ESTUDO DAS IMAGENS :
ANUNCIAÇÃO
Leonardo da Vinci
O arcanjo o Gabriel está ajoelhado dignamente como
uma figura de perfil e está elevando a sua mão direita
cumprimentando a Mary, indicando sua gravidez
divina. A Virgem deixou de ler e reagiu à Proclamação
com uma expressão de fundo respeito e gesticulando
com a mão esquerda. Há um distinto engano de
perspectiva: o braço direito dela teve que ser pintado
proporcionalmente muito longo, de forma que, apesar
de sua posição sentada, poderia ainda mostrar a
posição indelével da outra mão sobre o livro de
orações. Leonardo descreve Mary na frente a uma
quina de quarto. Todas as três coordenadas de espaço
- altura, largura e profundidade - convergem para este
ponto, tanto criando um senso de profundidade no
quadro como também aumentando a importância de
Mary. A cabeça dela claramente contrasta com a
parede escura e o corpo dela é moldado enfaticamente
pelas bases cujas linhas paralelas estão convergindo
nela.
O trabalho veio para Uffizi em 1867 do monastério de
San Bartolomeo de Monteoliveto, perto de Florença.
Foi atribuído a Domenico Ghirlandaio até as 1869,
quando alguns críticos o reconheceram como um
trabalho da juventude de Leonardo, executado cerca
de 1472-1475, quando ele ainda era um aprendiz na
oficina de seu mestre, Andréa del Verrocchio. A cena
sagrada é posta no jardim de um palácio florentino,
com uma paisagem no fundo que já é peculiarmente
Leonardesca, pela atmosfera mágica e irreal criada por
montanhas, água e céu. A personalidade de Leonardo
também está pontuada pelo belo panejamento da
Virgem e do Anjo, enquanto a mesa marmórea na
frente dela provavelmente seja uma citação a tumba de
Piero e Giovanni di Medici na igreja de San Lorenzo
esculpida por Verrocchio neste período.
Roger Van der Weiden
A cena central da Anunciação acontece em um interior
luxuoso, mostrado com um convincente sentimento de
espacialidade. Os lírios brancos e garrafa de vidro
simbolizam a pureza de Mary. A lareira já está fora de
uso no dia 25 de março, Dia de Anunciação, e tem
uma cobertura de madeira sobre ela.
A Anunciação de Louvre é o painel central de um
tríptico. Seu estilo é bastante diferente da Descida da
Cruz e mostra afinidades mais íntimas para o de Jan
Van Eyck. Reproduz para nós, certos detalhes
familiares do Matrimônio de Arnolfini, inclusive o
vermelho das roupas de cama e estofamento e o lustre
esculpido de cobre. Em vez do famoso espelho
convexo, as características de pintura um medalhão de
cobre que reflete o fundo. Este também é um quadro
repleto com símbolos: lírio, jarra e bacia para água,
representando a pureza da Virgem a Mary; um frasco
atravessado por um raio de luz que evoca o
nascimento milagroso; uma maçã “laranja” ou chinesa,
fruto da árvore proibida, nos fazendo lembrar da
necessidade de Redenção,; velas extinguidas,
esperando a vinda da Luz, i.e. a Palavra fez carne.
A pintura parece ter sido projetada para satisfazer ao
gosto flamengo para cenas íntimas domésticas de
forma que era esperado que os pintores retratassem
temas religiosos em interiores burgueses e familiares.
Ainda, isto não deriva de qualquer preocupação pela
minúcia realista de detalhe de, mas de razões
teológicas corretamentas.
A nova tendência religiosa em Flanders naquele
momento era o " moderna " de devotio. Esta doutrina
pensava na humanidade de Cristo, representando-o
para o crente, no contexto de sua vida presente,. Em
Rogier está pintando, a colocação contemporânea,
sublinhada pela ausência de halos, é significada atrair
o espectador efetivamente de forma que ele participa
na cena antes dele. Isto é por que o anjo que o Gabriel
se aparece antes de a Mary vestisse em uma alva
imaculada e brocado magnífico contende, como se ele
tivesse vindo celebrar massa, em lugar de entrega uma
mensagem.
http://jcoli.multiply.com/photos/album/9/Arquitetura_do_Renascimento