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LUÍS VAZ DE CAMÕES – BIOGRAFIA

Não se conhecem, com certeza, nem o ano (possivelmente à volta de 1524), nem o lugar do
nascimento de Luís Vaz de Camões. Seu pai foi Simão Vaz de Camões e sua mãe Ana de Sá.

Luís de Camões foi educado em Coimbra, onde frequentou as escolas do Mosteiro de Santa
Cruz, de que era frade seu tio D. Bento, cancelário da Universidade. Os Crúzios eram profundos
conhecedores da cultura e línguas clássicas e as escolas do Mosteiro de Santa Cruz eram
frequentadas pelos filhos da alta nobreza, como D. António, prior do Crato e os irmãos do
Duque de Bragança. Aqui iniciou Camões o seu «honesto estudo», vindo a adquirir uma cultura
tão vasta, que Storck, por isso, lhe chamou «filho legítimo do Renascimento e humanista dos
mais doutos e distintos do seu tempo». Foi grande a soma dos seus conhecimentos em história
universal, literatura, mitologia clássica, geografia, astronomia. Desde logo, em Coimbra,
Camões se evidencia pelo seu génio poético, revelando a influência de leituras de Petrarca e
poetas petrarquistas. Pleno de emoção poética, canta as «doces e claras águas do Mondego»
e«a menina dos olhos verdes», motivo de várias das suas redondilhas.

É sabido que a Camões não são estranhos nem a atmosfera de salão, nem o convívio com
gente de baixa estrutura moral. Causa do seu afastamento da corte, com residência fixa no
Ribatejo, terá sido ter requestado uma dama, sobre cuja verdadeira identidade subsistem
dúvidas. A sua vida continuará marcada por um destino agitado e aventuroso. Combate no
Norte de África, em Ceuta, onde perde um olho e de onde regressa em 1548. Após ter estado
encarcerado durante um ano na prisão do Tronco, em Lisboa, por ter ferido um criado do
paço, Gonçalo Borges, e porque este lhe concede o perdão, que Camões implorara, em Março
de 1553, embarca para a Índia. Desembarca em Goa: terra «mãe de vilões ruins e madrasta de
homens honrados». Na Índia, a existência de Camões não foi tranquila: viaja, combate e
escreve. Lá se representa a sua peça Filodemo. Da estadia junto do cabo Guardafui deixou-nos
uma canção plena da amargura da saudade. Em breve embarca de novo para as costas da
China, integrado nas acções de defesa contra os assaltos dos piratas. Naufraga na costa do
Camboja, na foz do rio Mecom salvando, a nado, o manuscrito d'Os Lusíadas, quase concluído.
De novo em Goa, carente de meios de vida, é objecto de processos judiciais, acabando por ser
liberto e por passar a viver de empréstimos e favores. Em Goa, em 1568, escreve as célebres
redondilhas Sôbolos Rios. Em 1569, Diogo do Couto vai encontrar Luís de Camões em
Moçambique, absolutamente sem recursos, a ponto de alguns amigos se terem reunido para
lhe obterem vestuário condigno ao seu regresso a Portugal, onde chega, a bordo da nau Santa
Clara, a 7 de Abril de 1570. Empenha-se agora, esforçadamente, na publicação d'Os Lusíadas
que, vencidas as dificuldades, e tendo sido o poema submetido à censura por um espírito
aberto e culto como o de Fr. Bartolomeu Ferreira, se veio a verificar em 1572. D. Sebastião,
por alvará desse mesmo ano, concedeu-lhe a tença anual de 15$000. Luís de Camões morreu
em Lisboa, a 10 de Junho de 1580, ano em que Portugal perde a sua condição de país
independente. O túmulo onde se guardam os restos mortais que se veneram como sendo do
poeta, encontra-se no Mosteiro dos Jerónimos.
LUIS VAZ DE CAMÕES – OBRA

De entre as suas obras, Camões escreveu vários géneros de literatura: epopeica, lirica, teatro e
cartas.

A sua obra epopeica é muito conhecida, o seu nome é “Os Lusíadas”.

Na sua obra lírica encontramos um programa muito extenso dividido em redondilhas, conções,
sonetos, éclogas, seixtilhas, odes elegias e oitavas.

O tetro escrito por Camões é totalmente descrito por autos, destacando-se o “Auto de El-Rei
Seleuco”, “Auto de Filodemo” e “Auto de Anfitriões”.

Finalmente, a “Carta da Ìndia”, “Carta de Ceuta”, “Carta de Lisboa” e a “Outra Carta de Lisboa”
fazem parte da extensa bibliografia de Luis Vaz de Camões.

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