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I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou (Incluído pela Lei nº
8.952, de 13.12.1994)
Marcus Vinicius Rios Gonçalves: “O exame do fumus boni juris não exige uma avaliação
aprofundada dos fatos, nem da relação jurídica discutida. A concessão da tutela cautelar
não pode constituir um prognóstico do que irá ocorrer no processo principal. É possível
que o juiz conceda, ainda que esteja pouco convencido de que o requerente possa sair
vitorioso no processo principal, quando verificar que o não-deferimento inviabilizará a
efetivação do direito, caso, apesar de tudo, ele venha a ser reconhecido”. (Novo Curso de
Direito Processual Civil, vol. 3, pag. 270).
Alexandre Freitas Câmara: “a nosso sentir, mais adequado se afigura definir o fumus
boni iuris com base no conceito de probabilidade, pois que este se liga, inexoravelmente,
ao de cognição sumária” (Lições de Direito Processual Civil. 4. ed. Rio de Janeiro:
Lúmen Júris: 2002. p. 30).
E segue “Como dito anteriormente, o fumus boni íurís não é requisito suficiente para a
concessão da medida cautelar. Outro requisito é exigido, e a ele se dá, tradicionalmente, o
nome de periculum in mora (ou seja, perigo na demora). Isto porque, como sabido, a
tutela jurisdicional cautelar é modalidade de tutela de urgência, destinada a proteger a
efetividade de um futuro provimento jurisdicional, que está diante da iminência de não
alcançar os resultados práticos dele esperados. É esta situação de perigo iminente que
recebe o nome de periculum in mora, sendo sua presença necessária para que a tutela
cautelar possa ser prestada pelo Estado-Juiz.” (Lições de Direito Processual Civil. 4. ed.
Rio de Janeiro: Lúmen Júris: 2002. p. 36).
Damásio de Jesus:
periculum in mora: é o risco de lesão grave ou de difícil reparação. Para que este
requisito esteja preenchido, serão necessários três elementos:
- risco fundado: o risco deve ser concreto, não podendo estar no campo da mera
hipótese (ex.: um título levado à protesto);
- risco iminente: o risco deve ser próximo;
- grave ou de difícil reparação: refere-se ao dano processual, ou seja, o risco de que o
provimento do processo principal se torne inútil ou ineficaz. (DIREITO PROCESSUAL
CIVIL MÓDULO XVI - Processo Cautelar, p.4)