Você está na página 1de 117

CURSO DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ASPECTOS GERAIS DAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ASPECTOS GERAIS DAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

O fenômeno não é específico de dias de chuva,


Já foram documentadas incidências de raios em:
Tempestades de neve;
Tempestades de areia
e até mesmo em dias de céu limpo.
A ação do vento tem participação direta no processo.

O fenômeno tem origem na:


•Separação de cargas elétricas na atmosfera que geram fortes
campos elétricos.
•O aparecimento de um forte campo elétrico, que por sua vez,
origina uma diferença de potencial entre a nuvem e a terra.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ASPECTOS GERAIS DAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

• Se o gradiente elétrico ultrapassar a rigidez dielétrica do ar,


acontecerá a descarga atmosférica.
• A suportabilidade do ar varia de acordo com fatores como
pressão, temperatura e umidade relativa do ar, tendo por
exemplo:
Valor de aproximadamente 30 kV/cm em dias de condições
normais de temperatura, pressão e tempo seco.
E valor próximo a 10 kV/cm em dias com alta umidade
(FONSECA, 1987).
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ASPECTOS GERAIS DAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Comparando sua origem e seu destino, é possível classificar as


descargas atmosféricas em quatro tipos:
Descargas internas na nuvem;
Descargas entre nuvens;
Descargas que dissipam na atmosfera;
Descargas que atingem a terra.
Metade das descargas atmosféricas são internas nas nuvens.
As blindagens são feitas para proteger contra descargas que
incidem sobre a terra.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ASPECTOS GERAIS DAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

O fenômeno do raio não ocorre em somente uma única descarga,


mas sim em várias etapas.
Após a primeira descarga, conhecida como Líder Saltador, por
avançar em degraus de tamanhos variados, entre uma faixa de 3 a
200 metros, com média de 50 metros.
Quando o líder saltador atinge a terra, uma descarga de retorno,
volta pelo mesmo caminho da descarga piloto em direção a
nuvem.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ASPECTOS GERAIS DAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
Quando a descarga de retorno se dissipa, a diferença de
potencial entre a terra e a nuvem pode continuar suficientemente
elevada para que ocorram outras descargas em seqüência.
Estas descargas aproveitam-se do caminho ionizado deixado
pela descarga piloto, apresentando uma velocidade maior que a
primeira descarga.
Geralmente, os líderes diretos, nome dado as descargas
subseqüentes ao líder saltador, percorre um caminho com poucas
ramificações.
No intervalo de cada um destes líderes diretos sempre
haverá a descarga de retorno à nuvem.
Na figura 1 abaixo, é apresentada a seqüência de uma
descarga elétrica, com o líder saltador e demais líderes diretos e o
tempo médio de duração de cada fase.
.
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ASPECTOS GERAIS DAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Figura 1 - Seqüência de uma descarga atmosférica


Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ASPECTOS GERAIS DAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Classificando pela direção e polaridade elétrica do líder,


existem no total quatro tipos de descargas atmosféricas.
Líderes descendentes de polaridade negativa são os mais
comuns,;
Os líderes ascendentes, que se iniciam na terra, são raros e
tem um maior índice de ocorrência em estruturas de grande altura,
como arranha-céus e montanhas.
Quanto à polaridade, estudos demonstram um percentual
acima de 90% para raios com polaridade negativa .

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ível ceráunico é fornecido através de instituições oficiais, como instalações aeronáuticas, serviços de meteorologia e outras instituições relacionad
se há informações atuais do índice de alguma organização, é utilizado o mapa de curvas isoceráunicas apresentado na NBR 5419. O mapa de cu
ASPECTOS GERAIS DAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Na figura 2 estão apresentados os quatro tipos de descarga


atmosférica.

Figura 2 – Tipos de Descargas em relação à Polaridade e


Direção
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
Um dos parâmetros fundamentais para classificação da
estrutura é a probabilidade da edificação ser atingida por descargas
atmosféricas.
A freqüência média anual previsível de descargas
atmosférica sobre uma estrutura pode ser calculada, conforme a
NBR-5419, pela seguinte equação:

Nd = Ng*Ae*10-6

Onde:
Nd – Freqüência média anual previsível de descargas;
Ng – Densidade de descarga atmosférica para a terra por
quilômetro quadrado por ano de uma região;
Ae – Área de exposição.
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

O Nível Ceraúnico (Td) consiste no número de dias de


trovoada em uma região por ano.
Este índice é variável e influenciado pelas características
climáticas e do relevo da região.
O valor do nível ceráunico é fornecido através de
instituições oficiais, como instalações aeronáuticas, serviços de
meteorologia e outras instituições relacionadas.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Quando não se há informações atuais do índice de alguma


organização, é utilizado o mapa de curvas isoceráunicas
apresentado na NBR 5419.
O mapa de curvas é mostrado na figura 3.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
Figura 3 – Mapa Isoceraúnico do Brasil (NBR-5419)
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

A partir no nível ceraúnico é possível montar uma equação


que calcula a densidade de descarga atmosférica para a terra por
quilômetro quadrado por ano de uma região(Ng).

A equação fornecida pela NBR 5419 é a seguinte:

Ng =0,04 *Td1,25

Onde:
Ng – Número de raios por quilômetro quadrado por ano;
Td – Nível Ceraúnico (Número de dias de trovoada por ano).

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

A Área de Exposição(Ae), conforme NBR-5419, através da


relação entre o perímetro da estrutura e uma distância
correspondente a altura da mesma, conforme visto na figura 4.
Sendo assim, a área de exposição, em metros quadrados, de uma
estrutura pela equação abaixo:
Ae= L*W+ 2*L*H+2*W*H+*H
Onde:
L =comprimento da estrutura;
W = largura da estrutura;
H = altura da estrutura.
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
Figura 4 – Área de Exposição (NBR-5419)
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

A Área de Exposição(Ae), conforme NFPA-780 sofre


variação conforme a relação ente a altura da estrutura (H) e a
largura (W) e o comprimento(L), ver figuras na figura 5 á 7.
Onde:
L =comprimento da estrutura;
W = largura da estrutura;
H = altura da estrutura.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
Figura 5 – Estrutura Retangular-Área de Exposição
H≤W+L (NFPA-780)

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
Figura 8– Área de Exposição com elevação proeminente
Configuração Alternativa H1≥H2 (NFPA-780)
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
Figura 6 – Área de Exposição com elevação proeminente
Configuração com H≥W+L (NFPA-780)
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Exercício
Determinar a área de exposição(Ae) , o número de
descargas ano por quilômetro quadrado e o número previsível de
descargas/ano em um sistema de proteção com os seguintes dados.

Estrutura Retangular: L=100m W=20m H= 10m


Td= Numero de dias de trovoada por ano= 37

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Exercício Proposto
Solução:

Dados: Estrutura Retangular: L=100m W=20m H= 10m


Td= Numero de dias de trovoada por ano= 37

Passo 1:

Ng =0,04 *Td1,25
Ng(37)=3,65 descargas por km²/ano
Ae= L*W+ 2*L*H+2*W*H+*H²
Ae= 4.716m²
Nd= Ng*Ae*10-6
Nd= 16,2*10-3 descargas por ano
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Na seqüência, é calculada a avaliação geral do risco, que


corresponde à utilização de fatores de ponderação específicos da
estrutura.
A probabilidade de risco é representada na equação a seguir:
N`d=A*B*C*D*E*Nd
Onde:
Fator A – Corresponde ao tipo de ocupação de estrutura;
Fator B – Tipo de construção;
Fator C – Conteúdo da estrutura e efeitos indiretos das descargas
atmosféricas;
Fator D – Localização da estrutura.
Fator E – Correspondente a topografia da região.
Nd – Freqüência média anual previsível de descargas;

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

O resultado obtido é comparado com as probabilidades de


risco máxima e mínima, conforme NBR-5419, e determinada a
necessidade , ou não, da utilização de SPDA.

RISCO DE INCIDÊNCIA POR ANO UTILIZAÇÃO DE SPDA

N´d ≥ 10-3 OBRIGATÓRIO

10-3> N´d ≥ 10-5 OPCIONAL

N´d < 10-5 DISPENSÁVEL

Quadro 1 – Risco de incidênciax utilização (NBR-5419)

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
Exercício
Determinar se há necessidade de instalação de sistema de
proteção atmosférica em uma edificação que tem os seguintes os
seguintes dados.

Estrutura Retangular: L=100m W=20m H= 10m


Td= Numero de dias de trovoada por ano= 37
Hotel, construído em alvenaria , cercado por edificações de
maior porte, ao nível do mar.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Exercício Proposto
Solução:

Dados: Estrutura Retangular: L=100m W=20m H= 10m


Td= Numero de dias de trovoada por ano= 37

Passo 1:

Ng =0,04 *Td1,25
Ng(37)=3,65 descargas por km²/ano
Ae= L*W+ 2*L*H+2*W*H+*H
Ae= 4.431m2
Nd= Ng*Ae*10-6
Nd= 16,2*10-3 descargas por ano
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Exercício Proposto
Solução:
Passo 2:

N’d =Nd*fator A*fatorB*fator C*fator D*fator E


Tabelas B1 a B5
Fator A= 1,2
Fator B= 1,0
Fator C= 0,3
Fator D= 0,4
Fator E= 1,7
N’d= 16,2*10-3 *1,2*1*0,3*0,4*1,7
N’d= 0,0039 = 3,9*10-3
N’d> 10-3 Obrigatório Sistema de proteção

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Quando necessária a instalação de uma estrutura de proteção


(SPDA).
Os projetos de SPDA terão objetivo de que os elementos de
blindagem sejam atingidos pela descarga.
Como a incidência de um raio é determinado por equações
probabilísticas uma estrutura do SPDA tem chance de falhar.
Portanto, ao iniciar um projeto de blindagem(SPDA) deve se determinar
o nível de proteção solicitado pela estrutura a ser protegida.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

As blindagens são classificadas conforme sua probabilidade de


falha, que variam conforme o grau de segurança necessário para uma
construção.
A NBR 5419 prevê quatro níveis de proteção, que são
classificados conforme algumas características:
 tipo de ocupação da estrutura;
natureza de sua construção;
valor de seu conteúdo ou efeitos indiretos como explosões e
pânico das pessoas;
localização da estrutura;
altura da estrutura..
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Os quatro níveis são listados abaixo :


 Nível I- onde a falha do SPDA pode gerar danos às estruturas
adjacentes, risco de explosão, perda de patrimônio risco de
contaminação do meio ambiente;
 Nível II- onde o risco de falha é de acidentes com pessoas, de
perda de patrimônio cultural, ou perda de dados importantes;
 Nível III- é o risco de falha para estruturas de uso comum;
 Nível IV- onde não há um grande fluxo de pessoas.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

O Nível I é utilizado para ambientes como indústrias petroquímicas,


postos de combustível e usinas.
O Nível II nesta classe são ordenadas as edificações como hospitais,
museus, escolas e bancos;
O Nível III é utilizado em residências e indústrias menores;
O Nível IV utiliza-se em construções como armazéns e depósitos.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

A partir do valor ponderado do risco anual de descarga


atmosférica e o nível de proteção requisitado para estrutura
é possível obter a eficiência necessária da blindagem e o
nível de proteção correspondente através das curvas
demonstradas na figura 7.
.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Figura 7 – Eficiência do Sistema de Proteção (NBR-5419)


Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Dos valores verificados através das curvas demonstradas na


figura 7 pode-se montar o quadro abaixo.

Nível de Proteção Característica Eficiência

I Nível máximo de proteção 98% a 95%

II Nível médio de proteção 95% a 90%

III Nível moderado de proteção 90% a 80%

IV Nível normal de proteção Abaixo de 80%

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Exercício
Determinar nível de proteção requerido e a eficiência
obtida para uma instalação de sistema de proteção atmosférica que
tem os seguintes os seguintes dados.

Estrutura Retangular: L=100m W=20m H= 10m


Td= Numero de dias de trovoada por ano= 37
Hotel, construído em alvenaria , cercado por edificações de
maior porte, ao nível do mar.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Exercício Proposto
Solução:

Dados: Estrutura Retangular: L=100m W=20m H= 10m


Td= Numero de dias de trovoada por ano= 37

Passo 1:

Ng =0,04 *Td1,25
Ng(37)=3,65 descargas por km²/ano
Ae= L*W+ 2*L*H+2*W*H+*H
Ae= 4.431m2
Nd= Ng*Ae*10-6
Nd= 16,2*10-3 descargas por ano
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Exercício Proposto
Solução:
Passo 2:

N’d =Nd*fator A*fatorB*fator C*fator D*fator E


Tabelas B1 a B5
Fator A= 1,2
Fator B= 1,0
Fator C= 0,3
Fator D= 0,4
Fator E= 1,7
N’d= 16,2*10-3 *1,2*1*0,3*0,4*1,7
N’d= 0,0039 = 3,9*10-3
N’d> 10-3 Obrigatório Sistema de proteção

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Exercício Proposto
Solução:
Passo 3:

Nível de proteção requerido II( escola,museus,etc)


Eficiência necessária:
Figura B3
Nd= 16,2*10-3= 1,62*10-2
N’d= 3,9*10-3
Nível de proteção= II
Eficiência=96% Acima do requerido para Nível II

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ELEMENTOS DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ELEMENTOS DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
O projeto de blindagem praticamente consiste no
dimensionamento dos captores.
A otimização da proteção contra descargas atmosféricas
baseia-se em distribuir corretamente os captores na área a ser
protegida.
Os captores podem ser subdivididos em:
 captores tipo haste vertical;
 e captores tipo cabo horizontal.
Sistemas de proteção contra descargas podem conter
somente um dos tipos dos captores ou conter ambos.
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ELEMENTOS DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

O captor vertical é constituído de uma ponta captora e um


mastro e é feito de aço ou cobre.
Captores horizontais consistem basicamente em cabos nus
que envolvem a superfície a ser protegida.
A utilização dos captores varia com características da
construção, como altura, área efetiva, e nível de proteção
necessário.
Os projetos para dimensionamento dos captores será visto
mais adiante.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ELEMENTOS DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

O condutor de descida é responsável por fazer a conexão


entre o captor e o aterramento.
A NBR-5419 prevê a utilização de dois tipos de condutores
de descida, naturais e não-naturais.
Os condutores de descida naturais são os elementos que
compõe a estrutura da construção, como as armações metálicas
de concreto armado.
A Norma exige que nesse caso, pelo menos metade dos
cruzamentos de barras verticais e horizontais seja conectada,
amarrando com arame ou soldado.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ELEMENTOS DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Ainda para o concreto armado a NBR-5410 também


recomenda o aterramento utilizando também as ferragens de
fundação do prédio, obtendo uma resistência menor e também
assegurando a equalização dos potenciais.
No caso de concreto pré-formado, devido seu processo de
fabricação, as barras que formam sua ferragem são bem conectadas,
garantindo uma boa condutividade elétrica.
O único tipo de concreto que a Norma não permite a
utilização como condutor de descida é o concreto protendido,
devido ao seu processo de fabricação.
Neste tipo de estrutura, o concreto é colocado sobre a malha
metálica tensionada, ocorrendo um afrouxamento da malha quando
o concreto se solidifica.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ELEMENTOS DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Já no caso dos condutores de descida não-naturais, são


utilizados cabos de cobre, alumínio ou aço, ou barras metálicas
quando não há possibilidade de utilizar um condutor natural ou
deseja-se assegurar a descida do sistema de proteção.
Quando não há utilização de elementos de descida naturais, isto é, o
SPDA está isolado da estrutura, a Norma exige no mínimo um
condutor de descida por haste captadora.
A NBR-5419 ainda estabelece que o número de condutores
de descida de ser em função do perímetro pela distância dos
condutores, no caso de SPDA não isolado.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ELEMENTOS DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

A NBR-5419 ainda estabelece que o número de condutores


de descida de ser em função do perímetro pela distância dos
condutores, no caso de SPDA não isolado:

N=P/D
Onde:
N – Número de condutores de descida;
P – Perímetro da estrutura [m];
D – Distância entre condutores de descida.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Os valores de distância entre os condutores descida conforme o


nível de proteção, conforme NBR-5419, estão indicados o quadro
abaixo.
Nível de Proteção Espaçamento em metros

I 10

II 15

III 20

IV 25

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ELEMENTOS DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Outras exigências feitas pela norma sobre condutores de


descida não-naturais são listadas abaixo:
 Interligar os condutores de descida com condutores
horizontais e com a própria estrutura no caso da utilização
de condutores de descida naturais a cada 20 metros de
altura da estrutura;
 Para parede de matéria combustível, os condutores de
descida devem apresentar um espaçamento mínimo de 10
cm, que deve ser obtida com a utilização de espaçadores.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ELEMENTOS DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Os espaçadores devem ficar a uma distância entre eles de


2 metros;
Para aberturas em geral a distância mínima é de 50 cm;
Todas as emendas dos condutores de descida devem ser
soldados;
Os condutores de descida não devem ser submetidos a
esforços mecânicos, e devem ser protegidos até uma altura
mínima de 2,5 m de altura do solo por eletroduto rígido.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ELEMENTOS DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

As ligações equipotenciais são utilizadas para que não haja


diferença de potencial no prédio, como o próprio nome diz.
Elas são conectadas aos condutores de descida em intervalos
de no máximo 20 metros;
No subsolo, ou próximo ao quadro geral de entrada de baixa
tensão;
Os condutores de ligação eqüipotencial devem ser
conectados a barra de ligação eqüipotencial principal(LEP) da
edificação;

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ELEMENTOS DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

As barras secundárias de ligação eqüipotencial devem ser


conectadas a armaduras do concreto ao nível correspondente,
mesmo que estas não sejam utilizadas como componentes naturais;
Em estruturas providas de SPDA isolados, a ligação
eqüipotencial deve ser efetuada somente ao nível do solo.
Os condutores de descida não-naturais também devem ser
interligados por ligações equipotenciais(anel), especial mente no
nível superior da estrutura.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ELEMENTOS DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
O sistema de aterramento do SPDA é responsável pela
dispersão da descarga atmosférica na terra, podendo ser instalado
na forma de hastes na horizontal ou verticalmente.
A resistência total deste tipo de sistema, conforme a NBR-
5419, deve ser inferior a 10 ohms para prédios em geral e de 1 ohm
para estruturas com risco de explosão.
O comprimento mínimo total dos eletrodos de aterramento
em estruturas de nível II a nível IV deve ser de 5 metros;
Em edificações nível I de proteção, o comprimento dos
eletrodos varia de acordo a resistividade do solo, de acordo a figura
8.
A medição da resistividade do solo e do aterramento deve
ser feita utilizando três métodos: método de Wenner, método de
Shlumberger e o método dos três pontos.
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Figura 8 – Comprimento total dos eletrodos de aterramento


(NBR-5419)
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ELEMENTOS DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Os dimensionamentos das hastes e dos cabos devem seguir


as exigências mínimas da Norma.
Para eletrodos radiais, deve-se utilizar no mínimo dois
eletrodos. De comprimento mínimo (Le) conforme apresentado na
figura 8.
Para eletrodos verticais, o comprimento da haste deve ser de
pelo menos metade deste valor( 0,5*Le).
Para eletrodos em anel ligado a uma haste, o raio da área
envolvida deve ser maior que o comprimento da haste.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ELEMENTOS DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Se o raio for menor do que o comprimento da haste


deve-se acrescentar eletrodos, ou verticais ou horizontais.
Isto é:
Se Rm≥ Le ; Lh= Le- Lv ou Lv = (Le- Rm) /2

Onde:
Le é o comprimento da haste;
Rm é o raio médio do condutor em anel;
Lh é o comprimento de eletrodos horizontais a acrescentar;
Lv é o comprimento de eletrodos verticais a acrescentar.

‘ Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ELEMENTOS DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
Outras regras a serem cumpridas de acordo com a Norma:
Eletrodos verticais serão distribuídos uniformemente na área
da estrutura;
Os eletrodos devem estar enterrados a uma profundidade
mínima 50 cm;
e devem estar a uma distância mínima de 1 metro das
fundações da estrutura;
As fundações da construção podem ser utilizadas como
eletrodo, desde que sejam amarradas na metade dos seus
cruzamentos
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
ELEMENTOS DO SISTEMA DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

As estruturas que compõem um sistema de blindagem


podem ser feitos de diferentes materiais metálicos, como visto em
norma.
O Quadro 3 demonstra as seções mínimas de diferentes
materiais para cada uma das estruturas de um SPDA.
Condutor de Descida Ligação Eletrodo de
Material Captor
(Estruturas até 20 m) Equipotencial Aterramento

Cobre 35 mm² 12 mm² 16 mm² 50 mm²

Alumínio 70 mm² 25 mm² 25 mm² -

Aço 50 mm² 50 mm² 50 mm² 50 mm²

Quadro 3 – Seções Mínimas (NBR-5419)


Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

A Norma NBR-5419, considera três métodos de proteção:


Método Faraday;
Método Franklin;
 e Modelo da Esfera Rolante.
Os dois primeiros métodos são baseados nos métodos tradicionais
de projeto de blindagem como o modelo de ângulos fixos.
O método da esfera rolante é baseado no modelo
eletrogeométrico, que é o método mais complexo em seu cálculo,
levando em conta características da descarga elétrica.
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Método de Franklin
Consiste na aplicação direta do método dos ângulos fixos. O
volume de proteção é representado por um cone, cujo ângulo na
vertical é determinado pela norma.
O ângulo varia com o nível de proteção e a altura da
estrutura a proteger.
É recomendado utilizar o método de Franklin para
edificações que apresentem pouca área, de forma que possa ser
utilizado poucos captores.
Em casos de área horizontal muito grande, pode ocorrer a
necessidade de instalação de muitas hastes, ou cabos, que pode
tornar o projeto oneroso.
.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Franklin(continuação)
Ainda no século XIII, Benjamin Franklin comprovou o caráter
elétrico do raio, recomendando o uso de hastes metálicas colocadas
no topo de estruturas para protegê-las da incidência direta de
descargas.
Somente dois séculos depois houve a criação do primeiro
modelo teórico de blindagem.
O método de ângulos fixos consiste na utilização de ângulos
verticais para determinar o número, posição e comprimento de
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Franklin(continuação)
Os ângulos aplicados são escolhidos a partir de
características da estrutura, como, grau de exposição, a área a ser
protegida e a importância da estrutura.
Neste método as características da descarga atmosférica
não são consideradas.
Dois ângulos são considerados para o estudo, chamados de
α e β.
O ângulo β é formado pela distância entre a extremidade
da estrutura e o centro do captor.
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Método de Franklin(continuação)
Enquanto o ângulo α corresponde a distância entre o centro
do captor e a metade da distância entre dois captores.
Os valores de ângulos típicos de α são de aproximadamente
45º, enquanto para β o valor varia entre 30º e 45º (IEEE, 1996).
As figuras 9,10, 11 e 12 apresentam blindagens constituídas
por hastes e cabos, respectivamente, utilizando o método de
ângulos fixos (IEEE, 1996).

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Franklin(continuação)

Figura 9 – Método dos Ângulos Fixos para Hastes


Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Franklin(continuação)

Figura 10 – Método dos Ângulos Fixos para Hastes


Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Franklin(continuação)

Figura 11 – Método dos Ângulos Fixos para Cabos


Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Franklin(continuação)

Figura 12 – Método dos Ângulos Fixos para Cabos


Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Franklin(continuação)
Pelas figuras, vemos que o cálculo da área protegida
consiste em equações trigonométricas simples, que levam em conta:
 a distância do captor à margem da estrutura (X);
a altura da estrutura (D), a distância entre captores (X);
 e a altura de instalação do captor em relação a estrutura (Y).
É recomendado utilizar o método de Franklin em edificações
que apresentem pouca área, de forma a utilizar poucos captores.
Em casos de área horizontal de grande dimensões, ocorrerá a
necessidade de instalação de muitas hastes ou cabos, o que torna o
projeto oneroso.
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

O Quadro 4 apresenta os ângulos recomendados pela NBR-


5419 para cada nível de proteção.
Altura da Edificação (m)
Nível de
Maior que
Proteção 20 30 45 60
60

I 25º NR NR NR NR

II 35º 25º NR NR NR

III 45º 35º 25º NR NR

IV 55º 45º 35º 25º NR

Quadro 4 – Ângulos de Proteção x Níveis de Proteção (NBR-5419)

NR – Não Recomendado
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Franklin(continuação)
O cálculo de um projeto de blindagem pelo método
de Franklin é simples.
A partir do ângulo obtido no Quadro 6 e multiplicando com a
altura do captor, é calculado o raio de base do cone.
A partir de então, deve-se verificar se a estrutura está
totalmente preenchida pelo cone de proteção.
A equação do raio de base do cone é obtida a partir de uma
equação trigonométrica simples:

Onde:
Rp – Raio da base do cone de proteção [m];
Hc – Altura do captor [m];
α – Ângulo de Proteção com a vertical.
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

A figura 13 mostra um exemplo onde a estrutura está


inserida no círculo da base do cone, porém suas extremidades
superiores não estão contidas na região de proteção.

a Área não
Protegida

Figura 13 – Método Franklin


Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

A figura 14 mostra um exemplo onde a estrutura está


protegida e permite a proteção do nível inferior ao da instalação.

Figura 14 – Método Franklin(NFPA-780)


Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Exercício

Detalhar um sistema de proteção atmosférica pelo método de


Faraday para uma estrutura de se que tem os seguintes os
seguintes dados.

Estrutura Retangular: L=100m W=20m H= 10m


Td= Numero de dias de trovoada por ano= 37
Hotel, construído em alvenaria , cercado por edificações de
maior porte, ao nível do mar.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Exercício Proposto
Solução:

Dados: Estrutura Retangular: L=100m W=20m H= 10m


Td= Numero de dias de trovoada por ano= 37

Passo 1:

Ng =0,04 *Td1,25
Ng(37)=3,65 descargas por km²/ano
Ae= L*W+ 2*L*H+2*W*H+*H
Ae= 4.431m2
Nd= Ng*Ae*10-6
Nd= 16,2*10-3 descargas por ano
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Exercício Proposto
Solução:
Passo 2:

N’d =Nd*fator A*fatorB*fator C*fator D*fator E


Tabelas B1 a B5
Fator A= 1,2
Fator B= 1,0
Fator C= 0,3
Fator D= 0,4
Fator E= 1,7
N’d= 16,2*10-3 *1,2*1*0,3*0,4*1,7
N’d= 0,0039 = 3,9*10-3
N’d> 10-3 Obrigatório Sistema de proteção

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Exercício Proposto
Solução:
Passo 3:

Nível de proteção requerido II( escola,museus,etc)


tabela 1 da NBR4191ou Quadro 4 desta apostila
ɑ=35  cos 35= 0,820
ß=45  cos 45= 0,707
Altura do Captor(Hc)= 3 metros
Raio de proteção(Rp)= 3 *0,82=2,46metros
Distância máx. entre captores= 2,46*2= 4,92 m
Distância máx. dos captores a borda da estrutura=0,707*3=2,1m

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Exercício Proposto
Solução:
Passo 4:

Distância máx. entre captores= 2,46*2= 4,92 m


Distância máx. dos captores a borda da estrutura=0,707*3=2,1m
Número de captores:
Na largura(W)= (20-4,2)/4,92= 3,2 => 4 captores
4 captores=> Distancia lateral efetiva= 3,92m
No comprimento(L)= (100-4,2)/4,92= 19,5 => 20 captores
20 captores=> Distancia lateral efetiva= 4,79m
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Exercício Proposto
Solução:
Passo 5:
Distância máx. condutores de descidas
Na largura(W)= 3,92m
No comprimento= 4,79m
Simplificação: anel na cobertura e condutores a cada 5 metros
Aterramento:
Hastes a cada condutor descida (5 metros)
Anel no contorno da edificação , kigando as hastes e 1m das
fundações ( cabo de Cu seção # 50mm²)

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Faraday
Baseado na teoria da Gaiola de Faraday, que considera que
dentro de uma estrutura metálica, o campo eletromagnético será
nulo, quando a estrutura for submetida a uma corrente elétrica.
Consiste em envolver toda a estrutura com captores, seguindo as
regras de distanciamento mínimo.
Este método é normalmente utilizado em estruturas de
grande área e pouca altura. Porém, a norma obriga a utilização
deste método para edifícios acima de 60 metros.
A abertura da malha está ligado diretamente com o nível de
proteção da blindagem..

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Método de Faraday ( cont...)

Os valores das dimensões das malhas, recomendadas pela NBR-5419


, conforme o nível de proteção são os indicados no quadro abaixo.

Nível de Proteção Dimensão da Malha (m)

I 5 x 10

II 10 x 15

III 10 x 15

IV 20 x 30

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Faraday ( cont...)

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Exercício
Detalhar um sistema de proteção atmosférica pelo método
de Faraday para uma estrutura de se que tem os seguintes os
seguintes dados.

Estrutura Retangular: L=100m W=20m H= 10m


Td= Numero de dias de trovoada por ano= 37
Hotel, construído em alvenaria , cercado por edificações de
maior porte, ao nível do mar.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Exercício Proposto
Solução:

Dados: Estrutura Retangular: L=100m W=20m H= 10m


Td= Numero de dias de trovoada por ano= 37

Passo 1:

Ng =0,04 *Td1,25
Ng(37)=3,65 descargas por km²/ano
Ae= L*W+ 2*L*H+2*W*H+*H
Ae= 4.431m2
Nd= Ng*Ae*10-6
Nd= 16,2*10-3 descargas por ano
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Exercício Proposto
Solução:
Passo 2:

N’d =Nd*fator A*fatorB*fator C*fator D*fator E


Tabelas B1 a B5
Fator A= 1,2
Fator B= 1,0
Fator C= 0,3
Fator D= 0,4
Fator E= 1,7
N’d= 16,2*10-3 *1,2*1*0,3*0,4*1,7
N’d= 0,0039 = 3,9*10-3
N’d> 10-3 Obrigatório Sistema de proteção

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Exercício Proposto
Solução:
Passo 3:

Nível de proteção requerido II( escola,museus,etc)


tabela 1 da NBR=5419 ou Quadro 5 desta apostila
malha 10x20m
Distância máx. entre captores
Na largura(W)= ((20-1,2)/10)+1= 2,78 => 3 cabos
No comprimento(L)= ((100-1,2)/20)+1= 5,94 => 6 cabos
Altura de Instalação do Cabo= 0,2 metros
Distância máx. dos captores da borda da estrutura=0,6m(mini
captor vertical)
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Exercício Proposto
Solução:
Passo 4:
Dmáx. condutores de descidas 15 metros (tabela 2-NBR-5419)
D efetivo: Na largura(W)= 9,4m
No comprimento= 15m
01 Captor vertical(0,6m) a cada condutor descida
Anel no contorno da edificação , ligando as hastes e 1m das
fundações ( cabo de Cu seção # 50mm²)

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Eletrogeométrico (Esfera Rolante)


No início dos anos 50, a alta taxa de desligamento das
primeiras linhas de transmissão de 345 kV devido a incidência de
raios, influenciou a pesquisa de novos métodos de proteção contra
este fenômeno.
Os métodos de ângulo de proteção mostravam-se ineficientes
para este tipo de construção.
Fora percebido que somente as características da blindagem e
da estrutura não eram suficientes.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Eletrogeométrico (Esfera Rolante)


A partir de então a descarga elétrica passou a ser estudada
com maior intensidade, e suas características foram consideradas
como variáveis dos projetos de proteção.
Um dos primeiros modelos eletrogeométricos de grande
importância para o estudo de blindagens foi o modelo de Whitehead
(1973), que consistia em um modelo teórico de um sistema de
transmissão sujeito a descargas diretas.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Eletrogeométrico (Esfera Rolante)


Este método considera um decaimento em forma parabólica,
que em ensaios realizados, mostrou ser a melhor forma de
representar a área de proteção de um captor.
A projeção lateral da blindagem pelo método da esfera
rolante não será mais triangular, como no método de Franklin.
A figura 15 mostra a área de proteção do método da esfera
rolante

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Eletrogeométrico (Esfera Rolante)

Figura 15 – Método Eletrogeométrico(Esfera Rolante)


Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Eletrogeométrico (Esfera Rolante)


Neste método a blindagem visa proteger descargas
atmosféricas com valores de corrente igual ou maior do que o
calculado(Imáx).
Valores menores são considerados inofensivos a estrutura à
proteger, podendo com isso atravessar a blindagem e atingir a
construção.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Eletrogeométrico (Esfera Rolante)


No modelo eletrogeométrico a distância crítica( R) entre o
ponto de partida do líder ascendente e a extremidade do líder
descendente é o parâmetro utilizado para posicionar os captores
segundo o modelo eletrogeométrico.
.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Eletrogeométrico (Esfera Rolante)

A NBR-5419 prevê a seguinte fórmula para o cálculo da


distância crítica(R).

R = 2 . Imáx. + 30 (1 – e –Imáx )
Onde:

R= distância crítica em metros;


I máx. = valor de crista máximo do primeiro raio negativo, em kA.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Eletrogeométrico (Esfera Rolante)


No caso da NBR-5419 a distância crítica é determinada pelo
nível de proteção requerido pela estrutura, conforme indicado na
tabela C1, ver reprodução abaixo.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Eletrogeométrico (Esfera Rolante)


Através da distância crítica(R) pode se determinar a
corrente máxima(Imáx) para cada nível de proteção requerido pela
estrutura, conforme indicado na tabela C2, ver reprodução abaixo.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Eletrogeométrico (Esfera Rolante)


A determinação geométrica da distância crítica(R) para R> H,
onde H representa a altura do captor acima do solo é obtida
conforme indicado na figura abaixo.
Nesta figura a área protegida pelo captor está indicada pelo
cone hachurado.
.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Eletrogeométrico (Esfera Rolante)


A determinação geométrica da distância crítica(R) para R<H,
onde H representa a altura do captor acima do solo é obtida
conforme indicado na figura abaixo.
Nesta figura a área protegida pelo captor está indicada pelo
cone hachurado.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Método de Eletrogeométrico (Esfera Rolante)
Na condição R<H deve-se atentar para as seguintes
características:
 Nesta configuração todo o ponto acima do valor de R torna-
se um ponto de atração para a descarga, ou seja age como
captor.
A extremidade superior é formada uma semi esfera que
determina uma zona de atração para o captor, ou seja há
maior probabilidade de incidência neste do que em estruturas
externas adjacentes.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Eletrogeométrico (Esfera Rolante)

No modelo eletrogeométrico a distância de proteção (d)


entre dois captores pode ser expressa seguinte fórmula.

d =( h1*(2R-h1))1/2 - ( h2*(2R-h2))1/2
Onde:
R= distância crítica em metros;
h1 = altura do captor mais elevado, em metros.
h2 = altura do captor mais baixo, em metros.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Método de Eletrogeométrico (Esfera Rolante)

Utilizando na fórmula anterior o valor de h2 como zero,


podemos determinar a máxima distância de proteção entre dois
captores.
d =( (2Rh1-h12))1/2
D =2*d
Onde:
R= distância crítica em metros;
h1 = altura de instalação do captor, em metros.
D= distância máxima de proteção de entre dois captores, em
metros

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Exercício
Detalhar um sistema de proteção atmosférica pelo método
de Eletrogeométrico para uma estrutura de se que tem os seguintes
os seguintes dados.

Estrutura Retangular: L=100m W=20m H= 10m


Td= Numero de dias de trovoada por ano= 37
Hotel, construído em alvenaria , cercado por edificações de
maior porte, ao nível do mar.

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Exercício Proposto
Solução:

Dados: Estrutura Retangular: L=100m W=20m H= 10m


Td= Numero de dias de trovoada por ano= 37

Passo 1:

Ng =0,04 *Td1,25
Ng(37)=3,65 descargas por km²/ano
Ae= L*W+ 2*L*H+2*W*H+*H
Ae= 4.431m2
Nd= Ng*Ae*10-6
Nd= 16,2*10-3 descargas por ano
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Exercício Proposto
Solução:
Passo 2:

N’d =Nd*fator A*fatorB*fator C*fator D*fator E


Tabelas B1 a B5
Fator A= 1,2
Fator B= 1,0
Fator C= 0,3
Fator D= 0,4
Fator E= 1,7
N’d= 16,2*10-3 *1,2*1*0,3*0,4*1,7
N’d= 0,0039 = 3,9*10-3
N’d> 10-3 Obrigatório Sistema de proteção

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Exercício Proposto
Solução:
Passo 3:

Nível de proteção requerido II( escola,museus,etc)


Da tabela 1 da NBR-5419 – R=30m
Da tabela C.2 da NBR-5419 – Imax=6,1kA
Utilizando captor com altura de 0,6m, temos:
d =( (2Rh1-h12))1/2

h1=0,6m e R=30m => d=6m

Dmáx entre captores =2*d= 12 m

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Exercício Proposto
Solução:
Passo 4:
Dmáx. condutores de descidas 15 metros (tabela 2-NBR-5419)
D efetivo: Na largura(W)= 9,4m
No comprimento= 11m
01 Captor vertical(0,6m) a cada condutor descida
Anel na cobertura interligando os captores.
Aterramento:
Anel no contorno da edificação , ligando as hastes e 1m das
fundações ( cabo de Cu seção # 50mm²)

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Probabilidade de Descargas Atmosféricas


Uma das formas de expressar a distribuição de intensidades de
corrente é uma curva logarítmica normal, com valores de amplitude
média e desvio padrão representados como abaixo (POPOLANSKY,
1972):

Logo, a probabilidade de descargas iguais ou superiores a , é dada


pela função a seguir:
  Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
 
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Probabilidade de Descargas Atmosféricas


Adotando valores de I(50%) = 25 kA e I(16%) = 61 kA,
obtemos alguns valores de corrente da descarga e suas
respectivas probabilidades, demonstrados no quadro abaixo.
I (kA) P (X)

2 99,80

5 97,00

10 83,00

20 60,00

50 25,00

100 8,00

200 1,00

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Probabilidade de Descargas Atmosféricas
Outra fórmula também utilizada para o cálculo da
probabilidade do raio exceder a corrente estimada, é mostrada
abaixo (ANDERSON, 1987):

Onde Io corresponde a amplitude média da corrente de


descargas atmosféricas.
A corrente média para incidência sobre condutores, estruturas
e mastros é de 31kA.
Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Probabilidade de Descargas Atmosféricas


Utilizando a fórmula e I(50%) = 24 kA obtemos alguns
valores de corrente da descarga e suas respectivas probabilidades,
demonstrados no quadro abaixo.
I(kA) P(x)(%)
2 99,92
5 99,14
10 94,99
20 75,76
50 22,39
100 4,54
200 0,78

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Probabilidade de Descargas Atmosféricas


Utilizando a fórmula e I(50%) = 24 kA para os valores de
Imax previstos na NBR-5419, teremos o quadro abaixo.

Nível de Proteção I(kA) P(x)(%)


I 3,7 99,60
II 6,1 98,56
III 10,6 94,21
IV 16,5 83,75

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Probabilidade de Falha do Sistema Descargas Atmosféricas

A falha do sistema de proteção pode ser calculda da


seguinte forma.
Pfalha=1- P(Imax) (%)
P’falha= Pfalha*Ng*Ae

Onde:
P(Imax)= probabilidade de descarga com valor igual ou
maior que Imax(kA) ;
Ng= número de descargas por quilômetro quadrado por ano;
Ae= área de exposição em metro quadrado;
Pfalha = probabilidade de Imax< Iadotado, em %.
P’falha = probabilidade de falha do sistema, adimensional

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Exercício
Determinar a probabilidade de falha de um sistema de
proteção montado conforme o modelo eletrogeométrico com os
seguintes dados.
Ae= 10.000m²
Ng= 7,5 descargas por quilômetro quadrado/ano.
Imáx= 6,1kA
I(50%)=24kA
Solução:
P(6,1)= 98,6 %
Pfalha(6,1)=1- P(6,1)=100-98,6= 1,46%
P’falha(6,1)= 1,46*7,5*10-2=0,109

1 falha a cada 9 anos


Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Exercício Proposto
Determinar a probabilidade de falha de um sistema de
proteção montado conforme o modelo eletrogeométrico com os
seguintes dados.

Estrutura Retangular: L=100m W=20m H= 10m


Td= Numero de dias de trovoada por ano= 37
Imáx do sistema de proteção= 6,1kA
I(50%)=31kA

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Exercício Proposto
Solução: P’ falha(6,1)= ?

Dados: Estrutura Retangular: L=100m W=20m H= 10m


Td= Numero de dias de trovoada por ano= 37
Imáx do sistema de proteção= 6,1kA
I(50%)=31kA

Passo 1:

Ng =0,04 *Td1,25
Ng(37)=3,65
Ae= L*W+ 2*L*H+2*W*H+*H
Ae= 4.431m2

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

Exercício Proposto
Solução: P’ falha(6,1)= ?

Passo 2:

P(6,1)= 98,6 % I(50%)=31kA


Pfalha(6,1)=1- P(6,1)=100-98,54= 1,46 %

P’falha(6,1)= 1,46*4,431*3,65*10-3=0,0236

1 falha a cada 42 anos

Curso de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Eng. Roberto R. Simões de Freire. M.Sc

Você também pode gostar