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Enrolamento de Motor

Enrolamento de Motor

Rebobinagem de um motor trifásico

Qualquer setor de manutenção deverá possuir uma estrutura organizacional


que permita o acompanhamento de todas as ações desenvolvidas desde a
chegada do motor até sua liberação, ao término do reparo. Portanto, deverá
existir uma ficha de controle de serviço onde serão registradas todas as
informações da máquina o que inclui: dados do proprietário, defeito ocorrido,
processo no qual estava inserido, tipo de acoplamento, etc.

Ao receber um motor para reparo, o profissional responsável deverá


providenciar sua identificação com um código alfanumérico único que será
registrado na carcaça e na ficha de controle

Faça uma inspeção visual procurando rachaduras, condições da carcaça,


tampa, pés e eixo, observando o estado da pintura, incrustações, corrosão, etc.

Apesar do motor possuir uma estrutura resistente, ele também é sensível a:


pancadas, quedas, força excessiva e as ferramentas de corte.

Solte os parafusos que prendem a polia ou o acoplamento ao eixo. Efetue a


retirada da polia; caso esteja muito apertada, utilize um extrator (saca-polias).

Parafusos e porcas difíceis de desenroscar podem ser soltos com qualquer


fluido desengripante existente no mercado, indicado para esta finalidade.
Contudo, na falta do produto, podem ser obtidos resultados semelhantes com o
uso de querosene. Aplique e deixe-o penetrar, aguardando algum tempo para
que ocorra o efeito desejado.

Retire a chaveta, batendo levemente com o martelo. Na medida que a


desmontagem é efetuada, coloque as peças retiradas dentro de um recipiente
devidamente identificado.

O rotor deve ser removido pelo lado do ventilador. Tome cuidado para manter o
rotor na linha do eixo do estator, durante esta operação, para causar o mínimo
de atrito entre eles.

A ferramenta usada para sacar o rolamento é semelhante ao saca polias. A


diferença básica está nos ganchos do extrator, que devem ser aplicados na
pista interna do rolamento.

Antes de sacá-lo poderá ser colocado um pouco de óleo quente no rolamento


(o calor gera uma dilatação do anel interno reduzindo a pressão existente).

Posteriormente providencie a limpeza do rolamento usando querosene ou outro


produto adequado e seque-o usando um pano isento de fiapos e sujeira, e/ou
com ar comprimido. Verifique as superfícies côncavas do rolamento quanto a
desgastes.

Arranhões e riscos são sinais de anormalidades. Inspecione se há anéis e


esferas trincadas ou quebradas. Rolamentos que tenham sido aquecidos em
excesso mudam de cor para escuro ou azulado. Gire o anel externo para um
lado e para o outro observando se há ruído anormal. Pingue algumas gotas de
óleo para facilitar o teste.
Para reposição do rolamento existente ou sua troca por um novo, é necessário
usar o método correto na montagem e observar as regras de limpeza para que
o rolamento funcione satisfatoriamente. A montagem poderá ser a frio ou a
quente, dependendo da situação. Rolamentos pequenos podem ser montados
a frio, utilizando-se uma prensa ou um tubo de impacto.

Rolamentos maiores são montados a quente utilizando-se banho de óleo ou


aquecedor por indução. Quase todos os aquecedores são equipados com um
termostato ajustável para facilitar o aquecimento exato dos rolamentos.

O motor de seis terminais ou popularmente conhecido como motor 6 pontas


elétrico é um motor trifásico de corrente alternada esta máquina elétrica mais
popular na aplicação industrial é sem sombra de dúvidas um excelente
conversor de energia elétrica em mecânica.

Na maioria dos casos os motores possuem 6 pontas de cabos em sua caixa de


ligação . O fechamento em triângulo proporciona o fechamento na menor
tensão suportada, por exemplo: um motor que suporte 380V e 220V o
fechamento em triângulo será para a tensão de 220V.

Será possível entender na ilustração abaixo como realizar o fechamento em


triângulo do motor elétrico trifásico, observe que os terminais 1-6, 2-4 e 3-5
são interligados entre sí e estas pontas são interligadas com a rede de
alimentação trifásica.
Este fechamento é basicamente o mais simples de ser desenvolvido, observe
que o fechamento se dá com a realização do curto circuito dos terminais 4-5-6
e realiza-se a alimentação trifásica utilizando os terminais 1, 2 e 3. Veja a
seguir uma ilustração deste fechamento.

Motores Elétricos

Em máquinas elétricas, motor elétrico ou atuador elétrico é qualquer dispositivo


que transforma energia elétrica em mecânica. É o mais usado de todos os tipos
de motores, pois combina as vantagens da energia elétrica - baixo custo,
facilidade de transporte, limpeza e simplicidade de comando – com sua
construção simples, custo reduzido, grande versatilidade de adaptação às
cargas dos mais diversos tipos e melhores rendimentos.

A tarefa reversa, aquela de converter o movimento mecânico na energia


elétrica, é realizada por um gerador ou por um dínamo. Em muitos casos os
dois dispositivos diferem somente em sua aplicação e detalhes menores de
construção. Os motores de tração usados em locomotivas executam
frequentemente ambas as tarefas se a locomotiva for equipada com os freios
dinâmicos. Normalmente também esta aplicação se dá a caminhões fora de
estrada, chamados eletrodiesel.

Um motor elétrico é um dispositivo que funciona com corrente alternada ou


contínua e que converte a energia elétrica em movimento ou em energia
mecânica.

Desde sua invenção, os motores elétricos são ferramentas muito úteis para
realizar diversos tipos de tarefas e se encontram em diversos objetos como
ventiladores, eletrodomésticos, automóveis e etc.

Bases de um motor elétrico

Todo motor se baseia na ideia de que o magnetismo produz uma força física
que move os objetos. E depende de imãs que podem atrair ou repelir outro imã.

Nos motores é utilizado a eletricidade para criar campos magnéticos que se


opõe entre sí, de modo que movam uma parte giratória chamada Rotor.

No Rotor se encontra a bobina que tem o campo magnético oposto ao da parte


estática do motor.
O campo magnético desta parte gera imãs permanentes e a ação repelente
destes polos opostos é o que faz com o que o rotor começa a girar

Se o mecanismo acabasse por aí, quando os polos se alinhassem, o motor


pararia. Portanto, para que o Rotor continue a se mover, é necessário que a
polaridade do eletroímã se inverta e a forma como esta troca é realizada é que
define o tipo de motor elétrico.

Funcionamento

A maioria de motores elétricos trabalha pela interação entre


campos eletromagnéticos, mas existem motores baseados em outros
fenômenos eletromecânicos, tais como forças eletrostáticas. O princípio
fundamental em que os motores eletromagnéticos são baseados é que há
uma força mecânica em todo o fio quando está conduzindo corrente
elétrica imersa em um campo magnético. A força é descrita pela lei da força de
Lorentz e é perpendicular ao fio e ao campo magnético. Em um motor giratório,
há um elemento girando, o rotor.

O rotor gira porque os fios e o campo magnético são arranjados de modo que
um torque seja desenvolvido sobre a linha central do rotor.

A maioria de motores magnéticos são giratórios, mas existem também os tipos


lineares. Em um motor giratório, a parte giratória (geralmente no interior) é
chamada de rotor, e a parte estacionária é chamada de estator. O motor é
constituído de eletroímãs ou imãs permanentes, que são posicionados no
material ferromagnético que constitui o corpo do rotor, e geralmente bobinas de
cobre são enroladas e adequadamente dispostas em volta do material
ferromagnético que constitui o estator...

Temos a presença de motores elétricos por toda a parte, por exemplo, no


liquidificador, na batedeira elétrica, nos carrinhos de controle remoto, etc.
Esses motores têm como princípio básico transformar energia elétrica em
energia mecânica. Temos basicamente dois tipos de motores elétricos: o motor
de corrente contínua (CC) e o motor de corrente alternada (CA); ambos
trabalham pela interação entre campos elétricos e campos magnéticos.

Para a construção do motor elétrico vamos precisar de:


- fio de cobre
- 1 pedaço de ímã de alto-falante
- suporte de madeira
- 1 pilha grande de 1,5 V
- 1 estilete
-fita-crepe
- pregos pequenos

Montando o experimento

Primeiramente construa uma bobina, enrolando de 5 a 10 voltas de fio de cobre


em torno da pilha grande, deixando duas pontas livres de aproximadamente 3
cm de fio. Retire totalmente, com o estilete, o verniz que recobre uma das
pontas. Na outra, deixe uma faixa de verniz ao longo do comprimento e retire o
resto. Lembre-se que o verniz deve ser retirado conforme proposto, caso
contrário o motor poderá não funcionar perfeitamente.

Construa um suporte com o arame (figura abaixo) para a bobina, fixe-o com
ajuda dos pregos para que não caia.

Com a ajuda da fita-crepe coloque a pilha no suporte de madeira e em seguida


ligue as extremidades do arame nos polos da pilha.

Coloque a bobina no suporte, em seguida coloque o ímã em baixo da bobina.


Para que o motor funcione, dê um pequeno impulso com o dedo na bobina.

Os motores elétricos mais comuns são:

Motores de corrente contínua


Os motores de corrente contínua, ou motores DC, precisam de uma fonte de
corrente contínua, neste caso pode ser necessário utilizar um
circuito retificador para converter a corrente alternada, corrente fornecida pela
concessionária de energia elétrica, para corrente contínua. Podem funcionar
com velocidades ajustáveis entre amplos limites e se prestam a controles de
grande flexibilidade e precisão.

Por isso seu uso é restrito a casos especiais em que estas exigências
compensam o custo muito mais alto da instalação, ou no caso da alimentação
usada ser contínua, como no caso das pilhas em dispositivos eletrônicos.

Motores de corrente alternada

Os motores de corrente alternada, ou motores AC, são os mais utilizados,


porque a distribuição de energia elétrica é feita normalmente em corrente
alternada.

Seu princípio de funcionamento é baseado no campo girante, que surge


quando um sistema de correntes alternadas trifásico é aplicada
em polosdefasados fisicamente de 120º. Dessa forma, como as correntes são
defasadas 120º elétricos, em cada instante, um par de polos possui
o campo de maior intensidade, cuja associação vetorial possui o mesmo efeito
de um campo girante que se desloca ao longo do perímetro do estator e que
também varia no tempo.

Os principais tipos são os motores:

Motor síncrono: funciona com velocidade constante; utiliza-se de um induzido


que possui um campo constante pré-definido e, com isso, aumenta a resposta
ao processo de arraste criado pelo campo girante. É geralmente utilizado
quando se necessita de velocidades estáveis sob a ação de cargas variáveis.
Também pode ser utilizado quando se requer grande potência, com torque
constante.

Motor de indução: funciona normalmente com velocidade estável, que varia


ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao eixo. Devido a sua grande
simplicidade, robustez e baixo custo, é o motor mais utilizado de todos, sendo
adequado para quase todos os tipos de máquinas acionadas encontradas na
prática.
Atualmente é possível controlarmos a velocidade dos motores de indução com
o auxílio de inversores de frequência.

A classificação dos motores elétricos quando vista de uma forma um pouco


mais detalhada é um tanto complexa e quase sempre leva a confusões mesmo
de estudiosos do assunto:

Motores CC (corrente contínua)

Ímã Permanente com ou sem escova (motor CC brushless)

Série

Universal

Shunt ou paralelo

Composto(Composição de shunt e paralelo)

Motores CA (corrente alternada)

Assíncrono (de indução)

Polifásico

Rotor gaiola ou em curto-circuito

Rotor enrolado ou bobinado

Monofásico

Rotor gaiola ou em curto-circuito

Fase dividida

Capacitor de partida

Capacitor permanente

Polos Sombreados

Dois capacitores

Rotor enrolado ou bobinado

Repulsão

Repulsão de partida

Síncrono
Polifásico

Monofásico

Ímã permanente

Histerese

Relutância

De passo

Ímã Permanente

Relutância variável

Híbrido

A rotação inerente aos motores elétricos é a base do funcionamento de muitos


eletrodomésticos. Por vezes, esse movimento de rotação é óbvio, como nos
ventiladores ou batedeiras de bolos, mas freqüentemente permanece um tanto
disfarçado, como nos agitadores das máquinas de lavar roupas ou nos 'vidros
elétricos' das janelas de certos automóveis.

Motores elétricos são encontrados nas mais variadas formas e tamanhos, cada
qual apropriado á sua tarefa. Não importa quanto torque ou potência um motor
deva desenvolver, com certeza, você encontrará no mercado aquele que lhe é
mais satisfatório

Rebobinagem de um motor monofásico de 2 e 4 polos

Motores Elétricos 2 polos, 4 polos, 6 polos saiba a diferença.

Olá pessoal tudo bem com vocês, bom um amigo através do grupo do
whatsapp me perguntou no privado, sobre qual a vantagem de ter um motor de
4 polos e não de 2 polos? e isso as vezes é uma dúvida muito comum para os
eletricistas, sobre qual diferença de um motor elétrico de 2 polos 4 polos 6
polos etc. Então vou fazer um resumo simples e objetivo sobre o que são os
polos de um motor elétrico trifásico ou monofásico
Motores elétricos – numero de polos, rotação e deslizamento.

A velocidade (de rotação) do motor elétrico é definida por dois (2) fatores:

O número de pólos magnéticos. (2 polos,4 polos, 6 polos, 8 polos)


A freqüência da fonte corrente alternada (CA). ( frequência comum das redes
CA 60Hz)

É possível dispor os enrolamentos do estator em formações tais como para


fornecer qualquer número de pares de pólos e por isso pode oferecer 2, 4, 6, 8,
10, 12, etc.

Motores com mais do que 12 pólos estão disponíveis se for necessário, mas
eles não são de uso comum.

A velocidade síncrona de um motor pode ser determinada pela fórmula:

Escorregamento

Em qualquer motor de indução CA a velocidade síncrona nunca é possível,


uma vez que as perdas por fricção nos rolamentos, a resistência do ar no
interior do motor e arrasto adicional imposto pela carga combinam para fazer
com que o rotor fique um pouco atrás da velocidade de rotação do campo
magnético.

Este efeito indutivo é conhecido como escorregamento.

A percentagem de escorregamento varia de um motor para outro.


Como regra geral, quanto maior o motor, menor o escorregamento.

Rotação é a quantidade de giros no eixo do motor por unidade de tempo, é


normalmente expressa em RPM (rotações por minuto). A freqüência da rede na
qual o motor está ligado influi diretamente na rotação do motor, conforme
tabela abaixo:

Note que em 50Hz, a rotação síncrona do motor é menor que em 60Hz.

Rotação é a quantidade de giros no eixo do motor por unidade de tempo, é


normalmente expressa em RPM (rotações por minuto). A freqüência da rede na
qual o motor está ligado influi diretamente na rotação do motor, conforme
tabela abaixo:
Note que em 50Hz, a rotação síncrona do motor é menor que em 60Hz.

Exemplo para este esquema:

Motor Kohlback 1 cv Monofásico Modificado


Modelo 56
1740 RPM
1cv

Volts:

110-127/220-254

Amperagem: 16-16,8/8,0-8,4
Ranhuras: 32
Comprimento do estator: 82mm
Diâmetro interno do núcleo: 90mm
Bobinas de trabalho: 4 grupos de 3 bobinas, ligads em série-paralelo
Bobinas de trabalho: 4 grupos de 3 bobinas, ligadas em série
Números de espiras de cada bobina das de trabalho: 1ª(36) 2ª(54) 3ª(68)

1ª menor
2ª média
3ª maior
Fio para as bobinas de trabalho: 20 WAG
Bobinas de partida: 4 grupos de 3 bobinas
Números de espiras de cada bobina das de partida: 8 - 14 - 28 fio 21 WAG

O que faz girar o rotor do motor elétrico?

O rotor do motor precisa de um torque para iniciar o seu giro. Este torque
(momento) normalmente é produzido por forças magnéticas desenvolvidas
entre os pólos magnéticos do rotor e aqueles do estator.

Forças de atração ou de repulsão, desenvolvidas entre estator e rotor, 'puxam'


ou 'empurram' os pólos móveis do rotor, produzindo torques, que fazem o rotor
girar mais e mais rapidamente, até que os atritos ou cargas ligadas ao eixo
reduzam o torque resultante ao valor 'zero'. Após esse ponto, o rotor passa a
girar com velocidade angular constante. Tanto o rotor como o estator do motor
devem ser 'magnéticos', pois são essas forças entre pólos que produzem o
torque necessário para fazer o rotor girar.

Um motor não pode funcionar se for construído exclusivamente com ímãs


permanentes! Isso é fácil de perceber pois, não só não haverá o torque inicial
para 'disparar' o movimento, se eles já estiverem em suas posições de
equilíbrio, como apenas oscilarão, em torno dessa posição, se receberem um
'empurrão' externo inicial.
Tecnologia de enrolamento de bobinas

Enrolamento de bobinas consiste na área de manufatura eletrônica dedicada


aos métodos e técnicas de enrolamento de um condutor elétrico (fio isolado ou
trançado) de modo a formar um enrolamento.

A estrutura geométrica de um único enrolamento ou vários enrolamentos ou


camadas, como um todo, cria uma concentração de propriedade elétrica
concentrada.

Bobinas pode ser usadas como atuadores


(eletroímãs, transformadores, motores elétricos, componentes de osciladores
de bobinas, relés) ou sensores (antena, microfone dinâmico, dispositivos de
medição, etc.). O enrolamento de atuadores, como estatores ou rotores pode
ser chamado também de bobinas. A técnica de enrolamento determina as
propriedades fundamentais de componentes eletromecânicos com
enrolamentos. O enrolamento de bobinas pode ser estruturado em vários
grupos, de acordo com o tipo e a geometria da bobina.

Princípios de procedimento para estruturas de enrolamento

Definição

Com a finalidade de miniaturização e economia de materiais de poupança


(como, por exemplo, cobre), é necessário manter as dimensões geométricas da
bobina tão pequenas quanto possível. A razão entre a quantidade de
condutores elétricos inseridos - incluindo a camada de isolamento - e o espaço
disponível para a bobina é chamada de fator de preenchimento mecânico
Para determinar o fator de preenchimento, a quantidade de seções transversais
do condutor, incluindo os seus isolamentos, é relacionada com o espaço
disponível de acordo com a equação:

- Diâmetro do fio, incluindo o verniz isolante

- Número de enrolamentos

- Seção transversal do corpo da bobina

Para fios circulares, pode ser visto que um enrolamento geometricamente


ordenado resulta em menos lacunas de ar, o que leva a um maior fator de
preenchimento. Um fator de preenchimento elevado, por sua vez, aumenta a
eficiência do dispositivo elétrico e melhora a condutividade térmica do
enrolamento. Um enrolamento fabricado de forma otimizada é definido como
aquele no qual os fios da camada superior estão nos sulcos da camada inferior
por pelo menos 300 graus da circunferência do fio.

Os fios formam um empacotamento condensado chamado de "enrolamento


ortocíclico". Devido ao fato de um fio circular criar espaços de ar que não são
eletricamente usados, o fator de preenchimento é sempre menor que um. De
modo a alcançar fatores de preenchimentos altos, condutores retangulares ou
achatados podem ser empregados. Estes últimos podem ser enrolados nas
posições horizontal ou vertical.

Enrolamento desordenado

Com este tipo de estrutura de enrolamento, apenas baixos fatores de


preenchimento podem ser alcançados. O posicionamento aleatório dos
condutores produz uma distribuição mais espaçada do comprimento de fio
resultante no corpo da bobina e, consequentemente, uma faixa maior de
resistência elétrica. Enrolamentos desordenados podem ser criados de maneira
homogênea ao se utilizar uma taxa de alimentação do fio de 1,5 a 3 vezes o
diâmetro do fio.

Outro propósito desta configuração é prevenir o deslizamento do condutor para


áreas mais baixas do enrolamento nas quais, devido a grandes diferenças de
potencial, pode ocorrer um curto-circuito elétrico. Apesar de suas muitas
desvantagens, este enrolamento pode ser visto como o mais comum e
econômico na produção em massa. Ele é caracterizado pela baixa demandas
de máquinas e operadores e pode ser enrolado com velocidades muito altas.
Eles são aplicados principalmente em bobinas de relés e contactores,
pequenos transformadores, bobinas de ignição e assim por diante, ou
geralmente em dispositivos com fios de diâmetro relativamente pequeno, até
0,05 mm.

Fatores de preenchimento de 73% a 80% podem ser alcançados com o uso de


condutores circulares. Estes valores são menores ao fator de 90,7% que pode
ser obtido com o enrolamento ortocíclico. A altura do enrolamento pode ser
estimada usando-se a fórmula:

- Diâmetro do fio, incluindo o isolamento

- Número de enrolamentos

- Largura do enrolamento
Enrolamento helicoidal

Enrolamento helicoidal

Os fios são dispostos de forma helicoidal em cada camada. Devido à direção


de movimento de uma camada para outra mudar entre a mão direita e a mão
esquerda, os fios cruzam e se encaixam dentro da lacuna da camada de baixo.
Não há fio para orientar a camada inferior.

Se o número de camadas excede um determinado limite, a estrutura não pode


ser mantida e o enrolamento se torna desordenado. Isso pode ser evitado com
o uso de uma camada isolante, a qual é necessária de qualquer forma quando
a diferença de tensão entre as camadas que excede rigidez dielétrica do
isolamento dos fios.

Enrolamento ortocíclico
Enrolamento ortocíclico de uma bobina retangular para motor
Este tipo de estrutura enrolamento estrutura cria um ótimo fator de
preenchimento (90.7%). Para tanto, os enrolamentos de cada camada devem
ser posicionados nos sulcos fornecidos pela camada inferior. Se os círculos se
sobrepõem, pode ser visto que o design mais compacto pode ser conseguido
por meio de um arranjo com um ângulo de 60 graus.

A proporção entre o espaço necessário e a parte do círculo pode ser


determinada matematicamente. O melhor uso do espaço pode ser alcançado
se o enrolamento é paralelo ao flange da bobina na maior parte do seu
perímetro, a fim de cumprir o requisito afirmado anteriormente. Quando o
condutor tiver sido colocado ao redor do corpo da bobina, ele vai se encontrar
com o fio anteriormente posicionado e precisa dar um degrau com o tamanho
do diâmetro do fio.

Esse movimento é chamado de passo de enrolamento. O passo de


enrolamento pode ocupar uma área de até 60 graus da circunferência da
bobina, para bobinas circulares, e toma um lado de bobinas retangulares. A
área do passo de enrolamento depende da bitola do fio e da geometria da
bobina. Se o enrolamento de passo não pode ser executado corretamente, a
habilidade do condutor se auto-ordenar e perdida e o enrolamento se torna
desordenado.

No geral, o primeiro fio transposto, determina a localização e a qualidade do


passo de enrolamento. A experiência tem mostrado que, dependendo dos
diâmetros do fio e da bobina, a seção de cruzamento ocupa uma altura de 5%
a 10% maior que a altura normal do enrolamento.
Motores CC

Fazer um motor elétrico que possa ser acionado por pilhas ou baterias não é
tão fácil como parece. Não basta apenas colocar ímãs permanentes fixos e
uma bobina, pela qual circule corrente elétrica, de modo que possa girar entre
os pólos desses ímãs.

Uma corrente contínua, como o é a fornecida por pilhas ou baterias, é muito


boa para fazer eletroímãs com pólos imutáveis mas, como para o
funcionamento do motor é preciso periódicas mudanças de polaridade, algo
tem que ser feito para inverter o sentido da corrente nos momentos
apropriados.

Na maioria dos motores elétricos CC, o rotor é um 'eletroímã' que gira entre os
pólos de ímãs permanentes estacionários. Para tornar esse eletroímã mais
eficiente o rotor contém um núcleo de ferro, que torna-se fortemente
magnetizado, quando a corrente flui pela bobina. O rotor girará desde que essa
corrente inverta seu sentido de percurso cada vez que seus pólos alcançam os
pólos opostos do estator.

Em sua forma mais simples, um comutador apresenta duas placas de cobre


encurvadas e fixadas (isoladamente) no eixo do rotor; os terminais do
enrolamento da bobina são soldados nessas placas.

A corrente elétrica 'chega' por uma das escovas (+), 'entra' pela placa do
comutador, 'passa' pela bobina do rotor, 'sai' pela outra placa do comutador e
'retorna' á fonte pela outra escova (-). Nessa etapa o rotor realiza sua primeira
meia-volta.

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