Você está na página 1de 5

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ..........

VARA ESPECIALIZADA
DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ............./UF

FULANINHO DE TAL, (nacionalidade), menor impúbere,


devidamente representado(a) por sua genitora Sra. BELTRANA DE TAL,
(nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador(a) da Cédula de Identidade
RG nº , inscrito (a) no CPF/MF sob nº, ambos(as) residentes e domiciliados(as)
à (endereço completo: rua [av.], nº, complemento, bairro, cidade, CEP, UF),
por seu advogado in fine assinado, constituído na forma do incluso Instrumento
particular de Procuração (doc. nº.), vem, respeitosamente, à honrosa presença
de Vossa Excelência, com fulcro na lei n° 5.478/68, propor a presente

AÇÃO DE ALIMENTOS

em face de (nome completo), (nacionalidade), (estado civil), (profissão),


portador da cédula de identidade RG nº, inscrito no CPF/MF sob nº, residente e
domiciliado (endereço completo: rua [av.], nº, complemento, bairro, cidade,
CEP, UF), pelos fatos e fundamentos aduzidos a seguir:

PRELIMINARMENTE
Requer o Autor lhe sejam deferidos os benefícios da justiça gratuita,
com fulcro no disposto ao inciso LXXIV, do artigo 5º da Constituição Federal e
na Lei nº 1.060/50, em virtude de ser pessoa pobre na acepção jurídica da
palavra e sem condições de arcar com os encargos decorrentes do processo,
sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família, conforme declaração e
demonstrativo de rendimento mensal em anexo (doc.nºs. ....).

I – DOS FATOS

O Requerente encontra-se desamparado por parte de seu genitor quanto a sua


sobrevivência no que tange as suas necessidades englobando: mensalidade escolar,
plano de saúde, dentre outras.

O dispêndio com a criação do Requerente não pode ser suportado


única e exclusivamente por conta de sua representante legal que experimenta
situação financeira difícil, pois se encontra desempregada.

Por outro lado, diferente é a situação financeira do genitor cuja renda


mensal é de R$ 1.000,00 (um mil reais) e nada contribui para o sustento de seu
filho.

II – DO DIREITO

Conforme preceitua o art. 1.695 do Código Civil de 2002: “São


devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem
pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se
reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.”

A Constituição Federal de 1988, no seu artigo 5º, I, assegura a


isonomia, ou seja, a igualdade entre homens e mulheres, criando, assim, mais
um critério de avaliação, pois a obrigação dos alimentos é tanto do pai, quanto
da mãe, observando-se a capacidade de cada alimentante:
Art. 5°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I. homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos
desta Constituição [...]

A prestação de alimentos aos filhos tem a função de garantir aos


alimentados os direitos fundamentais assegurados legalmente, tanto no artigo
1º, III, da CF/88, quanto na Lei nº 10.406/02 – Código Civil, e Lei nº 8.069/90 –
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Uma vez que a prestação de alimentos é direito dos filhos e obrigação dos
pais, fica claro que ambos os cônjuges são litisconsortes nessa
responsabilidade. Nos artigos 5º, I e 226, 5º, além do artigo 22, da Lei nº
8.069/90 – (ECA) encontramos essa igualdade.

A doutrina se posiciona neste sentido como aduz

MARIA BERENICE DIAS “As necessidades do autor não precisam ser


comprovadas, pois a busca de alimentos é a prova da necessidade de
quem os pleiteia. Tanto é assim, que a própria lei impõe a concessão dos
alimentos provisórios”.

No mesmo entendimento segue o doutrinador exposto a seguir:

ALIMENTOS - DEVER DE SUSTENTO À PROLE - “I- O dever


de sustento diz respeito ao filho menor, e vincula-se ao pátrio poder, seu
fundamento encontra-se no art.231, III, do CC, como dever de ambos os
cônjuges em relação à prole, e no art.233, IV, como obrigação recíproca do
genitor, de mantença da família; cessado o pátrio poder, pela maioridade ou
pela emancipação, cessa conseqüentemente aquele dever; termina,
portanto, quando começa a obrigação alimentar. II- A obrigação alimentar
não se vincula ao pátrio poder, mas à relação de parentesco, representando
uma obrigação mais ampla que tem seu fundamento no art.397 do CC; tem
como causa jurídica o vínculo ascendente-descendente." (ut Yussef Said
Cahali,” Dos Alimentos", RT, 2.ªed., p.504).

Diante de tudo isso excelência percebe-se que os alimentos são devidos ao


requerente.
III – DOS PEDIDOS

EX POSITIS, requer:

a) a citação do Requerido, no endereço declinado no intróito desta, para


comparecer em audiência a ser designada pelo Juízo, sob pena de confesso,
quando, querendo, poderá contestar o feito, no prazo legal, sob pena de
sujeitar-se aos efeitos da revelia.

b) que seja deferido ao Requerente os benefícios da justiça gratuita por ser


pobre na acepção jurídica da palavra, não podendo arcar com as despesas
processuais sem privar-se do seu próprio sustento e de sua família.

c) a intimação do ilustre representante do Ministério Público para intervir no


feito ad finem.

d) que, ao final, seja a ação julgada procedente, condenando-se o Requerido


ao pagamento dos alimentos na proporção de R$ 300,00 (trezentos reais)
salários mínimos vigentes, que deverão ser depositados em conta bancária da
representante legal do Requerente, mediante determinação desse juízo.

e) requer ainda que seja o Requerido condenado ao pagamento das custas


processuais e honorárias advocatícios, esse último segundo o prudente arbítrio
de Vossa Excelência.

Dá-se a presente demanda o valor de R$ 3.600,00 (três mil e seiscentos


reais) para todos os efeitos legais.

Termos em que pede,

E espera o deferimento.

(local e data)

Advogado
OAB/ nº

Estagiárias:
Fernanda Do Nascimento Lima
Gláucea Évelin Avinte De Santiago

Você também pode gostar