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Introdução

Revolution OS é um documentário que fala sobre Software Livre, GNU/Linux, Unix, Cultura Hacker, e
fortes críticas a empresa Microsoft. Em formato jornalístico, ele conta a fascinante história da
filosofia do software livre e a explosão do Linux, ainda durante a bolha de investimentos da internet
da década de 1990.

Com depoimentos das maiores figuras do software livre e do open source, tais como Richard
Stallman, Linus Torvalds, Eric Raymond, Bruce Perens e outros, o filme convence a qualquer um a
aventurar-se pelos sistemas operacionais livres, cuja filosofia de compartilhamento, liberdade e
comunidade remonta a ideais que pareciam esquecidos após duas décadas de yuppies e neoliberais
individualistas.

Neste documentário temos entrevistas com personalidades da comunidade Open Source:

* Bruce Perens (Autor da definição Open Source);

* Linus Torvalds (Criador e Desenvolvedor do Kernel Linux);

* Eric Raymond (Autor do livro The Cathedral and the Bazaar);

* Richard Stallman (Filósofo, responsável pela FSF, Fundador do Projeto GNU).

Primeiramente e preciso ter a idéia de comunidade bem definida, esta idéia surgiu dentro de grupos
hackers que estudavam e programavam em universidades, esses grupos trocavam informações entre
si, de modo que o software pudesse ser modificado, e utilizado por qualquer pessoa.

Um dos grupos mais conhecidos e pioneiro nesta idéia de comunidade se chamava Homebrew
Computer Club. Foi um clube pioneiro de hobbyistas que construíam computadores no Silicon Valley,
os quais se reuniam (sob este nome) de Março de 1975 até aproximadamente 1977. Vários hackers
de alto nível e empreendedores de TI surgiram de suas fileiras, incluindo os fundadores da Apple
Computer.

Todos ali acreditavam que a computação traria desenvolvimento sócio-ecônomico através do acesso
a informação, e assim fariam o mundo um pouco melhor.

Foi exatamente dentro deste grupo que Bill Gates escreveu uma carta ou manifesto dizendo que a
possibilidade de que o software seja encarado como um potencial negócio futuro, e que deve-se criar
meios de se "proteger" essa nova "propriedade" para que ela possa ser explorada por aqueles que a
produzem que nessa época era desenvolvido por acadêmicos, hackers, nerds, geeks e aficionados por
computador em geral.

Como todos nós sabemos, hoje temos Software Livre e Proprietário, e nosso amigo Bill Gates hoje
desenvolve Software Proprietário em sua empresa Microsoft.

Mas esta carta de Bill Gates não acabaria com a comunidade existente em Homebrew...
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Desenvolvimento

Para os membros do clube a ideologia de software proprietário quebrava a possibilidade de acesso


ao código fonte e limitava os programadores e usuários, fazendo com que as pessoas não pudessem
exercer sua principal função, que é pensar!

Com a colaboração muitos programadores não deixaram que a cultura e a comunidade morressem. E
com um tempo logo começaram a surgir projetos e idéias novas...

O pai do movimento software livre e grande filósofo Richard Stallman, no início dos anos 70, pensou
sobre a diferença entre os softwares que compartilhavam e que utilizavam no laboratório de
inteligência artificial do MIT (Massachusets Institute Technology), os quais acumulavam restrições
impostas e praticadas em todos os outros lugares incluindo projetos do MIT.

Foi quando um incidente com um computador Xerox no MIT levou Richard Stallman a pensar sobre
os problemas éticos dos softwares proprietários. O que aconteceu foi um típico exemplo dos
problemas que softwares proprietários podem causar.

Em 1984 Richard Stallman e sua equipe começam a desenvolver o sistema operacional GNU, eles
queriam fazer um sistema baseado em Unix e que fosse inteiramente livre. Ele teria que ser livre de
forma que pudéssemos fugir do sistema anti-social dos softwares proprietários e formar
comunidades onde as pessoas cooperassem livremente. Em 1991, o sistema GNU estava quase
pronto, e uma das únicas coisas que faltava era o kernel. Nós tínhamos iniciado o desenvolvimento
do GNU HURD, mas fazia pouco tempo, a escolha foi de uma arquitetura avançada que permitisse
trabalhar mais rápido, mais o efeito foi o oposto. Isso fez com que o GNU HURD só funcionasse 10
anos depois...

Foi quando um jovem programador Linus Torvalds criou o kernel do GNU/Linux, código que faz o
papel de sistema nervoso do computador, sendo responsável pela ligação das várias partes da
máquina. O kernel está sempre em desenvolvimento e fica disponível em todas as versões do
sistema.

Agora sim o GNU/Linux começa a andar e a se destacar como sistema, em alguns anos passou a ser
muito utilizado em servidores, e tomando a ponta da Microsoft. Com isso o Gnu/Linux alcança sua
naturalidade , mais usuários e programadores rodando e adquirindo o sistema, todos em busca de
sua liberdade. Hoje em dia a comunidade só cresce.

Ao longo deste documentário podemos ver que trabalhar com o software livre é um prazer para
todos, esta idéia de liberdade para algumas pessoas pode ser confusa, mas a idéia funciona da
seguinte maneira:

Software Livre é software, não filosofia. Mas o movimento do software livre é algo que atinge campos
políticos e éticos ligados, aí sim a filosofia. Nossa filosofia diz que você, e todos os usuários de
computador, podem ter liberdade de compartilhar (copiar, modificar e distribuir) e mudar os
softwares que utilizam. E esse é um tipo de liberdade que nunca poderia ser negado a você.
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Conclusão

Com a idéia difundida, muitas empresas começaram a utilizar Gnu/Linux e Unix em seus servidores e
desktops, fazendo com que o sistema operacional Gnu/Linux pudesse competir com o sistema mais
utilizado, até então o Microsoft Windows. Sendo assim a batalha GNU/Linux vs Microsoft tem seu
início.

Muitas brigas estariam por vir, acusações sobre patentes e coisas do tipo, neste documentário por
exemplo temos uma briga clássica entre Netscape vs Microsoft.

Aí que entramos num assunto abordado pelo documentário também, como funcionam e quais são as
principais licenças no mundo do software livre. Na hora de utilizar ou desenvolver um software livre,
o principal cuidado a ser tomado pode parecer óbvio, mas é aqui que mora o grande perigo. Verificar
com muita atenção todos os termos da licença é imprescindível para saber o que pode e o que não
pode ser feito com um determinado software, independentemente se ele é livre ou proprietário.

A licença mais comum dos aplicativos open source é a GPL (General Public Licence). É sob a GPL, por
exemplo, que o GNU/Linux está licenciado. Ela têm como principal característica a liberdade total de
modificar, utilizar, copiar e distribuir o software. Mas mesmo com ela há algumas exigências e
restrições que precisam ser seguidas, principalmente no caso de quem pretende modificar algum
software.

Podemos citar também:

LGPL - Possui basicamente as mesmas características da licença GPL. Porém, se restringe a


bibliotecas. Sua principal diferença é que os códigos que estão sob essa licença podem ser
incorporados em um software proprietário.

BSD - Originária do Unix BSD, modificada pela remoção da cláusula de propaganda. É muito
semelhante á LGPL, mas com a diferença de que não se restringe apenas às bibliotecas.

Agora que já conhecemos um pouco sobre a comunidade Open Source, cabe a você, meu amigo,
escolher de que lado deseja estar, espero que não continue sendo apenas mais um macaquinho da
M$ (Microsoft)...

Espero que se sinta motivado a abandonar tudo que já sabe sobre computadores (onde estão seus
arquivos, como executar um programa, que aplicativo faz o quê, quais as teclas de atalho) e comece a
aprender quase tudo de novo. Pois existe um Universo Hackeável esperando por você, onde você
pode mudar o sistema e fazer com que as coisas funcionem melhor, libertando pessoas e mentes que
neste exato momento estão sendo impedidas de ter acesso a informações, impedidas de pensar e
solucionar problemas.

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