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OBRAS Amei-te sempre: – e pertencer-te quero

1. Noturnas (1861, poesias) Para sempre também, amiga morte.


2. O Estandarte Auriverde (1863, poesias) Quero o chão, quero a terra – esse elemento
3. Vozes da América (1864, poesias) Que não se sente dos vaivéns da sorte
4. Cantos e Fantasias (1865, poesias, obra Céu x inferno – É comum, nos poemas de
máxima do autor) Junqueira Freire, a confusão entre o sagrado
5. Cantos do Ermo e da Cidade (1869, poesias) e o profano. E, para um monge beneditino, é
6. Anchieta ou O Evangelho nas Selvas (1875, estranho que, de vez em quando, queira morrer
poema em dez cantos) e ir para o inferno.
7. Cantos Meridionais (1869, poesias) Poemas famosos – Morte, Desejo.
8. Cantos Religiosos (1878, poesias)
OBRAS:
Vozes d’África
3. CASIMIRO DE ABREU 1. Inspirações do Claustro (poesias, 1855)
Castro Alves 2. Contradições Poéticas (poesias, ?)
Nascimento e morte – Casimiro José Mar-
Deus! ó Deus! onde estás que não respondes? ques de Abreu nasce na Barra de São João,
Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes Rio de Janeiro, em 4 de janeiro de 1839, onde POETAS DA TERCEIRA GERAÇÃO
Embuçado nos céus? morre, vitimado pela tuberculose, em 18 de
outubro de 1860. 1. CASTRO ALVES
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito... Comerciante – Por imposição do pai, não se Nascimento e morte – Antônio Frederico
faz bacharel; faz-se comerciante. de Castro Alves nasce em 14 de março de
Onde estás, Senhor Deus?...
Simplicidade e ingenuidade – Casimiro de 1847, na Fazenda Cabaceiras, Curralinho (ho-
1. ESTROFE – Todo o poema Vozes d’África é Abreu é dos poetas mais apreciados de nos- je Castro Alves), interior da Bahia. Falece em
composto de estrofes de seis versos (sexti- sa literatura, graças à simplicidade e à inge- Salvador, em 6 de julho de 1871.
lhas). nuidade de seus versos. Órfão de mãe – Em 1859, é matriculado no
Ginásio Baiano, dirigido por Abílio Borges, on-
2. MÉTRICA – Todas as estrofes do poema apre- Única obra – Produziu um único livro de poe-
de também estudou Rui Barbosa. Neste ano,
mas: Primaveras (poesias, 1859).
sentam versos com a seguinte métrica: fica órfão da mãe (vítima da tuberculose).
Saudade – Quase todos os seus poemas
a) Versos maiores: 10 sílabas (decassílabos). Direito em Recife – Em 1862, muda-se para
convergem para um único tema: saudade
b) Versos menores: 6 sílabas (hexassílabos). Recife, onde inicia a Faculdade de Direito.
(da infância, da família ou da pátria). Veja a
primeira estrofe de Meus oito Anos: Dupla fama – Em 1866, o talento de Castro
REGULARIDADE – Pode-se concluir, pois, que Alves já é reconhecido em Recife. Duas famas:
o poema apresenta regularidade métrica: Oh! que saudades que eu tenho
de poeta inflamado e de conquistador fogoso.
Da aurora de minha vida
todas as estrofes mantêm a métrica exibida na Eugênia Câmara – Ainda em 1866, morre o
Da minha infância querida
primeira. pai do poeta em Salvador. Em Recife, tem iní-
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores, cio o romance do poeta com a atriz portu-
3. RIMAS – A análise das rimas deve ser feita em
Naquelas tardes fagueiras guesa Eugênia Câmara.
cada estrofe. Na primeira, acima exposta, te-
mos:
À sombra das bananeiras, Sucesso no teatro – Em 1867, Castro Alves
Debaixo dos laranjais! e Eugênia Câmara apresentam, com sucesso,
a) Rimas pobres: todas as palavras que rimam a peça Gonzaga ou A Revolução de Minas.
Amor e medo – No poema Amor e Medo, o
têm a mesma classe gramatical.
poeta sintetiza o drama dos poetas da Segun- Alencar e Machado – Em 1868, Castro Alves
b) Rimas femininas: todas as palavras que da Geração: tinham muito amor, mas tinham e Eugênia, a caminho de São Paulo, passam
rimam são paroxítonas. medo de amar: pelo Rio de Janeiro, onde o poeta lê sua pe-
c) Rimas perfeitas: respondes/escondes; ça para José de Alencar e é apresentado a
Quando eu te fujo e me desvio cauto
grito/infinito (as palavras apresentam perfei- Da luz de fogo que te cerca, oh! bela, Machado de Assis.
ção sonora a partir da vogal da sílaba tôni- Contigo dizes, suspirando amores: Acidente – Em São Paulo, o poeta engaja-se
ca). “– Meu Deus! que gelo, que frieza aquela!” na vida literária e intelectual da cidade, reto-
d) Rimas imperfeitas: céus/Deus (as palavras mando o curso de Direito. No fim de 1868,
Como te enganas! meu amor é chama
apresentam imperfeição sonora: céus = som separa-se definitivamente de Eugênia Câmara
Que se alimenta no voraz segredo,
aberto; Deus = som fechado). e sofre um acidente de tiro.
E se te fujo é que te adoro louco...
És bela – eu moço; tens amor – eu medo!...
Pé amputado – Em 1869, Castro Alves tem o
4. FIGURAS DE LINGUAGEM – A estrofe em pé esquerdo amputado no Rio de Janeiro.
questão contém as seguintes figuras de lingua- JUNQUEIRA FREIRE Frágil e doente, regressa à Bahia.
gem: Primeiro livro – Em 1870, publica Espumas
Nascimento e morte – Luís José Junqueira
a) Apóstrofe: o mesmo que vocativo. A es- Freire nasce em Salvador, Bahia, em 31 de flutuantes (poesias).
trofe inicia-se com um chamamento: “Deus! dezembro de 1832, onde falece em 24 de ju- Morte – Vitimado pela tuberculose, Castro
ó Deus!”. nho de 1855. Alves morre em 1871, na Bahia, aos vinte e
b) Prosopopéia: o poema inteiro representa a Ordem Beneditina – De frágil constituição, quatro anos de idade.
“voz da África”, ou seja, o poeta transforma após estudos irregulares das primeiras letras, Características – Características centrais de
matricula-se no Liceu Provincial, de onde saiu sua poesia: lirismo (amoroso e erótico) e
o Continente Africano em ser pensante, dan-
para ingressar na ordem Beneditina. abolicionismo.
do-lhe vida, ação, movimento e voz.
Decepção religiosa – Em 1854, depois de Poemas famosos – O adeus de Teresa, Boa-
5. VOCABULÁRIO – O poema exibe um vocabu- um ano de sacerdócio, abandona o hábito, noite, Adormecida, Navio negreiro, Vozes
lário condizente com texto literário. Na estrofe voltando para a casa paterna. Passa a dedi- d'África, O livro e a América.
em questão, merecem cuidado: car-se à elaboração de sua obra poética. Fa-
lece no ano seguinte, deixando apenas dois OBRAS:
a) Embalde: o mesmo que “debalde”: inutil-
livros. 1. Espumas Flutuantes (1870, poesias líricas)
mente, em vão.
Dramas interiores – Nessa vida brevíssima, 2. Gonzaga ou a Revolução de Minas (1876,
b) Embuçado: o mesmo que “rebuçado”: enco- os acontecimentos são todos interiores: a teatro)
berto, escondido, oculto. infelicidade na vida familiar, as ilusões sobre 3. A Cachoeira de Paulo Afonso (1876, poema
a vocação monástica, as dúvidas e as angús- narrativo antiescravista)
tias que o levam a fazer declaração de amor 4. Os escravos (1833, poesia social, obra
à morte: máxima do autor)

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