAÇÃO GERAL
DA CURVA
R’’2
R’2
Torque resistente da carga
(apenas exemplo)
R2
RROTOR
• Curvas de Operação e
Desempenho em Função
da Condição de Carga
kW Perdas):
FP = kW / kVA = cos Potência Ativa
Q = VIcos
Obs. : A parcela restante é a energia reativa (kVAr) necessária
para produzir o campo magnético responsável por manter o giro P
FP = cos =
do rotor (kVA2 = kW2 + kVAr2) S
• Expressa a parcela da potência ativa (kW) absorvida da rede, que é transformada em potência
mecânica útil no eixo (kW total - kW Perdas) :
= kW eixo = kW linha - kW Perdas
kW linha kW linha
• Motores de potência mais elevada apresentam melhor se comparados com motores menores,
considerada uma mesma condição de carga no eixo.
P m ag P m ag
Triângulo de Potências
P
Q
S
P ú til
P Cu P Fe P m ec P sup
Aula 3 – Parte 2
Sistemas Mecânicos /
Cargas Acionadas
Alimentação Elétrica /
Qualidade da Energia Características
do Acionamento
Transmissões
Mecânicas
Dimensionamento /
Escolha do Motor /
Operação
Todos estes elementos podem interferir na operação, no desempenho/eficiência do conjunto e no consumo de energia elétrica do motor.
o
im
Corrente de
áx
Variação na Performance do Motor (%)
• Motores de Indução são projetados para operar
eM
Plena Carga
+15
com tensões entre 90 e 110 % de Vn;
i da
a rt
+10
eP
• Variações de +/-5 % de Vn causam desvios Fa
ed
to r
consideráveis na performance operacional; + 5 de
rq u
Po
tê n
To
c ia
• V entre 95 e 85 % de Vn: 0 d im e n to
R en
.queda de 2 a 4 % no rendimento (maiores
a
-5
t id
correntes, maiores perdas no cobre e maior
ar
P
temperatura de operação);
de
-1 0
e
nt
re
or
• V superior a 105 % de Vn:
C
-1 5
.aumento das perdas no ferro (mas redução das
perdas no cobre), e redução do fator de potência; -2 0
.Fornecimento de energia com tensões mais baixas (“pontas de linha”, durante períodos de carga alta no
sistema).
• Recomendações
Quedas de tensão permanentemente superiores a 5 % nos bornes de alimentação dos motores (ou
detectadas no primeiro ponto de medição a montante) devem ser investigadas e corrigidas, de forma que
a operação se dê, preferencialmente, na Zona normalizada A.
Os limites mínimos recomendáveis nas tensões mais usuais industrialmente, são (para motores BT):
.220 V 209 V
.380 V 361 V
.440 V 418 V
.480 V 456 V
PARÊNTESIS.........
E a ligação de um motor projetado para 60 Hz a uma rede de 50 Hz?? Os efeitos são inversos.
• Resultados obtidos em teste prático (motor de 100 cv, 4 pólos, alto rendimento);
• A tendência de redução do rendimento perante tensões desequilibradas normalmente se verifica
independentemente da potência do motor e da condição de carga.
• Recomendações
Obs.: O desequilíbrio de tensão constitui-se como um dos distúrbios relativamente comuns na indústria, com efeitos
que podem ser associados ao tema “Qualidade da Energia”, da mesma forma que as sub e sobre tensões, e
as distorções harmônicas.
• Conteúdos harmônicos na tensão de alimentação do motor e a circulação de correntes harmônicas em seus enrolamentos,
provocam a elevação das perdas, a redução do rendimento e um maior aquecimento da máquina.
Ocorrem:
.a elevação das componentes de perdas no ferro variáveis com f 2 (“eddy-currents” / Foucault);
.a elevação das componentes de perdas no ferro variáveis com f (histerese);
.a elevação das perdas no cobre (aumento do efeito pelicular);
.sobreaquecimentos no motor.
Campo de Seq. -
(5ª harmônica)
Campo de Seq. +
(1ª harmônica ou ROTOR
Fundamental 60 Hz)
O motor “enxerga” um acréscimo virtual de carga no eixo (somdo ao torque resistente da carga e exercendo efeito frenante)
absorção de parcela adicional de corrente no estator.
Em uma situação limite e mais duradoura, caso a condição de carga seja elevada e as proteções de sobrecorrente/sobrecarga
estejam mal dimensionadas, mal ajustadas ou não “enxerguem” adequadamente a presença das harmônicas, o motor pode
até “queimar”...
PARÊNTESIS TEÓRICO......
• A explicação matemática para a sequência negativa da 5ª harmônica
FUND.
Seq.+
(ABC)
5ª h
Seq. –
V1c (ACB)
V1a
V5b
V1b
V5a
V5c
Pulsação em 6ª harmônica, com possíveis reflexos mecânicos no eixo do motor, como se fôssem “micro-solavancos”
periódicos e de curtíssima duração...
Pulsação em 6ª harmônica, com possíveis reflexos mecânicos no eixo do motor, como se fôssem “micro-solavancos”
periódicos e de curtíssima duração...
o campo girante à frequência fundamental (60 Hz) e o campo girante provocado pela 7ª harmônica (420 Hz), que
estão em sequência positiva; isso resulta em uma pulsação em 6ª harmonica (360 Hz); e, cumulativamente...
o campo girante à frequência fundamental (60 Hz) e o campo girante provocado pela 5ª harmônica (300 Hz), estando
ambas em sequencias opostas (positiva para 60 Hz e negativa para 300 Hz); isso também resulta em uma pulsação
mecânica em 6ª harmônica (360 Hz); nesse caso, não há 6ª harmônica elétrica na linha de alimentação do motor.
Percentual máximo recomendável de DHTv (ou THDv) nos terminais de um motor de indução (relativamente à
tensão fundamental): 5 % (mas é desejável menos....);
(algumas normas são mais exigentes, p.ex., IEC: máximo de 3,5 %);
• “The Induction Machine Handbook” (Ion Boldea / Syed A. Nassar, 2001) recomenda “de-rating” de 10 % na
potência nominal de um motor BT padrão quando alimentado por um conversor de freqüência com modulação
PWM.
• Motores alimentados por conversores de frequência elevação das perdas no núcleo dos motores (perdas no
ferro) em função do efeito de componentes harmônicas de mais alta freqüência presentes na tensão gerada pelos
conversores PWM.
• Estudos técnicos publicados por universidades de renome indicam que a utilização de conversores PWM pode vir a
ocasionar uma redução do rendimento da ordem de até 10 % para motores de pequena potência e de cerca de 5 %
para motores de potências médias e mais elevadas. Entretanto, o comportamento da máquina dependerá de uma
série de fatores, dentre eles, a freqüência de chaveamento ajustada no conversor e a carga efetivamente aplicada
ao eixo para uma dada rotação.
20 40 60 80 100 20 40 60 80 100
Condição de carga % Condição de carga %
2
DHF
c
1
DHF 2
1
. = rendimento do motor (em P.U.) para alimentação senoidal (rede), para a condição de carga de operação do motor;
.c = rendimento estimado do motor (em P.U.) para alimentação através do conversor, para a mesma condição de carga
considerada;
.DHF (conforme NEMA MG1-30.1 / 2016) = fator de redução do torque (em P.U.) em função do conteúdo harmônico da
tensão gerada à saída do conversor ou fator harmônico da tensão, FHV (tela seguinte).
FHV % x 100
.n = ordens harmônicas ímpares não incluindo as divisíveis por 3 (harmônicas de sequência zero), presentes na tensão de saída do conversor (alimentação
do motor de indução);
.Vn = amplitude em P.U. (por unidade) de cada harmônica relativamente à tensão fundamental que possa ter alguma representatividade ou magnitude
considerada não desprezível.
DHF2
c c = 0,952 / [ (1/0,88) + 0,952 – 1 ] = 0,9025 / ( 1,136363 + 0,9025 – 1 ) = 0,868 (ou 86,8 %).
1
DHF2 1
17/02/2022 MAQ - 0F. 1 - 1S 2022 71
MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO
FIM DA AULA 3