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3 – CONCEITOS BÁSICOS

Existe uma série de conceitos básicos que servem para a compreensão da ação social dos
sujeitos em diversas situações. Vejamos de forma breve os principais para este estágio da
exposição.

3.1 - CONTATOS E PROCESSOS SOCIAIS

Os primeiros conceitos a serem observados são o contato social e o processo social. Contato
social é o modo da participação na interação entre sujeitos diversos e o processo é a forma
como a interação se dá.

3.2 - RELAÇÕES SOCIAIS ORGANIZADAS E NÃO ORGANIZADAS

As diferentes relações sociais se diferenciam de acordo com seus objetivos últimos. Uma
relação, antes de mais nada, é definida pela ação conjunta de sujeitos para atingir uma meta.
Dividimos as relações sociais em organizadas e não organizadas. As relações organizadas são
aquelas estruturadas, com estabilidade e longa duração. Seu objetivo é perene. Por exemplo,
relações institucionais diversas, relações educacionais, profissionais e etc. Quando tornam-se
duráveis caracterizamo-las de instituições.
As relações não organizadas são esporádicas e com objetivo imediato, via de regra. Não há
uma estrutura bem definida, quando existe, e é geralmente resultado de um impulso. Por
exemplo um grupo que se reúne para festejar a vitória do seu time de futebol. Chamemos de
relações ou manifestações de massa.

3.3 – STATUS SOCIAL E PAPEL SOCIAL

O Status social é a posição ocupada pelo sujeito nas diferentes esferas sociais. Este pode ser
atribuído (imposto) ou adquirido. Servem para distinguir as pessoas de maneira positiva ou
negativa. Cada status corresponde a um papel social, ou seja, para que possa se tratado
conforme o status, a pessoa deve agir – “interpretar um papel” – conforme as expectativas.
Exemplos de status atribuído: escravo, paria, retirante e etc.
Exemplos de status adquiridos: doutor, chefe e etc.

3.4 – GRUPOS SOCIAIS

Grupos sociais são os sujeitos associados, que estabelecem relações sociais diversas, de acordo
com seu objetivo. Podem ser espontâneas, conscientes, voluntárias ou contratuais. Exemplos
de grupos sociais: amigos, colegas de trabalho, jogadores de um time, família, dentre outros

3.5 – COESÃO SOCIAL E COERÇÃO SOCIAL


A coesão social é uma característica que ajuda a compreender e definir o comportamento dos
diversos grupos sociais. Mais coeso é o grupo quando maior é afinidade entre seus membros.
Tal afinidade geralmente é identificada com uma necessidade comum dos membros. Quando
as necessidades individuais podem ser satisfeitas através ou no grupo, mais coeso este será.
Já a coerção social é algo externo ao indivíduo e se manifesta no grupo, uma força que obriga a
agir de determinada forma. É mais forte do que as vontades individuais e independente da
nossa vontade continuará existindo. Tal característica também pode ser denominada de Fato
Social.

3.6 – CULTURA, SUBCULTURA E CONTRACULTURA

Podemos identificar a cultura como aquele grupo de hábitos, maneiras de agir, costumes que
são comuns a um grupo significativo de pessoas. Pode se manifestar das mais diversas formas
e em diferentes escalas. Os gaúchos tem como traço cultural o consumo do chimarrão. Uma
empresa tem uma cultura organizacional, forma que lhe é específica de agir.
Subcultura geralmente é identificada como algo, digamos, inferior à cultura, não tendo o
mesmo status da cultura, como se fosse algo “extra-oficial”. A MPB é considerada uma
manifestação cultural enquanto o funk foi e ainda é considerado por muitos como subcultura,
algo inferior ou marginalizado.
A contracultura tenta a subversão dos valores culturais correntes. Intenciona a subversão e
modificação, sendo portanto necessariamente um processo de conflito.

3.7 – IDEOLOGIA

Consideremos como ideologia o conjunto de crenças e/ou valores que motiva os sujeitos
sociais à ação. Uma visão de mundo. Pode ser a crença em um empreendimento, uma linha
política, forma de gerir os negócios e etc.

3.8 – CONTROLE SOCIAL E DESVIO DE COMPORTAMENTO

O controle social pode ser compreendido como aqueles mecanismos utilizados para manter a
estabilidade de uma estrutura, uma organização. De acordo com a organização que focamos,
estarão disponíveis uma série de instrumentos de controle que podem ir da autoridade,
baseada na hierarquia, se pensarmos numa empresa, ou ainda um sistema de incentivo
financeiro, servindo de motivação para a assimilação ou adaptação à estrutura. Quando o
sujeito não assimila ou acata as normas da organização, por qualquer razão (não discutimos
aqui tais motivações ainda), há o desvio de conduta.

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