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CLIENTES
SÉRIE CADERNOS DE EXCELÊNCIA
RESPONSABILIDADE AGRADECIMENTOS
Marcelo Marinho Aidar – Superintendente de A equipe de redação agradece a Jairo Barreto
Premiação e Aplicações do MEG dos Santos pelas críticas e sugestões ao Caderno
Liderança.
REDAÇÃO
COLABORAÇÃO
COORDENAÇÃO GERAL
Paulo Sergio Duarte de Almeida Valladares C. Adriano Silva
Carla Marina Soriano
EQUIPE Christiane Rodrigues
Caio Márcio Becker Soares
Carlos Amadeu Schauff PROJETO E PRODUÇÃO GRÁFICA
Cesarino Carvalho Júnior
Francisco Paulo Uras Inah de Paula Comunicações
Joaquim Emanuel Santini
Jorge Emanuel Reis Cajazeira © DIREITOS RESERVADOS
Mauro Sergio Sguerra Paganotti
Odair Mesquita Quintella Proibida a reprodução total ou parcial desta
Ricardo Motta publicação sem o prévio consentimento, por
Rodolfo Cardoso escrito, da FNQ.
Ronaldo Darwich Camilo
Publicado por
REVISÃO ORTOGRÁFICA E GRAMATICAL
Fernando Pachi
Odair Mesquita Quintella
MISSÃO VISÃO
Cadernos de excelência: Clientes / Fundação Nacional da Qualidade. – São Paulo : Fundação Nacional da
Qualidade, 2008. – (Série Cadernos de Excelência, n.3.)
Inclui bibliografia
ISBN XXXXXXXXXXXXXXX
CDD 658.562
Este Caderno compõe a série Cadernos de Excelência, que tem por finalidade divulgar o Modelo de Excelência da
Gestão® (MEG) da FNQ – Fundação Nacional da Qualidade. Destina-se a esclarecer as dúvidas de seus usuários
sobre o Modelo e a satisfazer aqueles que desejam aprofundar seus conhecimentos sobre seu conteúdo. É uma va-
liosa ferramenta para quem pretende aperfeiçoar-se como membro da Banca Examinadora do Prêmio Nacional da
Qualidade (PNQ), aprimorar a gestão de sua organização ou preparar uma candidatura ao PNQ.
O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) está apresentado na publicação Critérios de Excelência, editada, anu-
almente, pela FNQ. Para uma leitura mais eficaz dos Cadernos desta série, recomenda-se que seja efetuada em
conjunto com os Critérios de Excelência.
Os Cadernos de Excelência são publicados na forma de “fascículos”, de modo a tornar a leitura mais agradável e a
facilitar seu manuseio. A série está organizada em dez volumes:
Escritos em linguagem acessível, os Cadernos de Excelência descrevem como os requisitos dos Critérios de Excelência
podem ser implementados a partir de soluções práticas, sem caráter prescritivo. Como ilustrações, são apresentados
exemplos de empresas finalistas ou vencedoras do PNQ, revelando o quanto podem ser proativas, refinadas ou ino-
vadoras as abordagens adotadas. No caso da sua utilização por organizações públicas, alguns conceitos como cliente,
mercado e concorrência precisam ser adaptados.
Espera-se que o leitor seja estimulado a consultar os Cadernos sempre que necessário e que se beneficie com os
exemplos apresentados. A série está disponível também em meio eletrônico – www.fnq.org.br.
Equipe de Redação
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................3
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................5
O CRITÉRIO CLIENTES .....................................................................................................6
Imagem e conhecimento de mercado .................................................................................6
Relacionamento com clientes ............................................................................................11
BIBLIOGRAFIA .....................................................................................................................16
1 Nota: Por definição (ver o glossário dos Critérios de Excelência 2008), produto é o resultado de atividades ou processos e pode incluir serviços,
materiais e equipamentos, informações, ou uma combinação desses elementos. Assim, considerar no presente texto que o termo produto inclui
também a prestação de serviços.
O quadro 1 apresenta as principais inter-relações com os demais temas dos Critérios de Excelência.
Quadro 1: Principais inter-relacionamentos.
Principais temas Tema sob Principais temas
Motivos da influência Conseqüências da influência
que influenciam consideração influenciados
A governança corporativa, o exercício As necessidades e expectativas dos
Governança corpo- Governança corpo-
da liderança e a interação da Direção clientes devem ser consideradas para
rativa e exercício rativa e exercício
com as partes interessadas afetam a efeitos do exercício da liderança, visan-
da liderança da liderança
imagem da organização do à criação de valor
As estratégias de atuação no mercado de-
As conclusões da análise de desem-
Analise do pendem da compreensão das necessidades
penho devem ser consideradas para a Formulação das
desempenho da dos clientes e do nível de conhecimento
correção de rumos dos processos relati- estratégias
organização dos clientes e do mercado sobre a organi-
vos aos clientes e aos mercados
zação, seus produtos e marcas
As práticas de relacionamento com os
A formulação das estratégias define
Formulação das Relacionamento clientes podem variar em função das
tipos de clientes e de mercados da área
estratégias com clientes estratégias adotadas para cada segmento
de atuação da organização
de mercado e tipo de cliente
As metas e iniciativas estabelecidas de- Imagem e As necessidades dos clientes como
Implementação Informações da
vem ser desdobradas para os processos conhecimento usuários devem ser consideradas na con-
das estratégias organização
relativos aos clientes de mercado figuração dos sistemas de informação
A definição de referenciais comparativos
Os compromissos éticos influem na au-
Desenvolvimento Informações relacionados a competitividade deve levar
tenticidade das mensagens divulgadas
social comparativas em consideração o mercado em que a
ao mercado e aos clientes
organização se posiciona
Os processos principais do negócio e os
Processos princi- processos de apoio devem ser definidos
pais do negócio e de modo a atender às necessidades e
processos de apoio expectativas dos clientes, gerando bene-
fícios para eles
Resultados relati- A imagem e o conhecimento de mercado
vos aos clientes e influenciam diretamente os resultados
ao mercado relativos aos clientes e ao mercado
Fonte: FNQ, 2007.
A segmentação do mercado e a definição dos clientes-alvo (ver figura 2) são pontos básicos
para se poder identificar, analisar e compreender as necessidades e expectativas dos clien-
tes. Cada tipo de cliente possui necessidades e expectativas próprias. Os clientes-alvo são
aqueles para os quais os esforços comerciais estão prioritariamente dirigidos.
Mercado
No mercado atendido pela organização existem diferenças que, caso não sejam identifi-
cadas, impedem um correto conhecimento das necessidades e expectativas dos clientes.
A segmentação identifica grupos de clientes com necessidades semelhantes, e, assim,
permite que a organização atue de forma diferenciada, oferecendo o que o cliente de fato
deseja. A segmentação é uma forma de dividir o mercado em subgrupos de clientes que
permitam um nível homogêneo de conhecimento das suas necessidades e expectativas.
A segmentação pode ter por base parâmetros como: geográfico, demográfico, psicográfico (di-
visão de um mercado heterogêneo em grupos relativamente homogêneos com base em suas
atitudes, convicções, opiniões e estilos de vida dos grupos), volume e comportamental.
Identificar clientes
Determinar as necessida-
des dos clientes
Desenvolver
características do produto
Desenvolver processos
2
Nota: Para mais detalhes sobre desenvolvimento de processos, consultar o Caderno 7, Processos, Processos principais do negócio e processos de apoio.
3
EUREKA, William E.; RYAN, Nancy E. QFD: perspectivas gerenciais do desdobramento da função qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1992
As organizações Classe Mundial possuem mecanis- Uma forma de garantir a autenticidade e o conteúdo
mos para divulgar seus produtos, suas marcas e suas das mensagens, principalmente nas propagandas, é
ações de melhoria com relação às práticas de gestão e a utilização de informações provenientes de organis-
produtos de forma que sejam conhecidas e reconhe- mos independentes que autentiquem as informações
cidas pelos clientes e mercados. Com essa finalidade, relativas ao desempenho do produto ou serviço. Uma
são estabelecidos planos de comunicação, definindo a prática usual consiste em obter a chamada “certifica-
utilização de diversos meios, dentre os quais podem ção voluntária” perante uma entidade que reconheça
ser citados:
Este tema trata da forma como os canais são definidos e colocados à disposição dos clientes
para que eles apresentem suas manifestações — reclamações, sugestões, pedidos, solicita-
ção de informações e elogios e como essas manifestações são tratadas. A solução adotada
deve ser passada para os clientes e, internamente à organização, para as áreas pertinentes.
Outro ponto tratado neste tema diz respeito à forma como a organização avalia a satisfação,
a fidelidade e a insatisfação do cliente.
Em primeiro lugar, o cliente deve ser informado sobre os resultados da sua demanda,
como uma demonstração da importância do seu contato com a organização. Caso a solicita-
ção seja considerada procedente a solução deve necessariamente atender a demanda e, se
possível, incluir algum mecanismo para surpreender agradavelmente o cliente. É funda-
mental que a causa raiz do problema seja detectada e ações proativas sejam desenvolvidas
para evitar a recorrência do problema. Dentre essas atividades, é importante a divulgação
do assunto dentro da organização para conhecimento e envolvimento de todas as áreas que
se relacionam com o tema.
Suzano Petroquímica
As transações são acompanhadas pelas visitas do grupo de vendas. As áreas de Serviços
Técnicos e Logística podem ser acionadas para eventual apoio. Destacam-se práticas
especiais para o acompanhamento nos casos de desenvolvimento de produto, desen-
volvimento de novas aplicações, serviços logísticos e novos clientes.
Fonte: FNQ: Classe Mundial, 2005.
Conforme o tipo de produto, devem ser considerados apoios necessários para o início do uso,
além do que já normalmente consta dos manuais e cartas de entrega. Muitas organizações
elaboram e encaminham um folheto de boas-vindas, com explicações simples resumindo o
manual e informações sobre como contatar a organização para dirimir dúvidas.
Politeno
A Politeno mantém prática de desenvolvimento de novos produtos, pela qual o cliente
recebe o acompanhamento técnico — amostra da resina para a realização de testes e
avaliações preliminares. Somente após a aprovação, o cliente tem a alternativa de compra
de uma pequena quantidade (“lote-piloto”) para a total consolidação dos resultados.
Em seguida, com a aprovação de seu produto final, o cliente é direcionado para a área
de vendas da Politeno, que negocia as condições comerciais da futura programação.
Fonte: FNQ: Relatório da Gestão, Politeno, 2002.
É importante destacar que os conceitos satisfação e insatisfação não são complementares. En-
quanto a satisfação só pode ser avaliada por meio de manifestações dos clientes, a insatisfação
decorre usualmente da ocorrência de eventos adversos, que podem ser monitorados direta-
mente pela organização, tais como número e gravidade das reclamações, atrasos na entrega,
erros de quantidades ou especificações, falhas nos documentos, atendimentos em garantia etc.
São métodos usuais de obtenção de informações relativas à satisfação: pesquisas, questioná-
rios, focus group e entrevistas.
As informações relativas aos clientes dos concorrentes podem ser obtidas pelos mesmos mé-
todos citados acima e, ainda, por estudos comparativos elaborados pela própria organização
ou por entidade independente. O objetivo dessa avaliação é poder melhorar o seu desempe-
nho e entender quais fatores influenciam o mercado.
INTENSIFICAÇÃO DA SATISFAÇÃO
As organizações de Classe Mundial sabem que conquistar novos clientes custa muito mais
caro do que manter clientes já existentes. Assim, a busca da fidelidade dos mesmos é econo-
micamente mais interessante. A satisfação apenas não é suficiente para garantir a fidelidade
do cliente. Quem pode garantir que um cliente satisfeito vai voltar a comprar o produto ou
o serviço? Mas a satisfação já é um bom início para se ter a sua lealdade, pois não é normal
que um cliente insatisfeito volte a comprar.
Uma das razões para o cliente não ser fiel está no fato de suas necessidades e, conseqüen-
temente, suas expectativas não serem estáticas. Movem-se no sentido de se alterarem e
crescerem. É preciso estar atento a essas mudanças do cliente, porque se a organização não
o fizer, o concorrente fará. E hoje o concorrente está, literalmente, a um clique do mouse.
Esses planos de melhoria decorrem de análises sistemáticas das pesquisas, estatísticas das
reclamações e soluções adotadas para resolver as mesmas, monitoramento dos fatores adver-
sos e dos indicadores de fidelidade.
Suzano Petroquímica
Os indicadores adversos e de insatisfação são analisados pelas áreas Comercial e In-
dustrial mensalmente e são consolidados e analisados no processo de análise crítica do
SIG. Quando necessário, são estabelecidos planos de ação para o redirecionamento das
atividades, orientados pela alta direção da companhia.
Fonte: FNQ: Classe Mundial, 2005.
OBJETIVO OBJETIVO
Promover uma Fornecer uma visão
visão global do global do ciclo PDCA
Modelo, seus de gestão de melhorias,
fundamentos e sua enfatizando a auto-ava-
aplicação. liação, as suas diferentes
metodologias e práticas
PÚBLICO-ALVO de planejamento e
Todos que te- controle.
nham interesse em
PÚBLICO-ALVO
utilizar o Modelo,
tanto para imple- Todos que pretendam
mentação na sua implementar uma ges-
organização quanto tão de melhorias a partir
para uma avaliação. de uma auto-avaliação
tendo como referência o
Modelo de Excelência
de Gestão® (MEG).
OBJETIVO
PÚBLICO-ALVO
Patrocínio
Apoio Institucional