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A cruz é pesada.
Não existe nada de mais pesado que uma cruz:
não é senão a dor,
não é senão as lágrimas,
não é senão o sofrimento.
Jesus vacila.
A cruz esmaga-o.
Ela pesa
nos seus ombros,
mas mais ainda
no seu coração.
Segura-a
curvado,
dobrado,
vergado.
É um peso.
A cruz é pesada
e ela magoa-o.
Como suportar
o fardo
dos olhares maus
semelhantes a murros
que atiram por terra
e que esmagam?
No caminho da cruz
Maria encontra o seu filho.
Diz ela:
“É o meu filho muito amado.
Porquê toda esta maldade?”
Não compreende
por que todos se põem
a apontá-lo com o dedo
e a troçar como se estivessem contentes
de o ver assim, ferido e humilhado,
como se estivessem contentes
do que acontecia
ao seu filho muito amado.
No caminho do sofrimento,
Jesus encontra
o rosto amoroso da sua mãe.
Diz Ele:
“Obrigado, minha mãe!”
É semelhante a um fardo
empurrado
que serve para se divertirem.
Ninguém lhe toca para o amparar,
como se, ao tocá-lo,
tivessem receio de se sujar,
como que a dizerem:
“Não tem valor, pode rejeitar-se!”
Obrigam um certo
Simão de Cirene,
que passava por ali,
a levar a cruz de Jesus.
Com um lenço,
limpa o rosto de Jesus:
doçura e bondade!
A cruz,
os golpes,
as troças,
as feridas no corpo,
Jesus cheio de dores: é demasiado!
É odioso!
Jesus consola-as:
“Não choreis por minha causa.
chorai antes
por causa do mal que as pessoas fazem!”
Nada de espantar:
toda esta violência que o atinge,
toda esta maldade que berra,
todos estes punhos estendidos para o empurrar.
Quem teria ainda vontade de se levantar?
Depois crucificam-no.
As suas mãos já não se podem mover!
As suas mãos que se estendiam
para os humildes e os pobres
e para todos aqueles que não tinham esperança.
Está crucificado.
Está cravado na cruz.
Aproximai-vos e vede:
aquele que está crucificado na cruz
é Jesus, é o Filho de Deus!
Aproximai-vos e olhai:
Aquele que foi colhido pela morte
Como qualquer vivente da terra,
é Jesus,
é o filho de Deus!
É o luto.
Já não se lhe pode tocar.
Já não se lhe pode falar.
Já não se pode escutar.
Já não se pode ver.
Desaparece na terra.
É a tristeza.
Onde estará agora,
Aquele que se dizia a luz de Deus?
Onde estará agora,
Aquele que anunciava a Palavra da Vida?
É a aurora.
A noite desapareceu.
A luz inundou o céu e a terra.
É o nascer do dia.
Aproximai-vos e vede:
Jesus Cristo saiu da morte.
Ele vive!
Aleluia!
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Contemplando
o caminho da cruz
de Jesus Cristo,
meditando
na sua morte e ressurreição,
os cristãos descobrem
até onde pode ir o amor o Deus:
até tomar
o caminho do sofrimento
e da morte,
a fim de dar
a esperança de viver para sempre,
a todos os habitantes da terra.