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CAPA

Sumário
Conceitos básicos de subestações.........................................................................................................3
Modelo do setor elétrico brasileiro.......................................................................................................3
Esquema de manobras de alta-tensão (AT) e extra-alta tensão (EAT).................................................4
Coordenação de isolamento..................................................................................................................5
Manutenção elétrica em subestações....................................................................................................5
Arranjo físico de subestações elétricas.................................................................................................6
Sistema de proteção em subestações....................................................................................................6
Aterramento em subestações elétricas..................................................................................................7
Bibliografia:..........................................................................................................................................8
Conceitos básicos de subestações
Uma subestação (SE) é um conjunto de equipamentos de manobra e/ou transformação e
ainda eventualmente de compensação de reativos usado para dirigir o fluxo de energia
em sistema de potência e possibilitar a sua diversificação através de rotas alternativas,
possuindo dispositivos de proteção capazes de detectar os diferentes tipos de faltas que
ocorrem no sistema e de isolar os trechos onde estas faltas ocorrem. Quando falamos no
setor elétrico, referimo-nos normalmente ao Sistema Elétrico de Potência (SEP), definido
como o conjunto de todas as instalações e equipamentos destinadas à geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição inclusive.

Quanto a classificação das subestações, são dívidas em: baixa tensão, média tensão,
alta-tensão e extra-alta tensão.

As subestações possuem diversos equipamentos, desde proteção à medição, sendo eles:


para-raios, resistores de aterramento, transformadores de corrente (TC), transformadores
de potencial (TP), transformador elevador e abaixador de tensão, seccionadores e
disjuntores.

Modelo do setor elétrico brasileiro


Na década de 90 houve uma onda de reformas no setor elétrico brasileiro. Motivadas pela
ineficiência institucional vigente, que colocava em risco a oferta e expansão do sistema
energético. Assim começaram as privatizações e desburocratizações das empresas do
setor elétrico nacional (geração, transmissão e distribuição).

A atual estrutura do setor elétrico é gerenciada pela Presidência da República, Conselho


Nacional de Politica Energética (CNPE), Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico
(CMSE), Ministério de Minas e Energia (MME), Empresa de Pesquisa Energética. Além
disso, temos a ANEEL que regula e fiscaliza todos que estão abaixo dela, que são eles:
ONS (Operador Nacional de Sistema), CCEE (Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica), Eletrobras, agentes de transmissão, agentes de distribuição, agentes de
comercialização e agentes de geração.

Atualmente, a EPE está engajada em executar um plano energético com foco em


aspectos econômicos, sociais e ambientais, utilizando recursos energéticos convencionais
e alternativos. Algumas das formas utilizadas, seriam: autoprodução de energia, incentivo
ao uso de fontes renováveis, modernização da indústria (através da substituição dos
motores elétricos mais antigos, por modelos recentes e mais tecnológicos, com maior
eficiência energética).

A ANEEL é responsável pela regulação e fiscalização de geração, transmissão,


distribuição e comercialização de energia elétrica. É responsável por mediar conflitos
entre consumidores e agentes do mercado e entre os próprios agentes. Ela também é
responsável pela homologação de tarifas e reajustes tarifários de energia (G T D). Além
disso, também é a ANEEL quem, normatiza e padroniza as atividades técnicas
relacionadas a distribuição de energia elétrica. As concessionarias de energia, são
obrigadas a seguir as normas estipuladas pela ANEEL.
O ONS foi criado em 1998 para gerenciar o SIN (Sistema Interligado Nacional). A malha
que compõe o SIN cresceu significativamente, atualmente possui mais de 100.000 km de
linhas e centenas de usinas. A malha é interligada para caso ocorra uma queda na
produção em alguma localidade do país e em outra região esteja com uma maior
capacidade de geração, seja feito o direcionamento da energia para a localidade com a
menor geração, fazendo assim com que não falte energia, mas a desvantagem é que isso
aumenta a complexidade da proteção dos sistemas elétricos.

A matriz energética nacional é composta principalmente por: usinas hidrelétricas e


pequenas centrais hidrelétricas (PCHs – usinas de tamanho e potência relativamente
reduzidos). Também possui termelétricas (carvão, óleo, gás natural), nucleares, solar,
eólica e biomassa.

A CCEE gerencia os processos de compra e venda de energia elétrica nos ambientes


ACL (demanda dos consumidores livres: compram dos agentes de geração ou de
comercialização, através de contratos bilaterais, (preços R$/kWh, volume de energia,
prazo de suprimento) no ACL a tarifa não é afetada pelas bandeiras) e ACR (demanda
dos agentes de distribuição: compram dos agentes de geração ou de comercialização
através de leilões por menores preços, estes organizados pela CCEE), entre agentes do
setor elétrico. Todos os contratos de venda e compra são registrados na CCEE, além
disso, propõe regras para comercialização de energia com base nas diretrizes da ANEEL.
Também monitora a geração e consumo dos agentes, contabilizando débitos e créditos
dos mesmos e aplica penalidades no caso de descumprimento dos acordos.

Sendo assim, a principal divisão dos consumidores no sistema atual é o Cliente Livre e o
Cliente Regulado; Cliente Livre: pode negociar livremente o preço da energia que
consumirá, mas continua pagando a conexão e o uso da rede da concessionaria local.
Cliente Regulado: valor da demanda e energia são regulados, não havendo a
possibilidade de negociação.

Esquema de manobras de alta-tensão (AT) e extra-alta


tensão (EAT)
Atualmente os esquemas de manobra existentes são: barra simples (menor custo, porém
baixa confiabilidade, possui apenas um barramento de energia), barra principal e
transferência (possui disjuntor de transferência que pode substituir qualquer disjuntor da
subestação, baixa confiabilidade, pois seu funcionamento é semelhante ao de barra
simples), barra dupla (possui dois barramentos, possibilitando a isolação de qualquer um
deles para se fazer manutenção, podendo ter mais de 3 seccionadores por evento, além
disso há a possibilidade de divisão dos circuitos por barramento e possui disjuntor de
interligação de barras), disjuntor e meio (geralmente utilizado em subestações de 500kV e
subestações muito importantes, é um esquema de alta confiabilidade, pois mesmo que
um dos barramentos seja comprometido, o segundo barramento o substituirá, da mesma
forma em relação ao disjuntor, caso o disjuntor de um circuito apresente defeito, o
disjuntor redundante o substituirá, exige uma grande área, tanto em solo quanto em
altitude).
Coordenação de isolamento
A coordenação de isolamento consiste na seleção de distâncias de isolamento adequadas
às sobretensões esperadas para o sistema, levando-se em consideração a característica
de possíveis equipamentos protetores. No entanto, seria inviável economicamente
construir uma linha que suportasse todas as sobretensões possíveis. Deste modo, a
escolha dos isolamentos deve ser realizada de forma que se minimizem os custos e se
obtenha uma determinada probabilidade de desligamento da linha para cada evento
ocasional, expressa como um risco de falha aceitável.

A norma NBR 6939 especifica o procedimento para escolher as tensões suportáveis para
a isolação fase-terra, fase-fase isolação longitudinal dos equipamentos utilizados nestes
sistemas. Essa norma foi baseada na norma IEC 60071-1 Ed. 8.1 b(Comissão
Eletrotécnica Internacional (International Electrotechnical Commission)). Outras normas
complementares são: NBR10621: Isoladores utilizados em sistemas de alta-tensão em
corrente alternada - Ensaios de poluição artificial
NBR16050: Para-raios de resistor não linear de óxido metálico sem centelhadores, para
circuitos de potência de corrente alternada
NBR5456 - Eletricidade geral - Terminologia
NBR8186: Coordenação do isolamento - Diretrizes de aplicação
NBRIEC60060-1: Técnicas de ensaios elétricos de alta-tensão - Parte 1: Definições gerais
e requisitos de ensaio e por último a IEC 60071-2.

Quanto aos métodos de coordenação de isolamento, resumidamente existem dois, que


são eles: método determinístico (o é aplicado quando resultados estatísticos, obtidos
através de ensaios, relativamente à possibilidade de falha em serviço não são
conhecidos. Portanto, o método é utilizado quando o isolamento é caracterizado pela sua
tensão suportável convencional assumida, isto é, a probabilidade de suportar uma
solicitação é de 100%. O método também se aplica quando, para isolamento externo, o
isolamento é caracterizado pela tensão suportável estatística, onde a probabilidade de
não cedência é igual a 90%) e método estatístico (é baseado na frequência de ocorrência
de fenômenos de uma determinada origem (sobretensões de origem atmosférica,
sobretensões de manobra, etc.), na densidade de ocorrência de sobretensões relativa a
essa origem e na probabilidade de disrupção do isolamento. O risco de falha pode ser
determinado combinando a probabilidade de sobretensões com a probabilidade de
disrupção do isolamento).

Manutenção elétrica em subestações


A manutenção de subestação de energia é o processo de vistorias e reparos realizados
em instalações elétricas de alta potência. Por sua vez, os sistemas de subestação são
robustos, compostos por maquinários de transmissão e distribuição de energia. Existem 3
tipos de manutenção, são eles: preditivo (termografia e ensaios, com o objetivo de
verificar as condições da subestação), preventivo (A partir das informações da
manutenção preditiva, os gestores programam as manutenções preventivas, em que são
implementadas iniciativas de rotinas para manter o bom funcionamento das instalações) e
corretivo (a manutenção corretiva é realizada quando a subestação de energia apresenta
algum tipo de problema).

A manutenção centrada em confiabilidade é um método proativo a falhas. Técnica essa


de monitoramento com a capacidade de prevenir e solucionar erros, fomentando a
minimização dos custos e a máxima segurança da empresa. Ela não impede a falha, mas
ela impede a consequência dela. Dessa forma, com um planejamento antecipado para
resolver o problema, ocorre a redução de dispêndios e o sistema se mantém dentro de
suas funções.

Na termografia os equipamentos são examinados em serviço, não sendo necessário


qualquer interrupção do seu funcionamento; não necessita de contato físico entre inspetor
e equipamento inspecionado; a análise pode ser realizada em grandes áreas e em tempo
reduzido; existe possibilidade de análise de objetos móveis e de difícil acesso; melhor
visualização da distribuição das temperaturas em tempo real; possibilidade de fenômenos
transitórios de temperaturas; a medição de temperatura pode ser feita em vários objetos
simultâneos; acréscimo da segurança de pessoas e bens; a otimização de manutenção;
menor consumo de energia, pois como sabemos seccionadoras, disjuntores, contatores,
relés com aperto incorreto proporcionam perdas de energia por efeito joule; evitando
falhas e assim paradas de manutenção não programadas.

Arranjo físico de subestações elétricas


Arranjo é o nome dado ao layout (como é feita a organização de uma SE) de uma
subestação, ou seja, as formas de se conectarem entre si, linhas, transformadores e
cargas de uma subestação. O tipo de arranjo a ser utilizado é definido de acordo com os
níveis de tensão da subestação. Essa tendência à padronização é reforçada pelo ONS
que definiu o arranjo das subestações de acordo com o nível de tensão de operação. As
tensões de operação são: baixa tensão (nível de tensão até 1 kV), média tensão: níveis
entre 1 kV e 34,5kV (13,8kV), alta-tensão: níveis entre 34,5kV e 230kV (69kV, 138kV) e
extra-alta tensão: níveis maiores do que 230kV(345kV, 440kV, 500kV e 750kV).

Sistema de proteção em subestações


A elaboração de um esquema de proteção envolve várias etapas desde o
estabelecimento de uma estratégia de proteção, selecionando os respectivos dispositivos
de atuação, até a determinação dos valores adequados para a calibração dos relés.
Basicamente, em um sistema encontram-se os seguintes tipos de proteção: proteção
contra incêndio, proteção por relés e fusíveis, proteção contra descargas atmosféricas e
surtos de manobra.

Existem vários equipamentos de proteção que podem ser utilizados em subestação, o


mais utilizados são: protetores contra sobrecorrente (o ajuste do nível de corrente feito
através de um relé, fazendo trip, e com isso a abertura do disjuntor) tanto em fase como
no neutro e fusíveis, proteção de subtensão (quando a tenção fica a baixo do
programado, realiza a abertura do disjuntor), proteção contra sobretensão (desarma o
disjuntor, caso a tensão fique acima da programada no relé), proteção de diferencial (caso
a corrente de entrada seja diferente da corrente de saída, a proteção atuará, abrindo a
linha), o relé de bloqueio (para caso ocorra algum problema que necessite de intervenção,
o relé impede o religamento do circuito).
Aterramento em subestações elétricas
Existem muitas maneiras de fazer o aterramento de um sistema elétrico, que pode ser
uma haste, diversos tipos de placas e também as mais diversas configurações de cabos
enterrados no solo.

Para o caso mais específico de subestações são utilizadas redes de terra, ou seja, um
conjunto de cabos de cobre enterrados no solo formando, normalmente, uma malha
quadriculada com esses cabos. O tamanho e a configuração exata destas malhas variam
para cada subestação, pois para a sua definição são necessários vários dados
específicos, são eles: resistividade do solo, resistividade superficial do solo, corrente de
curto-circuito máxima entre a fase e a terra, área da malha, valor máximo da resistência
da terra e tempo de defeito para a máxima corrente de curto-circuito fase-terra.

O sistema de aterramento de uma subestação é composto de vários aspectos,


englobando muitos dados e características tanto elétricas como também conhecimentos
específicos de outras áreas, como as do solo. Assim, é necessário ter o conhecimento e a
influência de todos os aspectos que compõem o sistema de aterramento.
Bibliografia:
https://www.gov.br/mme/pt-br/assuntos/noticias/conheca-as-instituicoes-do-setor-eletrico-
brasileiro-e-as-competencias-de-cada-uma
https://www.mundodaeletrica.com/sistema-eletrico-de-potencia-entenda/
https://cogera.com.br/equipamentos-de-uma-subestacao-de-energia/
https://www.mundodaeletrica.com.br/tipos-de-transformadores/
https://www.mundodaeletrica.com.br/um-pouco-mais-sobre-o-sistema-eletrico-de-
potencia-sep/
https://www.youtube.com/watch?v=qAaibXa_X_c
https://ri.energisa.com.br/a-energisa/setor-eletrico-brasileiro-2/
https://abradee.org.br/visao-geral-do-setor/
https://www.youtube.com/watch?v=_EIamq--oQI
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/130058/mod_resource/content/1/Subestacoes-
eletricas-1.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=P-diPPvx18w
https://selinc.com/api/download/134468/?lang=pt
https://pronextengenharia.com.br/coordenacao-de-isolamento/
https://www.osetoreletrico.com.br/wp-content/uploads/documentos/fasciculos/ed-
111_Fasciculo_Cap-IV-Equipamentos-para-subestacoes-de-T&D.pdf
https://core.ac.uk/download/pdf/143393351.pdf
https://www.normas.com.br/visualizar/abnt-nbr-nm/5669/nbr6939-coordenacao-do-
isolamento-procedimento
https://pt.scribd.com/document/198597304/ARRANJOS-FISICOS-DE-SUBESTACOES-
docx#
https://www.researchgate.net/publication/
355939137_Arranjo_de_subestacao_um_estudo_de_revisao_bibliografica

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