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A Europa em movimento

Comissão Europeia
Direcção-Geral da Imprensa e da Comunicação
Manuscrito concluído em Novembro de 2003

Maior unidade e maior diversidade

União Europeia: o maior alargamento de sempre

União Europeia

1
Com o alargamento de 2004 da União Europeia desapareceu finalmente a cisão que se deu com o
conflito entre a Europa Ocidental e a Europa Oriental e a Guerra Fria. Os novos Estados-Membros
da Europa Central e Oriental, juntamente com Malta e Chipre, legitimamente, países membros já que
as suas populações partilham os mesmos objectivos de democracia, liberdade e prosperidade que os
outros cidadãos da União e satisfizeram os mesmos critérios restritos de adesão à União. O
alargamento estimulará o crescimento económico tanto dos antigos como dos novos países da União
Europeia, em benefício de todos.

O processo de integração já está em curso. Mesmo antes da adesão formal a União abriu os seus
mercados às exportações dos novos Estados-Membros que também beneficiaram dos seus
programas de assistência. O alargamento causou preocupações aos cidadãos dos actuais e dos
novos Estados-Membros, mas encontraram-se as respostas adequadas para os tranquilizar. Uma
União Europeia de 25 Estados-Membros criará novas relações com os seus parceiros e o resto do
mundo.

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Índice

Um acontecimento histórico

A dinâmica do alargamento

O lado económico do alargamento

O processo do alargamento

Enfrentar os desafios

A adopção do euro

Os novos Estados-Membros e questões-chave

Os países vizinhos e o resto do mundo

E no futuro?

Outra documentação

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Um acontecimento histórico

A União Europeia está, pela sua própria natureza, destinada a crescer. Está aberta a todos os
Estados europeus democráticos que tenham capacidade para aceitar os desafios económicos da
adesão e executar as suas regras. O alargamento de 2004, que acolhe oito países da Europa Central
e Oriental e as ilhas mediterrânicas de Malta e Chipre, é o maior e o mais ambicioso de todos os
alargamentos da história da União, que passa de 15 para 25 os membros e para 450 milhões de
cidadãos, cifra superior à soma da população dos Estados Unidos da América e da Rússia.

A adesão dos novos países candidatos deve-se ao facto de todos eles considerarem que o seu lugar
é naturalmente na União Europeia e partilharem os seus objectivos de liberdade, democracia e
prosperidade. Com o alargamento desaparece finalmente a cisão que se deu na Europa com a
Segunda Guerra Mundial, o conflito Leste-Oeste e a Guerra Fria.

Os dez novos membros — Chipre, República Checa, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta,
Polónia, Eslováquia e Eslovénia — são mais pobres do que a média dos actuais membros da União,
sendo uma das primeiras prioridades da União alargada aumentar o seu nível de vida o mais
rapidamente possível para o nivelar pelo dos outros países da União.

Em 1990, imediatamente após a queda do regime comunista, a União Europeia apoiou o processo
de democratização nos países ex-comunistas e forneceu assistência financeira e técnica à medida
que transitavam para economias de mercado. Nos meados dos anos 90 foram concluídos acordos
comerciais que concediam aos países da Europa Central e Oriental o acesso preferencial ao
mercado da União para a maior parte das suas exportações. Existem acordos semelhantes com
Chipre e Malta, que datam dos anos 70. As negociações para a adesão propriamente ditas, que
visavam acordar os termos segundo os quais os novos membros da União assumiriam os direitos e
responsabilidades decorrentes da adesão, realizaram-se entre 1998 e 2002. A data de adesão foi
fixada em 1 de Maio de 2004.

É já evidente que este alargamento irá alterar a forma como é gerida a União à medida que os novos
membros ocupem os seus lugares ao lado dos actuais membros nas principais instituições da União.
Um alargamento desta escala trará também mudanças para as relações externas, em particular as
relações com os países a Leste e a Sul que serão os novos vizinhos da União.

A dinâmica do alargamento

O aprofundamento da integração europeia e o alargamento da União andaram de par desde a


criação da União. Cada alargamento sucessivo — este é o quinto desde 1973 — trouxe vantagens
para os cidadãos europeus e novas oportunidades para as empresas europeias. Entretanto, a União
Europeia criou uma união aduaneira, um mercado único e uma moeda única conduzindo à livre
circulação de pessoas, bens, serviços e capitais na União como se de um só país se tratasse. Estas
liberdades são alargadas aos novos membros da União. A inserção de 10 países na zona de paz,
prosperidade e estabilidade da União Europeia reforçará a segurança de todos os seus cidadãos.

Dois dos países que se candidataram à adesão à União juntamente com os outros dez candidatos, a
Bulgária e a Roménia, não concluíram os seus preparativos para a adesão, decorrendo ainda as
negociações. A data prevista para a sua adesão é 2007. As negociações com o terceiro país
candidato na mesma situação, a Turquia, podem iniciar-se logo que satisfaça os chamados «critérios
políticos» no respeitante aos direitos humanos, à democracia, ao Estado de direito, ao respeito pelas
minorias e à protecção das minorias.

O processo de integração dos novos membros realiza-se a vários níveis. Numa primeira fase,
participam, logo a partir do primeiro dia, nas estruturas institucionais que gerem a União. Os
respectivos ministros tomam decisões juntamente com os seus pares no Conselho da União
Europeia, enviam os seus representantes eleitos para o Parlamento Europeu e cada um nomeia um
membro da Comissão Europeia. As respectivas línguas oficiais passam a ser línguas oficiais da
União.

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Numa segunda fase, a sua integração é promovida pelo acesso aos programas e fundos da União
em relação aos quais os recursos limitados da União são partilhados de forma a dar prioridade aos
mais necessitados. No passado, tal permitiu prestar um apoio especial às regiões e aos países mais
pobres da União Europeia. Para tal, foram-lhes disponibilizados 21 750 mil milhões de euros dos
fundos estruturais e do Fundo de Coesão da União para o período decorrente da adesão em Maio de
2004 até ao final de 2006. Os novos membros beneficiam também do apoio aos seus agricultores ao
abrigo da política agrícola comum, se bem que numa base progressiva.

A adesão à União Europeia implica deveres, obrigações e direitos. Durante as negociações de


adesão, cada novo membro adoptou a legislação em vigor da União (o «acervo comunitário»). Mas
não basta adoptar as regras da União; há também que as executar. A Comissão Europeia tem
acompanhado e continuará a acompanhar estreitamente este processo de execução.

Os novos membros têm um papel particularmente importante a desempenhar na protecção dos


direitos dos cidadãos da União em matéria de liberdade de circulação e de segurança pessoal. A
mobilidade e segurança internas na União Europeia são em parte garantidas por controlos efectivos
nas fronteiras externas da União. Em razão da sua posição geográfica, cabe aos novos membros a
responsabilidade pelo controlo de extensas áreas dessas fronteiras. Para os apoiar nessa tarefa a
União previu uma verba considerável para financiar, até 2006, o equipamento moderno e a formação
de pessoal que são necessários.

Tal como com os alargamentos anteriores, um mecanismo de salvaguarda protege os Estados-


Membros de dificuldades imprevistas decorrentes do alargamento. Esse mecanismo é extinto três
anos após a adesão dos novos membros.

PIB per capita: distribuição da riqueza

Luxemburgo 189
Irlanda 125
Dinamarca 115
Países Baixos 113
Áustria 110
Bélgica 108
Finlândia 104
França 103
Reino Unido 103
Alemanha 103
Itália 103
Suécia 102

Média dos 15 Estados-Membros


da União Europeia 100
Espanha 84
Eslovénia 74
Chipre 72
Portugal 69
Grécia 66
República Checa 60
Hungria 57
Malta (*) 55
Eslováquia 47
Estónia 42
Polónia 39
Lituânia 39
Letónia 35

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A percentagem do PIB dos novos membros da União varia entre 35% (Letónia) e 74% (Eslovénia)
da média da União.

Índice do produto interno bruto per capita medido em paridades de poder de compra, 2002
Fonte: Eurostat. (*): 1999.

Polónia

Capital: Varsóvia
População: 38,2 milhões
Área: 313 000 km2

A Polónia é de longe o maior país candidato à adesão.


O Estado polaco existe há mais de mil anos e tem estado no centro do
desenvolvimento cultural e político da Europa desde a Idade Média.
No século XVI foi um dos países mais poderosos da Europa.

Entre os nomes polacos famosos estão Copérnico, o astrónomo, Fryderyk Chopin, o


compositor, Maria Curie-Sklodowska, a cientista, e, claro, o Papa João Paulo II.

A Polónia conta com uma das maiores populações agrícolas da Europa.


O país é rico em recursos minerais, incluindo carvão, vários metais e sal-gema. A
mina de sal de Wieliczka, que data do século XIII, é uma das empresas industriais
mais antigas do mundo ainda em actividade.

Cracóvia, a terceira maior cidade do país, é o berço de uma das universidades mais
antigas da Europa, fundada em 1364.

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O lado económico do alargamento

O alargamento terá um impacto significativo na economia da União, na medida em que um mercado


maior e mais integrado impulsiona o crescimento económico tanto para os novos como para os
actuais Estados-Membros.

A Comissão Europeia considera que a adesão à União contribuirá para aumentar até um ponto
percentual o crescimento anual dos novos membros durante os dez primeiros anos que se seguem à
adesão. A percentagem do crescimento suplementar nos outros membros, embora inferior, não deixa
também de ser significativa. Um mercado único alargado dará às empresas da União Europeia que
sejam competitivas maiores oportunidades de negócios, criará postos de trabalho e aumentará as
receitas fiscais que podem ser investidas pelos governos em programas prioritários. A experiência
com a Irlanda, Portugal, Espanha e a Grécia demonstra como a adesão pode impulsionar o
crescimento de economias que eram muito mais fracas.

O processo de integração dos novos membros já está numa fase bastante avançada. Os acordos
comerciais destinados a preparar o caminho para a adesão eliminaram a maior parte das restrições
como direitos e contingentes sobre as suas exportações para a União que se tornou de longe o seu
maior parceiro comercial. O comércio bilateral expandiu, tendo a União registado um excedente de
18 000 milhões de euros em 2002. Os novos membros beneficiaram de uma vaga de investimentos
por parte das empresas da União nos sectores automóvel, retalhista, bancário, energético e das
telecomunicações: a Volkswagen alemã adquiriu o grupo fabricante de automóveis Skoda na
República Checa; a France Telecom é accionista do operador polaco TPSA; cadeias de distribuição
baseadas principalmente na França, Alemanha, no Reino Unido, na Bélgica e nos Países Baixos
abriram supermercados em toda a Europa Central e Oriental.

Os novos membros continuarão a ser clientes importantes para investimentos de outros países da
União e para as suas exportações de bens de equipamento e bens de consumo. Alguns destes
investimentos e exportações serão utilizados para melhorar as infra-estruturas dos novos membros e
desenvolver eixos rodoviários Leste-Oeste em acréscimo aos Norte-Sul já existentes.

A injecção combinada de novas tecnologias, know-how e investimento financeiro impulsionou já a


produtividade na medida em que as velhas indústrias se estão a reestruturar e novas indústrias estão
a surgir.

A actividade empresarial na União alargada irá também beneficiar dos melhoramentos introduzidos
no quadro jurídico e regulamentar dos novos membros, uma vez que estes adaptam as respectivas
legislações às da União e aplicam as suas normas de protecção de patentes e de desenhos e
modelos. A eliminação destes «entraves não pautais» ao comércio entre os novos e os velhos
Estados-Membros aumentará a dimensão do mercado único em mais de 75 milhões de
consumidores. As economias de escala daí resultantes estimularão o comércio e melhorarão a
posição concorrencial das empresas da União. A União alargada criará também maiores
oportunidades para os seus produtores e exportadores no mercado mundial.

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Os Estados bálticos

Estónia Letónia Lituânia

Capital: Tallin Capital: Riga Capital: Vilnius


População: 1,4 População: 2,3 milhões População: 3,5 milhões
milhões Área: 65 000 km2 Área: 65 000 km2
Área: 45 000 km2
A Letónia é um país de A Lituânia, o maior Estado
A Estónia é o país mais baixo relevo e grandes báltico, tem muitos lagos, rios
setentrional dos florestas que fornecem e florestas e 99 quilómetros
Estados bálticos. O madeira para as indústrias de costa arenosa.
país é basicamente de construção e do papel.
plano, com 1 400 lagos Produz também muitos Cerca de 80% da população
e 1 521 ilhas. A maior bens de consumo, têxteis são lituanos, 11% polacos e
parte da superfície e maquinaria. 7% russos.
terrestre é área de
cultivo ou florestal. O país é rico em vida Vilnius é uma cidade
selvagem e a pesca é pitoresca nas margens de rio
Tallinn é uma das uma actividade Néris.
cidades medievais mais importante.
bem preservadas da A Lituânia foi o centro de um
Europa e o turismo Do ponto de vista étnico, império que se estendia do
representa 15% do PIB 56% da sua população mar Báltico ao mar Negro. A
estónio. são letãos e 30% russos. aldeia lituana de Bernotai é o
Mais de um terço da centro geográfico da Europa.
Tal como a Letónia, a população vive em Riga.
Estónia tem uma
importante minoria Fundada em 1201, Riga é
russa. a maior cidade dos
Estados bálticos, com
A Estónia tem uma das mais de 800 000
taxas mais elevadas de habitantes.
ligações Internet do
mundo.

8
O processo do alargamento

Não é de estranhar que tenham passado 15 anos desde a queda do comunismo em 1989 até a
adesão à União. O processo de ajustamento para satisfazer as condições de adesão pode ser difícil
e moroso.

O Reino Unido fez duas tentativas antes de aderir em 1973 juntamente com a Dinamarca e a Irlanda.
A Grécia aderiu em 1981, seis anos após ter apresentado o pedido de adesão, ao passo que
Espanha e Portugal aderiram em 1986 após dez anos de esforços. Já a adesão da Áustria, da
Finlândia e da Suécia em 1995 foi um processo relativamente rápido.

Os novos Estados-Membros da Europa Central e Oriental tiveram que percorrer um longo caminho.
Não tinham estruturas políticas, económicas e jurídicas estabelecidas que permitissem a sua rápida
adesão à União. Era, por conseguinte, óbvio que o processo de adesão levaria tempo, apesar de os
líderes da União terem começado a enviar sinais políticos positivos para os encorajar à adesão
pouco após a queda do muro de Berlim em 1989. A primeira prioridade era ajudar os candidatos a
avançarem para uma economia de mercado e para uma democracia pluralista estável. As
negociações de adesão propriamente ditas só se iniciaram mais tarde, em Março de 1998.

O apoio à reforma económica e democrática dos países candidatos para a preparação para a adesão
à União iniciou-se em 1989 com a criação pela União do denominado programa Phare, inicialmente
em benefício da Polónia e da Hungria, os primeiros a abandonar o regime comunista. Ao Phare
juntaram-se posteriormente dois outros programas: o ISPA, que apoia o desenvolvimento das infra-
estruturas, e o Sapard, que apoia a modernização da agricultura dos novos membros. Em conjunto,
estes programas contribuirão com uma verba anual de 3 000 milhões de euros para ajudar estes
países a prepararem-se para aderirem à União Europeia. No âmbito de um acordo separado para a
prestação de assistência de pré-adesão, Chipre e Malta receberam um financiamento de 95 milhões
de euros para o período decorrente de 2000 a 2004.

Phare: um farol para guiar os candidatos

O programa Phare foi a primeira resposta concreta da União para ajudar os países ex-
comunistas no processo de transição para democracias multipartidárias e economias
liberalizadas. Se bem que os primeiros beneficiários tenham sido a Polónia e a Hungria, o
Phare alargou-se rapidamente a todos os países candidatos da Europa Central e Oriental e
tornou-se o maior instrumento de apoio de pré-adesão.

Desde a sua criação, o Phare tem vindo a concentrar-se cada vez mais em projectos que
contribuem para assegurar que os novos membros tenham capacidade administrativa para
cumprir os deveres e as obrigações decorrentes da adesão. Estes projectos representam
presentemente cerca de 30% do seu orçamento. O objectivo é, em primeiro lugar, assegurar
que os novos membros tenham capacidade para utilizar correctamente a assistência financeira
que a União fornece para impulsionar o crescimento e a criação de postos de trabalho e, em
segundo, permitir-lhes que apliquem na íntegra e correctamente as regras da União.

O Phare apoia também o investimento em projectos de infra-estruturas. Milhares de projectos


foram executados por toda a Europa Central e Oriental. Os projectos variam nas dimensões,
indo de projectos multinacionais a pequenos projectos locais: desde projectos que visam
melhorar o sector do transporte rodoviário, ferroviário e urbano em quase todos os países até
ao sistema de ensino à distância na Polónia, o apoio a uma autoridade reguladora no sector
das comunicações na Lituânia e o fornecimento de equipamento médico a vários países ou a
protecção das terras húmidas do Danúbio na Roménia.

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Em 1998, foi lançado um processo conhecido como «geminação» para ajudar os países candidatos a
desenvolverem administrações modernas e eficientes de par com as dos Estados-Membros. O
processo identificou e apoiou projectos através dos quais as administrações e os organismos
semipúblicos podiam aprender a gerir sectores-chave da política da União (agricultura, ambiente,
desenvolvimento regional, Justiça e Assuntos Internos). Parte do processo envolvia, para cada
projecto, o destacamento de um técnico de um Estado-Membro da União como consultor e mentor
junto dos funcionários locais responsáveis durante um período de, pelo menos, 12 meses.
Realizaram-se 683 projectos de geminação entre 1998 e 2002.

Uma das condições de adesão é a aprovação, pelos novos Estados-Membros, de toda a legislação e
regulamentação da União em vigor. Como é que isto poderia ser feito? Que medidas excepcionais ou
transitórias podiam ser autorizadas? Estas questões foram decididas em pormenor durante as
negociações de adesão entre a União Europeia e cada país candidato. As negociações, que
decorreram entre 1998 e o fim de 2002, deram também resposta à questão delicada do acesso dos
novos membros aos fundos da União. É óbvio que irão receber mais dinheiro do que aquele com que
contribuirão para o orçamento da União.

O acervo comunitário, que representa mais de 80 000 páginas do direito da União Europeia, foi
dividido em 31 capítulos para facilitar as negociações que não foram uma mera formalidade. Apesar
de, em 2002, ser claro que dez dos países candidatos podiam aderir, dois deles — Bulgária e
Roménia — foram considerados como ainda não estando prontos, tendo sido estabelecida uma nova
data para a sua adesão em 2007.

Critérios de adesão

A cimeira dos líderes da União Europeia realizada em Junho de 1993 estabeleceu uma lista muito
sucinta dos critérios que deviam ser satisfeitos pelos novos membros. Quando da sua adesão, os
novos membros devem:

 dispor de instituições estáveis que garantam a democracia, o Estado de direito, o respeito pelos
direitos humanos e a protecção das minorias;

 ter uma economia de mercado operacional, capaz de fazer face às pressões da concorrência e
às forças de mercado da União;

 ter capacidade para assumir as obrigações de membro, designadamente apoiar os objectivos da


União. Os novos membros devem ter uma administração pública capaz de aplicar e gerir na
prática a legislação da União Europeia.

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Enfrentar os desafios

Tanto os antigos como os novos Estados-Membros beneficiarão consideravelmente do alargamento


da União Europeia de 15 para 25 Estados-Membros. No entanto, uma mudança importante é sempre
motivo de preocupação e o alargamento da União Europeia não é uma excepção. A experiência com
os alargamentos anteriores demonstrou que os antigos e os novos Estados-Membros se integram
harmoniosamente e que as dificuldades a curto prazo (caso surjam) são rapidamente compensadas
por efeitos positivos a longo prazo.

As dimensões deste alargamento colocaram aos cidadãos dos novos e dos velhos Estados-Membros
questões novas quanto ao impacto nas suas vidas e empregos. Não é, pois, surpreendente o facto
de às preocupações de uns se contraporem por vezes as preocupações de outros.

Alguns cidadãos da União preocuparam-se com a eventualidade de os seus postos de trabalho


serem ameaçados caso os novos cidadãos da União, dispostos a trabalhar por salários relativamente
baixos, invadissem em grande número os actuais Estados-Membros. E o que fazer no caso de as
empresas transferirem as unidades de produção para fábricas a mais baixos custos nos novos
Estados-Membros? Outros houve que expressaram preocupações sobre as normas ambientais ou
sobre a possibilidade de o número de imigrantes ilegais para a União Europeia aumentar através dos
novos Estados-Membros.

Nos novos países da União Europeia os cidadãos questionavam-se, por vezes, se as suas
economias seriam capazes de enfrentar a concorrência das empresas ocidentais ou se os seus
agricultores poderiam sobreviver ao concorrerem com os agricultores que, durante anos, receberam
o apoio da política agrícola da União. Outros preocupavam-se com o facto de os cidadãos da União,
por serem mais ricos, poderem fazer subir os preços no mercado imobiliário.

A nível político, os cidadãos da União Europeia interrogavam-se sobre se um alargamento desta


envergadura não iria atrasar a integração europeia ou enfraquecer as actuais realizações. Nos novos
países membros os cidadãos perguntavam-se se não estariam a entregar a soberania a «Bruxelas»
demasiado cedo após se terem libertado do jugo soviético.

Todas estas questões foram tratadas durante as negociações de adesão e nas acções práticas
realizadas durante esse período. Além disso, o próprio alargamento criará um maior crescimento
económico e uma maior prosperidade promovendo, deste modo, uma evolução positiva. A curto
prazo, foram acordadas medidas transitórias para precaver contra eventuais efeitos negativos
imprevistos na economia dos Estados-Membros. Os países que já eram membros da União antes de
2004 podem, por um período que se estende até 7 anos, decidir livremente quando os trabalhadores
dos novos Estados-Membros podem entrar nos seus mercados de emprego. A experiência adquirida
com os alargamentos anteriores revelou que, de qualquer modo, são relativamente poucos os
trabalhadores que emigram.

Estão a ser feitos esforços no sentido de reforçar os controlos pelos novos membros ao longo da
nova fronteira oriental da União. É do seu próprio interesse executá-los estritamente, uma vez que
eles próprios se irão tornar o destino final da migração ilegal ou de criminosos de países terceiros e
não apenas pontos de passagem para outros países da União. Além disso, as fronteiras internas
entre os novos e os antigos membros da União só serão eliminadas quando se considerar adequada
a protecção da fronteira externa com base numa decisão unânime dos Estados-Membros.

Cumprir as normas ambientais da União Europeia pode ser um objectivo demorado. No entanto, o
programa ISPA já consagra por ano mil milhões de euros a projectos no sector dos transportes e do
ambiente nos novos membros.

Se bem que só recebam o apoio integral da União após o período transitório de dez anos, os
agricultores dos novos membros beneficiarão de cerca de 10 000 milhões de euros a financiar pela
União durante o período de 2004 a 2006, sendo, por conseguinte, os primeiros beneficiários directos
da adesão.

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Os novos países membros que receavam uma venda maciça dos terrenos agrícolas e das
propriedades terão, durante vários anos, liberdade para decidir se devem ou não autorizar as vendas
a cidadãos de outros países da União Europeia. O período aprovado é, em geral, de sete anos,
excepto no caso da Polónia em que foi alargado para doze.

A experiência dos pequenos países da União Europeia sugere que a preocupação dos novos
membros quanto à questão de perda de soberania e de independência a favor de Bruxelas está
deslocada. Cada Estado-Membro, a começar pelo minúsculo Luxemburgo, tem uma influência maior
nos assuntos europeus (e mundiais) do que teria sozinho, graças à estrutura institucional da União
Europeia que está especificamente concebida para dar a palavra a cada país membro e aos seus
cidadãos.

Os tratados da União Europeia permitem também a um determinado número de Estados-Membros


avançarem como um grupo numa dada área política específica deixando aos outros países a
faculdade de se lhes juntarem mais tarde num processo conhecido como «cooperação reforçada».

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[Gráfico]
Conhecer os países vizinhos

Percentagem, por país, de cidadãos que dizem ter visitado


um dos novos países da União Europeia.

Áustria 81
Finlândia 71
Alemanha 57
Dinamarca 53
Suécia 52
Países Baixos 45

Média dos 15 Estados-Membros da EU 34


Reino Unido 34
Luxemburgo 33
Grécia 31
Bélgica 29
Irlanda 27
França 21
Itália 21
Espanha 10
Portugal 8

Nas vésperas do alargamento, apenas um terço dos cidadãos da União visitou um dos novos
Estados-Membros. O desconhecido é muitas vezes fonte de preocupação. Conhecer os países
vizinhos provará que eles são mais parecidos connosco do que imaginávamos, com esperanças e
aspirações semelhantes às nossas.
Fonte: Eurobarómetro — Flash EB 140 de Março de 2003.

13
A adopção do euro

Os termos de adesão acordados pelos novos Estados-Membros incluem um compromisso para


adoptar o euro e aceitar as disciplinas da união económica e monetária (UEM). No entanto, o
processo de adesão à zona do euro não é automático e não foi fixado nenhum calendário. Tal como
aconteceu com os antigos Estados-Membros, cada Estado-Membro aderirá de acordo com o seu
próprio calendário. Nenhum dos novos Estados-Membros requereu o direito de optar por não
participar no euro como o fizeram o Reino Unido e a Dinamarca.

Antes de poderem adoptar a moeda única, os novos membros têm que satisfazer os critérios normais
da UEM relativamente ao défice orçamental, à dívida, à inflação e à estabilidade da taxa de câmbio.
Isto quer dizer que, na prática, os primeiros dos novos Estados-Membros nunca poderão adoptar o
euro antes de 2006. Alguns novos Estados-Membros deram a conhecer a sua intenção de adoptar a
moeda única o mais rapidamente possível.

São consideráveis os prós e os contras que devem ser ponderados pelos novos Estados-Membros
antes de adoptarem o euro e as estratégias podem diferir consoante os interesses nacionais.

Por um lado, uma adesão rápida assegurará a estabilidade económica, incentivará o investimento
estrangeiro e conduzirá provavelmente a taxas de juro mais baixas para as empresas e os
consumidores. Por outro, manter uma moeda própria durante um dado período permitirá dispor da
flexibilidade necessária para gerir as taxas de câmbio, o défice e a inflação de uma forma que possa
estimular um crescimento mais rápido do que o que seria possível ao abrigo das disciplinas da UEM
(em particular, o Pacto de Estabilidade e de Crescimento).

Europa Central

República Checa
Capital: Praga
População: 10,2 milhões
Área: 79 000 km2

O território checo fez parte do Império dos Habsburgo durante 300 anos. Tornou-se
independente como parte da Checoslováquia em 1919. Era um dos dez países mais
industrializados do mundo antes da Segunda Guerra Mundial. Em 1993 dividiu-se
pacificamente em República Checa e República Eslovaca.
Praga é uma cidade com mais de 1 000 anos e com uma riqueza arquitectónica
histórica de diversos estilos. É uma das cidades mais visitadas da Europa a seguir a
Paris no que respeita ao número de turistas estrangeiros.
A República Checa produz cerveja mundialmente famosa e água mineral de mais de
900 fontes naturais (um recorde mundial).

Eslováquia
Capital: Bratislava
População: 5,4 milhões
Área: 49 000 km2

Ex-parte do Império dos Habsburgo, a Eslováquia tornou-se um Estado


independente somente após se ter separado da República Checa em 1993. Nessa
altura, viu-se na contingência de ter de criar, a partir do zero, uma administração
central e um sistema monetário, bancário e fiscal separados.
Bratislava, que fica nas margens do rio Danúbio, possui uma rica herança
arquitectónica medieval e barroca. As fortificações em muitas colinas são o
testemunho da longa história de invasões da Eslováquia.
Etnicamente, a população é constituída em 86% por eslovacos, representando os
húngaros a minoria mais populosa.

14
Hungria
Capital: Budapeste
População: 10,1 milhões
Área: 93 000km2

As duas partes que formam a capital, Buda e Peste, estendem-se ao longo do


Danúbio, a duas centenas de quilómetros a jusante de Bratislava. A cidade é rica do
ponto de vista histórico-cultural e famosa pelas suas termas curativas.
A parte ocidental do país é montanhosa, ao passo que a parte oriental é plana e
fértil. O lago Balaton, um destino turístico popular, é o maior lago da Europa Central.
A Hungria é um país com um elevado nível musical cuja música folclórica tradicional
inspirou grandes compositores húngaros como Ferenc (Franz) Liszt, Bela Bartok e
Zoltan Kodaly.
A língua húngara não tem semelhanças com nenhuma outra língua europeia a não
ser remotamente com o finlandês e o estónio.

Eslovénia
Capital: Liubliana
População: 2 milhões
Área: 20 000 km2

A Eslovénia foi a primeira das repúblicas a separar-se da antiga Jugoslávia e a


procurar o seu futuro no coração da Europa.

A sua belíssima capital, Liubliana, foi fundada no tempo dos romanos. A sua
arquitectura ostenta muitos traços dos seus laços com o Império dos Habsburgo e
com a Itália. A sua universidade, frequentada por mais de 20 000 estudantes,
contribui para a vida cultural da cidade.

Entre as atracções turísticas contam-se as famosas grutas de Postojna, com os seus


animais aquáticos pré-históricos.

15
Novos Estados-Membros e questões-chave

Os novos Estados-Membros têm muitas coisas em comum. São todos mais pobres do que a média
dos outros 15 Estados-Membros da União Europeia. À excepção de Malta e de Chipre, saíram
recentemente de um período de 40 anos de ditadura comunista. Têm recursos limitados e
importantes carências a nível de projectos de infra-estruturas e de programas sociais. Apesar de
pretenderem obter tanto quanto possível dos fundos estruturais da União, a sua capacidade de
absorção pode revelar-se limitada. Se bem que não tenham as colónias, têm fortes interesses nos
países vizinhos da Europa Oriental e pode esperar-se que contribuam eficazmente para reforçar as
políticas da União para com os países da Europa Oriental.

Quer isto dizer que a União alargada criará, a nível interno, uma linha divisora entre o Leste e o
Oeste em relação a determinadas questões políticas? É pouco provável. Na União dos 15, alguns
debates políticos dividiram os membros entre o Norte e o Sul ou entre os grandes e os pequenos
países. Mas tratava-se de coligações no âmbito de questões específicas que não tinham carácter
permanente. De modo geral, os pequenos países podem ter uma necessidade mais premente do que
os países maiores de proteger os seus interesses através da estrutura institucional da União
Europeia. No entanto, em relação à maior parte das questões políticas, encontram-se de ambos os
lados da contenda tanto pequenos como grandes países.

O facto de todos os novos Estados-Membros, à excepção da Polónia, serem pequenos países foi em
parte responsável pelo lançamento do processo de elaboração de um novo tratado constitucional
para a União alargada. Uma das principais preocupações dos redatores do tratado foi a de facilitar os
processos de tomada de decisão numa União de 25 ou até de mais Estados-Membros.

Em termos meramente numéricos, o processo de tomada de decisão é de qualquer forma muito mais
complexo com 25 delegações ministeriais participando em todas as reuniões do Conselho da União
Europeia. A complexidade linguística aumenta a partir do momento em que às onze línguas oficiais
são acrescentadas mais nove. No entanto, um deputado do Parlamento Europeu ou um ministro
participante num conselho, que seja, por exemplo, esloveno, tem o mesmo direito de se expressar na
língua da população que representa como o têm os representantes da Alemanha, da França ou do
Reino Unido. As despesas adicionais para interpretação são insignificantes: o equivalente a um café
por cidadão da União, por ano, preserva o multilinguísmo da União segundo a Comissão Europeia.

Os países vizinhos e o resto do mundo

A União Europeia dos 25 Estados-Membros será, em muitos aspectos, semelhante à União dos 15,
mas também muito diferente.Uma coisa é certa: as suas relações com os seus parceiros e o resto do
mundo sofrerão uma evolução.

Como actor económico, a União adquirirá um peso ainda maior. Deve ajustar-se à nova situação,
assim como o devem os seus parceiros comerciais. Por um lado, estes podem também beneficiar da
extensão do mercado único que lhes permitirá investir ou exportar para os novos Estados-Membros
do mesmo modo que o fazem para o resto da União Europeia; por outro, a existência de um mercado
interno maior gerará economias de escala e trará outras vantagens para as empresas europeias que
concorrem com os parceiros comerciais nos mercados mundiais.

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As ilhas mediterrânicas

Malta Chipre

Capital: La Valeta Capital: Nicósia


População: 0,4 milhões População: 0,8 milhões
Área: 315 km2 Área: 9 000 km2

Malta é um país cosmopolita, com várias Chipre tem sido desde há muito o
civilizações e uma história que data de cruzamento entre a Europa, a Ásia e a
milhares de anos. As suas fortificações África e guarda ainda muitos traços de
são o testemunho de um passado por civilizações de várias épocas —
vezes turbulento. romana, bizantina e veneziana.

O turismo é importante em Malta, mas há As principais actividades económicas


outros serviços em expansão, em da ilha são o turismo, a marinha
particular os serviços financeiros e dos mercante, as exportações de vestuário
transportes. A língua, o maltês, está e de produtos farmacêuticos e os
próxima do árabe, mas o inglês é também serviços empresariais.
língua oficial.

As relações pós-alargamento devem ser vistas pelo menos a três níveis:

 a nível do impacto nos países europeus que são candidatos ou candidatos potenciais à
adesão;
 a nível dos países vizinhos nas novas fronteiras externas da União (Rússia, Ucrânia,
Bielorrússia e Moldávia a Leste e os países mediterrânicos a Sul) e
 a nível do resto do mundo: o impacto de uma zona comercial alargada centrada na União
Europeia nas relações com os seus parceiros comerciais numa economia mundial
globalizada.

O alinhamento dos candidatos

Numa primeira fase, o objectivo é assegurar que a Bulgária e a Roménia, os países candidatos que
não se encontravam ainda prontos para aderir em 2004, possam aderir à União em 2007.

Segue-se a Turquia, o décimo-terceiro candidato à adesão. Não se deu ainda início às negociações
de adesão essencialmente pelo facto de a Turquia não preencher os critérios políticos. No entanto,
os líderes da União confirmaram em 1999 que a Turquia «é um Estado candidato destinado a aderir
à União com base nos mesmos critérios que os aplicados aos outros candidatos». Realizar-se-á nos
finais de 2004 uma nova avaliação do respeito dos critérios políticos, que, se for positiva, permitirá
que as negociações se iniciem sem demora.

A Turquia tem um nível de vida que se situa em cerca de 25% da média da União —
aproximadamente o mesmo que a Bulgária e a Roménia. A sua população de cerca de 70 milhões de
habitantes torná-la-á o maior país da União a seguir à Alemanha.

Para além destes há outros países que são candidatos potenciais. São estes os países da região dos
Balcãs Ocidentais: a Albânia e os países que formavam a antiga Jugoslávia (Croácia, Macedónia,
Bósnia e Herzegovina e Sérvia e Montenegro). A União Europeia deve ajudar estes países a
acelerarem os seus preparativos com vista à potencial adesão à União Europeia. A Croácia
apresentou em Fevereiro de 2003 o seu pedido de adesão que se encontra a ser examinado pela
Comissão Europeia.

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Os países vizinhos: um círculo de amigos

O segundo grupo engloba os países que têm fronteiras marítimas ou terrestres directas com a União
dos 25, mas que presentemente não têm perspectivas de adesão à União. Numa cimeira da União
Europeia realizada em 2002 ficou acordado que a União deveria evitar traçar novas linhas divisoras e
agir no sentido de promover a estabilidade e a prosperidade de ambos os lados das suas novas
fronteiras. Um documento político da Comissão Europeia de Março de 2003, intitulado «A Europa
alargada e os países vizinhos: um novo enquadramento para as relações com os nossos vizinhos
orientais e meridionais», apresenta uma visão ambiciosa.

A ideia é criar com os vizinhos das regiões oriental e mediterrânica laços cada vez mais estreitos
com a União, tendo como contrapartida a realização de progressos em matéria de respeito pelos
valores democráticos e na execução de reformas políticas, económicas e institucionais. Entre as
vantagens oferecidas pela União estão:

 a participação no mercado interno e nas estruturas regulamentares da União Europeia;


 relações comerciais preferenciais e abertura do mercado;
 facilitação da cooperação transfronteiriça e um maior intercâmbio de pessoas nas áreas da
ciência, da cultura e do ensino;
 cooperação mais estreita contra ameaças à segurança comum e na prevenção de conflitos;
 integração nas redes de transporte, de energia e de telecomunicações da União Europeia,
programas de investigação, etc.;
 novos instrumentos para a promoção e protecção do investimento;
 maior assistência financeira.

Um papel mais importante no mundo

Em resultado do alargamento, a União terá uma quota-parte maior no comércio mundial,


especialmente porque irá desenvolver relações mais estreitas com os seus parceiros da Europa
Oriental e do Sul. O alargamento dará também um papel mais importante à União Europeia na
Organização Mundial do Comércio e noutros organismos internacionais conexos. A União e os seus
parceiros comerciais terão de ter em conta este novo estatuto.

E no futuro?

Parte da agenda do alargamento para os próximos dez anos já foi elaborada. A ajuda à Bulgária e à
Roménia de molde a que possam aderir em 2007 figura como a principal prioridade. Segue-se a
revisão da posição da Turquia e o acompanhamento do pedido da Croácia. Os restantes países dos
Balcãs Ocidentais serão incentivados a seguir os respectivos roteiros tendo em vista a adesão à
União.

Em contrapartida, é menos transparente o impacto do alargamento nos últimos possíveis candidatos


à adesão: os países da Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA), isto é, a Islândia, a
Noruega, a Suíça e o Listenstaine. A Noruega concluiu as negociações para a adesão por duas
vezes, mas estas foram rejeitadas também por duas vezes em referendos nacionais. A Suíça
apresentou um pedido de adesão em 1992 que entretanto abandonou. Reverão estes países a sua
posição? E em caso afirmativo, quando?

Quais serão os membros da União em 2012? Uma coisa é certa. O alargamento de 2004 pode ser o
maior, mas não é certamente o último da União Europeia.

Outra documentação

Se estiver interessado/a em obter mais informações sobre o alargamento, consulte o sítio da


Comissão Europeia http://europa.eu.int/comm/enlargement

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