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Nathalie
Nathalie
O Filme, de verdade
Quando é que um filme deixa de ser um mero filme e passa a ter vida própria?
Quando se descobre nele um aprendizado.
Nathalie... Como num apelo. Na verdade, no original francês, fica a sensação do pedido
reticente. Nathalie... E, no meio do filme, repetimos inevitavelmente, suspirando por Ela, sem
querer, sonhadores. O nome não importa. Poderia ser Renata, Camila, Mônica ou Luciana. Só
para ficarmos no Brasil. O que importa, é o desejo latente dos homens, pedindo por Ela. E pelas
mulheres, querendo ser igual a Ela.
O filme Nathalie X (numa lamentável tradução nacional) é com certeza para poucos. É
excelente, mas não veja. Não veja se sua mente está fechada em dogmas, leis e regras. Ou se é
daqueles que já se fixaram no massificado americano. Ou ainda se tem medo de enfrentar sua
própria sexualidade convencional que não foi feita para transgredir. Ou ainda se vive bem com
seu “status-quo” de hábitos e costumes.
Agora se, por outro lado, está buscando desmascarar padrões ou regras de comportamento -
Não tem medo de discutir sua própria sexualidade – veja Emmanuelle Béart provar que é
possível ser e fazer uma mulher inesquecível, mesmo sem ser, mesmo só de mentirinha.
Resta a nós todos, mas principalmente as mulheres escolher qual caminho devem percorrer.
Não existe certamente doces ilusões de fórmulas fáceis de felicidade instantânea.
Para ser a segunda opcão – Nathalie - resta muita incerteza com o futuro, muita dúvida e
insegurança. A única certeza será a de ter sempre os sentimentos verdadeiros à flor da pele.